Malditos Fogos de Artifício escrita por AdriaLisandra, JuliaTenorio


Capítulo 1
One-Short


Notas iniciais do capítulo

Quero ver coisas lindas do coração da titia aqui, me digam se amaram, odiaram ou simplesmente preferem se manter calados.



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Parece que até mesmo depois da ascensão feminista, a sociedade ainda tem seus meios de ridicularizar as mulheres, opondo suas crenças ao mundo com uma agressão tanto física quanto verbal, sinceramente. Eles querem que você se sinta como se precisasse de alguém – porque, afinal, como Miranda não para de me lembrar, é chato chegar a um dos mais românticos acontecimentos do acampamento meio sangue assim, sozinha. Ela me explicou que as pessoas sentiriam pena de mim – e eu repliquei que não ligo para a opinião de ninguém. Então Miranda sorriu e disse que, nesse caso eu poderia fazer companhia as paredes, por que era a única coisa que eu teria se não encontrasse um par, logo depois me abandonou, rindo.

“Faça-me o favor Katie, dês de que momento em sua vida você colocou na cabeça que não quer uma compainha para a noite dos fogos? Vamos lá, sentar em um pano macio por cima da areia, ao som das ondas do mar ricocheteando, sendo aquecida pelo calor do corpo do seu companheiro, vendo o céu explodir em uma iluminação extraordinária, afinal, dês de quando você não se importa com isso?”

Bem, dês de que notei que às vezes é mais fácil ganhar uma guerra do que conseguir um par para a noite de fogos. E sim, isso está me matando.

Quem foi o ser miserável que instituiu que o quatro de julho é um acontecimento belo e romântico? Para mim, ver Travis Stoll aos beijos com filhas de Afrodite ninfomaníacas não é nada romântico.

–Katie?

Claro que minha primeira reação foi pular de susto. O motivo de eu levar um baita susto? Bem, só havia dois motivos. Ou quem havia dito meu nome era Afrodite querendo levar minha alma ao Tártaro por eu ter dito que odeio acontecimentos românticos ou era...

–Ah, oi Travis.

É, ele é o segundo motivo.

–Tudo bem, Katie? Você parece meio mal.

–Er, tudo. Não... Não se preocupe comigo.

Ele me olhou daquele jeito, como se soubesse o que eu estava pensando, o problema é que eu estava pensando muitas coisas para saber o que ele sabia que eu estava pensando. Entendeu?

–Katie, você está nervosa?

Eu e Travis Stoll estamos sozinhos no meio dos campos de morangos, eu repito, sozinhos. Por que eu estaria nervosa?

–Eu? Nervosa? Não, eu não estou nervosa.

Estou sim.

–Ok, bem...

–Hum?

–Você vai com o Pólux ver os fogos amanhã?

Levantei uma sobrancelha, fingindo indiferença.

–Por que eu iria com o Pólux?

–Bem, você foi com ele ano passado.

–Ah! É, fui. Mas... Bem, talvez eu vá com ele.

“Sem chances Katie, Pólux não vai querer ir com você, não se lembra do ano passado? Quando ele tentou te beijar e você se esquivou? Pois é, ele não fala com você dês daquele dia.”

–Certo, eu... Vou tentar achar o Connor por ai.

Sorri e vi Travis partir. Até que não seria uma má idéia chamar o Pólux para ir comigo...


&Malditos Fogos de Artifício&


–Você está bem, Katie?

Foi a pergunta de uma das minhas irmãs ao ver-me deitada em minha cama, eu até podia entendê-la, ver sua própria irmã olhando para o teto de madeira do seu chalé com os olhos em um apático tom de verde não parecia nada animador.

Bem, as coisas não estavam nada bem.

–Ah, oi Jasmine. – Levantei a cabeça, fitando minha irmã. –Você já tem um par?

–Para ver os fogos? - Assenti – Eu vou com o Jake, o Mason sabe? Ele é tão gentil, Katie! Vou usar meu vestido azul especialmente... Deixe para lá, você vai com quem?

Olhei para ela, Jasmine me fitava como se fosse obvio que eu não iria sozinha. Pelo menos na cabeçinha da minha irmã isso era simplesmente impossível.

–Er...

Ela pareceu ficar embaraçada, notando a verdade nos meus olhos. Apesar de ser tão fútil e linda quanto uma filha de Afrodite - estava claramente obvio quando ela começava a falar sobre roupas e quando se olhava para seus longos cabelos loiro mel cheios e bem cuidados - Jasmine via o que as outras pessoas não viam, ela enxergava cada pessoa como uma flor e tinha a linda habilidade de saber o que você estava sentindo.

