Vidas Cruzadas escrita por BellaWallker


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo não esta tão grande e nem tão emocionante, apenas um comecinho.



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-Bella, Bella_ sentia-me sendo chacoalhada por alguém chamando meu nome, e tudo que via era a escuridão_ Acorde Bella, você vai se atrasar minha filha_ Atrasar? Atrasar de que?_ Vamos filha levante, sei que chegou tarde, mas a Senhora Cullen é bem rigorosa com o horário meu bem_Senhora Cullen? Atrasar?





_DROGA!!! _ Me levantei num pulo assustando minha mãe que estava na beirada da cama_ Que horas são mamãe?





_Seis e cinco.





Corri para o banheiro pegando roupas pelo caminho, ao entrar embaixo do chuveiro quase tive um AVC a água estava muito gelada, e eu não estava com tempo para esperar ela esquentar.





-Mamãe, Thomas já esta pronto?_ Perguntei passando para meu quarto depois de sair do banho.





- Sim, esta te esperando na sala.





- Ok, eu não vou ter tempo pra tomar o café então somente vou deixa-lo o mais rápido que eu puder na escola.





-É a segunda vez na semana que sai sem tomar café Bella, tem que se cuidar minha filha.





Bella apenas assentiu e foi até Renne lhe dando um beijo na testa e após recomendar que lhe ligasse caso algo ocorresse foi até Thomas que estava um tanto sonolento na cadeira e o guiou para fora do pequeno apartamento.





-Por que eu tenho que ir pra escola Bella? Não vai me adiantar de nada mesmo_ Falou o garoto um tanto rebelde como sempre tem sido.




_E garoto mal humorado, eu estou quase certa que isso é mal da adolescência, mas eu não fui tão chata assim como você seu reclamão.



-Você não estava em uma cadeira de rodas com quatorze anos Bella.





-Me desculpe meu anjo, mas vai pra escola sim, um dia eu terei dinheiro o suficiente para pagar seu tratamento, eu juro que tentarei, não está fácil você sabe, dona Esme mal me da um tempo do almoço, de noite agora com os remédios mais caros da mamãe tenho que trabalhar também meu anjo, me desculpe.





- Eu sei Bells, eu entendo que nossa situação é difícil, me desculpe ficar reclamando, mas é que não é fácil pra mim, dois anos nessa situação desde que meu pai morreu, e a culpa é minha.





- não meu anjo, a culpa não foi sua, não foi do Phil vocês foram vitimas apenas...





Entramos no ônibus sob os olhares hostis dos passageiros por ter de demorar mais com Thomas para entrar por causa da cadeira.





Não falamos mais até chegarmos ao ponto, cerca de meia hora depois. Desci e levei Thomas para a escola pública que eu consegui vaga, o que foi difícil.





-Consegue se virar daqui?_ perguntei para ele que olhava a escola com desgosto.





-sim, vai logo se não vai se atrasar e perder o emprego, sua patroa é uma chata de categoria A.





- que ela não me ouça falando isso, mas ela é sim_ me abaixei até ele dando-lhe um abraço e um beijo no rosto.





Quando vi Thomas entrando e se misturando entre um pequeno grupo de alunos que tinha por ali sai correndo, a mansão dos Cullens ficava cerca de quinze minutos da escola de Thomas, e agora já era 06:55 o que significa que tomarei bronca.





Os Cullens moram em um bairro rico e a única escola que consegui o mais próximo para que fique no caminho para mim foi a quinze minutos do bairro tão nobre de Phoenix.



Entrei cumprimentando o segurança da mansão, que me olhou de cima abaixo, se achando superior a mim, sendo ele um mero empregado dali também.



Corri até a porta de serviço e entrei o mais rápido que pude encontrando Maria na cozinha que me olhou divertida.





_atrasada Isabella, sorte a sua que a Senhora Cullen ainda não desceu.





Sorri para ela e corri para o banheiro dos empregados, trocar de roupa. Coloquei meu uniforme o mais rápido que pude e sai do banheiro prendendo o cabelo e encontrei Emmet por ali me olhando com diversão.





-Eee Bellinha atrasada de novo né? _gargalhou e eu fiz sinal de silencio para ele que entendeu, a mãe dele estava descendo a escada, fiquei em postura reta e assim que Esme chegou até mim eu a cumprimentei.





_Bom dia Senhora Cullen_ falei educada para ela que olhou para mim como sempre, com superioridade.





_ Bom dia, sirva logo nosso café da manhã, estou com pressa_.





