Catch Me escrita por Scarlett_Cullen


Capítulo 24
Capítulo 24 Nova Etapa


Notas iniciais do capítulo

Oi desculpa a demora mais como Catch Me está em reta final eu comecei um novo projeto, uma parceria que promete sair uma grande história... link está aqui caso queiram dar uma passadinha lá, bj flores e se preparem para o penúltimo capitulo..

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PDV EDWARD

- Eu te amo – ela disse em uma voz fraca. Era como se estivesse se despedindo.

- Não Bella, Fique comigo. – eu disse desesperado, queria que pela primeira vez ela me escutasse.

Tudo parecia um ciclo vicioso entre ter e o perder. Uma hora Bella estava em meus braços, protegida de qualquer coisa que a pudesse fazer mal, porém na hora seguinte essa bolha de segurança estourava e sua humanidade a mostrava o que era de verdade.

Frágil

Um ser que com apenas um sopro do destino deixa de existir.

-Não, você não... - Eu repetia sem para ao mesmo tempo em que tentava avaliar sua situação, seu corpo estava coberto de sangue e sua pulsação se encontrava muito fraca. Minha mente trabalhava em milhares de soluções para que sua vida fosse salva, ligar para Carlisle, correr até um hospital, mas a verdade cismava em bater na minha cara e mostrar o obvio.

Ela não iria resistir por muito tempo.

- Me desculpe... Eu não posso existir em um mundo, onde você não exista – disse na esperança que mesmo consciente ela entendesse minha atitude – Volta pra mim Bella.

Puxei seu corpo fraco para mais perto e deixei apenas meus instintos me dominarem.

PDV BELLA

Eu estava em paz, flutuando em um mar infinito de calma e tranquilidade. Não sabia ao certo onde estava, mas tudo o que me importava naquele momento era desfrutar daquela incrível sensação. Infelizmente tão rápido quando veio ela se foi deixando um grande vazio em mim e logo foi substituído por um fogo arrebatador.

Ele parecia concentrado em meu pescoço e se espalhava lentamente por todo meu corpo, eu me sentia em chamas.

-AHHHHHHHHHHHHHHHHH– eu precisava gritar, eu precisava mostrar que estavam me machucando e que isso tinha que parar. A dor me deixava incompreensível, simplesmente não conseguia me controlar ou pensar racionalmente.

-Você vai ficar bem... Eu prometo... Vai passar meu amor – disse uma voz distante e aveludada. Edward! Ele estava comigo, então porque não me ajudava? Porque não fazia aquela dor para?

-DOR... FAZ... PARAR- não conseguia montar uma frase, tudo o que saia eram palavras soltas tentando encontrar algum sentido.

-Eu sei, eu sei – disse ele com uma voz angustiada – Você precisa ser forte... Eu sinto muito minha Bella – cada palavra dele saia com muita dificuldade, magoa e culpas estavam presentes em todas as silabas.

Droga! Eu o estava fazendo ficar triste com meus gritos. Não, eu não podia fazer isso, mesmo não sabendo o que estava acontecendo não deixaria meus sofrimentos visíveis.

Só eu sentiria dor, não Edward.

Mesmo não tendo o mínimo controle de meu corpo, fiz com que obedecessem ao meu comando, fechei a boca evitando que qualquer som fosse pronunciado e o mais importante, com meus músculos rígidos nenhum movimento seria denunciado.

-Ela se calou. - disse meu anjo em uma voz incrédula – Como pode? A dor é grande de mais para ela conseguir se calar. O veneno não está dando certo é isso. Carlisle ela...

-Vai ficar bem Edward, calma – disse outra voz de fundo, a inconfundível tranquilidade de Carlisle – Você consegui ver que mesmo fraca ela ainda tem pulsação, as mudanças já estão acontecendo.

-Eu sei, mais estou com tanto medo, não posso perdê-la.

- Você não vai querido – disse outra voz. Eu queria poder concordar com ela, mentir para ele que estava bem e quem sabe dizer um “eu sempre te amei” antes do fim. Porém sabia que na hora em que abrisse a boca gritos estariam no lugar das palavras.

Então decidi que calada iria permanecer até que meu corpo encontrasse a antiga paz que antes existia. A morte não deveria ser tão difícil assim, ela deveria ser o alivio para nossas dores, a solução para nossos problemas e a salvação para nossas almas. Mas parecia que comigo era diferente, existia dor, angustia, preocupação e mais dor.

