“Durma minha Bella. Esqueça tudo o que aconteceu e tenha sonhos felizes. Durma meu único amor”.

Foi as ultimas palavras que eu escutei antes de cair na escuridão, os rostos de todos rindo e zombando de mim não me deixaram em paz em um só momento tudo foi traumatizante o suficiente para querer desistir de mim mesma de novo. As imagens passavam pela minha cabeça como cenas distantes e me revelavam que mesmo que tenta-se nunca seria como eles.

Acordei em uma cama confortável e ao olhar ao redor percebi ser um quarto, meu quarto, tudo ainda estava muito confuso e não sabia como tinha conseguido chegar aqui mais era com certeza o que eu mais precisava conforto do meu mundo particular.

A porta foi aberta e minha mãe apareceu com uma enorme bandeja de comida.

– Oi meu bebe – disse ela com a sua voz meiga e doce que quando pequena me fazia sonhar com um mundo muito melhor do que eu vivo.

–Oi mãe - minha voz tava grave como se há muito tempo eu não a usa- se. – como eu vim para aqui? Quando tempo apaguei? Aquilo tudo foi um sonho? – as perguntas pareceram fazer minha mãe sorrir carinhosamente e me responder com uma grande paciência, como quem se dirigia a uma criança.

–calma meu amor, uma pergunta por vez... Bom um colega de escola veio aqui te trazer e nos informou o que aconteceu com você – nesse momento ela fechou a cara e vi o mesmo olhar que ela um dia fez quando uma professora se recusou a me ensinar, alegando que eu não precisava já que eu era uma “sabe tudo” e continuou falando – E você ficou o dia inteiro na cama – nessa hora vi o relógio encima do meu criado mudo e vi 20h00min no visor.

– Nossa fiquei muito tempo dormindo- disse me assuntando com minha reação.

– É mais você merecia Dr. Cullen disse ser uma reação normal de algumas pessoas, é uma forma de recarregar suas forças depois de um baque desses. - Minha mãe tentava ser forte e me falar calmamente mais conseguia ver por suas mãos que estava inquieta.

– Mãe...

– Você sabe que não vai mais freqüentar aquela escola né, minha filha te prometo não te força mais a nada vamos embora pra outro lugar e recomeçar de novo, pode estudar em casa de quiser, dessa vez será como você decidir e nada mais de mal lhe acontecera – Ela falava desesperadamente sem nem ao menos deixar eu me explicar.

– Não mãe, a época de você em proteger do mundo acabou, sou eu agora que devo me proteger...

– Mas Bella...

– Não tem mais e nem meio mais dona René, tenho idade o suficiente pra para de depender dos meus pais, o mundo ta ai fora e eu tenho que vive-lo longe de suas proteções. O que aconteceu hoje pode acontecer em qualquer lugar e não é por isso que vou me abalar, tenho que continuar firme cabeça erguida e sim vou voltar para a escola e pela primeira vez terminar o ano na mesma cidade – tentei fazer uma brincadeira, porém não deu muito certo já que ela não sorriu.

– Tem certeza disso minha princesa- disse meu pai atravessando meu quarto e pareceu ter escutado tudo o que eu disse – Provavelmente a essa hora toda a cidade deve estar estipulando fatos do porque você ter agido dessa forma, está preparada para isso? – perguntou ele ainda na dúvida.

– sim pai, você mesmo me disse que os obstáculos são para serem vencidos e mesmo que ninguém mais daquela escola queira me dirigir a palavra e eu esteja sozinha...

– correção você nunca estará sozinha meu amor – disse minha mãe segurando minha mão e meu pai alisou meu cabelo como forma de que também está ali.

– Eu sei mãe, tenho vocês e isso é mais do que eu preciso pra ser feliz.

– Estamos orgulhosos de você minha menina – disse meu pai beijando minha bochecha. Dei um sorriso de canto e meu silencio os fizeram entender que agora era o meu momento.

