The Charms Of Life escrita por Kim Jay


Capítulo 7
A caçada - Annia


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, a postagem tera um intervalo de pelo menos 3 dias.
Motivos:
- temos que adiantar os capitulos
- E... é só isso mesmo. e.e
Bom, o capitulo dara mais sentido ao anterior.
É a caçada do ponto de vista da An e ainda tera o da Jay.

Sem mais delongas, podem ler ^^



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Capítulo 7 – A Caçada

~ Annia ~

Uma caçada! Que beleza...

O único problema?

Bem, o simples fato de que nossos mestres não nos acompanhariam. Tinham que resolver alguma coisa nas proximidades da Floresta Proibida.

Vocês devem estar se perguntando que lugar é esse, certo?

Bem é nesse floresta que ficam exilados os criminosos do reino. As suas proximidades tem grandes cidades com exercitos poderosos e estão estratégicamente posicionadas para poderem vigiar a floresta a uma distancia segura.

São três cidades e para completar, há um desfiladeiro de rochas na outra parte, ou seja, a floresta e suas saidas são cercadas.

Claro que o lugar é enoooooorme. Mas mesmo assim aqueles criminosos não poderão sair.

Outro problema é que OS LOUCOS dos nossos mestres vão nos mandar para uma parte mais afastada da floresta para caçar. O motivo?

É que foi visto um enorme e saudavel cervo ali.

É piada, não é?

O rei quer AQUELE para o seu banquete.

Como o lugar onde Rynden, Kaled e Lihios tem que ir é no caminho.

Ainda bem que o mestre de Arquearia iria com agente, desse modo eu, Jay e Sky não teremos que fazer quase nada.

Pelo menos a parte da floresta que iriamos não haviam os piores criminosos. Estavamos nas extremidades e os piores ficam mais para o centro.

Naquela tarde, depois que encontramos com eles, Jay foi comigo para o alojamento e dormiu lá. Valeria mais a pena, já que a Academia ficava um pouco afastada do castelo em si.

Acabamos por dormir tarde, já ficamos conversando sobre nossa primeira semana de treinos e como imaginavamos que seria a caçada.

Quando finalmente conseguimos dormir, parecia que nem haviamos realmente dormido. No minuto seguinte Kaled já estava entrando no aposento para nos acordar.

Ele sacudiu-me levemente pelo ombro.

Soltei um “hm” e enfiei minha cabeça debaixo do travesseiro.

- Vamos Annia... – tentou tira-lo de cima da minha cabeça.

- Já vou... – eu disse com uma voz arrastada.

Kaled me chamou novamente e depois foi acordar a Jay.

Ela provavelmente fez a mesma coisa que eu.

Bocejei e sentei-me na cama coçando a nuca, como eu tinha mania de fazer sempre que acordava.

Levantei-me lentamente e fui lavar meu rosto para poder terminar de acordar.

Encarei meu reflexo no espelho.

Meus cabelos estavam desgrenhados e haviam algumas poucas manchas mais escuras debaixo dos meus olhos. Pelo menos eram quase imperceptiveis.

Como eu estava com muito sono e preguiça, apenas o penteei um pouco e prendi em um coque meio mal feito deixando poucas mechas curtas soltas.

Me troquei colocando a mesma roupa de sempre, já que eu tinha um estoque dessas.

Sai do banheiro e Jay entrou arrastando os pés.

Me sentei na cama esperando que ela terminasse.

Quando saiu usava o mesmo estilo de roupa de antes, só que era mais curta para facilitar a caminhada.

Ela espreguiçou-se mais uma vez e sorriu.

- Vamos?

Dei de ombros.

- Não temos outra opção, mesmo...

Jay puxou-me pelo pulso e saimos encontramos com os outros já prontos do lado de fora.

Com eles ainda havia mais um homem.

Ele não tinha uma estatura muito alta, sendo um pouco mais alto do que eu. Usava uma capa camuflada que lhe cobria da cabeça aos pés. O capuz estava abaixado revelando o rosto de um homem com mais ou menos 30 anos. Tinha cabelos de um castanho escuro com uma barba rala e mal feita. Seus olhos eram incrivelmente escuros e ele era bem magro.

Em suas costas pendia uma aljava de flechas e atravessado em seu peito estava o arco. Era simples de madeira e a aljava de couro marrom.

- Vamos? – perguntou ele, sorrindo amistosamente para nós – Ah, e meu nome é Walian Tarmikos, a seu dispor.

Nos apresentamos e então saimos. Montamos em belos cavalos para chegar no local.

Eu e Kaled fomos em um belo cavalo negro, Rynden e Jay foram em um branco, Lihios e Sky foram no dragão e Walian em um cavalo cinzento.

Todos usavamos capas de cores mais escuras, como verde e cinza.

Quando chegamos em uma das extremidades da floresta, nossos mestres tiveram que nos deixar nas mãos de Walian.

Kaled desceu do cavalo e desejou-nos boa sorte. Na verdade acho que foi para mim, já que seus olhos castanho-amarelados estavam completamente voltados para mim.