Não sei quantos minutos, horas, dias ou messes eu continuei assim, imóvel para quem via de fora e em chamas por dentro, porém sei que depois de um grande tempo aquelas chamas que me queimavam estavam mais calma, como se com depois de toda a devastação ela estivesse se apagando.

Assim foi até que meu coração deu sua ultima batida.

Eu esperei a morte, o encontro com deus... Sei lá qualquer coisa, mas tudo o que eu sentia era a macies de uma cama e presenças constante de uma mão apertando a minha.

Ela era fácil mente reconhecida antes, pois sua temperatura gelada era a única coisa que me trouxe algum conforto, mas agora não existia mais diferença entre nossas temperaturas. O que está acontecendo?

-Bella – disse uma voz insegura. Era Edward, eu sabia que era, mas estava tão diferente do habitual – Abra os olhos meu amor.

Lentamente obedeci a sua ordem e não estava preparada para aquilo. Meus olhos focaram em Edward, mas era como se todas as minhas lembranças dele fossem imagens refletidas em um espelho embasado e desfocado.

-Você é lindo – que voz era essa?

-Meu coração amou antes de agora? Essa visão rejeita tal pensamento, pois nunca tinha eu visto a verdadeira beleza antes dessa noite. - Recitou ele uma frase famosa de Romeu.

-Edward... O que esta acontecendo? Eu estava... – não poderia dizer queimando, pois lembrava muito bem de sua angustia por saber do meu estado. Então minha primeira ação foi me afastar e avaliar o que tinha ocorrido, mas meus movimentos foram muito mais rápido do que “Bella a desastrada” está costumada a fazer.

- Eu sei que você está confusa meu amor. – ele disse pegando minha mão de uma forma quase desesperada – Mas me ousa antes de me bater ou ter qualquer outra reação. Preciso que me entenda – sua ultima frase demostrava um ar apreensivo e cansado.

- Porque eu iria te bater? – disse confusa – Minha voz! Está... – surpresa por finalmente perceber que aquela outra voz aveludada era minha.

-Diferente. Sim Bella muita coisa vai mudar pra você agora. – disse ele ainda receoso.

-Como assim Edward? Conte de uma vez o que aconteceu. – disse já me irritando com suas respostas evasivas.

-Você saiu transtornada do hospital e logo meu pai me ligou preocupado pelo seu estado e pediu para eu ir atrás de você, mas antes dele terminar a ligação Alice teve uma visão... Seu carro batendo em outro, você não conseguia manter o controle e acabou capotando... Foi... tão...difícil... Ver tudo aquilo. Não pensei em mais nada e fui atrás de você, porém cheguei tarde de mais. – Ele se ajoelhou aos meus pés e literalmente implorando continua – Eu sinto muito por não ter conseguido, eu deveria ter sido mais rápido e...

-Edward pare com isso, você não tem culpa de um acidente. Não pode salvar o mundo sempre – quis brincar um pouco, mas nada conseguia aplacar a culpa em seu olhar.

-Eu não tive escolha. Sua pulsação estava fraca você iria morrer... eu não tive escolha – ele repetia a ultima parte com mantra.

-Edward calmo...

-Eu te transformei... Eu te condenei a uma vida imortal por egoísmo – Se ele tivesse a capacidade de chorar sei que estaria totalmente em lagrimas.

-Obrigada – disse tentando fazer me escutar.

-Eu sei que não deveria... O que disse? – pela primeira desde o começo da conversa Edward me olhou nos olhos.

- Obrigada – sorri – Eu sou igualmente egoísta e não quero nem que a morte se imponha entre nós. – disse acariciando seus cabelos. – Agora se levante você me deu uma segunda chance e dessa vez não vamos desperdiçar com brigas sem sentido.

- Você sempre conseguiu me surpreender – disse ele se levantando e segurando minhas duas mãos. Em um rápido puxão o trouxe para mais perto de mim segurando em sua cintura.

-Se amar é morrer, não me importo em morrer.

-Bom falando em morte – disse ele me dando um curto selinho nos lábios – Você precisa ir caçar.

-Caçar?

-Sim meu amor, não está sentindo sede? – disse ele com sua normal preocupação.

