A Princesa do Fogo e a Garota da Noite escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 2
Encontramos as semi-deusas.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Espero que gostem.



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P.O.V Taylor

Eu não vou começar esta historia com “Era uma vez...”, pois isso só acontece em contos de fadas, onde no final, tudo da certo. Não vou ficar esperando meu príncipe encantado nem um “Felizes para sempre”, isso é vida real e temos que tomar cuidado com o que pode acontecer e seguir nossa vida. É claro que um dia meu príncipe encantado pode chegar; não em um cavalo branco, mas ele pode me fazer feliz. Não acredito em “Felizes para sempre”, mas acredito que eu posso ser feliz.

 Essa é uma historia de como minha vida mudou do dia para noite. De como temos que acreditar em tudo, mesmo tendo 13 anos.

 Meu nome é Taylor Hutcherson, mas todos me chamam apenas de Taylor. Tenho 13 anos. Nunca conheci meus pais, moro em um orfanato. A única coisa que eu sei é que minha mãe não conseguiria cuidar de mim e meu pai morreu em um acidente de carro. Tia Elaine, a dona do orfanato, diz que os dois eram muito bonitos e que me amavam muito. Duvido muito que isso seja verdade.

 Ninguém nunca me adotou. As pessoas procuram bebês para adotarem. Já que eu tenho 13 anos, fica mais difícil. Mas eu gosto do orfanato. Todos cuidam muito bem de mim, é a minha casa. Durmo bem, não passo fome, freqüento uma escola bem perto do orfanato e tenho amigos.

 Na verdade só uma amiga: Jéssica. Ela mora também no orfanato e tem a minha idade. Gosto muito dela.

 Hoje é terça-feira, ou seja, tem escola. Aquela escola sempre nos aceitou muito bem, mesmo acontecendo coisas estranhas com a gente que prejudica um pouco a escola, mas isso eu falo depois, se eu contar vocês irão me chamar de maluca. Não sou uma garota popular e bonita. Também não posso dizer que sou feia. Estou no meio. Meu cabelo bate nas costas e são negros, meus olhos a mesma coisa.

 Eu estava andando pela rua com Jess, o apelido de Jéssica, indo à escola. Tudo estava normal, a única coisa era que eu não sabia que tudo na minha vida iria mudar esse ano.

 A escola fica ao lado do orfanato, no final da rua, então vamos andando. Não andamos muito, geralmente em uns 8 minutos estamos lá. Não temos muitos amigos, somos eu e Jess.

 As pessoas não gostam muito de nós, porque moramos em um orfanato, mas eu não ligo, estou muito bem assim. Todos nos evitam.

  Quando chegamos à escola fomos direto para a sala de aula.  A primeira aula era de Matemática, e eu simplesmente odeio matemática. Sentei na minha mesa ao lado de Jess e fiquei pesando na vida, até aquela aula acabar.

P.O.V Jéssica

 Meu nome é Jéssica Solson. Tenho 13 anos. Moro em um orfanato na Califórnia, junto com minha melhor amiga Taylor. Nunca soube quem foi minha mãe, e também não faço questão de saber. Quando cheguei ao orfanato tinha meses de vida e meu pai que me deixou lá. Também não sei quem ele era, tia Elaine, a dona do orfanato, disse que ele estava bêbado e drogado na noite em que me deixou no orfanato e que logo depois disso foi atropelado e morreu.

 Eu e Taylor chegamos ao orfanato na mesma noite, juntas. Por causa disso, sempre digo que somos irmãs. Mas acredite: não somos.

 Na verdade somos totalmente diferentes: eu, por algum motivo que não sei explicar, me sinto bem e gosto de ficar perto da luz, do fogo. Taylor, ao contrario de mim, gosta de ficar no escuro, olhando para o céu à noite.

 Meu cabelo é ondulado nas pontas e castanho claro, quase ruivo. Se você olhar para ele no sol você dirá que é ruivo, mas não é. A mesma coisa com meus olhos. Eles são castanhos claros, mas no sol parecem vermelhos. Já Taylor, o cabelo e olhos dela são negros, e seu cabelo é liso e ondulado nas pontas, igual ao meu.

 Somos muito diferentes, mas também temos coisas em comum, por exemplo, nós duas temos dislexia e déficit de atenção, não temos pais, moramos juntas, temos a mesma idade (apesar de eu ser quatro meses mais velha que ela), e somos melhores amigas desde sempre.

 Meu quarto, do orfanato, divido com Taylor. Estamos na mesma classe da escola.

 Estávamos indo para escola e quando chegamos fomos para a primeira aula: de matemática. Eu gosto de matemática. Não é minha matéria predileta, mas eu gosto. Prestei um pouco de atenção, em quanto Taylor quase dormia.

P.O.V Annabeth

 Logo quando Nico chegou à colina entramos no carro. Argos nos levou até a estação de trem, aonde nós pegaríamos um trem até a Califórnia. Nunca havia ido para a Califórnia, dizem que lá é bem ensolarado.

 Quando soube que era para a Califórnia que iríamos, pensei que as duas semi-Deusas seriam filhas de Apolo, mas Quiron disse que não. Então de quem seriam filhas?

 Entramos no trem e entramos em um mini vagão que tinha duas poltronas, uma virada de frente para a outra. Sentei na janela e Percy sentou-se ao meu lado, já disse que ele é muito fofo? Nico sentou na nossa frente.

 A viagem demoraria duas horas. Passou-se vinte minutos e Percy já havia dormido em meu ombro. Nico colocou seus fones de ouvidos. Eu estava um pouco desconfortável com Percy nos meus ombros, mas eu sabia que ele estava confortável, então deixei ele assim.

