Naruto - A Aposta escrita por Mirytie


Capítulo 5
Capítulo 5 - Revelação


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Acordar não era a parte favorita de Naruto, principalmente em dias de escola…principalmente quanto era Konohamaru a acordá-lo.

Konohamaru era o neto do anterior Governador e, depois de ele morrer, Konohamaru tinha sido “adotado” pela presente Governadora.

- Naruto! – chamou Konohamaru – Vais chegar atrasado à escola!

Naruto abriu um olho e respondeu-lhe com um gemido penoso, voltando a fechar o olho.

- A Hinata está à tua espera na entrada. – Konohamaru começou-se a rir quando viu Naruto abrir os olhos imediatamente e levantar-se de um salto – Estava a brincar.

- O quê? – Naruto olhou para o pirralho ao seu lado e franziu as sobrancelhas – Porque é que fizeste isso?

- A Hanabi disse que tens acompanhado a irmã dela, ultimamente. – explicou Konohamaru – Por isso pensei que fosse uma boa forma de te acordar. E resultou.

- Seu pirralho! – Naruto estava prestes a agarrá-lo quando Shizune entrou no quarto com as mãos nas ancas.

- Então, meninos!? – exclamou ela – Vão acordar a Tsunade-sama! – ela avançou e separou os dois rapazes – Naruto! Vais chegar tarde à aula! – antes que Konohamaru tivesse tempo de dizer alguma coisa, Shizune olhou para ele – Konahamaru, não tarda nada os teus amigos vão chegar! Vai acabar de comer!

- Está bem. – disseram os dois ao mesmo tempo, amuados.

Konohamaru saiu do quarto com Shizune e Naruto começou a vestir o uniforme da escola. A verdade era que, se chegasse tarde mais alguma vez, teria que ouvir um sermão da Governadora e ele preferia evitar isso.

Por isso apressou-se a sair mesmo sem comer nada, preparando-se para o terceiro dia da aposta.

Depois da primeira aula com a professora Kurenai e de alguns sermões de como as raparigas estavam muito mais avançadas do que eles, estava na hora da reunião diária dos rapazes.

- Como é que vão as coisas com a Hinata? – perguntou Sasuke com os pés em cima da mesa.

- A Hanabi anda a espalhar que eu ando a passar bastante tempo com a Hinata. – reclamou Naruto – Se continua assim, vou ter problemas com o Neji.

- Se não conseguires que ela te odeie vais perder a aposta. – lembrou Kiba.

- Eu sei, Kiba! – disse Naruto, cruzando os braços – Mas não é como se eu a conhecesse bem e sinto-me mal em magoá-la dessa maneira!

- O quê? – perguntou Sasuke – Queres desistir da aposta?

O lado competitivo de Naruto entrou imediatamente em ação, fazendo-o abanar a cabeça.

- Então é melhor despachares-te. – recomendou Sasuke – Já só tens mais dois dias.

- Em vez de estares aqui, devias estar com ela. – disse Kiba – Não pareces nada empenhado em ganhar isto.

- Hei, eu acho que deviam dar uma pausa ao rapaz. – entreviu Lee – Afinal, estamos a falar dos sentimentos de uma rapariga. Sasuke, eras capaz de fazer isto à Sakura?

- Ela é a minha namorada. É claro que não faria isso. Não quero que ela me odeie. – disse Sasuke – No entanto, o Naruto não tem quaisquer sentimentos pela Hinata. Se eu soubesse que ele tinha, cancelava imediatamente a aposta.

Quando Naruto reparou, estavam todos a olhar para ele como se estivessem a perguntar se ele tinha sentimentos pela Hinata.

- É claro que não. – confirmou Naruto com uma gargalhada desajeitada – É como eu disse: eu nem a conheço. Não me importo se ela me odeia ou não.

E, quando ela estivesse de rasto e a precisar de consolo estaria na altura de ele entrar, pensou Kiba. Gostar do Naruto era tempo perdido, só que Hinata não via isso.

