Nightmare escrita por ajesi


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo não ficou muito cumprido, mas logo tem mais ;D



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- Demi, você esta bem?

Estava ofegante. Meu coração estava a ponto de explodir dentro de meu peito.

- Demi! – Chamou novamente, colocando a mão em minhas costas. – Teve outro pesadelo, não é?

Voltei a encostar-me na cabeceira da cama.

- Foi horrível! – Pude então dizer. – O tal mensageiro da Morte estava lá e haviam pessoas mortas. Depois entrei em uma sala escura e lá... – Parei de falar dando espaço para a angustia se expressar através de minha lagrimas, que wscorregavam incansavelmente sobre meu rosto.

Joe me abraçou, na tentativa reconfortante de me acalmar. Mas ele não precisava de muito esforço para isso. Apenas o fato de estar ali já aliviava a tensão.

- Ei, não precisa me contar isso!

Passei meus braços em volta da cintura de Joe, fechando-o dentro de meus braços. Queria mantê-lo perto de mim, pois aquela imagem ainda me assustava. A imagem de Joseph morto dentro daquela sala mal iluminada. Jogado em um canto como um objeto qualquer facilmente descartável após ser usado.

- Ah, bom dia! – Kevin saia do banheiro, secando seus cachos parcialmente molhados. – Sem querer atrapalhar o momento... Romance, mas esta na hora de irmos embora. – Ele nos observou com mais atenção. – Aconteceu alguma coisa?

- Não se preocupe. Tudo sobre controle aqui! – Afirmou Joe.

- Tudo bem então. Vou à lanchonete pedir nosso café. Não demorem! – Saiu do quarto.

Voltei a sentar-me. Aquele gesso não era algo muito confortável, provavelmente estaria incomodando Joe, que por educação não reclamava. Limpei as lagrimas com as mãos.

- Nossa, estou parecendo uma idiota! – Ele riu ainda me abraçando. – Vou tomar um banho! Estou muito suada.

- Ok. Eu te espero!

Peguei outra troca de roupa e fui ao banheiro. Amarrei uma sacolinha ao gesso, para evitar que se molhasse. Deixei a água quente tirar todo aquele suor que saia de minha pele. Mas tentei não demorar muito no banho. Queria o quanto menos poder ficar sozinha.

Sai do banheiro tendo a não muito esperada visão de Joseph trocando de camisa. Fiquei o observando, mas sem perceber que o encarava de mais.

Sua risada alta e exagerada, me tirou do transe.

- Acho que uma foto duraria mais. – Deixei um riso sem graça escapar.

Sentei sobre a cama, ficando de costas para ele.

- O que te incomoda?

- Por que acha que tem alguma coisa me incomodando?

- Sei lá. Só foi um palpite.

- Na verdade, tem algo me incomodando sim. No meu pesadelo perguntei ao mensageiro porque ele fazia essas coisas e ele me respondeu: Pergunte ao seu pai! – Utilizei uma imitação barata de uma voz masculina. – Não sei o que quis dizer com isso, porque nunca conheci meu pai!

- Demi, não pense nisso agora! Vamos tomar o café.

Não protestei. O segui para a lanchonete. 

Definitivamente aquela era viagem mais longa de toda a minha vida.

Kevin ouvia rock. Joe, sentado ao meu lado no banco de trás, me forçava indiretamente a rir de suas piadas idiotas e sem sentido.

Já estávamos no estado do Arizona. Faltava aproximadamente 2 horas para chegarmos à casa deles. Estava ansiosa para conhecer Denise Jonas, a mãe incrível que eles tanto falavam.

Passávamos por uma região árida. Éramos nós, em uma estrada deserta, cercada por quilômetros e quilômetros de rocha e terra seca. Me lembrou de um dos pesadelos que tivera.

- Nossa como alguém consegue viver no meio do nada? – Kevin se referia a um velho chalé isolado do mundo, na beira daquela estrada.

- Espera! – Olhei cada detalhe possível da casa. – Pare o carro!

Desci do veiculo, indo em direção a o chalé. Era exatamente igual ao do meu pesadelo. Fui a porta, coloquei minha mão sobre a maçaneta, mas não tinha certeza do que realmente eu queria fazer.

- O que esta fazendo? – Joe colocou sua mão sobre a minha, evitando que girasse a maçaneta.

- Um dos pesadelos que tive enquanto estava com você, foi exatamente nesse lugar.

Minha consciência tentava me convencer de que era uma péssima ideia, mas meu corpo e minha própria mente pareciam ignora-la, insistindo para que eu entrasse.

Joe me encarou por certo tempo, percebendo a minha vontade confusa de entrar na casa.

- Vou com você. – Soltou sua mão, me permitindo abrir a porta.

Ouviu-se aquele rangido de porta velha. Como no pesadelo, era um hall, porem os móveis agora estavam surrados e empoeirados. Mais uma vez a escada chamou minha atenção, subi os degraus tentando não fazer barulho, mas as madeiras da escada rangiam com o nosso peso sobre elas.

Me encontrava novamente naquele corredor. A porta do banheiro estava aberta, sem torneira aberta e banheira transbordando água misturada a sangue.

De repente dois braços surgiram de dentro da banheira.

- Vamos Demi. – Ignorei me aproximando do banheiro.

- Você não resistiria à curiosidade de entrar em minha casa. – Aquela voz me soou familiar. Sentou-se na banheira, aparecendo o mensageiro da Morte. – Sabe quem você viu morto nessa banheira?

- Não. – Respondi.         

- Demi, venha! – Joe insistiu. – Não ouça o que ele esta falando.

- Eu! – Seu olhar fixou-se em algo no ar, algo que eu não visse. – Morri bem aqui. E a morte não foi a pior parte da história. A traição doeu mais do que os cortes. A solidão me sufocou mais do que água. – Parecia não estar falando conosco, apenas narrava para si mesmo sua própria história. Senti Joe agarrar meu braço com força. – Eu fui traído pelas pessoas que eu mais confiava e no momento que mais precisei deles, me apunhalaram pelas costas, tirando-me o que tinha de mais precioso... – Ele encarou-me com raiva. – Seu pai! Aquele maldito, vou lhe arrancar o que mais ama! Veja...

Antes que pudesse concluir seu movimento para sair de dentro da banheira. Joseph puxou-me para fora do banheiro, fechando a porta. Fiquei meio tonta, minha visão estava embaçada e duplicada.

- Joe... – Foi o que eu consegui falar antes que apagasse.


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