-Agora que você disse – algo em minha garganta estava me incomodando.

-Então vamos – disse ele se separando e logo estava pulando pela sacada que o quarto tinha.

-O que aconteceu com a porta? – disse com um pouco de medo em praticar aquele “pequeno” pulo.

-Para de ser medrosa e vem – disse um Edward sorridente lá no chão a minha espera.

Foi testado por vários cientistas o quanto nosso celebro pode nos enganar e no lugar da realidade ocorrer à famosa ilusão de ótica. Porém tudo o que eu estava vivendo passava de qualquer experimento já provado.

A minha forma mortal parecia ter escondido tudo de mais belo que existe, as arvores, o céu e uma simples flor ganharam uma nova e maravilhosa face.

Eu me encontrava totalmente deslumbrada com tudo ao meu redor e Edward parecia muito animado com minha aceitação e diria até que animado em me mostrar esse mundo novo.

- Bella – gritou Edward me fazendo parar – Quer fazer isso ainda em Forks? – disse ele sorrindo.

-Sim – eu estava tão encantada que nem percebi que já tínhamos encontrado nosso destino- Então como eu começo a fazer isso? – perguntei curiosa e receosa.

-Primeiro você tem que começar a fazer algo que não está acostumada – disse ele sorrindo e vindo ficar atrás de mim.

- Que seria...?

-Deixe sua mente em branco. Pare de pensar por alguns instantes Bella – ele completou colocando a mão nos meus olhos.

-Agora sinta o que tem em seu redor – sussurrou em meu ouvido. Depois me embriagar com seu perfume comecei a dar prioridade a outros cheiros e logo fui sentindo algo não muito agradável, mas ainda assim atraente.

- Animal... 10m daqui.

-Sim, mais especificamente um cervo.

-E agora?

-Eu que pergunto o que você quer agora Bella? – ainda sussurrando ele afastou sua mão e deu espaço.

Ao abrir os olhos senti algo rugir para encontrar aquela estranha mais desejável descoberta.

E foi isso que eu fiz, encontrei o animal e cautelosamente o encurralei, mas aos poucos pude ver uma nova aproximação, era um leopardo e seu cheio era muito mais agradável.

Sem dar tempo para uma fuga mudei de planos e ataquei o meu prato.

Sentia-me forte, pois todos os golpes que minha presa fazia eram insuficientes para sair de meus braços e ao mesmo tempo assustada com essa informação.

Um não foi o suficiente, logo fui atrás de outros para me satisfazer.

-Satisfeita? – Edward perguntou depois de apreciar algumas de me minhas performances como vampira de primeira viagem.

-Agora sim – disse me afastando do corpo inerte de minha vitima

-Você foi muito bem para primeira vez.

-Não acho que foi tanto assim – disse depois de avaliar a situação eu ficou meu vestido. Um grande rasgo na minha cocha me indicava o quanto feroz foi minha caça.

-Eu adorei o novo corte que deu para o vestido – Edward me olhou de um jeito...

-Diferente – sem querer disse em voz alta. Ele me olhou com uma cara de duvida – Você está diferente... digamos que até mais solto.

-Sim, já que não preciso mais me importar em aperta-la mais forte e acabar te quebrando no meio- Ele falava enquanto sua mão me puxava pela cintura – Mesmo lamentando por não ver mais suas bochechas coradas não preciso mais me segurar para não voar no seu pescoço- disse ele passando seu nariz pelo mesmo – Ou talvez ainda faça isso – ele tinha seu arrasador sorriso no rosto.

-Como assim? – disse não entendendo, afinal não tinha mais sangue para fazê-lo me atacar.

-Você sempre foi linda, mas agora consegue ser o ser mais atraente que já tive o prazer de conhecer – Ainda bem que não coro, se não estaria mais vermelha que um tomate.

- Eu queria poder te dizer tanta coisa agora... – disse não conseguindo encontrar palavras o suficiente para o quanto ele significava pra mim.

-Me falei o que você sente aqui – colocando a mão no meu agora calado coração.

-Sinto um sentimento enorme e ao mesmo tempo frágil, são apenas três palavrinhas que começavam com o pronome pessoal no singular, depois um pronome oblíquo átono e por fim, um verbo conjugado na primeira pessoa do singular. - disse me aproximei de seu ouvido – Eu te amo.

