Nightmare escrita por ajesi


Capítulo 6
Capítulo 6




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Não estava sendo um dia aparentemente bonito. O céu estava completamente nublado e pelo tom escuro das nuvens, não demoraria muito para a chuva começar a cair.

Kevin ouvia Rock clássico no radio do carro, acompanhava a musica cantando. Joseph resmungava alguma coisa, mas estava difícil decifrar o que dizia. Kevin cantava bem, pensei em acompanha-lo, mas só com um cantando Joe já estava nervoso, imagine se me juntasse.

Chegamos a uma estrada pouco confiável, muitos buracos, rachaduras durante a rodovia. Não havia muitos carros circulando, por ser um trecho pouco escolhido pelos viajantes. Essa situação lembrou-me de filmes de terror, mas tentei tirar essa ideia da cabeça, não foi um pensamento muito agradável.

Joe olhou no espelho retrovisor e sua expressão dizia que não era algo muito agradável.

- Ér, Kevin acho que o pneu furou!

- Merda! – Bateu a mão no volante, mostrando sua irritação.

Parou o carro perto de alguns galpões ao lado da estrada, aparentemente abandonados pelo estado que se encontravam. O acostamento não lhe parecia muito seguro para se trocar um pneu.

Sai do veiculo junto com eles, mas antes mesmo que Kevin pegasse as ferramentas para trocar o pneu, começou a chover, forçando-nos a procurar abrigo, sendo o carro o mais proximo. Voltei para dentro do carro, fechando a porta com força. Percebi a demora deles. Passei a mão no vidro embaçado e com um pouco de dificuldade os vi debaixo da cobertura externa do galpão mais próximo.

Não queria ficar sozinha, porque a ideia daquela coisa aparecer não era muito boa. Tentei abrir a porta, mas estava travada. Não me lembrava de tê-la travado. Tentei destrava-la, mas foi inútil. Não abria de forma alguma.

Senti aquela sensação inconfortável de estar sendo vigiada. Olhei para frente do carro e fiquei surpresa ao ver o homem de preto, que tanto me perseguia. Ele me encarava a poucos metros de distancia. O medo percorreu meu corpo, me fazendo estremecer.

A temperatura do ambiente baixou, fixei em minha mente que era consequência da chuva e não algum evento sobrenatural, minha mente já estava perturbada o suficiente.

Desesperadamente tentei abrir a outra porta, mas estava travada também. Percebi a aproximação continua do homem, assim fazendo aquele pensamento “fuja daqui” gritar em minha mente. As janelas não abriam, então comecei a bater nelas, na tentativa de chamar a atenção dos rapazes. Gritei conseguindo que Kevin guiasse seu olhar em minha direção.

Antes que eles pudessem chegar ao carro, o homem estava sentada no banco assombrosamente próximo de mim. Joseph e Kevin tentavam abrir a porta, enquanto eu me perdia no olhar hipnotizante daquela coisa. Aquele olhar parecia me atravessar de forma que chegasse aos meus pensamentos, era como se estivesse dentro da minha cabeça. Tentei reagir, gritar, chorar, mas nada. Simplesmente estava fechada dentro de um corpo paralisado, sem reação alguma, apenas os pensamentos não me fugiram do controle, porem eram inúteis nesse momento.

Ouvi o barulho de vidro se estilhaçando, assim me tirando daquele ataque hipnótico. Joseph apontou uma arma ao homem do meu lado. Me encolhi no banco tentando ao máximo manter-me longe dos cacos do vidro sobre o estofado. Em sã consciência eu perguntaria porque ele teria uma arma guardada consigo, mas nesse momento ela pareceu ser bem apropriada.

- Va embora desgraçado! – Falou com raiva engatilhando a arma.

- Irei. – Sua voz era rouca.

O homem sorriu mostrando seus dentes perfeitamente alinhados. Aquele gesto não me pareceu ser na intenção de alguma simpatia por algum de nós. Ouviu-se uma estralo alto vir de meu braço direito, e assim ele desapareceu. De repente uma dor aguda e forte tomou conta do meu braço. Retorci no banco, tentando amenizar o que parecia ser mais forte que eu.

Kevin enfim conseguiu abrir a porta.

- Você esta bem? – Ele e Joe estavam ensopados por causa da chuva, que virara apenas um chuvisco pouco notável.

- Eu não sei, meu baço esta doendo de mais! – A dor só aumentava.

- Deixe-me ver.  – Tentei manter o braço imóvel, enquanto ele dava uma rápida analisada, mas não deixei que tocasse para que não piorasse.

- Ai, ai! Melhor não mexer. – Afastei-me.          

- Joe, vamos leva-la no hospital. Urgente!

- Está bem, mas antes troque o pneu. – Deixou o trabalho todo ao irmão.

Enquanto Kevin trocava o pneu, Joe tirou os cacos de vidro do banco do carro.

Tentei desviar a minha atenção da dor, porque estava se tornando algo insuportável, mas ainda conseguia manter a calma, deixei que as lagrimas escapulissem porque sempre diziam que chorar aliviava. A dor não parou, mas me fez por alguns instantes pensar em outra coisa que não fosse a morte.


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Notas finais do capítulo

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