Vidas Cruzadas escrita por BellaWallker


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras. Esse é mais um projeto meu que estou retomando, e devo dizer que tenho um carinho especial e muitas ideias para Vidas Cruzadas. Me acompanhem por favor!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/164164/chapter/6

Esse com certeza é um dos momentos mais marcantes da minha vida, ela aceitou.

— Esta me ouvindo? – Isabella chamou minha atenção me lembrando que eu ainda não tinha respondido ela.

— Uau, me desculpe. Acho que demorei um pouco pra processar o que você esta aceitando – ri nervoso finalmente me dando conta do que esta acontecendo

— Tudo bem, só que... O que acontece agora?

— Bem, primeiro de tudo... Não te quero no cabaré mais. O tanto de homem da sociedade que vai naquele lugar é impressionante, se qualquer um te associar aquele lugar futuramente, temos um problema em mãos.

— Edward... Eu nunca sai com ninguém de la.

— Acredito em você. Podemos nos encontrar amanhã? Pra definirmos juntos o que acontece conosco daqui por diante.

— Tudo bem. Amanhã eu não trabalho em sua casa.

— Vamos almoçar juntos. Passo te pegar as 12:00

— Ta ok, boa noite Edward.

— Boa noite Bella.

Assim que ela desligou já abri o documento no computador, todas as informações de Isabella já estavam ali. Tudo que faltava era uma assinatura dela.

XxXxX

Isabella torcia os dedos a minha frente, aparentemente muito nervosa até mesmo para escolher um prato de comida, tomei a frente e pedi uma massa para ela e para mim, admito que eu também estou bem nervoso.

— Olha, sei que isso é esquisito, mas vamos manter a calma, e como eu disse, seremos amigos – Falei na tentativa de tranquiliza-la que sorriu timidamente para mim.

— Sabe que não é muito fácil... Essa situação é no mínimo inusitada Edward – Ver ela torcendo os dedos das mãos estava me causando verdadeira agonia, fato que me fez pegar uma das mãos dela entre as minha.

— Calma! Nós iremos conversar, com toda calma do Universo. Nós temos tempo. A única coisa que iremos apressar será o tratamento da sua mãe e de ser irmão – Bastou tocar no seu ponto fraco para que ela relaxasse.

— Obrigada! Eu não sei como irá funcionar, mas é minha ultima saída decente, se é que me entende.

Eu entendia, o fato de ser a ultima saída decente quer dizer que ela considerou até mesmo as propostas nojentas que fazem para ela no cabaré de Victoria.

— Vamos comer, tomar um vinho e acalmar os ânimos, depois a gente vai para um local mais apropriado onde possamos conversar somente nós dois.

Ela respirou fundo e entramos em uma conversa leve, contei para ela do meu trabalho na agencia de publicidade de Aro. E do momento que surgiu minhas aspirações politicas. Ela ouvia tudo atentamente, parecendo gostar de cada palavra. Me contou também de seu desejo de ser da promotoria. Algo que muito me agradou, além de ser inteligente ela é sonhadora, ambiciosa, isso me fez ver que outra nunca serviria para o que estou propondo para ela. O destino é certeiro.

No caminho para casa coloquei uma musica da Nina Simone para tocar, Feeling Good. Isabella relaxou no banco e pareceu curtir a música. Ela estava calada olhando para fora na certa se perguntando para onde iriamos.

Ao estacionar na garagem do prédio sai do carro para abrir a porta de Isabella, que pacientemente esperou ao ver minha intensão. Tudo nela parecia estar sincronizado com meu Modus Operandi¹ se é que posso me ver assim.

Isabella não pronunciou nenhuma palavra até entrarmos no apartamento e a curiosidade estar estampada em seu rosto.

— Você mora aqui também? – Olhava em volta, certamente notando que ali tinha muitas coisas pessoais minha.

— Este é meu refúgio, eu gosto de ter minhas coisas, mesmo que Esme insista que eu tenha que ficar com eles, eu me sinto muito mais confortável aqui. Lá tem empregados para tudo quanto é coisa, se eu tiro algo do lugar eu mesmo quero colocar de volta.

Ela pareceu ter ficado surpresa com o que eu disse.