Saíram do quarto sem uma palavra e em minha cama comecei a pensar sobre tudo o que viria a seguir, os olhares de indiferença e será que ainda teria amigos?! Ao pensar nisso lembrei-me do colega que minha ame disse que tinha me levado até minha casa, deveria agradecê-lo muito por tudo, mas, queria pensar nisso depois agora só queria um belo de um banho.

Ao me levantar percebi uma coisa cair, fui pegar o que era e me surpreendi ao ver uma rosa vermelha e um pedaço de papel dobrando. Nele dizia:

Bella

Sei de tudo que você passou isso e não desejo que fiques bem, não sabe o quanto foi difícil, você não tem idéia do quanto foi difícil pra mim, simplesmente te tirar de lá e deixá-los… vivos.

Pois eles não estavam tirando sarro de uma simples menina mais sim a da minha existência, a vida da muitas voltas mais não se preocupe nunca mais deixarei isso acontecer de novo. Arrisquei-me te tirando de lá, me mostrei para seus pais e sei que saberás quem sou depois disso tudo, mais peso que antes de tudo saibas que eu te amo alem da minha vida e que se você me superar, digo se você quiser algo melhor que eu, irei entender isso, Bella. Eu prometo que não ficarei no seu caminho se você quiser me deixar.

Porém agora “eu estou cansado de tentar ficar longe de você…”

Aquelas palavras me deixaram cismada e ao mesmo tempo boba de saber que alguma pessoa depois de tudo ainda sente a mesma coisa por mim.

Tomei meu banho e fiquei o reto do tempo no meu quarto escutando musica e tentando não pensar no amanha. E nesse momento meu pai veio me ver como eu estava e me dar um beijo de boa noite, não perdi tempo e perguntei a pergunta que me deixava varias vezes acordada.

– Pai quem me ajudou a chegar ate aqui? – disse esperando mais que nunca que esse mistério acaba se.

– Foi o Edward filho do Dr. Cullen, ele te ajudou ate para te colocar na cama, aquele garoto é realmente de ouro. – disse meu pai viajando e provavelmente pensando no quando foi heróico. MAS PERA AI ...EDWRAD CULLEN???? Então ele é o S.V ...mais porque S.V?. Fiquei tão perplexa que nem vi meu pai indo embora.

Dia seguinte nem tomei café fui direto pra escola encontrando alguns carros no estacionamento e a partir de certa hora ele começou a encher como de costume. Não tive coragem de sair do carro, sabia que as pessoas estavam olhando e reconhecendo meu carro, porém mesmo assim seus olhares através do vidro já mostravam que não era bem vinda. Só parei de analisar minha volta quando um Volvo prata estacionou em sua vaga de sempre.

Seus irmãos que estavam no carro saíram e parecia que sabiam que eu queria falar só com o Edward, pois todos foram para dentro da escola só sobrando o Edward que se encostou à porta de seu carro e ficou.

Respirei fundo e sai do carro, pareceu que nessa hora todos pararam e olharam para minha direção, tentei ignorar todos os olhares e continuar seguindo na direção dele.

Quando estava alguns centímetros dele Edward que até então tinha seus olhos fixos no chão foram para minha direção e esperou até eu dizer algo, porém seu olhar me deixou hipnotizada assim como todas as vezes que o olhava.

Depois de um pequeno tempo tomei coragem e disse.

– Oi Edward – disse segura de mim e esperando não gaguejar e controlar o rosado que nascia de minhas bochechas.

– Olá Bella – ele disse com um sorriso nos lábio, porém depois sua cara se fechou e começou a demostrar irritação – Não deveria está aqui falando comigo e eu deveria ir embora. -A bipolaridade dele me irritou então confesso que dei uma de insolente também.

– “Por que você não vai então?

–Como já disse me sinto… nervoso… se tenho que ficar longe de você. Além de não conseguir mais fazer isso – ele disse voltando com seu sorriso torto e me deixando ainda mais tonta do que estou.

“E o que não posso e não quero exprimir fica sendo o mais secreto dos meus segredos”.