A Coletora escrita por GillyM


Capítulo 39
Fim da viagem


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal!!! desculpa-me a longa espera pelo proximo cap, é q tive muuuuitos contratempos. Se ainda estiverem a fim de ler o término desta fic, espero que se divirtam!!!!
Boa leitura.



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“Roxy”

Nada do que havia planejado parecia estar dando certo, em minha mente não havia tanta dor, tanta espera, os ceifadores me provaram ser mais perigosos que os vampiros, pois acredito que nenhum deles foi capaz de me fazer sofrer tanto. A natureza de Dave não era ruim, mas sua ambição o controlava, quando ele me feriu novamente com um punhal, não consegui odiá-lo completamente, assim como eu ele estava cansado de ser como era, e queria coisa melhor. Nós dois não tínhamos não tínhamos muita opção, ou continuaríamos como estávamos ou nos transformaríamos em coisas piores. Ele fez sua escolha.

O ferimento me levou novamente aquele estágio, onde deixo de ser coletora e me transforme numa simples humana, mas mesmo que muito próximo da morte, eu ainda caminhava pela linha tênue que separava os dois mundos. Aquela ceifadora realmente sabia o que estava fazendo.

Amarrada na cama em um quarto estranho, a escuridão quase não me permitia ver nada, o silencio que pairava do lado de fora também não deixava nenhuma pista. Eu sabia que não estava em meu quarto e algo me dizia que estava bem longe da casa de Dave, mas não conseguia me lembrar de como havia sido tirada de lá. Pela janela trancada eu observava os pequenos feixes de luz entrar no quarto através dos vãos formados pela madeira gasta, isso me avisava que meu tormento ainda estava longe de acabar.

Em pensamento chamava por Bill, mesmo sabendo que esse era o plano deles, mas não conseguia me ver sendo salva por outra pessoa, e se esse realmente era o plano deles, Bill morreria de qualquer maneira, então a idéia que passou em minha cabeça, de morrer ao lado dele, não fora tão ruim assim, e isso era tudo que preenchia minha cabeça naquele momento, era minha ferramenta para ignorar a dor.

Havia muito sangue, o vermelho tingia os lençóis, eu não sabia qual era a força que ainda me mantinha respirando, mas algo bom não deveria ser, jamais um ser bom permitiria tal ato. Comecei a me questionar sobre estes anjos, ou deveria chama-los de demônios? Bem... eles não me pareciam anjos naquele momento. Após esta duvida veio outra, se eles tinham o poder de parar o tempo, o que valeria de tanto planejar? Talvez não existisse outro jeito, a não ser viver da maneira como eles querem.

Após muito pensar, percebi que os raios de luz já não atravessavam a janela, deveria ser noite.

“Damon”

Algo havia mudado, meus instintos apontavam uma direção completamente diferente da qual havia tomado antes, ela havia se deslocado, não entendia o que aquilo queria dizer, e sinceramente não entendia como seria possível uma humana se deslocar tão rapidamente, a ponto de meus sentidos não captarem seu movimento. Algo veio em minha mente. O que estaria mantendo Roxy naquela situação? Se ela está a um passo da morte, o que a mantinha viva por tanto tempo? E como ela conseguiria grande façanha de se deslocar-se tão rapidamente?

Provavelmente Compton não seria meu único problema, talvez ele fosse o menor deles.

Só existia uma única criatura capaz de controlar o poder da vida e da morte, e se mover tão rápido assim, os Ceifadores. Eles tinham que estar envolvidos nisso, e algo longe de ser bom me aguardava, então adiei minha chegada.

Quando cheguei àquela pequena cidade o dia já havia ido embora. Logo me abriguei num hotel bem vagabundo, lá me alimentei novamente, e usei o notebook que estava no quarto. Ele não pertencia a mim ou ao hotel, mas o dono dele, que agora estava caído no chão, não precisava mais dele.

Impressionante como a internet tem resposta para tudo, se os humanos acreditassem em pelo menos um terço das informações que existem nela, todas as criaturas do mundo já haviam sido controladas. Foi na internet que soube exatamente o que fazer. Todas as criaturas no mundo tinham sua fraqueza, nenhum de nós foi criado para sermos invencíveis, assim como outra simples criatura, os ceifadores tinham seu lado fraco, e se o que a internet dizia fosse verdade, eu poderia ter o poder que quisesse sobre aquelas criaturas, e finalmente teria o que eu quero, sem sujar minhas mãos, apenas as mãos dos outros.

Não demorou a encontrar minha resposta, que veio camuflada por outras informações. Ceifadores apenas controlam os seres com alma, desta forma seu controle sobre mim seria inexistente, entretanto outra informação também ajudou, em minha presença nada adiantaria seu poder de controlar o tempo, pois eles só funcionam no local e presença de suas vitimas, se eu mantiver Roxy próximo a mim, minha presença anularia seu poder.

Em posse de todas aquelas informações, segui minha viagem que se tornará um pouco mais longa, após aquela mudança repentina de direção, mas o cheiro de seu sangue era tão intenso que podia identificá-lo em meio a uma multidão sangrenta. Eu não sabia em que condições a encontraria, e nem em meio a quem, mas tinha certeza que a encontraria.

“Bill Compton”

Aquela mudança de direção me deixou muito confuso, algo estava errado, toda aquela movimentação sem avisos sugeria algo. Sua mudança de localização me deixou mais próximo a ela, provavelmente o individuo que estava envolvido nisso, queria antecipar nosso encontro.

Após todas aquelas horas sob o calor do sol, me senti ainda mais humano, porém ainda me sentia forte, e mal podia esperar por nosso encontro, eu estava disposto a tudo para tê-la comigo novamente e nada iria me impedir disso.

Quanto mais próximo a ela, mais meus instintos ficavam confusos, minha mente tratava uma briga com meus próprios instintos, pois um queria correr ainda mais rápido em direção a ela, outro queria se afastar com a mesma rapidez, se tratava de meu instinto de sobrevivência, o perigo estava me rondando, e estava cada vez mais forte.

O sol já havia ido embora quando nossa ligação ficou ainda mais forte, ela parecia estra sentada ao meu lado de tão forte que estava sua presença, isso fazia me esquecer de qualquer perigo, pois aquela garota valia cada sangue humano ou vampiresco derramado.

Quando estava muito próximo ao meu destino, abandonei o carro e segui andando, o humano ficou a minha espera dentro do carro. Caminhei poucos quilômetros quando me deparei com aquela enorme mansão em meio ao nada, a última casa por onde passei ficava a muitos metros dali. O lugar perfeito para fazer algo sem ser incomodado.

Fiquei parado em frente a mansão ao observar a movimentação que parecia não existir, o único cheiro que senti pertencia a ela, mas eu sabia que não estava sozinho, e sabia que não se tratava de humanos.

Logo ouvi passos atrás de mim, então tive certeza de que não estava sozinho.


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Notas finais do capítulo

Desculpa-me pelos os erros, mas não tive tempo de revisar.
Reviews? Críticas? Puxões de orelha?
Bjus