— Nunca imaginei que você não gostasse de todo o luxo que oferecem na casa de Esme.

— Oh, eu gosto. Apenas não o tempo todo, gosto da minha privacidade.

— Ai entra o X da questão. Como você vai ter sua privacidade estando casado comigo e minha mãe e irmão morando conosco.

— Touché! – Sorri para ela que retribuiu se sentando no sofá

— Bem, estou pronta para discutirmos todos os prós e contras disso.

— Vou pegar um contrato que deixei preparado, tudo que tem nele podemos discutir para mudar.

— Tudo bem

Entreguei o contrato para ela que começou a ler realmente interessada, em certos pontos ela enrugava a testa e fazia um “O” com a boca. Aquela não era a reação que eu esperava na verdade, ela parecia um tanto surpresa demais ao terminar de ler.

— Você esta me dizendo que esse contrato tem a duração de 8 anos? Edward, é muito tempo.

— Olha, eu tenho 26 anos, tenho que aguardar mais 4 anos para poder me candidatar ao senado. O mandato dura 6 anos, isso quer dizer que eu tenho ainda mais 4 anos com você até que o contrato termine, e eu possa ser notado por meu trabalho, e não pela minha vida pessoal. Qualquer decisão que eu tome após isso, eu quero ter total segurança pra sair de um casamento e não ser julgado erroneamente por isso.  Eu sou calculista Bella, não se engane comigo, por favor. Eu tenho um caráter inquestionável, mas odeio quando as coisas não saem conforme eu planejo. É oito anos ou nada, entende?

— E você quer dizer que em 2 anos nós temos que estar casados? Tipo, eu acho que você planejou muito bem mesmo, cada mínimo detalhe, é inquestionável. Mas você não teme que a vida te traga surpresas? E se você se apaixonar? Se eu me apaixonar?

— Bella, eu deixei bem claro nesse contrato que para isso funcionar o nossa conduta deve ser inquestionável. Sem amantes, Bella.

— Por mim ok. Eu tenho tanto para fazer em 8 anos. Mas e quanto a você?

— Eu tenho o controle sobre minhas ações. Sem relações que possam por em risco tudo que eu quero. Entende porque você é minha escolha? Eu pesquisei toda a sua vida, me desculpe por isso. Mas sua conduta é inquestionável. Você é nova, não tem um passado do qual possam te apontar o dedo de uma maneira ruim. Você trabalhar no cabaré é algo que com certeza tem que ser muito bem planejado caso caia na mídia. Mas a verdade do porque de você trabalhar lá é mais do que suficiente. Qualquer um que te conhece sabe reconhecer o quanto você se sacrifica para que seu irmão e sua mãe possam viver no mínimo bem, quando você poderia apenas aceitar qualquer proposta nojenta que te fazem e seguir sua vida da maneira que desejasse.

— Não é sacrifício, nunca foi. – Ela pareceu brava comigo por eu dizer que era sacrifício.

— Desculpe, essa não é a palavra certa a se usar na verdade. Mas você entendeu o que eu quis dizer.

— Eu aceito os termos de você pagar tratamento para minha mãe, para meu irmão, aceito até que você me de um local para morar como você diz aqui, afinal, o local onde moro recentemente é bem difícil com Thomas, mas não aceito seu dinheiro Edward. Eu trabalho, e pelo que me disse, vai me colocar dentro do escritório de Charles Wallker, a pergunta que eu te faço é o que eu vou fazer lá?

— Primeiramente, como assistente dele. Você pode aprender muito com a rotina de lá. Pra você é uma boa coisa, já que seu desejo é a promotoria, ali com toda certeza você terá muito o que aprender.

— Certo, concordo com isso também.  Mas, agora quanto a essa mesada, eu não quero. Você já vai arcar com todo o resto, eu posso me manter com o que eu ganhar de assistente de um governador.

— Não vou discordar de você neste quesito se você faz questão disso – Eu sabia que essa era uma luta perdida, não entraria no mérito da questão. Não faltaria nada para ela ou a família dela em todo caso.

— Outro ponto, o que você quis dizer com riscos de imagem?