Sky a partir dessa parte do caminho iria comigo no cavalo, já que o dragão provavelmente assustaria o bendito (ou nem tanto) cervo. Percebi que isso foi meio a contragosto de meu mestre, mas mesmo assim concordei.

- Tenham cuidado com o lugar. Sabe o que dissemos, certo? – disse ainda parado ao meu lado.

Assenti e sorri tranquilizando-o.

Kaled, então, teve que se afastar para Sky subir no cavalo.

Ele ficou na minha frente.

Quando começamos a andar não pude evitar de olhar para trás e acho que vi algo que não deveria ter visto.

Os três, Kaled, Rynden e Lihios, estavam debruçados sobre algo que estava escondido pela grama antes.

Porém essa curvou-se por causa do vento e então vi... O corpo de alguém.

Não vi exatamente qual era o estado do corpo, mas estava bem feio, já que a maior parte do que eu via resumia-se ao vermelho.

Sem querer deixei uma exclamação escapar de meus lábios e vi que não fui a unica.

Jay também olhava para trás de olhos arregalados.

Seu olhar voltou-se para mim e assim nós duas concordamos em algo.

Não tinhamos visto coisas.

**

Finalmente chegamos a parte onde o cervo tinha sido visto pela ultima vez.

Descemos dos cavalos e olhamos o local antes de adentrarmos na mata fechada.

Todos empunhavamos nossas armas, prontos para qualquer ataque.

Minha espada prateada brilhava vez ou outra com o reflexo do sol que aparecia de vez em quando, perfurando a copa fechada das arvores.

 Jay estava com uma estranha energia branca pronta em uma de suas mãos.

Sky levava com sigo uma espada semelhante a minha, mas obviamente não estava habituado a usa-la.

Walian caminhava a frente com o arco pronto.

Eu me sentia perfeitamente segura por alguns motivos: primeiro era que eu não estava na ponta da fila que tivemos que fazer. Era Sky.

Segundo era que eu conseguia sentir perfeitamente o peso de uma adaga que eu usava para emergencias no meu cinto.

Terceiro, na verdade nem era para existir um terceiro, mas existe agora, pois acabamos de chegar em uma clareira.

- Olhem bem antes de entrar em uma clareira como essa. – disse Walian olhando o lugar de uma ponta a outra – Nunca se sabe se havera alguem a sua espera... E fiquem atentos, pois no lugar onde estamos, um ataque pode vir de qualquer lado.

Esqueçam o que eu disse sobre estar me sentindo segura.

- Vamos ficar procurando esse bicho as cegas? – perguntei, ou melhor murmurei impaciente.

- Não. Vamos seguir rastros. – respondeu o arqueiro sorrindo para minha impaciencia.

Bufei e entrei na clareira assim que Walian anunciou que era seguro.

Ficamos olhando ali por algum tempo.

Rondavamos o local, olhando para o chão, procurando por marcas de pegadas ou coisa assim.

Walian nos chamou para procurar-mos em outro lugar. Eles seguiam para a direção oposta a que eu estava.

Estava indo para seguir eles quando ouvi um barulho.

Virei-me abruptamente apontando minha espada para o que quer que fosse.

E se você acreditar, era o maldito do cervo.

- EI! AQUI! – gritei para os outros e não sei se eles ouviram ou não, pois sai correndo atras do animal.

Ele entrou em disparada na mata.

- ANNIA! – alguem havia me chamado e eu acho que era o Sky – ESPERE!

É ruim que depois de ter que acordar cedo, me enfiar no mato e ficar procurando pegadas no chão eu ia deixar esse maldito banquete fugir.

Corri cortando o que havia no meu caminho com a espada e tentando o máximo possivel não perder o cervo de vista.

Finalmente ele saiu em uma outra clareira onde haviam mais ainda maiores que este.

Parece que a minha sorte estava mudando.

Parei escondida pela vegetação e os observei. Vi que havia uns mais afastados do grupo. Provavelmente eram mais velhos ou simples jovens, mas pelo menos eram grandes também.

Me aproximei desse grupo e com a ajuda dos ruidos que havia na floresta em si (que eu nem queria saber o que eram) subi em uma arvore e sentei-me no galho enquanto os olhava.

Um deles se aproximou da arvore para comer grama.

Era esse.

Decidi pegar minha adaga ao inves de ficar com a espada.

Embainhei a mesma e tirei a adaga.

Ok. Era só pular no pescoço dele e corta-lo. Não podia ser tão dificil...

Não é?

Respirei fundo e pulei da arvore caindo nas costas do cervo. O mesmo ficou desesperado tentando me tirar de suas costas. Ele dava coiçes no ar e se sacudia pulando de um lado para o outro.

Ficamos muito tempo nessa briga enquanto eu tentava chegar ao seu pescoço.

Dei algumas facadas em suas costas que não pareceram surtir muito efeito. Eu então coloquei minha adaga na boca e agarrei-me firmemente a seus chifres e fui me escorando até seu pescoço.

Quase lá...                                                                       

Finalmente consegui cortar a garganta do maldito bicho que caiu morto no chão só que, em cima do meu pé.

