Mais tarde naquele mesmo dia disse a Annabeth que a ajudaria a descobrir quem é sua mãe verdadeira, mais antes falei com minha mãe que me apoiou totalmente e disse que também ajudaria no que pudesse, e para começar dei uma missão a ela: ir à casa da mãe adotiva da Annabeth pegar algumas coisas dela e tentar descobrir algo sobre o paradeiro da verdadeira mãe; enquanto isso eu pastorei o sono de Annabeth e pedi o almoço de um restaurante mexicano que tinha a algumas ruas daqui; Annabeth tem o sono bem conturbado, às vezes ela fala, e em 80% das vezes disse meu nome acompanhado de suspiros ou de eu te amo; devo admitir que adorei isso, mais os outros 20% ela simplesmente lamenta não conhecer a mãe e disse que preferia ter sido largada em um orfanato a ter sido criada por uma mãe falsa; até que ela acordou e eu pude fazer a pergunta que estava me martirizando a algum tempo.

- Bom meio-dia Annie, está melhor?

- Claro, por quanto tempo eu dormi?

- Pra falar a verdade não faço ideia, só sei que fiquei aqui o tempo todo – eu dei um sorriso – e a propósito, você sabe que fala dormindo?

- Sei, algumas colegas minhas quando foram dormir na minha casa a alguns anos me disseram – de repente ela parecia meio preocupada – o que eu disse?

- Alguma coisa sobre preferir ter sido criada em um orfanato – ela assentiu, confirmando o pensamento – e repetiu algumas milhares de vezes meu nome, suspiros e disse que me amava! - Ela ficou rubra, e eu sorri mais ainda, sentindo o meu rosto ficar quente – é verdade?

- Bem é – ela parecia com vergonha.

- Não precisa ficar tão vermelha, afinal eu sinto o mesmo, há um bom tempo – puxei ela, para mais perto, beijando sua boca bem devagar depois mais rápido; até que eu parei sem folego, e a sentei no meu colo – eu já disse que você é a garota mais bonita que eu conheço e que toda vez que chego perto de você o mundo some dos meus pés, como se você fosse a única pessoa que me segurasse no chão?

- Não, eu já disse que sinto o mesmo?

- Não, meu amor.

Os minutos que se seguiram são um borrão na minha mente, só lembro de ter beijado muito a garota dos meus sonhos, antes daquele “bendito entregador” chegar e atrapalhar meu namoro; mais enfim, não comemos nada, resolvemos esperar minha mãe chagar, então tivemos tempo para mais uma conversa.

- Pra onde sua mãe foi Percy?

- Foi pegar algumas coisas na sua casa, eu imaginei que você não ia querer voltar lá – ela assentiu, retomando a expressão de dor em seu rosto – e é claro, foi encostar a Sra. Chase a fim de descobrir mais alguma coisa.

- Eu estive pensando e vou procurar minha mãe de verdade, só para saber quem ela é e porque me abandonou.

- Eu sabia, por isso tomei a decisão de te seguir, até minha mãe deixou!

- Já desconfiava que você ia querer ir, mais ainda nem sei onde procurar.

- Na sua identidade tem o nome do seu pai?

- Tem sim

- Então já temos por onde começar achando seu pai ou a lápide dele.

Minha mãe chegou nesse minuto e não parecia muito feliz, aposto que foi a conversa com a Sra. Chase.

- Olá crianças, se comportaram?

- Claro mãe! trouxe o que eu pedi?

- Sim – ela estendeu uma bolsa cheia a Annabeth – aqui estão suas coisas querida, pode usar aquela cômoda vazia para guardá-las, e Percy aquela outra coisa – ela olhou para Annie e eu assenti – bem é melhor nos sentarmos que a história é grande.

Me sentei mais próximo de Annie e minha mãe se acomodou na poltrona pronta para dar inicio a história.