Marcus: A essência do equilíbrio escrita por DarkBurst


Capítulo 2
A GAROTA DA FOTO


Notas iniciais do capítulo

É esse ficou um pouco menor que o outro, porém a qualidade é a mesma



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/162284/chapter/2

Tive um sonho estranho, estava de pé no nada, sério, não havia nada lá, aquilo devia ser minha consciência – ou meu conhecimento em matemática, sem mais detalhes – era um local negro, estaria apenas eu naquele enorme nada se não fossem por algumas tochas flutuantes que queimavam fogo – Ah serio que queimavam? –

Esperei que algo acontecesse – entendi a demora, eu estava em minha mente, nada pode ser mais lento – após algum tempo olhando uma tocha que se destacava dentre as outras – pois ela era feita de aço enquanto as demais eram de madeira, essa também queimava um fogo um pouco, mais escuro e talvez negro que as demais – quando estava prestes a tocar naquela chama uma voz ecoou ao fundo, ela era grossa, suave, assustadora e tranqüilizadora tudo ao mesmo tempo, mesmo que seja impossível.

Acorde, você precisa protegê-la, ela já acordou seu vagabundo – disse a voz calmamente dando ênfase apenas na ultima parte.

Qual é – pensei para mim mesmo – minha própria consciência esta tirando uma com a minha cara?

Um grande estrondo interrompeu meus pensamentos.

Acordei com um sobre-salto. O que foi aquilo?

Olhei para o céu, ele estava perfeitamente lindo, o sol queimava forte acima de minha cabeça, e uma leve brisa-fresca vinha do sul – embora não soubesse onde era o sul, falei isso porque normalmente ela vem do sul, eu acho.

Suspirei.

Hora de agir como babá – falei sem nenhuma emoção.

Com um salto, saí do telhado e toquei levemente o chão – É fácil fazer isso quando se é um anjo.

Agora na calçada pude ver melhor o local onde estava. Era uma casa no estilo cabana colonial, com uma pequena estufa ao sul – acho que era o sul – as paredes da cabana era verde musgo – por mais que não sei se a parte “musgo” tenha sido pintada – o terreno era enorme com varias rosas e margaridas e plantas que lá sei eu o nome espalhadas em todos os locais possíveis, nos limites da propriedade havia uma pequena cerca branca de madeira.

Ouvi um barulho vindo em direção de uma porta de madeira que dava diretamente em mim. Se alguém me visse gritaria: Ladrão!

Eu possivelmente seria prezo, e já chega duas noites na cadeia já era o suficiente – pequenos incidentes na ultima missão – Apurei o passo e saltei por cima da cerca, me escondendo na esquina mais próxima. Logo após encostar-me à cerca e recuperar o fôlego perdido, uma voz irritada bradou.

–Quem foi o maldito que destruiu meu jardim!Vou quebrar o pescoço do responsável! – de repente a gola da minha camisa pareceu mais apertada e um nó se formou em meu pescoço, não gostei da parte Quebrar o pescoço.

Alguns minutos depois ouvi passos pesados vindo em minha direção, olhei pelo canto da cerca e vi a garota.

Uma coisa era certa ela estava zangada, mas mesmo assim ela era linda, seus cabelos ainda eram sedosos, mas seus olhos bem, não estavam amistosos parecia que ia estrangular alguém-e esse alguém seria eu! –

Quando ela se aproximou mais pude ver o que ela vestia, era um uniforme colegial verde e branco com uma gravata vermelha, e uma saia meio bege – a saia estava um pouco curta demais, não que eu esteja reclamando claro, eu até gostei –

Notei que para me “aproximar” dela seria mais fácil se eu fosse do mesmo colégio, então, estralei os dedos e minha roupa mudou agora eu também usava o mesmo uniforme que ela – claro, com a diferença que para mim eram calças e não saia –

Garanto que várias garotas adoraram esse meu “Don” de trocar de roupa neh!Fazer o que sou descolado.

Agora tinha de pensar melhor no como iria me aproximar dela, notei que os passos estavam cada vez mais perto, foi então que uma idéia veio a minha mente.

