Butterfly escrita por jullyterapeuta


Capítulo 1
Capítulo 1 Capitulo ÚNICO


Notas iniciais do capítulo

Apenas agradecer a uma amiga que me deu a coragem de postar esse One...
Obrigada por me ajudar a não desistir dela..
Obrigada por Betar, por fazer a capa.. Ajudar na musica.... rsrs
LOVE U ANAP...



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Butterfly Fly Away (Miley Cyrus)


Borboleta voe longe
Ganhou suas asas,
Agora você não pode ficar
Pegue esses sonhos
E você pode fazer todos eles virarem realidade
Borboleta voe longe
Borboleta voe longe
Você ficou esperando por esse dia
Você sempre soube o que fazer
Borboleta, borboleta,borboleta,
Borboleta voe longe



As memórias da minha transformação... Tudo era tão doloroso, eu sentia o fogo a me queimar, todas as vezes que me recordava. Eu não iria dizer sobre como tudo foi tão mortalmente doloroso. A anestesia que serviria para suprir a minha dor serviu apenas para calar os meus gemidos inefáveis; e o silencioso do lado de fora me torturava ainda mais. Com todas as certezas da minha vida, nenhuma dor poderia ser comparada àquela que senti, e jamais desejaria isso nem ao pior ser humano. Foi nesses dias de tamanha angustia que, por um segundo, desejei a minha morte. Quis desistir de tudo, de mim, de Edward, da minha nova família, do meu mundo, de R... Não, eu não poderia desistir. Morrer era doloroso, mas viver era tão fácil e simples.

Hoje aqui, a admirar a minha beleza, em frente ao grande espelho, em moldura de madeira maciça em patinas branca do nosso quarto, em nossa casa, eu sorria como a mulher mais feliz do mundo. Eu me sentia completa, sentia que dentro de mim existia vida, muito mais do que um dia tive em minha vida humana.

Para todos, os vampiros eram mortos vivos e, talvez, fisicamente fosse assim mesmo. Meu corpo era frio e duro como de alguém morto, meu coração não se ouvia as batidas e o sangue não corria mais em minhas veias. Mas era naquela vida humana de antes que eu me sentia morta, não agora.

Diante desse espelho eu sorri agradecendo por minha vida. Agradecia por ser uma afortunada, por ter muito mais do que pedira ou desejara. Lembranças desfocadas da dor da transformação eram misturadas com os olhos de Edward sobre mim, nosso casamento, e as lembranças vagas no nascimento da nossa pequena cutucadora.

Foi nesse pequeno momento de recordações que olhei para trás, ao sentir o cheiro de lavanda, o som de um coração que batia tão forte como o de um pássaro. No colo do pai Renesmee estendia suas mãozinhas para mim, e ele sorria me admirando como uma deusa.

- Vês como é linda a mamãe, amor...

- É eu sei, ninguém é mais bonita do que ela...- Disse Edward - E sim meu amor a mamãe sabe que você a ama mais do que tudo – completou.

Eles estavam em uma conexão perfeita entre pai e filha e, novamente, Renesmee me estendeu as mãozinhas gordinhas de um bebê.

Em meu colo ela se agitou me chamando a atenção e suas mãozinhas tocaram meu rosto, fui invadida por imagens vívidas. Em todas estávamos juntas, momentos nossos, pequenos carinhos e gestos e sempre, sempre a campina e as borboletas multicores que fascinavam os seus olhinhos. Renesmee soltou suas mãozinhas e as imagens sumiram, eu sorri para ela.

- Ela esta dizendo que te ama. – disse Edward.

- Maneira, bem bonita de dizer que ama a mamãe não é? – Renesmee soltou um gritinho e balbuciou as primeiras sílabas.

- Mamãe ama muito você, mais do que a minha própria vida.

- Pa pa.

- Bella, Bella. – Edward me chamou. – Renesmee, ela... você ouviu?

- Pode dizer de novo ao papai? Vamos meu amor diga papai.

Renesmee sorriu, e ficou observando Edward como um bobo a ensiná-la a falar. Era uma cena bem engraçada, mas linda. Eu tive sensação de quentura em meu coração gelado, se eu pudesse chorar as lágrimas já estariam a rolar em meu rosto.

- Vamos, meu amor – agora era eu quem insistia

- Mamãe – ela sorriu ao dizer as primeiras palavras. Não a palavra que imaginávamos, pois os indícios seriam de outra.

