A Coletora escrita por GillyM


Capítulo 30
Longa noite


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, outro capitulo
Boa leitura!!!



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“Damon”

Sookie trouxe beleza ao jardim escuro e sem graça de Compton, após eu saber do seu segredinho sujo de ler mentes, ela se tornou ainda mais interessante. Ela estava entre os dois humanos armados de objetos de prata, ao vê-la tão destemida me perguntei o porquê de Bill não tê-la transformado. Uma vampira que lê mentes, embora um tanto fantasioso, teria lá seus encantos.

- Sookie... Prazer em revela!

Disse ao caminhar ao encontro dela. Compton e Selene vinham logo atrás, Jessica hesitou e me dar passagem, ela se colocava entre Sookie e mim, embora fosse possível ver coragem em seus olhos, ela tinha conhecimento que eu poderia esmaga-la facilmente, perante a mim uma vampira bebe não valeria de nada.

- Damon? – Ela disse ao dar um passo atrás.

- Saudades?

- O que acha?

- Simples... É só ler minha mente.

Ela fez uma cara de surpresa.

- Não posso ler sua mente e mesmo que pudesse fazer isso, tal ato não seria algo que eu gostaria de fazer.

- É uma pena... Iria adorar o que eu estou pensando agora.

Ela revirou os olhos.

-Não se preocupe lhe darei outra oportunidade de ser feliz por algumas horas comigo.

Ela expressou certa irritação.

- Vou considerar isso como um “sim”.

Sookie estava acompanhada por seu irmão, Jason. Seu maior defeito era a valentia, ou talvez pudesse ser sua maior virtude, mas naquele caso em especial, naquela situação, definitivamente era um grande defeito. Ele se colocou a frente dela, e me encarou como se fossemos iguais, como se a superioridade que me diferenciava dele não existisse. Armado com correntes, armas de fogo e facas, provavelmente de prata, ele me chamou para a briga.

- Que poético... Quer defender a honra de sua irmã. Isso me faz lembrar os velhos tempos, onde o cavaleiro carregava a espada e o escudo, para salvar a linda donzela. Eu devo arranjar um alazão para lutar com você?

- Vai se arrepender de ter voltado a Bom Temps. Vou te mandar para o inferno, de onde nunca deveria ter saído. O que pensou? Que fosse matar nossas mulheres, desmantelar nossas famílias sem sofrer as consequências? Esta é sua hora vampiro de merda.

- Então tente.

Jason jogou em minha direção umas das correntes que segurava, mas eu a agarrei com uma das mãos e isso provocou uma grande queimadura nela e muita dor tambem, podia sentir o cheiro de queimado. Jason ergueu a cabeça para que o cheiro entrasse mais rápido em suas narinas e jogou outra em seguida.

Desta vez a corrente acertou meu tronco, a roupa amenizou o estrago, diminuindo a queimadura, realmente aquele simplório humano não estava para brincadeira. A noite realmente precisava de uma animação.

- Vou acabar com tua farra, sanguessuga.

Ele sacou a arma.

- Acha mesmo que estas correntes e arma de fogo podem me matar?

- Armas de fogo normais não podem, mas esta aqui sim. Acabei de produzir estas balas de prata, você terá a honra de ser o primeiro a experimentá-las.

Ele apontou a arma para minha cabeça, correntes apenas causariam queimaduras, mas aquelas balas de prata certamente iriam fazer um grande estrago. Estava na hora de acabr com a festa.

Antes que eu pudesse fazer algo, e de Jason puxar o gatilho, Bill se intrometeu.

“Bill Compton”

Coloquei-me entre a arma de Jason e Damon, claro que seria muito conveniente ver Damon com uma baça na cabeça, mas isso iria iniciar uma chacina desenfreada em meu jardim.

- Vá embora e leve sua irmã daqui, Jason.

Sookie se colocou a frente de Jason novamente, mesmo coberta por tanta raiva, indignação, e até mesmo certa tristeza, ela estava linda naquela noite.

- Não faça isso Bill, por favor! Sei que ela esta aqui, sei que ela não embarcou no ônibus – Sookie disparou assim que me viu chegar.

Quando a vi e ouvi sua voz, senti como se um véu que cobrisse meus olhos tivesse caído de meu rosto, e eu pude ver o que eu estava deixando para trás. O seu pedido feito através da voz tremula e dos olhos carregados de lagrimas, desvaneceu toda a indiferença que senti após seu atrevimento de invadir minha propriedade e retirar Roxy daqui.

- Não deveria ter retornado.

- Você sempre disse que não era um assassino. Se mata-la será um, então não faça.

- Ela não é humana.

- Isso não muda o fato de tirar uma vida.

Sookie era de longe a melhor humana que havia conhecido, a primeira a aceitar minha natureza, ela esperava muito de mim, mais do que até mesmo eu esperava. Enquanto fiquei ao seu lado, senti-me vivo novamente, senti que a eternidade poderia ser mais do que viver nas sombras, e eu nunca poderia me esquecer destes fatos.

- Vamos acabar logo com isso – Selene disse ao mostrar as presas.

Num segundo ela estava segurando Sookie pelo pescoço, ameaçando rasgar sua pele com suas presas. Tara apenas ameaçou a usar suas correntes de prata, mas seu medo parecia ter a congelado. Damon aproveitou a distração de Jason provocada por Selene e logo o golpeou, ele caiu desacordado no meio do jardim. Jessica logo correu para ajuda-lo.