 Fiquei pensando em como eu o amava. Ele sempre foi muito lerdo, idiota, bobo, infantil, mas ele sempre foi meu preferido. Ele é muito romântico, principalmente agora que estamos namorando de verdade. Sempre me dando apelidos, mesmo não esquecendo o apelido “sabidinha”. Dando-me presentes, fazendo carinho, me protegendo. A única coisa que ele ainda não fez é dizer que me ama.

  Não faço questão de ele dizer isso para mim. Talvez ele não esteja preparado ou ele é lerdo mesmo. Eu sei que ele me ama, mas ouvir aquelas três palavras me deixaria tão bem.

  Encostei minha cabeça na janela e fechei os olhos.

 Acordei com um barulho, era o trem parando. Quando olhei para fora vi que estava um sol raiando no céu. É, estávamos na Califórnia.

 Acordei Percy e Nico, que também estava dormindo. Saímos do trem, pegamos nossas mochilas e Percy chamou um táxi.

-Orfanato Sol, por favor. – Disse para o motorista.

Chegando ao orfanato, Percy pagou o taxista e fomos até dentro. Lá havia uma mulher.

-Com licença – disse – estamos procurando Taylor Hutcherson e Jéssica Solson.

-Elas não estão – a mulher disse – estão na escola.

-Você poderia dizer onde fica essa escola?

-No final da rua, vá andando que logo você ira ver o Colégio Santa Mônica.

-Obrigada.

Fomos andando até o final da rua, não demorou muito. Logo avistamos a escola.

P.O.V Percy

 Foi muita sorte. Logo quando chegamos à escola perguntamos a uma garota se ela conhecia Taylor e Jéssica. Ela apontou para duas meninas sentadas em uma mesa.

 Fomos ate elas e pegamos três cadeiras da outra mesa para nos sentarmos com elas. Uma era quase ruiva e a outra tinha cabelos negros.

-Quem são vocês? - a de cabelo negro perguntou.

-Meu nome é Annabeth – Annie disse. – Esses são Percy e Nico.

-O que vocês querem? – ela perguntou.

-Bom – disse – precisamos falar algumas coisas para vocês. Vocês estão ocupadas?

-Não – a ruiva disse.

Olhei para os lados para ver se não tinha ninguém. Era uma cantina e estava lotada de adolescentes.

-Por que não vamos para um lugar mais calmo? – eu disse.

-Por que devemos confiar em vocês? – a morena disse.

-Somos confiáveis. – Annabeth disse – como vocês se chamam?

-Meu nome é Jéssica – a ruiva falou. – e essa é minha amiga Taylor.

-Vamos – Taylor disse. – Tem um lugar aqui perto que deve estar vazio.

Andamos até lá. Estava totalmente vazio. O único problema era que teríamos que ficar de pé.

-Vocês conhecem historias de mitologia grega? Semi-Deuses? – Annabeth perguntou.

-Sim. – elas disseram.

-Essas historias são reais, os deuses existem e vocês são filhas de alguns deles.

-Isso é alguma brincadeira? – Taylor perguntou.

-Não – eu disse – você tem dislexia e déficit de atenção?

-Sim, mas...

-Você não conhece seus pais, né?

-Sim, mas...

-Algum monstro já te atacou?

-Sim, quer dizer, não. Foi imaginação.

-Não foi. Eles existem.

-E vocês são o que? – Taylor perguntou.

-Semi-Deuses. – disse – eu sou filho de Poseidon, Annie é filha de Athena e Nico filho de Hades.

-É verdade! – Jéssica disse.

-Você vai acreditar neles? – Taylor perguntou – Nem os conhecemos. Se vocês são o que estão falando, prove.

Olhei para os lados e vi um copo de água, me concentrei nele. A água começou a flutuar e depois caiu de novo no copo.

Olhei para Taylor e ela só conseguiu abrir a boca, mas quando ela ia dizer alguma coisa, algum ser a empurrou. Ela caiu no chão com tudo. E quando olhei atrás dela tinha um fúria. Annabeth derrotou a fúria sozinha com facilidade.

 Fui ajudar Taylor, mas Nico tinha sido mais rápido. Ela a ajudou a levantar e disse:

-Agora acredita no que dissemos?

Taylor só concordou com a cabeça. Percebi que ela estava bem, mesmo com a queda, mas Nico ainda não tinha tirado a mão da cintura dela e nem os olhos nela.

Achei estranho, mas tentei esquecer o possível fato de Nico estar gostando de Taylor.

-Bom – Annie disse – agora que vocês acreditam em nós, peguem suas coisas, só o necessário, quando menos coisas levarem melhor.

-Por quê? – Jéssica perguntou.

-Vamos levar vocês para o acampamento meio-sangue. Lá vocês irão aprender a se defender.

-Mas não podemos simplesmente sair. – Taylor disse.

-Isso mesmo, então vamos fugir. – disse. – e reze para seu pai ou mãe olimpíana deixe roupas para vocês no acampamento.

-Como assim? – Taylor perguntou.

-Leve só uma troca de roupa. E depois o acampamento pode emprestar roupas novas, ou seu pai ou mãe olimpíana deixe algumas roupas para vocês.

-Quem são nossos pais – Jéssica perguntou.

-No acampamento você ira descobrir, agora vão buscar suas roupas, no caminho para o acampamento nós explicamos tudo – disse – esperamos vocês na porta da escola. Tome cuidado para não serem pegas!

-Tudo bem. – Taylor disse – agora você pode pedir para seu amigo emo me soltar?

-Eu não sou emo! – Nico disse com raiva, mas ao mesmo tempo envergonhado por só agora ter soltado a cintura dela.

-Desculpa então. – Taylor disse e saiu correndo com Jéssica ao seu lado indo para o orfanato.


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Notas finais do capítulo

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