_sim senhora_ Fui até a cozinha onde Maria estava colocando as coisas em cima do balcão para eu levar para a mesa.





Estava servindo o suco de Esme quando Carlisle chegou à sala de jantar sorrindo.





_Bom dia filho, meu amor_ se abaixou e selou os lábios da esposa.





_Eca velho, sabe que não gosto de ver estas cenas.





_ Pior é ver filme pornô senhor Emmet Cullen, né?





Mordi os lábios para não rir da cara que Emmet fez por Esme lhe lançar um olhar ameaçador.





_Suco de maracujá ou laranja senhor Cullen?_ perguntei a Carlisle que me olhou sorrindo





_Bom dia Isabella, de laranja, por favor, querida_ tão diferente da esposa que às vezes nem parece que é feliz com um homem lindo e filhos maravilhosos que possui.





Sorri simpática para ele e servi o suco.





_Mais alguma coisa senhor Cullen?





-não, pode se retirar já.





-com licença.





Fui até a cozinha e logo ouvi Alice se juntar ao café dando bom dia. Voltei as minhas tarefas normais, e as nove da manha Esme saiu, isso porque a madame estava com pressa, imagina se não estivesse né? Isso tudo é pra me amolar mesmo.





Limpando o quarto de Emmet que é o mais bagunçado da casa eu me deixei pensar na conversa de hoje de manha com Thomas, e consequentemente em todas as confusões e tragédias que a vida nos trouxe.





Antes de Renne conhecer Phill,  éramos apenas eu e ela, claro que quando ela se casou com Phill eu tinha oito anos, e apenas se casou as  pressas porque mamãe engravidou de Thomas, de meu pai eu não sabia nada além do nome, Charlie, não dou muita importância pra isso também, mamãe parece ter sido muito enganada por ele e ter saído muito machucada e gravida de tal relacionamento, por isso não forço ela a me falar nada sobre este homem, não tenho interesse de saber de uma pessoa que fez minha mãe sofrer, e ele não me faz falta também.





Phill sempre me tratou com muito carinho e respeito, sempre presente, e foi doloroso demais a dois anos atrás Phill, mamãe e Thomas estavam a caminho de um jogo de beisebol que Thomas estava maluco para ver, a semanas só falava naquilo, e Phill com alguma dificuldade conseguiu comprar três ingressos para irem ver o jogo dos Dodgers, Thomas estava radiante e falante, eu não fui, estava com trabalhos da faculdade para fazer, Phill e Renne se esforçavam muito para pagar minha faculdade de direito, o qual sempre foi meu sonho ser promotora de justiça, não gostava que Phill me desse as coisas, mas eu não tinha condições de trabalhar e estudar para manter minhas notas boas, então tive de aceitar que Phill e Renne pagassem minha faculdade, mas até o dia do jogo dos Dodgers isso foi possível, na volta do jogo, Phill estava empolgado com Thomas mas mesmo assim atento ao transito, depois de o sinal abrir Phill colocou o carro em movimento, mas passando o cruzamento  um caminhão desgovernado atingiu justamente o lado onde Thomas e Phill estavam, Phill morreu após quinze dias na UTI, e Thomas foi dado como paraplégico da cintura abaixo.





Renne entrou em depressão depois disso, mas mesmo assim continuou trabalhando, e eu também depois de algum tempo consegui o emprego na casa de Esme, apenas meio período, ainda frequentava a faculdade, mas isso apenas até ano passado, quando Renne teve um ataque cardíaco e uma das mãos dela perdeu o movimento, depois disso, com os remédios de Renne e ela impossibilitada de trabalhar, fiquei em período integral na casa de Esme,minhas notas na faculdade caíram, mas mesmo assim eu não queria desistir, mas já estava quase impossível pagar as contas todas, sozinha, e desisti da faculdade também,  agora a dois meses atrás vi a necessidade de arrumar outro emprego, sendo assim na parte da noite, consegui em um cabaré, onde não me sujeitei a sujeira de perder a minha virtude de maneira nenhuma, sendo assim me colocaram como garçonete apenas, confesso que não gosto tanto do lugar, os homens tentam a todo momento algo comigo, me oferecem uma grana preta para me deitar com eles, algo que sinceramente as vezes me da vontade de aceitar, os remédios de Renne e de Thomas apertam muito, mais a conta de luz, de agua, gás, e o aluguel também, me deixam com a cabeça cheia que até eu preciso de remédio, mas pra curar dor de cabeça.





