Como Se Eu Fosse Invisível escrita por Thay Escala


Capítulo 6
Capítulo 6: Revelações Indesejadas




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Não. Por favor, não.

Em minha cabeça, a cena perfeita: Minha mãe e meu pai desconhecido, juntos, me protegendo. Mas eu sabia que não era àquilo que o "nossa" se referia. Não. Não! Aquele monstro não podia ser meu pai!

Meus pensamentos duraram apenas uma fração de segundo, e então eu abri os olhos, ainda a tempo de ver o rapaz dirigir os olhos em direção a ela. Em direção à minha mãe. Eu não precisava me virar para ter absoluta certeza de que a voz era dela. A expressão do temido Lord Voldemort era pasma. Ele estava incrédulo.

– Stella? - Todo o Salão prendeu a respiração quando ele pronunciou o nome da minha mãe. Eu apertei os olhos com força. Pude ouvi-lo dando um passo à frente. - Stella, é você mesmo?

– Sim, sou eu, Riddle. E não me chame de Stella. Você não tem mais esse direito.

– Stella, eu...

– Eu sei o que você fez, Riddle. Você me abandonou, abandonou a sua filha, antes mesmo dela nascer. E tudo isso para matar pessoas. Para buscar por poder.

– Se eu soubesse que tinha uma filha, eu...

– Você teria feito tudo diferente, Riddle? Tem certeza? Porque eu não tenho. Você não ama ninguém, Riddle.

– Eu te amo! E você sabe disso! - Todo o Salão estava em choque. Os múrmurios e exclamações não foram disfarçados. Aquele era Lord Voldemort, declarando amor por uma simples trouxa na frente de todos!

– Eu já não tenho certeza, Riddle. E você sabe que eu tenho razão. - Minha mãe se pronunciou, após breves segundos de silêncio. Ela não esperava que ele dissesse isso. Sei que não. Só então abri os olhos.

– Stella, se eu pudesse ter ficado com você... - O tom de voz dele já não era frio, sem emoção. Falando com a minha mãe, ele demonstrava o sentimento. Agonia. Seu rosto também transparecia agonia.

– Você pôde, Riddle. Mas não importa mais. Apenas não mate a minha filha. Faça uma última coisa por mim, Riddle. É a última coisa que te peço. Vá embora. Deixe minha filha em paz. - Ele apenas suspirou, e desapareceu. Tornei a fechar os olhos. O silêncio no salão durou alguns segundos, e então eu comecei a ouvir passos. As pessoas se afastavam lentamente de mim. A filha do monstro. A filha do assassino. Se a minha vida já era difícil antes, agora se tornaria impossível. Ouvi alguns passos se aproximando rapidamente, e senti braços me envolvendo, enquanto grossas lágrimas caiam de meus olhos fechados, e traçavam seu caminho por meu rosto inexpressivo.

– Me desculpe, minha filha, por tudo! - Minha mãe murmurava contra meu cabelo. - Eu só te tratei daquele jeito porque já sabia sobre seu... pai - Ela hesitou ao falar a palavra. - Eu não queria que você fosse como ele. Mas você não é, querida, você não é, tudo bem? Você é uma ótima pessoa, meu amor.

– Mãe, - me pronunciei, enfim. Minha voz falhou. - como chegou aqui?

– Eu pedi a Dumbledore que me avisasse caso ocorresse alguma invasão aqui. Temia por você, meu amor, e ninguém conhece o Riddle melhor do que eu. Não que eu me orgulhe muito disso.

– Mãe, você ainda gosta dele, não é? - Eu perguntei, e ela suspirou.

– Nem sempre gostamos da pessoa certa.

– Eu sei. - Respondi.

– Sra... - Alguém chamou, mas não completou. Provavelmente o diretor Dumbledore. Ele provavelmente não sabia como chamar a minha mãe, já que Cappan era obviamente um sobrenome falso, e ela provavelmente não gostaria de ser chamada de Sra. Riddle.

– Sim, já estou indo, Dumbledore. - Ela me deu um beijo no rosto. - Se cuide, certo? E escreva-me. - Ela disse, antes de partir.

Olhei em volta. O Salão estava vazio. Já haviam levado o corpo de Monique. Uma onda de tristeza me invadiu enquanto eu me lembrava da minha melhor amiga. Ninguém nunca faria idéia da falta que ela me fazia naquele momento. Suspirei, enxuguei o rosto e fui para o dormitório. O Salão Comum estava vazio. No dormitório, todas as meninas dormiam, ou fingiam dormir. Me deitei e fechei os olhos. Que eu tivesse, no mínimo, uma noite de paz.


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Notas finais do capítulo

Calma, calma, calma, eu vou me explicar!
No capítulo acima vocês se deparam com um Tom Riddle totalmente OOC, eu sei. Não, ele não é bonzinho nessa história, ele só age daquela maneira com a Stella. Talvez, beeem talvez, eu escreva futuramente uma fic bonus contando a história deles.
Mas enfim, tudo que vocês precisam saber está na fic. Ele teve um relacionamento com a Stella, mas depois a abandonou, grávida, para se tornar aquele assassino em busca do poder. E a Stella estava grávida da Dominique, que é justamente a protagonista da história. Simples assim!
Ah, eu sei, outro capítulo extremamente curto. Me desculpem, mas foi o melhor que eu pude fazer. Já estou "tentando escrever" o próximo.
Beizitos com sabor de chocolate (pode deixar, não dá espinha ^^),
Thay di Angelo.