ELLA

            Assim que nos levantamos, eu fui fazer o que quis fazer desde a hora que aquilo aconteceu, fui até Thales e o soquei o derrubando no chão de novo

-O que está fazendo Ella? – perguntou Letin

-Por que está com essa arma? Essa espada pertencia ao meu irmão! – eu respondi

-Eu não sei – Thales respondeu – Ela simplesmente surgiu!

-Você é um Mexmon por que não disse antes! – eu falei

-E-Eu não sei, tinha medo de não ser aceito – Thales falou

-Parabéns, seus medos se concretizaram, eu não aceito você! – eu disse, depois disso Thales baixou a cabeça

-Bom, de qualquer maneira vocês se aceitando ou não temos que seguir adiante para o refugio Egípcio, então Ella você tem idéia de onde fica? – perguntou Letin

-Não, mas conheço alguém que sabe – falei, e então tomamos rumo para Nova York novamente

            Depois de 2 horas caminhando, resolvemos parar para descansar um pouco, estava quase amanhecendo, resolvemos deixar 2 na patrulha, eu não estava cansada e jamais aceitaria ficar sozinha com aquela “coisa”, então Letin me acompanhou.

-Ella – falou Letin – Pegue leve com ele

-Por que iria? – respondi – Ele é uma aberração! Está usando a arma de meu irmão, eu jamais perdoarei ele

-Você já tentou ver isto pelo lado dele? – Letin falou

-Como assim? – perguntei

-Você acha que ele tem culpa de ser um Mexmon? – Letin falou – Não, os humanos usaram ele, agora se usaram os poderes de Leon na transferência eu não sei, mas pare de culpar ele por algo que ele não tem culpa

-Por que defende ele? – perguntei – Ele podia ter dito isso desde o inicio!

-Ella, eu convivi com ele durante um ano lá no internato, eu entendo por que ele não falou, lá ele não tinha amigos, não tinha parentes ele era um completo solitário lá, todos o ignoravam agindo como se tivessem medo dele, entende o por que dele não ter dito? Ele finalmente tinha se livrado dessa maldição, e ali era um local onde ninguém o temeria.

            Eu pensei um pouco, realmente que vida horrível ele tinha, mas mesmo assim eu não conseguia olhar ele segurando a espada de Leon, não dava, ódio percorria todo meu corpo só de lembrar aquilo.

            Fui me deitar, Thales e Letin foram para a patrulha agora. Tive um sonho com meu irmão e outros 2 semideuses que reconheci também, eram respectivamente Hertin filho de Hades e Marcus filho de Poseidon, meu irmão segurava Raiatus estava de terno seus cabelos meio espetados e loiros e tinha seus olhos azuis, Hertin tinha seus olhos brilhando de um vermelho intenso usava também um terno e seu cabelo negro só ressaltava mais seus olhos vermelhos, e Marcus usava uma roupa negra a parte de trás se estendia até os pés e parte de dentro era vermelho sangue com seu cabelo preto também e seus olhos verde-mar.

-O que está havendo? – perguntei

-Ella – falou meu irmão – Você não deve odiá-lo

-Por que está me dando sermão? Você está morto! – falei triste, eu amava meu irmão, não amar de amar como namorados, mas era meu irmão. Nascido da mesma mãe e Zeus.

-Ella, enquanto esse garoto existir eu existo – Leon falou – Do mesmo jeito que eles 2, um Mexmon guarda dentro de si a força de vários semideuses,no caso de Thales são 3, mas existem outros com mais, mas esse não é o caso. Ella, enquanto Raiatus existir, eu existo, eu peço que não odeie esse garoto por causa disso, nós o acompanhamos desde a transferência, até quando os humanos o deram como morto e o jogaram no mar. Ele tem tido uma vida difícil, e eu só quero que você não piore isso por minha causa

Leon tinha razão, eu estava sendo injusta, mas eu não conseguia me controlar, eu sentia muito ódio ao ver Thales segurando a espada de meu irmão, mas eu assenti, eu tentaria não sentir ódio por ele, tentaria.

            Letin me acordou, já era quase meio-dia, Thales foi comprar comida e trouxe consigo alguns hamburguers, apenas comemos em silêncio. Depois disso seguimos nosso rumo, chegamos em Nova York lá pela uma e meia, estava tudo um corre-corre, mas conseguimos chegar até uma casa no interior do Brooklyn, que por sorte durante o dia era mais calmo. A casa era verde tinha detalhes em azul, coberta com um imenso portão, era uma casa grande se fosse comparar com as demais daquele bairro.

            Toquei a campainha, e dela saiu uma garota de aproximadamente a minha idade, 15 anos, quando ela me viu veio correndo até nós abriu o portão e me abraçou

-Eu não acredito Ella! – falou ela – Eu soube por Anubis do ataque ao seu refugio, está tudo bem?

-Não, - respondi – Nós precisamos de aliados, e a diretora disse que os Egípcios podem nos ajudar.

-Ah, sim, eu soube da aliança, mas será difícil, até com a ajuda dos Egípcios. – terminou ela

-Mas me diga – falei – Por que Anubis lhe comunicou sobre o ataque? Ele é o Deus da morte Egípcio, então por que diabos ele se preocuparia conosco?

-Anubis é meu pai Ella – respondeu a garota – Ele se preocupa com suas alianças, o refugio Grego é um ótimo auxilio em tempos de Guerra

-Digo o mesmo de vocês – falei – E uma ajuda agora viria bem a calhar.

A garota olhou para Thales e Letin que apenas assistiam

-Oh, me desculpe a ignorância, meu nome é Patricia, quais são seus nomes? – perguntou Patricia

-Thales Selaht – falou Thales

-Letin Isaac – respondeu Letin

-Prazer em conhecê-los – falou Patricia – Suponho que vocês queiram ir ao acampamento Egípcio certo? Mas infelizmente vocês precisaram da autorização dos Deuses Egípcios para entrarem lá

-E como pegamos isso? – Thales perguntou

-Bom vocês terão que passar pelos testes deles – falou Patricia

-Novamente, como fazemos isso? – perguntei, eu era bom em testes, mas eu tinha a impressão que não era um simples teste escolar

-Entrem! – Patricia falou – Vamos falar isso melhor lá dentro