THALES

            Mas aquele ataque não desanimou, ele logo se levantou e já estava pronto para outra. Mas ele fez algo que eu nunca esperei que alguém fizesse, ele jogou seu escudo fora, literalmente, o jogou no chão, e no seu braço começou a surgir outra arma, como? Não fazia idéia, ele já estava com suas 4 armas, mas aquilo que surgiu em seu braço não era uma arma, era um águia, um águia vestida com trajes egípcios que me lembravam de alguém ou de algo.

-Minha 5ª e última arma – falou ele

-5ª? – perguntei espantado – Mas falaram que você só tem poderes de 4 Deuses.

-Não, eu ganhei poderes de 4 Deuses, mas não se esqueça que eu sou filho de Rá. Ou seja essa é sua arma – ele falou

            Como eu não havia me tocado daquilo? Eu também não havia ganho nenhuma arma de minha mãe? Só agora eu tinha percebido aquilo! Mas não houve muito tempo para pensar, logo tudo ficou cinza e eu vi aquela águia me atravessando pelo peito, então fiz Mantes me dar velocidade e novamente eu simplesmente sumi do local, eu não sabia se eu me teleportava ou se aquilo fosse apenas minha velocidade que nem eu conseguia ver. Mas não importava, eu aparecei alguns metros a frente de Yupae e parti para o ataque, minha Raiatus se chocou com sua espada e o choque das duas fez uma grande corrente de ar sair, mas pela primeira vez ele mostrou o poder de sua arma vinda de Hades, o helmo se desfez em sua cabeça como se fosse uma sombra e aquela sombra começou a tapar minha visão, mas felizmente aquela arma era inútil, graças aos meus olhos eu conseguia ver além daquilo e consegui parar mais um ataque de Yupae

-Como você viu? – ele perguntou assustado

-Você falou que eu escondia uma arma. Certo? Mas você estava errado, minha terceira arma são meus olhos, esse truque não vai funcionar comigo!

            Falei, então enquanto ele estava distraído eu bati em sua mão com o cabo de minha espada, fazendo ele soltar a sua então eu a chutei para longe, então chutei Yupae contra o chão e pus Raiatus em sua garganta

-Acabou – falei

            Ele fechou os olhos para o ataque final, mas eu não o fiz, eu apensa voltei ao normal, sem estar com nenhuma de minhas armas e quando ele abriu os olhos eu o ofereci a mão para o mesmo se levantar

-Você não vai me matar? – perguntou ele confuso

-De que modo isso provaria que somos confiáveis? Eu não mato pessoas, eu não sou um assassino – falei

            Então ele pegou minha mão e se levantou, também saindo de sua forma com armas, e logo o semideus com megafone anunciou

-A vitória pertence ao Mexmon filho de Nêmesis Thales Selaht – ele disse – Então o que vocês acham ele é confiável ou não?

            E para minha enorme surpresa ninguém questionou, todos ficaram em silêncio, aquilo era um sim? Ou um não?

-Devemos ajudar os Gregos em sua luta? Quem estiver a favor fale agora – ele disse novamente

            E para o meu alívio, todos começaram a bradar, literalmente gritar gritos de guerra, inclusive Yupae que estava ao meu lado

-Então a aliança entre os Refúgios Gregos e Egípcios está oficialmente feita!

            E novamente mais comemorações, eu consegui a ajuda, mas será que quando chegássemos lá ainda haveria tempo para ajudarmos? Se passou cerca de 4 dias desde que saímos do refugio, eu nem tinha certeza se era só isso ou era mais, mas nós havíamos conseguido ajuda, agora os Gregos e os Egípcios eram aliados, e sem dúvida alguma é a aliança mais poderosa.

-Você tem 2 nomes iguais – falou Yupae rindo no meu lado – Já percebeu que Selaht ao contrário fica  Thales?

-Sim, eu já percebi isso – falei – E não quero saber do por que disso

            Então começamos a rir, Yupae era um cara legal, definitavemente era completamente diferente da pessoa que eu havia imaginado.

ELLA

                    Fazia apenas meia hora desde que Thales havia saído daqui, mas eu já estava me sentindo preocupada, não que seja com ele, é mais por que não temos tempo a perder e tals, mas eu não estava preocupada com ele.

            Graças aos Deuses um semideus entrou na porta e quebrou o gelo entre mim e Letin falando

-Vocês já podem sair, seu amigo provou ser de confiança

-Graças aos Deuses ele não fez nenhuma besteira – falei

-Pois é, meu pai conta comigo – Letin disse

-Seu pai conta com você? Como assim? – perguntei

            Então ele me contou a história sobre seu pai ter aparecido a ele no meio de sua luta com a Esfinge, e agora que parei para pensar, isso havia acontecido com Thales também, somente eu não havia recebido a visita de meu pai? Será que ele nem se importava com o que acontecesse com o refugio? Não gosto de pensar sobre isso, por isso eu parei, então eu e Letin saímos do quarto, e andamos por um estreito corredor que subia regularmente por cerca de metros, até sairmos no refugio. E sem dúvida era o lugar mais incrível e estranho que eu já tinha visto em toda minha vida