Meu anjo da guarda mesmo, é Jacob, que se encarregou de ir buscar Thomas na escola para mim, por ele sair as três e meia da tarde do colégio eu não tenho como ir busca-lo pois ainda estou no horário de trabalho, Jake leva Thomas para casa todos os dias, é um amigo que fiz aos dezessete anos, quando estava terminando o ensino médio, classe media alta, mas não conto meus problemas para ele, e também não aceito dinheiro de ninguém, não gosto de ficar devendo para ninguém, e acho que isso é meio um ensinamento que Phill me deu, e que eu dei razão a ele e sigo a isto, sou pobre cheia de problemas e dificuldades, mas sou honesta e tenho orgulho de ser descente.





Esme e Carlisle tem três filhos,  Alice, Emmet e um outro que eu não conheço porém me parece que mora em Londres trabalhando para uma empresa de publicidade, me parece que tem um cargo muito importante na filial de uma
empresa.



De certa forma eu até tenho que admira-lo, pois se fosse seguir todas as vontades de Esme, ele iria ser médico assim como ela e Carlisle, consequentemente Alice e Emmet por influencia dos pais serão médicos também, Emmet tem 19 anos e já esta na faculdade de medicina, e Alice esta terminando o ensino médio, tem 17 anos. Então isso é motivo para admirar o outro filho de Esme que eu não conheço só o que sei é que ele tem 26 anos e já exerce um cargo muito importante em uma empresa, e que Esme e ele sempre brigaram pelas escolhas que ele fez que não agradam ao gosto de Esme. Não sei o porquê de ela querer que os filhos sigam somente ao que ela determina, cada um é livre para fazer o que deseja da vida, por mais que eu tenha responsabilidades muito grandes tendo apenas 22 anos, essa foi uma escolha minha, não deixar minha família padecer, mas eu agradeço por Renne e Phill terem me apoiado em todas as minhas decisões e sempre terem comemorado comigo minhas maiores conquistas e até mesmo aquelas mínimas, apenas para me dar força e animo para continuar  a fazer tudo o que eu sonho.





O cabaré eu consegui entrar lá por conhecer um amigo que conhecia a dona, James com jeitinho fez Victoria me aceitar como garçonete, claro que depois que os homens começaram a falar com ela sobre minha beleza e o quanto desejavam mesmo que por uma hora apenas a minha presença na cama com eles, ela até me fez a proposta de me treinar para fazer programas como as outras meninas dela, mas eu não aceitei, já era difícil estar num lugar como aquele trabalhando imagine então perder minha virtude ali, de jeito nenhum, prefiro continuar como garçonete apenas servindo bebidas e levando cantadas, e o que me beneficia é que é um ‘’cabaré’’ muito luxuoso, e consequentemente só vem
clientes endinheirados que para tentar agradar a mim e tentar me fazer mudar de
ideia me dão gorjetas gordas, que muitas vezes me ajudam a pagar os remédios e
o aluguel em dia.





_Isabella_ olhei para a pessoa que me chamava de forma tão dura e olhei para Esme de cabeça erguida, ela pode ser minha patroa, mas eu nunca darei a ela espaço para que faça comigo o mesmo que faz com os filhos dela, se achar minha dona.





_Sim senhora Cullen_ respondi a ela de forma calma e educada como sempre.





_preciso que fique até mais tarde hoje, vou receber uns amigos e preciso de você para servir.





-sinto muito senhora Cullen, mas não vai ser possível, eu já tenho compromisso.





Ela me olhou com raiva.





_Eu não estou pedindo Isabella, eu estou avisando já





-Eu sinto muito mesmo, mas eu não sou obrigada, eu cumpro meu horário aqui e vou embora, eu tenho compromisso, se a senhora tivesse avisado com antecedência eu não teria marcado compromisso para hoje.





-ok, bem se vê que não da pra contar com a lealdade de ninguém mais.





-Mais alguma coisa senhora Cullen?





-Não, pode terminar o que esta fazendo e ir pra casa.





-ok então_ me virei terminando de por as roupas na lavadoura.





Depois de terminar meu horário, fui até o banheiro me trocar, e quando sai vi Alice e Esme conversando.





_E quando ele vai chegar mamãe?





_ Na semana que vem no máximo já esta aqui.





_ aii que máximo estou morrendo de saudades dele_ Alice falava feliz e eu para não ser considerada de esbilhoteira sai me despedindo de Maria.





Fui direto para o cabaré, minha produção ficava ali mesmo. Mesmo sendo garçonete apenas eu tinha que usar roupas sensuais, mas eu optei por usar roupas sensuais e não vulgares como a maioria das outras garotas confundem no lugar, eu usava maquiagem para trabalhar ali, tudo isso para conservar o bom nome de Victória.