- Tão minha – disse ele sorrindo e se afastou para nossos lábios se encostarem – Você é minha vida.

E assim se passou aquela tarde, cheia de declarações e descobertas da minha parte. Tinha medo de piscar e ver que tudo foi um grande sonho.

Depois de alguns minutos ainda na nossa bolha decidimos voltar, afinal precisava reencontrar minha nova família.

Família...

-Como meus pais estão Edward? - perguntei depois de alguns minutos de silencio.

-Abalados. – Disse simplesmente.

-Eles sabem o que aconteceu, sabem...

-Sabem que depois de você sair do hospital foi surpreendida por um carro na contramão e não resistiu. – ele se encontrava meio indeciso em me contar essa parte.

-Eles pensam que eu morri – uma dor se apossou no meu peito me fazendo para.

-Foi necessário Bella, afinal eles iriam envelhecer enquanto você continuaria com seus eternos dezoito anos. Não teria desculpas o suficiente para nunca aparecer para o natal, ano novo ou um almoço na ação de graças. – ele passava a mão no meu braço em sinal de conforto.

- E meu corpo? – disse pensando em um jeito de me fazer presente ainda na vida de meus pais.

- houve um vazamento de gasolina e seu carro explodiu. Colocamos um corpo de uma moradora de rua que tinha acabado de morrer e com as queimaduras não haverá duvidas.

Não sabia mais o que pensar, mas Edward sabia exatamente o que eu queria saber.

- Seu enterro acontecerá amanha no crepúsculo.

-Mais já – disse assustada com a rapidez

-Meu amor, você ficou dois dias desacordada.

-Uau

-Tudo bem? – ele acariciou minhas bochechas com o mesmo ar de culpado de novo.

-Sim, Edward não se arrependa do que fez, pois de um jeito torto me salvou – disse tirando sua mão de meu rosto e a apertei forte – Porém não posso dizer que estou feliz em saber do meu enterro... E... Eu quero ir nele.

-Bella não será agradável...

-Eles não tiveram a chance de se despedir, mas eu quero ter. – Ele não pode contra argumentar e decidiu terminar o assunto por aqui.

Quando entrei na casa todos os Cullens pareciam parcialmente ansiosos para a nova integrante.

- Olá – disse meio constrangida com toda a atenção.

– Seja bem-vinda, Bella – os passos de Carlisle eram cuidadosos enquanto ele se aproximava.

– É bom vê-lo de novo, Dr. Cullen.

– Pensei que tinha deixado essa de Dr. Cullen – disse ele erguendo as sobrancelhas e se divertindo com o meu constrangimento

-Desculpe... Carlisle – disse sorrindo.

-Muito melhor. Bom... Bella essa é minha mulher Esme.

Esme sorriu e também deu um passo à frente, vindo em minha direção e sem hesitação me deu um reconfortante abraço. Era incrível como nela tudo gritava “mãe”, seja sua voz doce, seus gestos ternos ou sua aparência amável.

– É muito bom conhecer você – ela disse sinceramente.

– Obrigada. É bom conhecer você também.

-E ai Bellinha gostando da vida nova? – disse Emmett sorrindo com Rosalie nos braços.

-Não posso dizer que ela não trouxe mais adrenalina pra minha agitada vida – disse ironicamente, mas consegui fazer com que todo mundo sorrisse.

- Esse é o espírito – disse Alice animada, no entanto algo em mim a fez olhar apavorada – Mas o que você fez com seu vestido?

-Há... Eu... É... foi – cadê o buraco quando se precisa de um???

-Bella estava caçando Alice, não queria que ela voltasse impecável não é – disse Edward em meu socorro.

-Sim, seria o mínimo de respeito depois de toda a produção que eu fiz nela.

- Eu... Sinto muito... – tentei me desculpar e logo em seguida fui interrompida por Rosalie.

-Não se desculpe Bella, Alice sempre exagera quando o assunto é roupa. Mas ela tem que saber que na floresta a ultima moda é outra – Emmett estava dando altas gargalhadas e Alice olhou com seu melhor olhar assassino para a irmã.

-Rose tem razão meu amor, Bella ainda é uma recém- criadas é tudo mais intenso e não é com a roupa que ela vai se preocupar – disse Jasper fazendo um carinho em Alice. – E a proposito, seja- bem vinda, posso te chamar de Bella não?

