Escolhido Ao Acaso escrita por Mandy-Jam


Capítulo 15
Flores, querida


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso! Mas aqui vai um novo capítulo de Escolhido ao Acaso.
Quero agradecer por todos os reviews divos que eu recebi. Adoro cada um de vocês, leitores! Sinto muito não ter muito tempo para respondê-los, mesmo.
Bem... Boa leitura.



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- Ah, claro. Eu só tenho que prender o Deus da guerra extremamente forte e agressivo em um chafariz de novo. – Comentei em sarcasmo – Por que não? Eu faço isso todo dia.

- Matt, não é lá algo tão difícil. – Mentiu Kim, mas logo viu que eu não cairia nessa – Olha, é possível. Não sei se ele vai ser idiota para ficar preso em um chafariz de novo, mas podemos tentar outra coisa.

- Eu vou algemar ele? – Perguntei sem saber mais como prender alguém.

- Não tenho algemas. E também... Acho que isso seria fácil demais para ele escapar. – Comentou Kim como se a idéia fosse possível – Talvez pudéssemos prendê-lo em uma jaula, ou em uma cela. Pode funcionar.

Eu passei a mão pelo rosto, completamente tenso.

- Eu estou ferrado. – Murmurei – Kim, você realmente acha que esse cara vai me dar uma chance de prendê-lo? Ele deve lutar por milhares de anos, ou seja... Milhares de anos esmagando caras como eu.

- Uhm... Verdade. – Concordou Kim sem nem mesmo tentar me encorajar. Ela tocou o meu ombro e deu um sorriso maligno, como sempre fazia – Mas ele não tem um cérebro. Você também não, mas ao menos eu estou aqui.

- Você tem um plano? – Perguntei ignorando os comentários.

- Tenho. – Confirmou – Mas por enquanto, tente dormir. Depois nós falamos nisso.

Kim se levantou e foi para a porta da biblioteca. Eu me pus de pé, pronto para pedir que ela voltasse, quando a filha de Hades virou-se para mim mais uma vez.

- Eu vou para casa, montar os detalhes. Amanhã eu venho aqui abrir a biblioteca e conto tudo para você. Pode ficar por aí. – Disse e foi embora.

Eu subi as escadas, e fui em direção ás poltronas, imaginando o que Kim estaria planejando. Devia ser algo muito bom, porque aquele cara não seria detido tão facilmente.

Assim que me sentei em uma das poltronas, eu caí no sono.

Podia jurar que antes de dormir, eu ouvi a voz de Afrodite.

Calma, eu vou te ajudar. Vou fazer Ares pagar por infernizar você.” Foi o que a voz disse em minha mente. Como se eu estivesse vendo um filme, de repente, a imagem de uma garota apareceu em minha mente. Era Alice.

Ela estava correndo pela calçada, e já estava de manhã. Parecia estar em um tipo de maratona, quando parou na frente de uma casa. Ela abriu a porta, e depois fechou-a atrás de si.

Com um movimento simples, ela limpou a testa um pouco suada, e olhou no relógio o tempo que tinha feito com a corrida.

- Ahm... Bom dia. – Disse Ares sentado no sofá. Alice olhou para lá um tanto surpresa, mas depois mostrou estar incomodada.

- Quem disse que você podia entrar? – Perguntou ela.

- Eu só... – Ele foi interrompido.

- Você nada. Vai embora. – Ela subiu as escadas sem se importar com ele. Pelo visto ela tomou um banho e trocou de roupa, pois quando abriu a porta do quarto tinha uma aparência menos cansada e mais limpa.

Ela desceu as escadas e olhou para o sofá. Ninguém ali.

Quando ia virar para entrar na cozinha, se deparou com Ares novamente. Ela soltou um suspiro pesado, e cruzou os braços.

- Já não disse para ir embora? – Perguntou ela – Eu não quero falar com você.

- Mas eu quero falar com você. – Insistiu ele irritado, mas tentando parecer amigável.

- O que? Veio falar mais sobre como o Matt é um idiota por roubar a Afrodite de você? – Perguntou ela impaciente – Se for isso, por favor, vá embora.

- Sinto muito. – Disse ele rapidamente. Ela olhou-o sem acreditar.

- O que disse? – Perguntou.