- Não!Não faça isso... Jason. Oh meu Deus!

Sookie gritava ao ver o irmão caído. Seu desespero me incomodou profundamente. Do outro lado do jardim Damon já segurava Tara pelo pescoço, mas apavorada ela não ensaiou nenhuma fuga ou luta.

- Não. Este é meu território e eu decido o que fazer.

- Você não é capaz de derramar nenhuma gota de sangue, não é? – Damon provocou.

- Minha casa, minhas regras. Eu resolvo as coisas de forma civilizada, os deixem ir. Agora!

Selene contrariamente soltou Sookie, que quase não conseguia respirar com a força que Selene fez em seu pescoço, mas Damon se manteve na mesma posição, com Tara em seus braços.

- Sei que você tem muita necessidade de se mostrar mais forte que todos ao seu redor – Retruquei a Damon.

- Minha necessidade não é de atenção, é de sangue. Para de lutar contra si mesmo, se entregue a sua natureza, de algum orgulho a nossa espécie.

- Não me importa se você se opõe as novas regras que regem nosso mundo, desde que você as siga. E a regra manda que você respeite meu território, me desrespeite e não terá somente a mim atrás de você.

Selene se intrometeu em nossa conversa.

- Regras são regras, e um bom vampiro respeita as regras de seu mundo.  Solte-a Damon.

Damon e Selene trocaram olhares, logo vi que ambos compartilhavam algo, ele soltou Tara que se juntou a Sookie.

- O que fará com as regras? Assim que saírem daqui, todos os humanos vão acreditar que matamos um deles, e então não somente humanos ficaram atrás de nós, vampiros também.

- Conheço bem a regra de não matar humanos, eu ajudei a criá-las e a determinar o castigo imposto àquele que infringi-la. Ninguém saberá o que ocorreu aqui, vamos limpar suas lembranças – Disse firmemente.

- Faça isso sozinho – Damon disse ao voltar para o interior da casa.

“Roxy”

Eu podia ouvir a tudo do escritório, onde me encontrava. Fiquei feliz por Sookie tentar ajudar, talvez sua vinda até a casa de Bill fosse obra de Jessica. Infelizmente o alivio de tê-la do lado de fora da casa, foi substituído pela preocupação, naquele momento ela estava correndo um grande risco. Torci muito para que Bill ainda tivesse qualquer consideração por ela, a ponto de deixa-la viver.

Após alguns segundos o ambiente pareceu mais calmo, eu não sabia o que se passava lá fora, mas imaginei que se houvesse morte, no mínimo ouviria alguns gritos. Aproximei-me da janela na tentativa de ouvir algum ruído, fiquei lá por alguns minutos, até que a porta se abriu.

- O que está acontecendo lá fora, Damon?

Ele ignorou minha pergunta e entrou em silencio na sala, olhou para mim, e se sentou na cadeira mestre da mesa principal do escritório.

- Você mentiu para mim.

Ele carregava algo no olhar, algo que sabia que não era bom.

- Não menti sobre nada – Respondi apreensiva.

- Disse que não estava com minha alma, mas você está.

- Eu não estou.

- Selene me disse como é estar na sua presença. A confusão, a atração sem explicação, todo esse desejo, ela disse que era o efeito que você causava em Compton.

Eu não sabia o que dizer, na verdade não sabia nem o que pensar, toda aquela informação confundia minha mente, eu não deveria causar isso nele, mesmo que tais sentimentos pareciam ser recíprocos.

Sookie estava certa quando disse que não sentia mais a presença de outra alma em mim, o silencio em minha mente dizia-me que eu estava sozinha. Por que ele sentia isso? Por que eu me sentia tão estranha?

- Não posso te fazer sentir-se assim. Não estou com sua alma.

Ele riu sarcástico, um sarcasmo assombroso.

- A única explicação que existe para isso, caso você não esteja com minha alma, é eu estar apaixonado por você. Somente humanos se entregam a este sentimento estupido, eu sou um vampiro, sou incapaz de amar. Eu não te vejo como mulher, te vejo como uma presa, uma infeliz presa que tenta me enganar, o que é muito pior!

- Não estou com sua alma.

- Conte-me. O que Bill sentiu quando sugou seu sangue?

Eu me lembrei da noite no banheiro, na casa de Jason. Lembrei-me do que aconteceu a Bill após beber de meu sangue, então soube que contar a Damon poderia ser fatal a mim.

- Vai me contar ou terei que descobrir por mim mesmo?

Eu o olhei aflita, não conseguia me mover.

- Que pena... Terei que descobrir sozinho.

“Damon”

Aproveitei a chance que tive para me certificar de que Selene falava a verdade, não era minha intenção ataca-la ao entrar no escritório, mas ao olhar para ela me senti tão sem controle que fiz o que meu corpo pedia.

Obriguei-a deita-se no chão e me atirei sobre ela, segurei suas mãos que tentava me manter longe, e cravei minhas presas e seu pescoço. Logo seu sangue jorrou em minha boca, mergulhei no vermelho infinito dele, e me deixei levar pelo prazer que ele proporcionava.

Os minutos se passaram... Quando ela parou de se contorcer parei de sugá-la.

Quando percebi já havia drenado quase todo seu sangue, seu sussurro revelava sua agonia interior, logo percebi o que havia feito e me arrependi completamente. Ela estava com os olhos fechados, e seu corpo completamente inerte.


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Notas finais do capítulo

Merece reviews???