- No entanto, a Hinata deve estar rodeada pelas amigas, agora. – continuou Naruto – Se eu for lá vai ser estranho. E a Sakura já está a desconfiar.

Em vez disso, Naruto pensou em aproveitar a hora do almoço para ir falar com Konohamaru. Não se tinha lembrado disso antes, mas Konohamaru podia saber algo sobre os seus pais e assim teria alguma coisa para partilhar com Hinata.

Outra coisa de que não se tinham lembrado era que o intervalo estava a acabar e as pessoas estavam a voltar para a sala. E Neji tinha chegado mesmo a tempo para ouvir a conversa sobre a aposta, enquanto se escondia do outro lado da parede.

Talvez contar à prima resolvesse mais coisas do que discutir com Naruto.

Sim, era isso que ia fazer.

A seguir da segunda aula estava na hora de almoçar e, enquanto Neji se sentava em frente à prima, Naruto dirigia-se para o prédio onde a primária tinha aulas. Felizmente não era muito longe e ele não demorou muito tempo a chegar lá.

Konohamaru estava a almoçar com os dois amigos e Hanabi. Depois de conseguir a sua atenção, foi fácil arrastá-lo até a um canto da cantina e começar a interroga-lo.

- O teu pai? – Konohamaru sorriu – Claro que conheço. Ele é um dos meus ídolos. O meu avó costumava-me contar imensas histórias sobre ele. Porquê?

Naruto ficou irritado porque parecia ser apenas ele a não saber absolutamente nada sobre o seu pai que, pelos visto, tinha sido algum tipo de herói.

- Então… - disse Naruto – O que é que me podes contar sobre ele?

- Que tu e ele não são nada parecidos. – brincou Konohamaru – De resto, estou proibido de te contar o que quer que seja.

- Nem o nome? – perguntou Naruto reprimindo a vontade que tinha de gritar – Sou o único filho deles?

- Sim, és. – respondeu Konohamaru, ignorando a primeira pergunta.

- Se sou, não achas que tenho o direito de saber quem eles eram? – perguntou Naruto.

- Não sou eu que decido isso. – lembrou Konohamaru – Só a Governadora é que te pode contar. Se alguém a não ser ela te disser alguma coisa, corre o risco de ser preso.

- Estás a gozar comigo? – Naruto estava furioso – Eles estão mortos. Eu vou ao cemitério e nem sei que nomes são que hei-de procurar!

Konohamaru suspirou porque sabia que devia ser doloroso estar no lugar dele. Decidiu que apenas uma dica não havia de fazer mal.

- A tua mãe partilha o último nome contigo. – revelou Konohamaru – Quanto ao teu pai, não te posso dizer nada.

Naruto não estava muito satisfeito com a informação mas teria que servir, por enquanto. Também já não tinha muito tempo para gastar, ali. Decidiu voltar para a escola e comer alguma coisa antes de a próxima aula começar.

Talvez ainda tivesse tempo para conversar um pouco com a Hinata.

No entanto, quando chegou à cantina, as raparigas já não estavam lá. Só alguns rapazes e Neji a olhar para ele de uma maneira assustadora. Kiba também estava lá, ao lado de Sasuke, com um sorriso que estava a tentar conter, sem sucesso.

Por ter medo que Neji se aproximasse dele, Naruto foi ter rapidamente com Sasuke e Kiba.

- Onde é que estão todos? – perguntou Naruto sentando-se em cima da mesa – A hora do almoço ainda não acabou.

- Houve uma discussão. – disse Sasuke fazendo um ligeiro movimento de cabeça em direção a Neji – Entre os primos Hyuuga.

- A Hinata e o Neji a discutirem? – perguntou Naruto. De uma maneira ou de outra, aquela cena era difícil de imaginar – De certeza?

- Sim. – confirmou Kiba fazendo uma festa ao seu cão – Primeiro parecia tudo bem mas depois a Hinata começou a gritar com o Neji e o Neji começou a dar ordens à Hinata e ninguém quis ficar por aqui.