- Eu... Disse que sinto muito. Por... Ter tratado você daquele jeito. – Disse ele sem graça, coçando a cabeça. Alice franziu o cenho, mas não parecia estar confiando nele – Eu estava com raiva, e... Ah, você sabe que eu não me controlo em situações assim. Eu... Sinto muito.

- Não acredito em você. – Disse ela negando com a cabeça.

- Mas estou falando a verdade. – Insistiu ele. Alice olhou-o por alguns segundos, e depois negou novamente com a cabeça.

- Você francamente acha que pode aparecer aqui depois de tudo que você fez ontem, dizer “sinto muito” e esperar que eu desculpe você? – Perguntou ela irritada.

- Ahm... Sim. Alice. – Assentiu ele.

- Não adianta falar o meu nome para mostrar que está arrependido. Só esse pedido de desculpas não...! – Ela foi interrompida. Ele estendeu uma das mãos que segurava um buquê de flores vermelhas e brancas. Alice ficou realmente surpresa.

Ela tentou dizer alguma coisa, mas não achou palavras.

- Eu trouxe flores. – Comentou ele.

- Eu... Eu não...! – Ela tentou parecer com raiva, mas um sorriso o tempo todo escapava. Ela tampou a boca para Ares não notar, mas ele já tinha visto. Alice parecia ter ficado completamente boba – Você... Nunca me deu flores.

- Pois é. – Comentou ele encolhendo os ombros – Eu sei que você fica boba com flores.

- Como você...?! – Ela não conseguiu perguntar, pois continuava sorrindo. Alice ficou séria por alguns segundos.

- Vamos... Flores, pedido de desculpas... Eu até te chamei de “Alice”! – Disse ele dando um sorriso simpático. Alice revirou os olhos ainda rindo, e depois olhou para ele.

Alice mordeu o lábio querendo impedir a si mesma de rir, mas acabou assentiu devagar. Ares comemorou de leve com sua mão livre, e ela apontou para ele.

- Isso não quer dizer que vou cair nessa o tempo todo, ouviu? – Avisou. Ares assentiu concordando.

- Vai pegar as flores agora? – Perguntou ele.

- Claro que eu vou. – Sorriu ela pegando-as. Alice as olhou com um grande sorriso – Eu nem acredito que você realmente fez isso...

- Eu comprei elas, sabia? Só um detalhe. Para você ver que eu sou um cara muito legal. – Comentou ele se exibindo. Alice ergueu uma sobrancelha.

- Você comprou?! – Exclamou ela, e depois riu para as flores – Nossa... Isso está bom demais para ser verdade.

E foi aí que aquilo ficou engraçado. De algum jeito um jato de tinta branca vindo das flores atingiu o rosto de Alice. Ela fechou os olhos a tempo, mas seu rosto ficou completamente manchado.

Não entendi o porque de eu estar presenciando aquela cena, mas queria muito saber o que aconteceria.

O queixo de Ares caiu, e ele não entendeu nada. Mas soltou um pequeno riso, enquanto erguia uma sobrancelha.

- O que foi isso? – Perguntou ele sem entender. Alice respirou fundo, e limpou os olhos devagar.

- Tem certeza que você não sabe responder? – Perguntou rangendo os dentes. Ares notou que ela estava com raiva, e que provavelmente pensava que a culpa era dele.

- Ahm... Eu não tenho nada a ver com isso. Eu só comprei flores! Só isso. Como todos os namorados melosos e românticos fazem... – Ele se interrompeu. Seus olhos se arregalaram um pouco – Espera... Afrodite. Foi ela. Ela armou para isso acontecer, e você se irritar comigo. Viu? Tudo explicado. Não é culpa minha.

- Ah, não! Claro que não é culpa sua! Nunca é culpa sua! – Riu Alice, mas de repente parou a jogou o buquê contra o peito dele com raiva. As flores se despedaçaram e caíram no chão – Tenho que dar os parabéns para ela, porque eu estou com muita raiva de você!

- Eu...! – Alice segurou a gola da camisa dele e o puxou em direção a porta. Com um movimento rápido, ela abriu a porta e o lançou para fora. Ele tropeçou nos pés, e quase caiu – A culpa não foi minha! Deve ser algum tipo de piada da...!

- É! Eu estou morrendo de rir, seu imbecil!– Exclamou ela com raiva – Mostre a sua cara aqui de novo, e eu te chuto no meio das pernas até você chorar!

