Following The Life escrita por MariSB


Capítulo 3
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- Por quê?

- Nenhuma pessoa, exceto Pedro, entra ai e sai viva.

- Eu irei trabalhar aqui e sairei viva, não fiquem falando coisas que não sabem.

Lucas não pode deixar de rir do comentário da moça, ela abriu a chave, ele havia deixado em baixo do tapete e havia avisado Marta, a moça entrou na casa e viu que era uma casa um pouco grande, muito linda, mas um pouco bagunçada, ela ouviu um caminhar pesado parar no alto da escada na sombra e ouviu uma voz baixa, mas melodiosa falar:

- Senhorita Trevilin, eu sou Lucas Bugmann, desculpe-me por não aparecer, mas tem de ser assim, peço que não tenha medo de mim, não lhe farei mal algum, apesar do que as pessoas dizem, eu não sou mal.

- Claro senhor; nunca pensei que fosse.

- Que bom então! – disse Lucas tentando aumentar o tom de voz – devo dizer que tenho alguns problemas, mas nada que deva se preocupar, quero que arrume a casa e faça comida, almoce e me chame, e enquanto eu como, você arruma meu quarto pode ser?

- Claro senhor!

- Espero que não seja muito trabalho, e seu quarto é seguindo o corredor que está ao seu lado, no fim dele há uma porta, espero que você goste.

- Muitíssimo obrigada, senhor.

- Eu que agradeço senhorita Trevilin.

A moça achou muito interessante, o senhor Bugmann era uma pessoa muito educada, como falavam tão mal dele? Ela seguiu pelo corredor entrando no quarto, era lindo, tinha uma enorme cama, uma porta no canto que dava para um banheirinho, um guarda roupas, uma penteadeira e uma enorme janela, com uma vista bonita, ela arrumou suas coisas e foi para a cozinha, pois já eram quase dez e meia, ela arrumou tudo, que por sinal estava uma bagunça e começou o almoço, ela terminou e já eram meio dia, ela foi até o alto da escada e falou:

- Senhor Bugmann?

- Sim senhorita Trevilin.

- O almoço está pronto, uma porta abriu e um homem com uma capa comprida e com um capuz que cobria o rosto saiu, e falou:

- Já almoçou?

- Não senhor, eu vou almoçar assim que arrumar seu quarto.

- Obrigada Senhorita Trevilin.

- Me chame de Mary senhor.

- Claro Mary me chame de Lucas.

Ele desceu e ela entrou no quarto, era um quarto grande, estava bagunçado, haviam livros por todo o lado, em cima de um bidê, tinha varias caixas de remédio, ela arrumou a cama, dobrou as roupas e colocou em uma cadeira, varreu o quarto, e arrumou os remédios, olhou para o quarto que agora estava bem arrumado, ela saiu levando as coisas de limpeza e foi até a cozinha, ele estava sentado na mesa coberto pela capa, com o rosto em mãos , ela aproximou-se dele e falou:

- Senhor Bugmann? Está tudo bem?

- Claro Mary, mas me chame de Lucas.

Ele levantou agradecendo e subiu para o quarto, ele entrou no quarto e viu tudo bem arrumadinho como não via há tempos, ele se sentou e pensou na empregada lá em baixo, ela era uma mulher interessante, ele voltou a sentir dor, isso o incomodava, fazia tempo que ele não ficava ruim como nesses dias, ele ouvia a mulher lavar a louça no andar de baixo, vivendo sozinho, ele escutava muito melhor, ele se levantou, iria falar com a moça, pedir uma compressa quente, ele começou a descer as escadas, mas a dor o invadiu e ele teve que se segurar para não cair, Mary se aproximou perguntando:

- Senhor, você está bem?

- Lucas! E estou bem, você pode fazer uma compressa quente para mim? – Ele disse puxando a capa para esconder mais o rosto que estava começando a aparecer.

Ela aproximou dele e falou:

- Deixe-me ajuda-lo a ir para o quarto.

- Obrigada Mary.

Ela apoiou-o e ele puxou a capa, ela ajudou-o a se sentar na cama e falou.

- Senhor Lucas, vou lá arrumar uma compressa, se precisares de mim, chame.

- Muito obrigada Mary.

Lucas pegou o telefone que ficava ao lado da cama e discou o número de Pedro, ele ouviu Pedro atender.

- Alo?

- Pedro, sou eu Lucas – disse fraco.

- O que houve Lucas?

- Não sei direito, não estou muito bem.

- A dor voltou não é? Eu disse que ia acontecer, mas você não me deu ouvidos, não quis consultar, estou indo para ai.

- Obrigada Pedro.

- Não precisa agradecer amigo.

Ele fechou os olhos e passado um tempo ouviu a campainha tocar, Mary abriu a porta e Pedro entrou:

- Prazer sou Pedro Hardt e você?

- Mary Travilin, eu estou trabalhando com o senhor Bugmann.

- Claro, como ele está?

- Ele pediu uma compressa quente, estava indo leva-la quando o senhor chegou.

- Deixe que eu levo.

Ela entregou para ele e subiu, entrou no quarto e viu Lucas deitado com a capa o cobrindo, ele puxou a capa com força e falou:

- Sou eu, não se preocupe.

Ele olhou para o rosto de Lucas e para as cicatrizes que tinha no rosto do amigo, uma no olho e uma que cortava do canto da boca até a orelha, ele tinha roxos pelo rosto, não roxos comum, mas daqueles que não saem, ele aproximou do amigo e colocou a compressa nas costas dele, deveriam doer bastante, ninguém sabia como ele tinha conseguido sobreviver, mas sabia que seu amigo não queria ter sobrevivido, ele queria ter morrido para não viver assim.

Lucas dormiu, quando Pedro saiu e encontrou a empregada arrumando a sala, ele pediu que ela sentasse e se sentou também e começou a falar:


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