-Claro – eu estava começando a me sentir em casa.

-Bom, vamos deixar a Bella um pouco em paz. Você pode ser forte agora, mas acho que ainda tem muitas informações pra processar não minha filha? – disse Esme.

-Sim, foi tudo tão rápido... Ainda sinto minha cabeça rodando.

-Vem comigo Bella. - Edward me guiou ate o mesmo quarto que eu estava antes e só agora pude ver como ele era.

Tinha uma cama com colchas negras, uma porta que eu julgava ser o closet e tudo isso rodeado com prateleiras cheias de cds, dvds e livros. A porta que dava pra sacada era de vidro, ou seja, você podia estar ali e ao mesmo tempo ver apreciar toda aquela incrível vista.

-Esse é meu quarto. Ou melhor, nosso quarto.

-É lindo – disse claramente supressa pela organização. Mesmo vampiro ele não deixava de ser homem.

-Com o tempo se você quiser fazer qualquer modificação fique a vontade.

-Não Edward até ontem era seu quarto não posso...

-Sim pode, quando vai entender que tudo o que mais importa pra mim é você – Disse ele me virando e me fazendo o encarar.

-Eu entendo, mas eu só...

-Tudo bem meu amor, você precisa descansar e pensar em tudo o que aconteceu e pensar sobre amanha. Venha deita um pouco. – Ele me deitou ao seu lado e passou seus braços ao meu redor. – Feche os olhos e sonhe de uma forma diferente minha Bella.

Assim passamos o resto da noite até os primeiros raios de sol. Já estava quase na hora do meu “enterro”, é ainda não tinha me acostumado com isso.

-Tem certeza que quer ir? – disse Edward lindo vestindo um terno preto.

-Sim – disse mais ainda dava pra perceber a duvida em minha voz.

- Ok não poderei ficar junto de você já que para todos os efeitos minha namorada acabou de morrer – um sorriso triste veio em seus lábios.

-Eu ficarei bem – dei um beijo em seus lábios e depois de tudo arrumado todos estavam juntos na sala de estar.

-Tudo prontos para irmos – disse Esme com um vestido preto, alias todos estavam assim. – Você tem certeza que vai querer ir minha querida?

-Mesmo que não me vejam quero me despedir.

-Tudo bem – disse sorrindo e assim eles foram. Eu iria depois.

Correr dava um incrível sentido de liberdade, era fácil perder a noção do tempo. Mas a realidade não me permitia tal proeza, cheguei ao enterro e como esperado todos estavam lá.

Angela estava chorando e sendo amparada por Ben, pelo carinho que ele dava pra ela não tinha duvidas que minha amiga esteja em boas mãos. Jessica estava fingindo estar inconsolável para Mike e Lauren e Tyler eram os mais calados ali. Até o Jacob estava lá e parecia também bem triste.

De trás da arvore em que me escondia podia ver todos escutavam atentamente o que o padre parecia dizer. Edward estava interpretando bem seu papel de um jovem que acabou de perder o sue grande amor e para completar a cena estavam meus pais.

Minha mãe parecia preste a surtar a qualquer momento e como sempre meu pai estava na sua formal posse de “vou ser forte por todos”. A visão deles juntos chorando por um adeus forçado fez meu coração quebrar em pedaços e foi ali que eu vi que eles não passariam por aquilo sem um consolo e só eu posso dar isso a eles.

Dei meia volta e fui para a floresta de novo, porém não em sentido a casa dos Cullens e sim a antiga casa da Isabella Swan.

A casa permanecia do mesmo modo dês da ultima vez em que entre nela, os balões ainda estavam espalhados pela sala e as decorações continuavam na parede. Eu os conhecia bem de mais e sabia que essa era a um sinal de negação, eles ainda esperavam que eu passasse pela porta fingindo ser uma brincadeira e que tudo vai voltar ao seu lugar.

Por isso eu devia a eles um novo recomeço.

Fui até meu quarto, tirei uma folha de meu antigo caderno de escola e comecei a escrever.

Queridos Pais

Sim eu escrevi uma carta, gostaria de ter dito isso tudo pessoalmente e depois dar um grande abraço, mas vocês me conhecem mais do que eu mesma e sabem que isso não seria muito eu.