Irei fazer aquela clássica cena de cinema onde “o cara” esbarra nela, tudo cai ao chão, ele se mostra disposto a ajudar e pega as coisas que caíram os dois se olham... Blá, blá, blá, vocês conhecem.

Esperei o momento certo,quando ouvi passos a poucos centímetros de mim,fechei os olhos e me atirei feito uma “mula” para cima dela.

1° Não era ela

2° Não era Humano

Caí no chão tonto com a pancada,quando olhei para cima vi,um anão de dois metros de altura, usando regatas – sabe aqueles do estilo “se te pego, te engulo vivo”, pois é era um desses – O rosto não pude ver direito, não ao sei se era por causa do sol forte em meus olhos ou se era porque sua cabeça estava muito alta – seja como for não consegui ver –

Não consegui pensar muito apenas me pus de pé.

Continuei olhando para baixo sem entender nada, olhei para o lado do “armário” e vi a garota.

– Acho que merece uma lição – disse o “anão” com uma voz Rouca.

Senti rapidamente cheiro de enxofre, mas logo passou.

Novamente um nó se formou na minha garganta – o que poucas vezes acontece neh?–

 – Não Max, foi sem querer. – sua voz era suave e macia, diferente de antes quando ela estava gritando.

Agora levantei a cabeça relutante e pude ver melhor o que se passava – sabe meu cérebro saiu do modo “perigo-o-cara-é-um-armario” –

Pude ver o rosto do “garoto”

Vou definir em três características:

1ª assustador.

2ª feio.

3ª os dois acima.

Acho melhor ser mais específico, ele tinha uma pele morena e com cabelos castanhos, seus olhos eram negros e ele possuía um traço específico que o destacava, uma cicatriz que vinha do seu queixo até sua testa.

 – Ok Allicy, você está bem não se machucou? – falou ele meio debochado.

Na verdade me machuquei muito, por quê? Bem Salte de cabeça em um muro de tijolos, que depois nos voltamos a conversar, pois a sensação é a mesma.

– Não se preocupe nem senti nada, e você? – A garota sorriu, ela deve ter entendido que eu estava tentando me fazer de durão.

– Não estou bem, é aluno da High School Compat? – falou desconfiado me olhando dos pés a cabeça

– Estou de uniforme da escola, com certeza sou não é – falei

– Sei onde se compra um uniforme desse por 20 dólares – falou ele cruzando os braços.

 – Então quem deve perguntar se você estuda lá sou eu, não é? – ele me fitou com raiva.

Mas a garota interveio.

– Bem – forçou um sorrio – vamos todos juntos – a grandão não gostou da idéia, mas assentiu, Fiz o mesmo que ele.

Agora nós estávamos indo para a escola, porém a cada passo que eu dava, sentia cada vez mais cheiro de enxofre, – o que não é um bom sinal –

Quando estávamos a poucos quarteirões da escola uma nuvem negra se formou sobre ela, raios relampearam ao céu. Mas como sempre apenas eu via isso, porém agora, o anão também prendia a visão sobre aquela nuvem o que me chamou a atenção, o fitei com um olhar desconfiado e ele mudou a direção do olhar, para um carro estacionado na avenida.

Não estava com um bom pressentimento, com certeza algo ruim iria acontecer nesse colégio.

Pus a mão sobre meu colar – Ele era em forma de cruz com um rubi negro no centro –

Sempre faço isso como um ritual para chamar boa sorte, porém, não foi isso que aconteceu.

Senti uma forte presença, e minha nuca começou a formigar, pus a mão sobre ela, e um liquida viscoso e vermelho estava escorrendo – era sangue –

Olhei para o lado e a única coisa que vi foi um taco de aço vindo em minha direção, o resto das cenas eram apenas fragmentos da realidade, pude ver o “anão” sorrindo, e uma forma estranha e negra ao seu lado.

A forma estranha deu um passo à frente revelando seu rosto, era OCTUPUS.

Simplesmente apaguei, enquanto sorrisos ecoavam ao fundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pois é, espero que tenham gostado



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Marcus: A essência do equilíbrio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.