Ali estava eu, sentado no chão da varanda comendo castanhas.

Estava pensando em algumas coisas que eu poderia fazer, como viver a vida, quem sabe.

Era tão estranho. Eu passava horas ali, sem fazer nada. Sou um preguiçoso.

-Hm? –Atendi ao telefone que acabara te tocar, eraele. –O que você quer? Ok, eu vou. Mas o que você quer? –Ele somente desligou na minha cara. Ele era grosso e rude às vezes. Não sei o que ele queria comigo, mas não o mesmo que eu queria com ele.

Mas eu não queria nada.

Tomei uma ducha fria, aquele calor realmente estava me matando. Vesti-me, o de sempre: Camiseta, calça, um sapato e um casaco. Sim, um casaco. Sempre fui muito precipitado com relação ao tempo, acho que a minha mãe parafusou isso na minha cabeça quando eu era pequeno.

Não sei o que estava dando em mim, mas eu estava com um sorriso enorme no rosto. Estava feliz? Feliz com o que?

Peguei meu carro e fui em direção ao local onde ficava o apartamento dele.

Não era longe, mas eu sempre tinha que passar por milhares de lugares pra chegar lá.

Porque você tem que morar no fim de um labirinto, Kazuki?

Não sei, eu gostava dele. Ele era engraçado, simpático, querido comigo... Mas ele adorava zoar a minha altura. A culpa não é minha se ele é um poste.

Cheguei ao hotel onde aquela criatura se hospedava. Era um hotel grande, e pra chamar mais atenção, ele morava na cobertura. O lugar mais caro dali.

Nem se achava.

Estacionei meu e adentrei naquele hotel enorme e de luxo. Somente faltava eu entrar no quarto dele e encontrar umas 10 prostitutas.

Cheguei ao ultimo andar, e ele estava na frente do elevador me esperando. Realmente, ele me observava a todo custo.

-Oi! –disse ele em um tom alegre, como se estivesse feliz em me ver. Não me chamou de baixinho, implicante, idiota, pateta, gay, chibi, stripper, prostituto nem de anão. Sim, aquilo foi estranho.

-Oi. O que você quer?

-Hm...  –Sempre que ele falava isso, eu tinha vontade de espanca-lo até a morte.  –Vem.

-Me tratando como cachorro...

-Não, não... mas se quiser. Vem com o papai, au  au.  –Ele ria. E eu tive que rir também.

Não importa a brincadeira que ele faça, eu sempre rio.

-Palhaço.

-Ah, não. Odeio palhaços. –ele fez bico e cara de desaprovação.

Adentramos no quarto do mesmo. Era quase maior do que a minha casa, sinceramente.

-Exagerado.

-Nem sou. Apenas gosto de espaço. Quer algo pra beber? –Apenas assenti com a cabeça, e o mesmo foi buscar bebidas.

Mas na minha cabeça ainda ecoava a pergunta: “O que ele quer comigo?”

-Pronto! –Ele me entregou um copo de whisky. Fiquei observando ele até tentar entende-lo, mas era impossível. Eu nunca conseguia. Apenas ficava olhando os olhos dele e me sentindo cada vez mais puxado á ele. Como se ele fosse um imã.

Agradeci-o sem nenhuma palavra, e desviei o olhar dele, olhando para aquela imensidão de cômodo.

-Às vezes não se sente sozinho nesse lugar enorme?

-Não. Já me acostumei. –Ele olhava pra mim, e cada segundo que passava eu me sentia mais constrangido. –Desculpa.

-Desculpa? Pelo que?

-Por ficar te olhando, estou te deixando constrangido, mas é porque você é muito lindo , Mao.

Aquilo me fez corar violentamente, e percebi que ele achou aquilo engraçado. Ele ria.

-Não ria de mim. –fiz bico e fiquei encarando o chão.

-Como você consegue ser tão... adorável?

-Kazuki, a bebida já está te afetando? –perguntei encarando-o, seriamente.

-Não. Foi por isso que te chamei aqui. Queria te dizer uma coisa.

-D-dizer o que?

-Não sei como te dizer isso, Mao, mas... –Ele se posicionou na minha frente, colocou a mão em meu queixo, levantando minha cabeça para que pudesse olhar em meus olhos. –Eu estou... apaixonado... por... você.

Naquele momento, eu senti como se meu coração tivesse parado, me arrepiei e não consegui me mover. Era muita coisa pra mim.

-M-mas vo... –Ele selou meus lábios delicadamente. Segurou em minha cintura e colou meu corpo no dele. Eu tentei me afastar dele, mas o mesmo me puxou pra perto dele novamente, dessa vez, me segurou pela nuca e começou a fazer movimentos intensos com a língua em minha boca. Eu já não conseguia ter uma reação, apenas me deixei levar pela intensidade dele.

Era tão bom, cada segundo que se passava, eu me sentia mais excitado.

O mesmo já estava aumentando cada vez mais a velocidade do beijo, e aquilo me enlouquecia.

Ele me dominava naquele instante.

Novamente, tentei em vão, me afastar dele. Mas era impossível, por mais que eu quisesse, meu corpo teimava em ficar ali, colado no dele, e minha boca queria aquele beijo ainda mais.

Coloquei minhas duas mãos na nuca dele, não querendo mais parar de beija-lo.

