POV CLARISSE

Depois da aula nos fomos para a casa de Thalia, ela teve uma pequena discussão com seu pai sobre o que embalar e o que não embalar para a mudança,

‘ – Thalia, não precisa embalar isso ‘

‘ – Eu não quero que quebre ‘

‘- Não vai quebrar !‘

‘- Thalia para de ser criança, isso não vai caber, vamos ter que deixar aqui’

Enfim, essa foi uma pequena amostra das coisas que ouvíamos do primeiro andar da casa enorme.

Mas também me fez pensar nas coisas que não conseguiríamos levar na viagem e que teriam de ficar para traz.

Deixamos Thalia a sós na discussão com seu pai e fomos com Annabeth até a sua casa, lá, as coisas já estavam todas embaladas e colocadas no caminhão de mudança, a casa estava limpérrima e totalmente vazia,

Quase não pudemos notar uma pequena lagrima que escapou dos olhos de Annabeth, que ela rapidamente limpou :

- bem meninas, é agora ! – ela sorriu,

- vocês vão pegar a estrada hoje ? – perguntei

- vamos sim, mamãe achou que seria melhor ! – respondeu ela e caminhou até a porta – tchau meninas ! até breve

Depois disso Silena e Piper tomaram o rumo de sua casa e eu a da minha, moro num condomínio, as casas são bem grandes mas muito pouco numerosas, sim temos alguns vizinhos, mas mal tenho contato com eles, é mais pelo meu pai, ele sempre arrumou confusão com todos que se aproximavam, talvez isso que tenha feito com que me espantasse,.. quando Mortge, uma das vizinhas se aproximou assim que cheguei aos portões de casa.

Ela tinha a minha idade, usava óculos e aparelho, tinha um cabelo escorrido e quase sempre se vestida com roupas de segunda mão, o que é estranho, já que seus pais e irmãs sempre estão vestidos com roupas de grife e marcas super caras.

- Clarisse, oi ! – ela me chamou

Estava com uma vasilha azul na mão, e veio caminhando até mim com um sorriso

- fiquem sabendo que vai se mudar ! – disse

- é vou sim

- Nova York não ? Meus pais me levaram lá para passar as férias de verão minha tia avó mora lá ela é meio chata então agente sempre se hospeda em algum hotelzinho ali perto e ora para que ela não descubra onde estamos e por que saímos de la mas na noite de ação de graças não tem jeito ela nos força a ir para la todo ano enfim é uma cidade muito bonita o central  park é muito legal e ..

- MARGOT, CHEGA, RESPIRA – gritei irritada, ela havia dito tudo tão rápido e sem nenhuma pausa.

- ah ta ! – disse ela – desculpe, enfim, eu vim aqui para lhe dar alguns muffins de despedida, sei que agente nunca se falou nem nada, mas só queria fazer uma coisa legal.

Ela me entregou a vasilha

- ah, obrigada Margot – dei um pequeno abraço nela e me virei para entrar em casa

- ei ! Clarisse, quando que vocês saem ?

- amanhã pela manhã – respondi

- perfeito – disse ela – que tal se sairmos para tomar um sorvete ?

- claro ! Te ligo mais tarde – disse

Ela sorriu e foi ‘ saltitando ‘ para sua casa

Abri a vasilha e me sentei ali na escada da frente, os muffins pareciam secos; mesmo assim enfiei um inteirinho na minha boca. Nem estavam tão ruins quanto pensei, guardei o resto na mochila e entrei em casa.