Ela bateu com raiva a porta, e eu tive que prender o riso. Ares ficou com cara de choque para a entrada da casa, pois ele realmente não tinha feito nada. O Deus da guerra respirou fundo, e ficou com raiva de repente.

- Afrodite, você não vai me impedir de destruir o Harris! Mesmo colocando ela contra mim, ouviu?! – Rugiu ele para o céu. Pude ouvir a risada de Afrodite em minha mente e acordei.

A Deusa do amor estava sentada em uma poltrona ao meu lado, e alisava meu cabelo com um sorriso doce.

- Bom dia, amorzinho. – Disse ela fazendo biquinho.

- Você fez aquilo? – Perguntei confuso.

- O que? Ah, aquilo. Sim. – Riu ela – Bem feito para o Ares. Se vai incomodar você, então vou fazer ele ter uma vida amorosa terrível.

- Você costuma fazer isso o tempo todo? – Perguntei curioso e com um pouco de medo.

- Só com as pessoas que merecem. – Respondeu ela dando de ombros – Os que quebram o meu coração, os que implicam comigo, os que atrapalham os meus planos, e algumas outras pessoas.

Eu senti medo ao imaginar o que ela faria comigo se nossa relação não desse certo, mas resolvi não falar nada. Eu assenti devagar, e olhei em volta. Não tinha ninguém na biblioteca ainda.

- Que horas são? – Perguntei.

- São umas... – Afrodite parou para pensar enquanto brincava com uma mexa de cabelo minha – Acho que umas 5 da manhã.

- Kim só chega as 7, eu acho. – Comentei coçando os olhos. Afrodite se aproximou e começou a beijar meu rosto. Suas mãos desceram dos meus ombros até o meio das minhas pernas. Eu franzi o cenho.

- Então nós temos umas duas horas. Sozinhos. Aqui. – Falou ela com um sorriso no rosto.

- Você quer fazer isso aqui?! – Exclamei sem acreditar – Estamos em uma biblioteca.

- Eu amo você em qualquer lugar. – Sorriu ela me beijando novamente. Como ela era completamente de enlouquecer, eu acabei cedendo.

POV Kim

O despertador tocou, mas fiquei com preguiça de levantar.

- Cinco minutos, e eu levanto... – Murmurei me virando.

- Acorda logo, preguiçosa! – Berrou uma voz para mim. Franzi o cenho de olhos fechados, mas antes que pudesse reagir, o dono da voz me jogou no chão.

- Ah! Filho da...! – Ergui o rosto e vi Ares.  Ele me ergueu pela gola da camisa, e me pôs de pé.

- Você tem alguma coisa a ver com isso também, sua fedelha?! – Perguntou ele com raiva. Eu franzi o cenho com raiva e dúvida. A camisa dele estava manchada de tinta branca, e alguns pedaços de flores estavam grudados.

Eu não sabia o que estava acontecendo, mas de uma coisa eu tinha certeza: ele não estava feliz.

- Não. Mas bem que eu queria. – Sorri. Ele colocou a mão no meu pescoço e quase me enforcou.

- Vou mandar uma mensagem para você e para Afrodite. Se vocês duas querem usar suas mentezinhas diabólicas para armar contra mim, saibam que vou chutar as duas para fora do meu caminho. – Falou ele apertando cada vez mais meu pescoço – Assim que eu matar o seu amiguinho hoje, eu vou te dar uma passagem só de ida para visitar o seu papai. E Afrodite... Bem, para ela eu tenho planos especiais.

Os “planos especiais” poderiam envolver desde esfaquear até queimar vivo, mas ele não definiu o que seria. Só me jogou na cama novamente, e eu tive que puxar bastante ar para me recompor.

- É o fim de vocês três! – Rosnou ele.

- É o seu fim. – Disse com ódio – Espere para ver.

Ele desapareceu, e eu tive que contar até 10 para não fazer o prédio desabar


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Notas finais do capítulo

Afrodite é diabólica que nem a Kim... Medinho.
Pobre Alice, não é? Não tem nada a ver com a história, e ainda é vítima de pegadinhas.
O que acharam? Ficou bom?
Espero por reviews, e/ou recomendações!
Beijos e obrigada mesmo por lerem essa fic!



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