Vampire Academy Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Ai Dimitri... rs



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Rose estava parada bem na minha porta. Ela ainda usava o vestido do baile. Era a primeira vez que ela vinha até esta ala e eu me perguntava como tinham deixado ela passar até aqui.

“Rose?” falei incrédulo.

“Deixe-me entrar” ela falou ofegante “É a Lissa.”

Eu me afastei de forma que ela pudesse passar. Ela entrou, com seus olhos percorrendo todo quarto e depois me olhando de cima a baixo. Foi quando me dei conta que eu estava vestindo apenas calças de pijama.

“O quê há de errado?” Perguntei. Ela não me respondeu, por um instante. rapidamente, o olhar de Rose passou de observador para luxurioso.  Realmente eu não estava entendendo nada do que se passava. Até que ela veio na direção do meu tórax, parecendo verdadeiramente faminta, eu diria.

“Rose! O quê você está fazendo” Exclamei, instintivamente, numa reação de defesa, dando um passo para trás, antes que ela pudesse me tocar.

“O quê você acha?” O seu tom era extremante sensual. Ela se moveu novamente pra mim. Eu me afastei ainda mais, colocando as mãos no meu peito, num gesto protetor. Não parecia Rose. Definitivamente ela estava fora de si.

“Você bebeu?” perguntei enquanto me desviava dela. Ela só podia estar sob efeito de alguma coisa.

“Bem que eu queria.” Ela respondeu, tentando me alcançar novamente e então parou subitamente, com um fio de tristeza em seus olhos. “Eu pensei que você também queria – você não acha que eu sou bonita?”

Aquela não era uma pergunta para ser respondida assim, principalmente com algo tão estranho acontecendo. Eu tentei me desvencilhar dela mais uma vez. Felizmente, meu lado racional estava me guiando. Rose estava linda naquele vestido e escancaradamente se oferecendo a mim. Era a materialização, na minha frente de tudo que eu vinha desejando há um bom tempo. Mesmo assim, eu ainda conseguia ser coerente.

“Rose, eu não sei o que está acontecendo, mas você precisa voltar para o seu quarto.”

Ela ignorou completamente o meu apelo e veio novamente para cima de mim, foi quando eu a detive, segurando os seus pulsos. E, de repente, algo mudou tudo dentro de mim. Toda razão fugiu e eu só conseguia pensar em ter Rose. Foi como se uma corrente de desejo  passasse dela para mim, consumindo todo o meu senso lógico. Tentei lutar contra aquilo, à medida que minhas mãos passavam dos seus pulsos para os seus braços. O toque na sua pele suave me fez sentir ainda mais atraído. Não dava para resistir aquilo. Puxei Rose para perto de mim com um dos braços e fui com a outra mão para os seus cabelos. Ah, como eu adorava aqueles cabelos dela. Muito. Eu passei meus dedos por eles, sentindo toda suavidade, a cada toque, e fazendo com que Rose inclinasse o rosto na minha direção. Nossos lábios ficaram bem perto um do outro. Eu sabia que eu não podia fazer aquilo, mas não importava. Eu precisava daquele beijo. E só importava o que eu queria.

“Você acha que eu sou bonita?” Ela perguntou. Sua voz era completamente entregue.

Eu a olhei seriamente, como eu sempre fazia quando queria que ela entendesse a importância do que eu estava dizendo.

“Eu acho que você é linda.” Meus pensamentos ainda estavam confusos, mas eu finalmente pude dizer algo que eu prendia desde que a conheci.

“Linda?”

“Você é tão linda, que às vezes chega a me doer.” Depois dessas palavras, a beijei. Comecei a sentir lentamente o toque nos seus lábios, que eram doces e macios. A cada toque, a intensidade foi aumentando, e o nosso beijo foi se tornando mais forte e faminto. Por mais que eu a beijasse, eu não conseguia me sentir saciado. Por mais que eu a puxasse para perto de mim, eu não conseguia sentir que era perto o suficiente. Em gestos quase que automáticos, passei minhas mãos para seus quadris, trazendo seu corpo para o meu. Sentindo o tecido do seu vestido, rapidamente comecei a tirá-lo, era como se nada devesse estar no nosso caminho, como se nada devesse atrapalhar a proximidade entre nós, ainda que fosse somente uma roupa. Eu não conseguia parar de beijá-la e tudo ficava melhor à medida que ela parecia se entregar cada vez mais. Finalmente, consegui tirar o seu vestido, passando pela cabeça e jogando no chão. Foi quando pude ver o corpo dela na sua totalidade. Ela era mesmo incrível. Rose tinha um corpo escultural, como eu nunca tinha visto em mulher alguma antes.

“Você se livrou rápido do vestido.” Rose falou em meio a nossas respirações. “Eu pensei que você gostasse dele.”

“Eu gosto. Eu amo.” Mas havia outra coisa que eu amava mais do que aquele vestido. Era ela. Então, eu a levei para a cama.

