Capítulo 51 – Elena Salvatore, Caroline Forbes, Rebekah Mikaelson e Katherine Salvatore

Parte 1 – Elena Salvatore

Caroline estava linda, assim como Rebekah. As duas iriam casar-se no mesmo dia, o que era meio engraçado, porque as duas nunca se deram bem, mas naquele dia havia um respeito mútuo entre as duas.

Saímos de casa dos Gillies e entrámos na primeira carruagem, a que estava destinada a Caroline. As damas de honor de Rebekah eram Lexi e Jules.

–Ai meninas, estou tão nervosa! – exclamou ela, com os olhos muito abertos, evitando a todo o custo não chorar.

–Amiga, vai correr tudo bem – sosseguei-a, mas estava difícil.

–Eu nem quero imaginar Klaus na lua-de-mel! – exclamou Katherine.

–Katherine! – repreendemos eu e Car.

–O quê? Só estou a tentar descontrair o ambiente – ela virou-se para a nossa amiga e pousou uma das suas mãos nas de Caroline, que estavam trémulas. – Vai correr tudo bem. Vocês foram feitos um para o outro.

Parte 2 – Caroline Forbes

–Pai – abracei-o com força e ele retribuiu o abraço.

–Filha, estás linda – murmurou ele, emocionado.

–Oh, por favor! – exclamou Kath. – Parece que vamos para um funeral.

–Vai ser menos uma pessoa em casa. A minha única filha – justificou-se o meu pai, sorrindo para mim. – Preparada?

Acenei com a cabeça, nervosa e a carruagem de Rebekah chegou.

Ela estava com um vestido igualmente maravilhoso como o meu. Os nossos olhos encontraram-se e ela sorriu-me timidamente. Retribuí o sorriso. Aquele era o nosso dia. Jamais estragaria o dia dela porque isso implicaria estragar o meu.

–Eles já estão prontos – falou Elena do cimo das escadas e o meu pai entrelaçou os nossos braços.

A música começou a tocar e dei um passo seguido do outro. Toda eu tremia. Assim que pisámos a igreja, não conseguia ver o interior devido à luminosidade do exterior, mas mais três passos angustiantes e eu consegui ver o fundo dela.

E Klaus estava lá, com o seu fato preto, muito elegante. Tinha feito a barba e os seus olhos estavam somente em mim. Eu perdi-me naquele olhar, a nossa conexão era inquebrável. E dali a instantes seria inquebrável aos olhos de todos.

Eu, Miss Mystic Falls iria casar o Mr. British accient (sotaque britânico). Quem diria, não era?

Do lado oposto de Klaus, ou seja, do meu lado esquerdo, estava Matt. Desviei a atenção de Klaus para ele, e depois para todos os convidados. As minhas duas amigas estavam à minha frente, Elena com o cabelo liso e Katherine com o seu cabelo aos caracóis.

Várias pessoas conhecidas mostraram-me os seus sorrisos, e eu não resisti em abrir-lhes também um sorriso. Aquele era o meu dia. Eu iria casar com o homem que amava.

Parte 3 – Rebekah Mikaelson

Cheguei ao fundo da igreja e Matt pegou na minha mão, entrelaçando os nossos braços. Eu estava muito nervosa. Durante dezoito anos ninguém gostou de mim, e depois conheci-o por coincidência e vi-me perdida por ele. Eu amava-o mais que tudo, mais do que a mim própria.

Ele era o único que me dava segurança, amor, lealdade e trazia à tona o que havia de melhor em mim. Fiquei com os olhos fixos nos dele. Azul com azul, o meu mais escuro do que o dele.

–Estás linda, Rebekah. És linda – murmurou ele, sorrindo afetadamente para mim.

O meu ritmo cardíaco acelerou-se e virei-me para o padre. Todas as palavras que ele dizia não faziam sentido para os meus ouvidos, eu só tinha uma coisa em mente: as nossas mãos estavam entrelaçadas, como um laço inquebrável. E seria isso mesmo que se tornaria o nosso amor para todos os presentes daquela igreja e para o mundo: inquebrável.