Não me importava sinceramente de ter que me produzir para trabalhar, o que vale é que a dignidade está dentro de mim, e isso ninguém me tira.





-Boa noite rainha do gelo_ era assim que Mike, o segurança do Cabaré me chamava, pois diversas vezes tentou sair comigo e eu sempre recusei





-Boa noite tolinho_ falei divertida, apesar de ser um lugar como esse as pessoas ali até que eram legais e gentis, claro que quando ninguém tenta passar por cima do status de ninguém.



Ali cada um possuía um lugar por direito, e Tanya era a numero um, todos os homens faziam fila e até disputavam quem dava mais para ter uma noite com ela, e o restante das garotas respeitavam a ela, e depois de Tanya estava Lauren, que por mais que se mostre amiga de Tanya da pra se ler nos olhos dela a inveja, e por diversas vezes já peguei ela amaldiçoando Tanya quando eu ia levar drinks e bilhetes que clientes mandavam para ela, ela tinha inveja, e gorava para que Tanya caísse no cano.





E acho que isso só faz com que ela se de mal, porque quando mais ela amaldiçoava mais fãs Tanya ganhava. Tanya era uma garota legal, e parece ter uma história bem triste e por isso esta nessa vida, ela conversava comigo de vez em quando, e sempre foi muito simpática, e se percebe que ela só queria amiga de verdade, devia perceber que era cercada por cobras;





Já eram dez da noite faltava apenas duas horas para eu ir embora, a casa estava cheia, e já tinha levado muitas cantadas, a maioria de homens casados, esses homens não tem vergonha na cara, é por isso que eu estou solteira, eles não têm um pingo de respeito pela pessoa que esta ao lado deles, tendo mulher em casa eles pagarem pra foder é o cumulo da burrice desses homens.



Tanya veio pegar uma bebida de minha bandeja e estava com uma cara péssima.





-Algum problema Tanya?_ Perguntei preocupada com ela





-Caius Volturi esta aqui, ele é um bruto, e sempre me escolhe, não tem como eu negar, ele paga bem, é um cliente excelente ao ver de Victoria, mas ele não tem um pingo de respeito, sou prostituta mas não sou saco de pancadas, estou ficando é com medo da obsessão que ele tem por mim, ou por meu corpo vai saber, até que era gostoso no começo, mas ele passou a ser um troglodita e eu tenho que encenar tudo agora.





_sinto muito, mas se quer saber, também não gosto dele, o jeito que ele me olha, e até ofereceu pra mim cinquenta mil pra passar a noite com ele sem Victoria precisar saber.





-A grana é boa, mas não compensa vai por mim... Nossa acabei desabafando tudo com você_ Falou constrangida





-Não se preocupe, também não tenho com quem desabafar, e acredite, por mais que essa seja sua profissão não da o direito para que ninguém maltrate você.





Ela me olhou e sorriu se levantou e foi até a mesa de um cliente que havia mandado um recado para ela.





Fui até a mesa de Caius levar a bebida que ele tinha pedido e o olhar dele me incomodou





_Boa noite linda vejo que continua deslumbrante e inalcançável, mas um dia será minha, todas tem um preço.





_Sim eu tenho um preço, e ele você por mais rico que seja não tem condições de pagar.





_uau, isso é o que mais me excita em você, tem resposta pronta, adoro uma putinha orgulhosa





-putinha? Ta, a putinha que você não vai ser capaz de comer nunca, alias você e nem ninguém que frequente um lugar como esse, trabalho aqui mas não sou o que pensa, seu drink, com licença_ Entreguei irritada.





Caius não voltou a me incomodar mais durante meu expediente, mas percebia o olhar de cobiça dele pra cima de mim.





Quando deu meia noite, Victoria mandou Demetri me levar para casa, como sempre fazia, ela sempre foi uma ótima pessoa, e tinha um bom coração apesar de ser uma cafetina, a meu ver, mas tinha bondade, não deixava eu pegar ônibus nesse horário, por eu trabalhar onde trabalho diz que é perigoso algum engraçadinho entrar no ônibus apenas pra saber onde eu moro, apenas por eu ser a rainha do gelo do cabaré, afinal todas as garotas que trabalhavam no cabaré já transaram com clientes, levava quem pagasse mais, e o valor em cima de mim estava alto.




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Notas finais do capítulo

Comentários? alguém acha que devo continuar?
Se sim, postarei outro capítulo a noite.
Beiiijinhos!!!