- Ouviu meu amor, ela disse mamãe – Edward sorriu com tamanha felicidade ao ouvir o som das primeiras palavras, “Mamãe”

- Não há ninguém que você ame mais, não é mesmo meu amorzinho? Renesmee ama a mamãe mais do que tudo. - Edward afagou suas mãozinhas e beijou.

- E o papai ama tanto vocês. Pode dizer mais uma vez a palavrinha? Para que mamãe escute e fique feliz?

Meu pequeno bebe, olhava o pai em meu colo, a mãozinha gordinha estava na boca e ela chupava o dedo e observava tudo o que Edward lhe pedia.

- Mamãe – repetiu sorrindo e olhou em meus olhos – Rodopiamos juntas e ela gargalhava em uma risada tão gostosa que contagiava o ambiente.

Renesmee chamou a minha atenção, queria me dizer algo, mas eu continuava distraída a rodopiar e rodopiar.

- Ela esta ficando brava contigo meu amor- Disse Edward escorado na parede com o sorriso torto que me quebrava por dentro, mesmo sendo uma vampira.

- Oh, me desculpe amorzinho, Vamos o que quer dizer para a mamãe?

Renesmee apenas me mostrou em imagens a boca que se mexia e formavam a palavra ‘Papai’. Ela se agitou em seguida no meu colo, seus braços agora procuravam por Edward.

Edward sabia o que nossa filha iria dizer, sabia, pois lera o seu pensamento. E ele de prontidão a pegou no colo e fechou os olhos, respirando o ar que era desnecessário. Nossa pequena o tocou, embora não fosse necessário. Ela sabia o quanto seu pai amava o seu afago.

- Ela esta mostrando o seu quarto, o berço com o bibelô de borboletas e eu estou cantando. – Disse Edward surpreso, pois a filha mudara os pensamentos.

- E estamos dançando... Você quer dançar com o papai?

- Pa pa pai – Sua voz melódica.

- Papai, meu amorzinho, você disse papai – E eles valsavam, enquanto Edward cantarolava a sua musica de ninar.

Eu sorri com aquela cena particular entre pai e filha. E eles pararam em um silêncio gostoso. Renesmee tocou o rosto de Edward.

- Vamos dançar a musica da mamãe? – Perguntou Edward, Renesmee sorriu assentindo.

- Mamãe. – disse ela em sua voz melódica e me chamou com as mãozinhas. Agora em meu colo mostrou que dançávamos os três unidos em um abraço.

E dançávamos, com Edward me conduzindo e Renesmee sendo embalada em meu colo. Logo mostrou sonolência, a boquinha se abria em um bocejo gostoso, fazendo a mim e Edward soltar uma risada leve e nos derreter pelo fruto do nosso amor.

Renesmee dormiu uns vinte minutos depois de lutar contra o seu sono, mas foi vencida pelo cansaço. Coloquei nossa filha em seu berço e ela já sonhava com as borboletas.

Edward envolveu suas mãos em minha cintura, me virei de frente para ele, agora nenhuma distância entre nós. Ele afagou os meus cabelos, sua testa colada na minha e tocou os nossos lábios.

- Eu amo você – disse a ele.

- Eu amo você Bella. Obrigado por não desistir dela. – Olhou para Renesmee que dormia. - É ela a minha alma, a minha prova viva que tenho uma alma.

- Sempre soube que tinha uma.

- Não eu não tinha. A vida eu recebi quando te conheci, é você a minha vida. E ela... -apontou para o berço. - é a minha alma, a que recebi como presente.

-Eu não sou nada sem vocês. Sem vocês volto a ser o monstro sem vida e sem alma.

- Você é a nossa vida, e a nossa alma também. Não somos nada sem você.

-  E isso é para sempre – Ele disse sorrindo

-Não para sempre, por toda eternidade, acho que fica muito melhor.

- Muito melhor - ele sorriu e me pegou em seus braços, beijando meus lábios e nos direcionando para o nosso quarto. Do lado de fora o crepúsculo anunciava, e logo se encerraria mais um dia da nossa eternidade.

E no nascer do sol para o novo dia,  a nossa pequena acordaria, depois de sonhar com as borboletas misturada às lembranças do nosso lindo dia 



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Notas finais do capítulo

Comentemmmmmmmmmm...
bjussssss a todas...