Sei que posso parecer desligada ás vezes ou até mesmo insensível, porém cada minuto que passei com vocês eu estava ali. Em todas as descobertas e etapas que passávamos juntos só consigo ver o quanto eu sou grata por ter tido pais como vocês.

Ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de não ser boa o suficiente. Ninguém nunca viu minha alma de verdade ou escutou meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e descolada.

Charlie e Renée, saibam que os dois não me deram só amor ou lições que levarei pra vida toda, mas também me fizeram mudar e conhecer a pessoa mais importante pra mim depois de vocês, Edward.

Eu relutei muito com esses novos sentimentos, mas ai uma hora eu pensei... Agora é tarde. Já estou apaixonada. Foi um risco, mergulhar de cabeça em algo que é totalmente diferente dos livros de literatura, onde os personagens têm um “felizes para sempre” garantido. Mas sabe quando você sente que é aquela pessoa? Uma pessoa que te completa, que você quer ter pra sempre ao seu lado? Você ama tudo nessa pessoa: seu cheiro, seu sorriso, seu humor e até seus erros.

Esse é o meu Edward.  E eu estou feliz por ter conhecido ele, estou feliz por ter me dado à chance de ser eu e ao mesmo tempo ser outra.

Você conseguiu pai, fez com que eu vivesse sem ficar presa as minhas limitações, eu ainda tenho essa síndrome mais também tenho respeito e orgulho do que me tornei. Devo isso a você.

E mãe obrigada por me mostrar que às vezes as coisas simplesmente acontecem, como se uma força maior, estivesse planejando pra tais coisas acontecerem, uma decisão que você tomou te leva ao seu verdadeiro destino, pode não ser agora, talvez só no futuro, mas com certeza vai acontecer.

Nunca se esqueçam do amor que eu sinto por vocês e o quanto eu fui feliz em cada momento da minha vida, pois eu tenho a melhor família do mundo ao meu lado.

Beijos de sua sempre filha

Isabella Swan

                       

Algumas quedas servem para que levantemos mais felizes.

William Shakespeare

Eu coloquei a data de um dia antes do meu aniversario, como se eu fosse dar a eles antes do acidente ter acontecido. Queria que mesmo não entendendo eles tivessem em mente que ficarei segura com Edward e que fui feliz com eles.

Sai do meu quarto quando escutei um barulho de porta se abrindo “eles chegaram”. Coloquei o papel em cima do meu livro favorito crendo que quando eles tivessem coragem de entrar ali a carta seria a primeira coisa que perceberiam.

Na floresta encontrei Edward com uma expressão preocupada.

-O que foi?

-Alice teve uma visão de você em casa e seus pais chegando. Sua aproximação com os humanos ainda não é segura Bella, principalmente se aproximar das pessoas que pensam que você morreu.

-Não iria fazer nada, eles são meus pais – pensei indignada com sua desconfiança- E eu só queria me despedir.

-Eu sei que irá sentir saudades da Isabella Swan...

-Não, eu não irei sentir nenhuma saudade de mim, o que já fui não me interessa mais. Eu sentirei saudades das pessoas que participaram de minha vida e por obra do destino vou ficar com a principal pessoa que me mudou totalmente- disse sorrindo e pegando sua mão o fazendo me seguir. O guiei ate a clareira que um dia me levou.

-Eu queria saber que depois que se tem a eternidade o que acontece? O que vem depois?- disse sorrindo me deitando ao seu peito.

-Vem o nosso feliz para sempre – disse ele se referindo a uma de nossas conversas em que eu o criticava por nunca se referir ao nosso relacionamento com a palavra “sempre”.

-Ah,é – aquela frase parecia tão certa aos meus ouvidos.

-Sim e o sempre vem acompanhado de uma importante pergunta – Edward sorria de uma forma encantadora, digamos até que misteriosa.

-Que pergunta? – perguntei curiosa

-Isabella, você aceitaria passar a sua eternidade ao meu lado? Aceita se casar comigo?

O que? O.o


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço comentários né :) e recomendações também, vai kkkk.... Bom queria agradecer aos antigos e novos leitores pelo apoio e espero que a fanfic esteja tomando um caminho que agrade a todos... bj e nos vemos no próximo e ultimo capitulo
*.* beijinhos flores