— Não se colocar em situações que possam levantar suspeitas sobre nosso relacionamento. Nada que saia na mídia que coloque em risco a minha ou a sua reputação.

— Algo como eu trabalhar em um cabaré é um grande risco.

— Mas isso não esta difícil de se contornar, como disse.

— Bem, e como vamos começar a nossa história?

— Eu já sou uma pessoa pública, meu trabalho, minha família. Isso já me faz ser noticia. Nossa história vai ser contada como realmente começou, porém, com um pouco de força nossa, criamos uma história sobre como nós começamos a namorar. Pensei em de repente, a gente ser visto em alguma boate. Onde nos encontramos ao acaso.

— Boate? Edward, ninguém acreditaria que eu facilmente frequentaria os mesmos lugares que você.

— É um ponto a seu favor. Mas podemos trabalhar nisso. Alice vive insistindo para que você saia com ela, eu já sei disso porque ouvi ela falando com Rose.

— Alice é menor de idade, nunca ficaria bem visto pra qualquer um de nós dois colocar uma adolescente menor de idade em um local desse.

— Mais um ponto a teu favor... Amigos? Você não tem amigos?

— Somente um, o Jacob. Mora no prédio, busca o Thomas na escola para mim.

— E ele frequenta baladas?

— Acredito que sim, Jacob sai muito a noite.

— Procure saber que tipo de lugar ele frequenta.

— Esta ok. Vou averiguar isso.

— Ficamos combinados assim então. Quando você descobrir o local. A gente combina algo em cima. Se der pra seguir por esse caminho a gente segue. Temos tempo.

— Temos um acordo afinal.

— Sim, só falta a senhorita assinar.

— Não senhor, falta mudar a clausula da mesada.

— Sem problemas senhorita Swan.

— E como lidamos com sua mãe? Meu emprego na sua casa, meu emprego na Victoria.

— Primeiro de tudo, não vá mais na Victoria. Segundo, deixa pra lidar com minha mãe quando a gente se assumir. Terceiro, teu emprego na minha casa você ainda mantenha. Ficaria estranho demais você sair de lá agora.

— Concordo. Você sabe que Esme não gosta de mim, certo?

— Esme não gosta de ninguém que seja de fora Isabella. Ela tem os motivos dela, acredite. Mas basta você saber que com ela lido eu.

— Perfeito! Agora eu vou pra casa, e já vejo com Jacob sobre a tal balada.

— Isabella, eu já pesquisei os melhores médicos para sua mãe e teu irmão, o quanto antes eles começarem, melhor. Você tem carta branca pra começar com os que eu te indicar, que na minha opinião são os melhores, ou se você preferir outros, você também tem carta branca, é só mandar a conta.

— Muito obrigada! Eu não sei o que seria de mim se você não tivesse aparecido.

— Nosso acordo atende a necessidade de ambos Isabella, eu não estou te fazendo favores. São trocas para ambos.

 

 

 

POR ISABELLA

 

 

Edward me deixou em casa após termos alterado a cláusula do contrato e termos assinado. Agora sim eu poderia pensar exatamente o que seria da minha vida daqui para frente. 

Mamãe e Thomas deviam estar no quarto, tudo estava no mais absoluto silencio na minha casa, e isso ainda eram 19:00 horas. 

Como eles reagiriam a esse relacionamento? Eles nunca poderiam saber sobre esse acordo, é uma das exigências do contrato de Edward, não posso contar para ninguém. Mas será que posso confiar nele? Eu sinto que sim. Mas e se eu me enganar? Ele mesmo me confessou ser calculista. Pela organização do apartamento dele já deu pra saber exatamente o tipo de pessoa que ele é, alguém que não deixa que nada saia conforme a vontade dele, e isso pode ser um problema porque eu também sou muito orgulhosa, odeio gente mandando em mim. Como eu vou me acostumar a ser uma pessoa pública? 

O que eu estava pensando quando aceitei isso meu Deus?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai??? O que acharam?
Devo continuar? rs
Aliás!!! COISAS DO DIVÓRCIO, mais um projeto meu retomado, deem uma passada por lá também. Pretendo continuar as duas coisas, e ir até o fim.

Mandem suas opiniões sobre Vidas Cruzadas.