Uma Nova Família escrita por Mandhy


Capítulo 6
Inseguranças


Notas iniciais do capítulo

Ok, a partir de agora os capítulos serão maiores.
Dedicando a minha amiga Dryelle que fez aniversário.
Ainda não recebi o meu pedaço de bolo hein kkkkkkkkkkkk



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O time de Miami saiu pra comemorar. Ryan preferiu ficar com Sara, levou-a até o hotel onde estava hospedado.

- Uau! Belo lugar – disse admirada, o quarto era praticamente um apartamento, o hotel era o mais caro de Las Vegas.

- Já esteve aqui? – ele fez sinal pra ela se sentar.

- Já. Em um caso – ela acomodou-se no enorme sofá.

- Você trabalha demais Sara – ele a repreendeu sentando-se ao lado dela.

- Você também – ela retrucou fazendo um biquinho.

- Mas comigo é diferente. O basquete é a minha paixão.

- E a ciência é a minha.

- Mortes, corpos, sangue...

- Eu amo a minha profissão Ryan – ela diz firmemente.

- Tudo bem – ele ri, depois fez uma pausa – Preciso falar com você.

- Você vai embora – ela completa.

- Sim, mas não é só isso – ela franziu a testa – Tem uma coisa que eu não te contei. Eu vou me casar – ela o olha intrigada abrindo um sorriso.

- Jura? Parabéns – ela o cumprimentou abraçando-o desajeitadamente.

- Obrigado – ele sorri – Eu quero que você vá ao meu casamento – ela é pega de surpresa.

- Ryan... Você sabe que é difícil, tem o meu trabalho...

- Mas é uma ocasião importante. Tenho certeza que te liberariam – tentou convencê-la.

- Quando é?

- Semana que vêm – ela arregalou os olhos, estava mais do que em cima.

- Não acha que sua mãe... Não sei... Talvez não possa gostar... -  ela hesita.

- Não – ele diz rapidamente segurando as mãos dela – Ela já sabe sobre você, ficou muito feliz – ele se levantou pegando uma mochila em cima da mesa, retirou um porta retrato de dentro entregando á ela.

- São eles? – ela perguntou, ele acenou com a cabeça. Havia quatro pessoas, Ryan, uma mulher morena e forte, tinha o mesmo sorriso dele, era sua mãe – Quem são esses? – ela apontou para um homem, também moreno e um jovem, pré-adolescente.

- São meu padrasto e meu irmão – ela sorriu.

- Irmão? – Ryan não havia contado esse detalhe.

- Sim, esqueci de te contar. Esse é o Arthur, um aborrecente – ele riu – É filho da minha mãe com o meu padrasto, ele é como um pai pra mim, me criou desde pequeno.

- Você tem uma bela família – Sara sentiu-se feliz por ele, ficaria triste se ele tivesse tido uma infância triste e solitária como a dela, mas não, ele tinha um lar, tinha uma família e pareciam ser felizes.

- Sim eu tenho, e quero que você faça parte dela... Venha conhecê-los – ele insistiu.

- Eu não sei – ela fica com o coração na mão, não queria decepcioná-lo, estava sendo tão gentil, querendo incrui-lá na família. Ele já fazia parte da sua, sentiu-se insegura, não sabia por que – Eu vou tentar, mas não prometo nada – ela diz docemente.

- Está bem – ele forçou um sorriso, não queria pressioná-la, mas iria continuar insistindo, ela precisava sair, conhecer pessoas, era muito sozinha.

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 A despedida com Ryan foi fácil, os dois trocaram contatos depois de conversarem por um bom tempo. Ele prometeu atormentá-la pro resto da vida e ela acreditou, ele lhe passava confiança. Lembrou-se da última coisa que ele disse “Te vejo em Miami” ele estava confiante quanto à visita dela, mal sabia ele que sua coragem era pouca ou quase nenhuma.

Ela parou em frente á sala de Grissom, encostando-se na porta, estava bem concentrado, mas não demorou pra perceber a presença dela ali. Ela não sabia, mas ele sentia seu perfume de longe, o cheiro de flor de seu shampoo misturado com o creme corporal da mesma flagrância.

- Oi – ela sorriu sentando-se de frente pra ele.

- Como foi ontem? – retirou os óculos sorrindo pra ela.

- Foi bem – ela faz uma pausa – Ele vai se casar.

- É mesmo? – fica surpreso, mas percebe a preocupação dela.

- Ele quer que eu vá visitá-lo – ela continua.

- E você vai?

- Não posso deixar o laboratório assim – ela diz automaticamente, a primeira desculpa.

- É claro que pode, é direito seu.

- Eu tenho que ir – ela se levanta, Grissom resolve deixar pra falar com ela mais trade.

- Hey! – ele a chama – Posso passar na sua casa depois? – ele pergunta hesitante, antes de toda essa confusão costumavam sempre passar um na casa do outro, mas agora não sabia se ela estava chateada.