Era tão gostoso, não queria parar.

Mas ele mesmo se afastou de mim, parando um pouco o beijo, ofegante.

-C-calma, Mao. –disse ofegante –desse jeito eu... eu...

-Você...

-Esqueci o que ia dizer. –Ele olhou para mim com cara de quem acabara de pisar em nuvens. Era tão bom olhar a expressão de ‘quero mais’ dele. –Olha, a sua boca.

-O que, o que que tem a minha boca?

-Está toda... vermelha.

-Sério? –fui até onde tinha um espelho, perto da cama dele. –Nossa, olha o que você fez. Malvado.

O mesmo ria de mim. Eu achava adorável o jeito como ele me tratava.

-Eu fiz isso?

-Nós fizemos...

-Mao...

-O que? –senti o mesmo colocar a mão em minha cintura, encaixando-me a ele –Vamos... fazer algo?

Virei-me pra ele, um pouco surpreso.

-V-você... você que sabe. –ri maliciosamente. Fingi que não tinha em mente o que poderíamos fazer.

Ele se aproximou de mim, a ponto de encostar em  meus lábios. Começou a beijar-me por todo pescoço, e voltou aos meus lábios. Colocou-me na cama delicadamente e começou a beijartodo meu corpo.  Aquilo me excitava cada vez mais.

E novamente eu começava a me negar a olhar nos olhos dele.

Tirou minha blusa e logo depois tirou a dele. Aquele corpo, ah...

Agora sim eu entendia o porquê que tantas garotas eram loucas por ele.

Começou a beijar minha barriga e foi subindo, voltando novamente para minha boca.

Começou novamente a me beijar, intensamente, mais do que antes.

Eu podia sentir sua excitação, e tentava fazer com que aquiloaumentasse.

Coloquei minha mão por dentro das calças do mesmo, acariciando aquele membro que já começava a pulsar em minhas mãos.

Sentia-o suspirar de excitação. E isso me excitava também.

Arranquei as calças dele e o empurrei para trás, fazendo-o ficar de joelhos.

Aproximei-me do membro dele, e somente queria aquilo em minha boca.

Comecei a chupar aquele membro gostoso, queria vê-lo com prazer.

-Ah, Mao...  –ouvia o mesmo dizer, já totalmente excitado com tudo aquilo – continua vai...

Coloquei todo aquele membro em minha boca, e comecei a fazer movimentos rápidos, até que senti ele me puxar pelos cabelos.

-O que foi? –perguntei a ele.

-Quero mais do que isso... –colocou sua língua em minha boca, e me jogou para trás, me deitando e encaixando o corpo dele no meu.

Senti aquele membro perto de mim, apenas fechei os olhos e senti-o.

O mesmo começou devagar, com movimentos de vai e vem, suaves.

-Um pouco mais... rápido. –pedi.

Então ele segurou meus braços e aumentou a velocidade, cada vez mais rápido.

Sentia seu membro entrar e sair com muita intensidade, aquilo já estava incontrolável.

Tentei segura-lo um pouco, mas o mesmo prendia meus braços na cama, e eu não tinha força o suficiente para tira-lo.

Ele soltou meu braço e colocou uma mão em minha cintura, a segurando, e a com a outra, começou a acariciar meu membro, cada vez mais rápido. Eu não sabia o que me dava mais prazer, apenas estava amando aquilo.

Então ele colocou as duas mãos em minha cintura, encaixando totalmente meu corpo no dele, fazendo seu membro entrar completamente dentro de mim, me fazendo gemer alto.

-Quer que  eu pegue menos pesado? –perguntou ele, com um tom um pouco preocupado comigo.

-Não. Não quero que pare. –respondi ofegante, colocando as mãos na cintura dele e continuando a fazer com que o membro dele não parasse de entrar em mim.

O mesmo deu uma risada de lado e continuou a penetrar em mim.

Eu não conseguia distinguir se estava sentindo dor ou prazer.

Mas era incontrolável a minha vontade de querê-lo ainda mais.

-Por favor... um pouco mais... –fiz movimentos contra o corpo dele, fazendo com que ele me segurasse e penetrasse ainda mais em mim.

Ele ia rápido, eu sabia que já estava me machucando, mas não queria parar. O prazer é irresistível.

O som dos nossos corpos se batendo um contra o outro, gemidos, palavras sem nexo e o barulho da cama contra parede, estava constante dentro do quarto.

O mesmo ia se afastando, querendo parar um pouco, estava demais. Mas eu não queria que parasse, queria ficar ali, com ele, repetindo aquele momento por toda noite.

E ficamos ali, nos amando selvagemente até anoitecer. E eu, por pura obsessão, ainda não estava satisfeito. Somente fiquei cansado. Mas ainda queria mais.

Comecei a jogar meu corpo contra o membro dele, fazendo o mesmo não parar. O prazer era inexplicável.

-Mao... Eu te amo. –disse ao meu ouvido, ainda ofegante.

-Eu... Eu também te amo.

Selei os lábios dele, mas sempre terminando em um beijo intenso.

Ficamos deitados olhando para o teto, apenas tentando aguentar o prazer que ainda nos dominava.

Virei ao lado dele, apoiei minha cabeça em seu peito, e, ainda com aquele acontecido em minha mente, adormeci.