–Oh, Katie, desculpe. Você pode ir com a gente se quiser.

Ela me soltou um sorriso solidário, suas bochechas saudáveis pareciam formigar.

–Não obrigada, vou falar com Pólux.


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Se eu soubesse que tinha um azar tão medíocre nunca teria levantado da minha mesa no meio do jantar, nunca teria interrompido Miranda de falar sobre o glossário de flores que ganhara de Quirón e principalmente nunca teria falado com Pólux, não mesmo.

–Pólux!

Gritei me levantando, ele estava conversando com Percy, sorri para o filho de Poseidon levemente e soltei meu maior sorriso para o filho de Dionísio.

–Katie.

–Você quer ir comigo ver os fogos amanhã?

Também me arrependo de ser tão direta às vezes, eu não podia ter começado com um "Então, Pólux, como anda sua vida"? Seria bem melhor e eu nem teria assustado tanto assim o coitado do Percy.

–Er, sabe Katie, eu bem que gostaria, mas...

Pisquei meus olhos confusa.

–Mas?

–Sabe Katie, eu...

–Ah, você não quer ir comigo?

Ele pareceu embaraçado e Percy deu uma cotovelada nele, sussurrando algo como "os ingressos" ou o que quer que seja...

–Não! Claro que eu quero ir com você Katie.

–Ótimo, me pega as cinco então?

Ele bateu na própria cabeça e logo pegou uma das minhas mãos, fitando meus olhos verdes.

–Desculpe Katie, eu simplesmente não posso ir.

Senti-me decepcionada, havia acabado de levar um fora de um filho de Dionísio, o mesmo que vivia me passando cantadas e tentara me beijar no quatro de julho passado! Mas claro que eu não me abalei, soltei um "tudo bem" e segui de volta para minha mesa pronta para escutar todas as risadas das filhas de Afrodite e queixas das minhas próprias irmãs e irmãos.

Lembro-me apenas de ver Pólux se sentar ao lado dos irmãos Stoll e falar ferozmente com Travis, atiçando minha curiosidade. O que quer que fosse, os dois irmãos estavam metidos no meio.


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Limpei minhas lágrimas, sabe a pior coisa de ser uma filha de Deméter? Você é fraca, extremamente fraca e ah! Você também chora por tudo, deve ser por isso que estou chorando nesse momento, mesmo que não queira. Ótimo Katie, nem Pólux quer ir com você. Continuei andando até esbarrar em mais alguém.

–Pelos Deuses, Katie!

Fitei Connor Stoll, nem havia lembrado o que eu tanto queria perguntar a ele.

–Ah, oi Connor, que coisas são essas em suas mãos?

Ele segurava papeis higiênicos, fraldas descartáveis e tubos de pasta de dentes.

–Nada – olhei para ele cética – Bem, você não gostaria de saber...

–Gostaria sim.

Ele pareceu encabulado, mas logo voltou a falar.

–Eu estava colocando algumas coisas no chalé de... Ares.

–Legal, o que você aprontou para a Clarisse dessa vez?

Ele sorriu e como se "aprontou" fosse uma palavra mágica desatou a falar.

–Com a pasta eu... Hey, Katie, você estava chorando?

Tudo bem, Connor nunca fora meu amigo, mas mesmo assim era divertido passar algum tempo com ele, é, eu já superei toda a historia dos coelhos de chocolate no meu telhado.

–Pólux me dispensou.

–Que maravi... Péssimo, Katie, péssimo.

É, ele não parecia decepcionado.

–Tudo bem, e você? Com quem vai dessa vez?

–Isso é uma questão que eu preferia não discutir com você.

Levantei uma sobrancelha mais uma vez, exigindo uma resposta.

-Lou Ellen me obrigou a ir com ela, eu até estava com medo de ela me jogar um Avada Kedrava se eu não concordasse.

-E você e Miranda?

Sabe, essa é uma historia complicada. Há alguns meses atrás Connor pedira Miranda em namoro e a mesma aceitara com prazer, mesmo sabendo que o chalé de Deméter inteiro tinha ódio eterno pelo chalé de Hermes, mas tudo acabara uma semana depois, quando Miranda pôs na cabeça que, ás palavras dela “mamãe vai me matar, namorar um filho de Hermes é pior do que não comer cereal por uma semana, vocês entendem, não entendem?”.