Sentei-me ao lado do cadaver ofegante enquanto tentava tirar meu pé debaixo do corpo dele. Ele era bem pesadinho.

Foi mais dificil do que eu pensei.

Mas consegui!

Parece que minha sorte havia mudado, como eu pensara antes.

Essa não... Falei cedo demais.

Ouvi um barulho a minhas costas.

Ao virar-me, acabei por me deparar com um lobo cinzento e outro de cor castanha.

Arregalei os olhos enquanto o cinza rosnava ameaçadoramente para mim. O outro por sua vez me analisava.

Este grunhiu para o outro que se afastou, mas ainda mostrando os dentes para mim.

Fiquei paralisada e sentada apenas observando-os.

- O-Ok... V-v-vocês devem e-estar q-querendo o... C-cervo, não é? – não sei o que deu em mim, que eu começei a falar com os bichos.

Para minha surpresa o lobo de cor castanha maneou a cabeça, negando.

- Oh. Meu. Deus. Você... Você acabou de... Ah... Não pode ser... É coisa da minha cabeça... – respirei fundo – Isso... É só coisa da minha cabeça e você não acabou de fazer o que eu vi você fazendo... Certo?

Ele negou novamente.

Se aproximou de mim e eu poderia jurar que conhecia os olhos verdes daquele animal.

OPA! PARO!

Pelo castanho com listras mais escuras, olhos verdes, entende o que eu estou falando e ainda não me matou. Será que...

- AH! EU ENLOUQUECI! Meu Deus! Estou associando meu melhor amigo com um lobo!

Tive a impressão de ver o lobo rir. Juro.

- Agora você vai rir da minha cara? – não creio – Ah, estou perguntando algo para o lobo que supostamente seria o Matthew... Como cheguei a esse ponto?

O lobo tocou meu rosto de leve com o focinho.

Não sei o que deu em mim, mas eu ergui minha mão e toquei a cabeça peluda acariciando-a.

- ANNIA! -  era a voz de Jay.

Ela estava a poucos metros de mim, junto com os outros que me olhavam abismados.

- Jay... Você não vai acreditar no que eu vou te contar... – murmurei ainda encarando os dois lobos.

- Lobos? Nunca vi lobos por aqui... – Walian se aproximou e... Matt, vou chamar assim para não ficar toda hora lobo cinza e lobo castanho, aproximou-se dele farejando o ar.

- An, o que você estava pensando? – era uma pergunta retórica vinda, obviamente da Jay.

- Ei... Eu matei o cervo, não matei? – rebati.

Ela assentiu e se aproximou me ajudando a levantar.

Na hora em que meu pé encostou no chão, senti uma dor horrivel. Gemi e sentei-me novamente.

- Como você o matou? – perguntou Walian analisando meu pé, no caso tornozelo.

- Eu pulei nas costas dele de cima daquela arvore e cortei o pescoço... – girou meu pé e eu gemi novamente.

- Deve ter torcido o tornozelo quando o bicho caiu.

- Er... Ele caiu em cima do meu pé...

- Então foi isso. Deixe que eu carrego o cervo e você – apontou adivinhem para quem? Se chutaram Sky, acertaram em cheio – carrege ela. Vamos demorar muito se tiver-mos que ficar parando para você descançar.

Quando Walian virou as costas, dei a lingua para ele, fazendo Jay rir levemente.

Ela então voltou seu olhar para os lobos que olhavam tudo, parecendo até interessados.

O lob... Ham... Matt aproximou-se de Jay e esfregou a cabeça peluda em sua perna, como fez comigo, só que em meu rosto.

É... Acho que era mesmo o Matthew ali...

Jay sorriu e ficou de joelhos acariciando a cabeça dele.

O lobo cinza me encarava de uma maneira que eu não gostava... Como se eu fosse comestivel, se é que vocês me entedem...

Decidi tentar uma coisa.

- Ei, Matt. – para minha surpresa, e de Jay, ele virou a cabeça e me olhou – Pode dizer ao seu amiguinho que eu não sou comida?

O cinza rosnou.

- Também não gosto de você. – eu disse me afastando um pouco dele.

O tal lobo cinza, que decidi apelidar ‘carinhosamente’ de Ryan, se aproximou de Matt e cutucou seu pescoço. Eles se olharam e pareceu-me por um momento que estavam conversando.

Então Ryan (como odeio esse nome) saiu correndo entrando na mata.

Matt esfregou-se novamente em Jay e depois fez o mesmo comigo, saindo atras do outro logo em seguida.

Um silêncio bem chato se instalou sobre nós.

- Isso... Foi bizarro... – comentou Sky falando pela primeira vez desde que chegara a clareira.

Se aproximou de mim e passou um braço pela dobra de minhas pernas e outro pelas minhas costas, me erguendo com facilidade.

Soltei um muxoxo, mas fiquei quieta.

Walian pegou o cervo, não me perguntem como e jogou-o em suas costas.

Começamos a caminhar em direção oposta, onde achavamos que era a saida da floresta.

Obviamente, como a nossa sorte é a melhor de todas, tinhamos que encontrar com um assassino exilado.


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Notas finais do capítulo

Comentaario pleaseee!!!



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