- Alguém sabe sobre o que é que estavam a discutir? – perguntou Naruto, preocupado com Hinata.

- Claro que sabemos. – disse Sasuke. Ele parecia estar chateado – O Neji descobriu sobre a aposta.

- O quê!? Como?

- Também não sei. – respondeu Sasuke – Seja como for, ele descobriu e contou à Hinata. A principio ela não acreditou mas depois a Sakura levou-a para fora, por isso não esperes que ela continue a ser simpática, a partir de agora.

- E tu? – perguntou Naruto referindo-se a Sasuke – Porque é que estás com essa cara?

- Achas que a Sakura vai ficar muito feliz por eu ter sugerido a aposta? – disse Sasuke – Estou feito, meu!

Naruto olhou para Kiba que não parecia nada perturbado com a situação e ficou desconfiado. No entanto, não teve tempo para lhe dizer nada antes da campainha tocar para dar inicio à próxima aula.

Levantaram-se e Naruto estava prestes a sair quando Neji o agarrou e puxou-o contra uma parede.

- O que é que estás a fazer!? – exclamou Naruto sentindo os músculos das costas a latejar.

- Só te vou dizer isto uma vez. – sussurrou Neji num tom ameaçador – Se te aproximares outra vez da minha prima, eu juro-te que faço com que te arrependas para o resto da tua vida.

- O quê?

- Sabes muito bem do que é que eu estou a falar. – disse Neji referindo-se à aposta – Até podes estar a cargo da Governadora mas não te esqueças que eu pertenço à família Hyuuga. Por isso, tem cuidado, Naruto.

- Não podes dizer-me com quem falar. – disse Naruto, enfrentando Neji.

Neji apenas sorriu passando a mensagem de “Isso é o que vamos ver” e saiu, passando por Sasuke e Kiba como se eles não estivessem lá.

- Muito bem, Naruto. – congratulou Sasuke – Ganhaste a aposta.

Tinham-se acabado as aulas e, para Naruto, pareciam ter passado dez horas.

Nem valia esperar pelas explicações que tinha combinado com Hinata. Ela odiava-o agora, e isso era a verdade.

Em vez disso, decidiu fazer uma visita ao cemitério para visitar a sua mãe, já que agora sabia que eles partilhavam o último nome. Depois de chegar lá, começou a procurar pelas filas de campas.

Quando parou em frente à que tinha Uzumaki esculpido, sentiu-se mais emocionado do que esperava ficar.

Uzumaki Kushina era o que dizia e, apesar de nunca a ter conhecido, Naruto estava a conter as lágrimas. A pedra estava cuidada e havia flores frescas, mostrando que alguém a ia visitar frequentemente…talvez a Governadora.

Perguntava-se se o seu pai estaria por perto.

Ele ajoelhou-se, suspirou e passou uma mão pelo nome da sua mãe, cuidadosamente. Levantou-se e olhou uma última vez para a campa da mãe antes de ir embora.

Sem sequer saber, passou pela campa ao lado de Kushina que dizia Namikaze Minato.

Enquanto isso, o sol começava a descer no horizonte e Hinata esperava por Naruto na biblioteca, apesar de já ter passado três horas da hora marcada.

Sakura estava encostada à porta da biblioteca há dez minutos. – Então, Hinata? Está na hora de ires para casa. – ela aproximou-se e sentou-se ao lado de Hinata – O que o Neji disse é verdade. Eles fizeram uma aposta que te envolvia. Foi só por isso que o Naruto começou a conviver contigo.

Hinata abanou a cabeça e concentrou-se no livro à sua frente.

- Mesmo que seja verdade. – disse Hinata com um ar cansado – Antes de ouvir pela boca dele, acho que não é justo julga-lo.

- Mas não achas que o facto de ele não ter vindo já não é uma resposta? – perguntou Sakura, chateada com Naruto e com a inocência de Hinata – Vai para casa. O Neji vai ficar preocupado.

Hinata desistiu mas só porque não queria que a sua família se preocupasse. No entanto, não ia desistir de Naruto.


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Notas finais do capítulo

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