-Você sabe Katie.

–Muito bem Connor, Lou Ellen é uma garota muito bonita.

–Sabe, Travis vai sozinho.

Travis é um cara legal, nada contra seu jeito desarrumado, ou as suas brincadeiras imaturas, ou o jeito que ele aparecia sempre de surpresa e nas piores horas possíveis.

–E?

–Bem, o Travis vai sozinho.

Revirei os olhos me voltando para o outro lado do acampamento.

–Ai, Connor, não precisa falar duas vezes, eu não sou tão lerda assim.

É Katie, nenhum pouco.


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Sim, eu estou sozinha, deprimida e olhando Miranda tentar se decidir entre alguns vestidos. Eu já me resolvera, eu ficaria em minha cama, talvez passasse pelos campos de morangos e depois olharia as estrelas, talvez eu pudesse ver uma das caçadoras de Ártemis no céu.

–O que você acha, Katie? Não está florido demais, não?

Miranda perguntou, tirando-me de meus devaneios.

–Você está linda.

Ela soltou um sorrisinho e alguém bateu em sua porta. Miranda mordeu o lábio inferior e olhou para mim.

–Tem certeza que não vai?

Assenti e alguém bateu novamente na porta, logo minha irmã gritou um "já vai!"

–Soube que Travis vai sozinho.

É impressão minha ou isso tem um segundo sentido? Sinceramente, odeio segundos sentidos.

–É, Connor falou.

Ela suspirou e me deu um beijo estalado na bochecha, logo saindo com seu par para ver os fogos. Ia ser uma noite longa... E como ia.


&Malditos Fogos de Artifício&


Passar a noite inteira sozinha não é ruim. É péssimo! Animo cadê você? Olhe pelo lado positivo Katie, você pode... Não, eu não posso fazer nada. Como Miranda disse, minha única companhia são as paredes.

Ótimo.

Ouvi um estalo na porta, estava pronta para me levantar para ver o que havia acontecido quando algo irrompeu pela porta. Algo muito irritante irrompeu pela porta.

–O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? FORA!

Joguei meu abajur laranja no garoto parado a minha frente, certo, por que eu jogara meu abajur nele? Bem, só para vocês saberem, regra 23: É proibido dois campistas de sexos opostos e de diferente parentesco ficarem sozinhos nos chalés.

–Calma Katie, não é como se eu fosse agarrar você.

Levantei uma sobrancelha o fitando.

–Prefiro não arriscar, Stoll.

–Sabe Katie, você deveria entender que não é o centro do mundo, você é só uma filha de Deméter...

Levantei-me enquanto Travis continuava a falar, se ele estava falando coisas produtivas ou não, eu não tinha a mínima idéia, mas ele continuava falando. Segui para fora do chalé enquanto Travis corria até mim.

–Você me deixou falando sozinho?

–Eu estava tentando cumprir regras.

Soltei um sorrisinho e continuei a andar seguindo para a praia. Não exatamente para ver os fogos, mas havia um ótimo lugar para se sentar a noite e contemplar o mar no acampamento. Era uma pedra, meio escondida e que às vezes eu gostava de pensar que era a única que conhecia. Travis continuou a me seguir, o que era bem obvio, mas estranhamente não soltava nenhuma palavra.

-Sabe, eu não tenho nada contra a passar a noite dos fogos com você me seguindo, mas vamos relevar, é meio estranho ver você sem estar aos beijos com alguma garota.

-Eu posso estar, nada me impede de te beijar agora Katie-Kat.

Olhei irritada para ele, pronta para me agachar, pegar uma pedra e tacar na cabeça de vento do filho de Hermes.

–Digamos que – ele continuou - esse ano eu queria ser um pouco diferente, eu ia até pedir a uma garota, que eu tenho certeza que nunca aceitar ir comigo, mas... Bem, acho que fui meio devagar.

–E quem era a sortuda?

Disse sarcasticamente, esperando uma resposta plausível.

–Você.

-O-O que? Você não está falando sério, está?

Torci para que não, mas Travis tirou todas minhas esperanças com seu sorriso.

-Eu até poderia dizer que não, mas então eu estaria mentindo – ele deu de ombros, se aproximando um pouco de mim – Você pode me achar um idiota Katie, mas eu estou caidinho por você garota jardineira. Até dei uns ingressos do Slipknot para o Polux, para ele não ir com você hoje na noite dos fogos.