- Mas é claro – ela sorriu, dando-lhe um olhar bem significativo, já havia o perdoado.

Já em seu apartamento tentou ligar para Ryan duas vezes, mas acabou desistindo. Pensou em inventar uma desculpa pra não ir, ele iria entender. Depois de muito pensar chegou á conclusão de que o problema não era ele ou a família, mas sim ela. Sentia-se como quando era criança, quando estava no orfanato e tinha que conhecer uma nova família.

Era uma pessoa forte, mas volta e meia suas inseguranças e medos reapareciam.

Despertou ao ouvir a campainha, quase perdeu o ar ao ver aquele par de olhos azuis que tanto adorava, ele usava jeans e uma camisa pólo vermelha, estava lindo, não resistiu, e o agarrou ali mesmo o enchendo de beijos até o meio da sala.

- Nossa! – ele disse recuperando o fôlego, fora pego de surpresa, uma bela surpresa – Que recepção maravilhosa.

- Você está lindo – ela ainda estava colada nele, ele ficou sem jeito fazendo-a ficar ainda mais admirada, era muito fofo – Vem, eu fiz o almoço – ela o puxou mudando de assunto.

- Fez? – ele zombou, sabia que ela era uma negação na cozinha.

- Sim – ela o ignorou, os dois sentaram-se á mesa servindo-se da massa, ele a encarou por um momento com a sobrancelha arqueada, ela não agüentou e acabou confessando – Está bem, eu comprei, mas está muito bom – tentou dizer seriamente, mas não conseguiu segurar o riso.

- Eu podia cozinha pra você – divertiu-se com a situação.

- Você sempre cozinha. Eu queria fazer dessa vez – ela deu de ombros.

Eles almoçavam e conversavam ao mesmo tempo. O assunto maior era Ryan, ele havia conquistado Sara, não dava pra negar a ligação. Grissom percebeu que ela estava mais leve, mais feliz.

Estavam de pé, os braços dela entrelaçando o pescoço dele, seus olhos nunca deixando de fitá-lo, ela acariciou sua barba, era uma mania que tinha, às vezes ficavam minutos assim, se olhando em silêncio. Grissom gostava, sentia-se hipnotizado por aqueles olhos castanhos.

- Eu senti a sua falta – ela murmurou quebrando o silêncio.

- Eu também – ele sorriu, fizera realmente um sacrifício convencendo-a a se aproximar do irmão, correu o risco de perdê-la, tudo pela felicidade dela.

- Você sabe do que eu estou falando – aquilo foi á chave pra ele levá-la pro quarto e fazerem amor.

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 Estava deitada sobre o peito dele, apenas sentindo a batida de seu coração. As últimas horas não poderiam ser mais perfeitas. Sussurros apaixonados, carícias nos lugares em que mais gostavam. Grissom conhecia o corpo dela com a palma da mão, sabia onde gostava de ser tocada e fazia questão de agradá-la, era retribuído pela boca macia dela percorrendo seu corpo.

Precisava conversar com ela e essa era a oportunidade, ela sempre ficava mais calma depois que faziam amor.

- Sara...  – ele acariciava seus cabelos – Eu acho que você deveria ir ao casamento.

- Eu não quero – ela murmurou sonolenta.

- Por quê? – ele insistiu e ela suspirou.

- Eu me sinto insegura, pode parecer bobagem, mas eu iria me sentir uma intrusa lá – ela desabafou.

- Eu entendo seu medo, mas isso vai ser bom pra você – ele incentivou.

- Talvez se você fosse comigo... – ela o olhou de lado.

- Você sabe que eu não posso.

- Eu sei – ela fechou os olhos se aconchegando em seu corpo quente – Amanhã eu decido.

Ryan ligou no outro dia pedindo que ela chegasse três dias antes do casamento, como previsto ela não conseguiu dizer que não podia ir.

Grissom a observava, sabia de suas inseguranças, tentava convencê-la, mas era difícil. O dia da viagem chegou, sem uma decisão concreta arrumou suas malas e deixou tudo no jeito, decidiria no último minuto.

Estava sentada no sofá com as mãos no queixo, seus pés não paravam de mexer e seus olhos não paravam de fitar o relógio á sua frente esperando uma reação de seu próprio corpo, mas nada acontecia, a coragem não vinha.

Deu um longo suspiro levantando-se, provavelmente não teria coragem de ligar pra Ryan, talvez ele mesmo ligasse pra ela, inventaria uma desculpa, pois a verdade era tola demais. Sabia que ficaria magoado, mas pelo menos tentou até o último minuto. Já ia desfazer suas malas quando escutou a campainha.

- Gil – ela exclamou surpresa ao abrir, olhou mais pra baixo e viu que ele carregava uma mala.


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Notas finais do capítulo

Pedindo desculpas a Criz e a May por quebrar o coração de vcs :(
Sim minhas queridas, ele está noivo.
Agora só nos resta saber se Sara irá pra Miami.
Comentemmmmmmmmmmmmmmm