Aquilo era uma coisa enlouquecedora. Sentir o corpo de Rose em baixo do meu, totalmente nua, faziam os meus sentidos girarem. Eu percorria todo ele, aos beijos, conhecendo cada parte. Eu não conseguia raciocinar direito, tanto que só conseguia chamar seu nome em russo.

“Roza.. Roza...” era só o que eu conseguia repetir, como um mantra na minha cabeça. eu me sentia completamente excitado e não tinha maneira de não tê-la naquela noite. Algo me empurrava para ela, algo forte me levava a querer Rose mais do que tudo.

Ela se colocou em cima de mim e eu não podia fazer mais nada a não ser contemplar aquela garota que tinha feito meu mundo mudar por completo. Os cabelos dela caiam em mim. Eu inclinei a cabeça para poder continuar a olhando, quando ela passou os dedos pelas minhas tatuagens molnija.

“Você realmente matou seis Strigois?”

“Sim.”

Eu puxei o pescoço dela e o beijei, dando pequenas mordidas. Senti Rose amolecer com aqueles gestos.

“Não se preocupe. Você terá muito mais tatuagens que eu, algum dia.” Falei em meio aos beijos.

“Você se sente culpado?”

“Hum?”

“Por matá-los? Você disse na van que isso era a coisa certa a se fazer, mas ainda sim, isso lhe incomoda. É por isso que você vai à igreja, não é? Eu vejo você lá, mas sem estar em serviço.”

Ela tinha acertado em cheio, com sempre, e mais uma vez. Esse era um dos principais motivos que me levavam a igreja quase todos os domingos. Era como se ela pudesse me ver por um ângulo que ninguém via. Era como se ela pudesse me ver por dentro.

“Como você sabe dessas coisas? Eu não me sinto exatamente culpado... só triste, algumas vezes. Todos eram humanos ou dhampirs ou Morois. É um desperdício, só isso, mas como eu disse antes, é algo que eu tenho que fazer. Algo que nós todos temos que fazer. Algumas vezes me incomoda e a igreja é um bom lugar para se pensar neste tipo de coisa. Às vezes eu encontro paz lá, mas não sempre. Eu encontro mais paz com você.”

Senti toda paixão que eu tinha por ela arder dentro de mim. Então rolei por cima dela e a beijei de forma mais urgente que antes. Agora era a hora. Eu a queria muito e podia ver em seus olhos que ela me queria também e isso só aumentava o meu desejo. Sorri com aquilo, enquanto tirava a última coisa que ainda estava em Rose: o colar que ela havia ganho de Victor.

Eu o coloquei na mesa de cabeceira e então algo estranho aconteceu, assim que eu o soltei.  Foi como se um balde de água fria tivesse sido jogado em mim. Rose também parecia ter despertado de um longo sono, sorrindo surpresa. Foi como se uma onda racional tivesse me atingido, me trazendo de volta o senso de responsabilidade. Ela me olhava diferente, toda a onda de sensualidade que ela tinha há pouco tempo, desapareceu.

“O quê aconteceu?” Perguntei, notando a mudança em seu semblante.

“Eu – eu não sei.” Ela falou, como se ainda tivesse tentando arrumar os pensamentos.

Eu também me sentia estranho. Eu ainda a desejava, eu ainda me sentia excitado e ainda a queria, mas não mais de uma forma tão louca e luxuriosa. Era como se minha razão tivesse voltado e minha mente tivesse restabelecido o controle dos meus sentidos.

Eu olhei para Rose e revivi, como um flash, tudo que tinha se passado. Rose não estava agindo normalmente, algo a estava impulsionando. Igual a mim. Algo parecia ter me possuído. Algo que parou quando o colar foi tirado. Eu me estiquei novamente para pegar o colar. No mesmo momento que toque nele, tudo voltou de forma devastadora. Novamente, eu não conseguia raciocinar e não queria mais nada a não ser possuir Rose. Comecei a beijá-la, quando ela sussurrou “Lissa... tem algo que eu preciso lhe contar sobre Lissa. Mas eu não consigo... lembrar... eu me sinto tão estranha.”

Realmente tinha algo naquele colar. Alguma espécie de feitiço. Encostei meu rosto na sua testa, convocando todo resto de controle em mim. Era difícil dizer não aquilo que estava acontecendo. Não era preciso um feitiço para eu querer Rose. Aquilo era tudo com o que sonhei por muito tempo. Mas eu nao podia me aproveitar dela daquela forma.

“Tem algo... algo aqui...” Falei, ainda tentando me afastar. “O colar. Esse é o colar que o Príncipe Victor lhe deu?”

Ela acenou e eu, juntando toda força que eu tinha, me afastei dela.

“O quê está fazendo? Volte aqui...” Ela quase choramingou.  Eu fui para longe, ainda sentido aquela ânsia por ela, tomar conta de mim. Era uma vontade louca de voltar para a cama e a ter. Tentando ignorar aquilo, alcancei a janela, a abri e joguei o colar fora.


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Notas finais do capítulo

Pra quê ele foi tirar esse colar??