Fiquei o fitando por um tempo, não acreditando no que ele me dizia. Totalmente perdida no tempo me lembrando da conversa que tivermos mais cedo e logo entendi a maldita razão para ele querer que eu chamasse Pólux: Para ele me dispensar. E eu ficar totalmente vulnerável.

–SEU... SEU IDIOTA!

Sai correndo sem ver por aonde ia, e então PUF! Desabei no chão, na queda mais linda que eu já havia visto. Esperei o ousado do Travis vir me ajudar, mas tudo que eu ouvia eram gargalhadas histéricas.

Não acreditava que aquele garoto estava rindo da minha cara. Pensei que ele quisesse sair comigo e não rir de mim.

–Travis!

–Tá certo. To indo, to indo, foi mal.

Ele seguiu até mim, olhando-me com um ar maroto.

–Por que não veio me ajudar antes?

–Por que aquela foi a queda mais hilária que eu já havia visto em minha vida -Olhei cética para ele - A mais linda também.

Culpado.

–Por que a mais linda? – Ok, você deve estar pensando que eu estou muito encalhada para entrar no jogo dele não é mesmo? Pois é, eu estou mesmo.

–Por que era você que havia caído.

–Eu diria que isso é muito fofo se você pelo menos... ME AJUDASSE A LEVANTAR!

Ele finalmente me ajudou a levantar, como um bom garoto, só que fez uma coisa que eu não esperava que fizesse, não, ele não me beijou. Travis me carregou nos braços levando-me de volta para o chalé, eu vou precisar repetir a regra 23?

Entramos no chalé, Travis rapidamente me colocou na cama e o silêncio reinou por pelo menos dois segundos.

–Então, Travis, você não vai mesmo ver os fogos?

Ele apenas deu de ombros.

–Não sei, se a garota que eu quero convidar aceitar ir comigo, quem sabe...

–Acho que não.

Tá, a cara dele foi literalmente hilária. Mais do que isso eu poderia disser, eu teria rido, mas estava muito encantada com o sorriso dele para isso. Eu não disse isso, eu não disse isso!

–Você pode perguntar para ela se ela não quer ir comigo?

–Ela disse que sim, por que ela não aquenta mais conversar com as paredes.

–Então...

–Será que você poderia pelo menos me dar licença para eu colocar uma roupa decente?

Ele saiu do chalé, mas antes olhou mais uma vez para mim, eu não sabia o que aquilo significava, mas boa coisa não era. Peguei o primeiro vestido não florido que tinha no meu quarda roupa, ou seja, um único vestido, eu havia ganhado de Silena, que Hades a tenha em um bom lugar, dois anos atrás e eu dissera que apenas usaria aquilo quanto Travis Stoll me convidasse para sair. O que era impossível... Até agora.

Sai do chalé no estilo James Bond, fazendo de tudo para ser o mais discreta o possível. Mas claro, eu sou Katie Gardner, e esse tipo de coisa não funciona comigo.

–Você está tão... Rosa.

–É uma longa historia.

Dei de ombros com pouco caso, maldito vestido cor de rosa.

–Posso saber?

–Não, ela é meio boba.

-Vamos lá Katie, se é meio boba, não vai fazer mal em me contar.

Ai meu Deus, não creio que ele esteja tão curioso assim.

–Prometi a Silena que só usaria esse vestido quando...

–O que?

–Beijasse Travis Stoll.

Ele olhou para mim indeciso sem saber o que faria a seguir. O que era muito obvio, a não ser que ele fosse tão burro, tão burro, tão burro que não entendesse o que eu queria agora. Não sei por que havia mentido, mas eu estava me sentindo muito bem.

Travis foi se aproximando lentamente, eu sabia que ele queria isso tanto quanto eu... Ou talvez não, mas eu não tinha tempo para perguntar agora, eu podia sentir a respiração dele perto da minha. E bem, ele simplesmente me beijou, eu podia sentir os nossos sentimentos fluírem, ou talvez fossem só os meus que fluíam, eu não sabia ao certo. Começou como um beijo simples, mas a língua dele invadiu a minha boca, podia até sentir o frescor do hálito de menta dele... Mas tudo que é bom, maravilhoso, perfeito e extraordinário um dia acaba, e comigo acaba muitíssimo rápido.

Eu abri os olhos e ele estava me fitando, percebi que estava corando levemente, talvez ele não tenha percebido, mas com a minha sorte... É, ele havia percebido.