Queria que Elijah estivesse ali. Ele ficaria tão feliz por mim. Então olhei para Klaus, e ele olhou para mim ao mesmo tempo. Não foi preciso falarmos para saber que ele estava a pensar precisamente o mesmo. Nós os três éramos muito unidos, especialmente desde que Finn tinha partido com Sage para York, em Inglaterra e nós tínhamos ficado aqui. E depois houve o caso com Tatia, que acabou por morrer. Ela era minha amiga e eu sofri em silêncio. Eles nunca souberam da minha verdadeira dor, tal era a maneira em como estavam vidrados no ódio um pelo outro.

Desviei o olhar para o padre, e ele começou a ditar os nossos juramentos. Primeiro foram Klaus e Caroline. Ela estava magnífica, para variar. Foram muito românticos, e fiquei feliz por Klaus por ter reconstituído a sua vida. Se Elijah aqui estivesse…

Então o padre virou-se para mim, e a minha linha de pensamento quebrou-se.

–Eu, Rebekah Mikaelson Gillies, prometo amar-te, Matt Sullivan Donovan, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias da minha, até que a morte nos separe – falei, tentando controlar as lágrimas e o nó que se formava na minha garganta enquanto lhe colocava a aliança no dedo anelar.

–Eu, Matt Sullivan Donovan, prometo amar-te, Rebelah Mikaelson Gillies, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe – eles não desviou os seus lindos olhos azuis de mim, e os seus dedos colocaram a aliança de casamento no meu dedo.

–Podem beijar as noivas – disse o padre e eu fechei os olhos, expectante.

Os nossos lábios colaram-se, e uma explosão houve em mim. As borboletas voaram no meu estômago e as minhas pernas pareciam querer deixar de me sustentar.

Parte 4 – Katherine Salvatore

A festa foi grande, como seria de esperar das famílias Gillies, Forbes e Donovan. Foi tudo na propriedade dos Gillies, e foi uma cerimónia muito bonita. A dança de Caroline e Klaus foi épica e a de Rebelah e Matt foi romântica. Vi que ele realmente sempre a amou desde o momento em que se conheceram.

–O que seria de Elijah? – indagou Elena ao meu lado, suspirando.

–Ele teria encontrado uma dama digna dele – garanti-lhe. – Mas não seria nenhuma de nós, ou alguém que ele já tivesse conhecido.

Elena acenou.

–Olho para eles e penso que ele podia estar igualmente feliz.

–E está onde quer que esteja. Tu estás casada, os dois irmãos deles também. Agora só falta Kol, mas aquele não tem solução: é um mulherengo de primeira categoria. Primeiro que assente, tem que conhecer todas as mulheres do mundo.

Elena riu comigo e abracei os seus ombros.

–Elena, tens que acreditar que ele ficaria bem, e que ele está bem. Um dia, acabamos todos por nos encontrar num sítio diferente.

Ela acenou e as lágrimas vieram-lhe aos olhos.

–Ai esses sentimentos de grávida! – exclamei e ela começou a rir enquanto lágrimas grossas escorriam pelas suas faces. Damon apareceu imediatamente, como que materializando-se ao nosso lado.

–Anda, amor, vamos apanhar ar – murmurou ele, abraçando-a e levando-a para longe de mim. Trocou comigo um olhar de preocupação e afastou-se com ela.

–Amo-te.

Dei um salto e Stefan abraçou-me por trás.

–Ainda te lembras do nosso dia? – indagou ele, ao meu ouvido, enquanto via aqueles quatro pombinhos a rirem de algo que Kol tinha dito.

–Claro que sim. É inesquecível – falei, encostando a minha cabeça no seu ombro. – Vamos ser felizes para sempre, Stefan?

Ele pareceu pensar um pouco na pergunta antes de responder.

–Sim, vamos. Eu amo-te e eu sei que me amas igualmente. Seremos muito felizes, não importam os obstáculos que teremos que enfrentar.

Sorri perante as suas palavras e virei-me para ele.

–Amo-te Stefan. Sempre e para sempre.

–Idem, meu amor – disse ele, e selou os nossos lábios.

©AnaTheresaC