-Isso foi...

-Terrível? Desastroso? Uma péssima idéia? Algo que até Afrodite repeliria? Macabro? Assustador? Estranho? Ok, estou ficando sem adjetivos, Travis – falei e Travis apenas riu.

-Uou, é a única coisa que eu posso pensar agora.

Ri com ele, olhando para o céu, os fogos haviam passado e eu nem ao menos havia notado, também, com os lábios incrivelmente habilidosos de Travis nos meus, quem notaria?

–Bem então... É melhor eu ir. Os malditos fogos já acabaram mesmo...

–Tudo bem... Então, tchau.

Ele me deu um beijo rápido e saiu andando em direção ao próprio chalé. É, aquela tinha sido uma noite maluca, perfeita e inesquecível para nós dois.

Nós dois?

Sai correndo, ainda mancando, mas eu tinha que ir até lá, claro que se passaram bons minutos até eu resolver isso. Nem cheguei a bater na porta e já sai abrindo-a, e levei um grande susto quando o fiz.

Esperava até ver Connor dançando sem roupa em cima do seu beliche, mas quando entrei no chalé incrivelmente vazio de Hermes, só pude ver alguns garotos reunidos e conversando.

Fiquei um pouco embaraçada, vendo Jake Mason e Christopher do chalé de Hefesto, Polux do de Dionísio, Marcos do chalé de Ares e Connor, Chris e Travis me olhando confusos.

-Ei Katie, o que você está fazendo aqui?

Jake perguntou gentil, ao mesmo tempo que eu me perguntava por que ele não estava atrás do meu chalé aos beijos com Jasmine.

-Er... Eu posso falar com você Travis?

Perguntei corando e ignorando a pergunta de Jake.

–É Travis, me deu os ingressos errados e ainda rouba a minha garota?

Olhei espantada para Polux, se ele pensa que eu vou aceitar isso com um sorriso no rosto...

-Sua garota Polux?

-Não precisa ficar assim Katie, só fiquei meio indignado por não conseguir ganhar um beijo seu e o Travis aqui conseguir.

Ele disse batendo no ombro de Travis e me obrigando a dar alguns passos e dar um soco no rosto de Polux.

-Katie!

-Não precisa ficar assim Polux, só fiquei meio indignada por ser taxada como um pedaço de carne.

É da minha proeza dar meia volta e sair vitoriosa, mas como meu coração foi roubado de mim, eu não vou sair desse chalé enquanto aquele idiota filho de Hermes não me devolve-lo.

-Travis.

Ele colocou as mãos para o alto, como se estivesse se rendendo e veio atrás de mim, saímos do chalé e com alguns passos, escutei Travis falar.

– Então Katie, o que traz você aqui?

– Me declarar para crianças imaturas como você.

Travis piscou para mim sorrindo.

– Mas eu sei que você gosta de crianças imaturas como eu...

– Na verdade é uma criança imatura em especial.

Ele riu e depois olhou nos meus olhos verdes.

-Sabe que eu sinceramente gostei da parte do se declarar para mim? Seria bem interessante se não fosse só uma brincadeira.

-Não foi.

Eu disse balando a cabeça, quase cansa de falar e não poder me jogar nos braços de Travis para beijá-lo intensamente.

-E o que isso significa exatamente?

Travis perguntou passando a mão longa e fina por meu rosto ruborizado.

-Pelos Deuses Stoll, não seja tão lento – reclamei, franzindo o cenho – Eu estou apaixonada por você, caidinha de amores, perdida na linha do tempo, encantada com seus beijos, entendeu? Ou vai precisar de mais um beijo para entender?

Ele riu, e com um rápido movimento, estava segurando minha cintura.

-Acho que mais um beijo explicaria muita coisa.

E lá estávamos nós nos beijando novamente, dessa vez na frente do chalé de Hermes, com direito a uma platéia bem curiosa e encorajadora. Podia até ouvir o coro de “Pegou ela de jeito, Travis!” atrás de mim.

É, parece que todos concordam e Afrodite especialmente, que Katie Gardner e Travis Stoll um dia seriam um casal.

Em pensar que tudo começou com uma chance de ter um par para os malditos fogos de artifícios! Bem, é verdade, às vezes é mais fácil ganhar uma guerra do que conseguir um par para os fogos de artifícios.



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Notas finais do capítulo

Eu sei que vocês não vão me negar uma reviw, podem dizer.