As Gémeas Pierce escrita por AnaTheresaC


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oi! Primeiro de tudo queria agradecer a quem votou a favor de Delena ou Stelena:
bruna_tvd, Tatta Hale McCarty Cullen, Luana Mccarty,
biaSalvatore, Kath, crisruthy, Bia Lacé, Leh Linhares,
Natalia Corvina!
Quanto à leitora Hellen Keller, eu não pude contar o voto por dois motivos: o capítulo já estava escrito e porque iria causar um empate! (sim, a votação foi muito renhida)



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Capítulo 27 – Narrado por Damon Salvatore, Elena Pierce e Stefan Salvatore

Parte 1 – Damon Salvatore

Eu estava extasiado. Infelizmente, o meu corpo inteiro doía, mas o meu irmão alegrava-me e tentava animar-me. Tinha sofrido desidratação, escaldão por causa do sol e algumas queimaduras nos braços, para além das muitas feridas.

-E como é que Elena e Katherine têm passado sem mim? – perguntei repentinamente ao meu irmão, e ele sorriu.

-Não faço a mínima ideia, mas pela maneira como elas ficaram felizes por saber que estavas vivo, são capazes de te deitar ao chão.

-Ei, maninho, eu posso estar fraco mas não são duas donzelas que me vão deitar ao chão.

-Ah, o orgulho não tirou férias! – exclamou ele, gargalhando.

-Só mais durante umas semanas, Pena que não me viste sem ele. Não são nada sem ele – acompanhei a sua gargalhada durante uma fração de segundo porque depois as costelas começaram a doer-me.

-Tenho a certeza que agora vais ser mimado de todas as maneiras e feitios – falou Stefan e vi um lado sombrio nos olhos dele.

-Porquê?

-Porque Katherine… - ele olhou para o nosso pai, que estava a olhar para a janela, mas na verdade estava atento a cada palavra que dizíamos. – Ela mostrou-se bastante emocional, ela realmente sofreu por saber que tinhas morrido.

-Por falar nisso – falei, tentando desanuviar o ambiente. – Quem é que me confunde? Afinal, eu sou o soldado mais bonito do mundo.

Stefan riu e depois olhou para o nosso pai. Voltou a olhar para mim e eu fiz-me desentendido. Eu sabia que ele devia de ter sofrido, mas na verdade ele nunca tinha demonstrado um traço de amor por mim.

O comboio parou e nós saímos. Estava à nossa espera uma carruagem, com Mezzanotte e Giulianne, a minha égua. Entrámos e foi uma hora de viagem. Stefan contava-me tudo do tempo em que estive fora, incluindo a história de Katherine/Matt/Elena.

-Nem acredito – disse e olhei para a janela, observando a paisagem de Mystic Falls. – Vou matá-lo.

-Ei! – exclamou Stefan alerta. – Nem penses! Eram umas crianças, Damon! Se o matas, também tens que me matar.

Ri-me. Às vezes Stefan levava-me demasiado a sério.

-Talvez não, mas vou falar com ele. Que ele mantenha aquelas garras nojentas longe das Pierce.

O nosso pai fungou e nós olhámos para ele.

-O que foi? – perguntei.

-Falas como se elas fossem propriedade tua.

-Em breve terão o apelido Salvatore a seguir a Pierce. Quer sejam a minha cunhada ou a minha esposa, eu vou defendê-las – falei sério para ele, olhando para os olhos dele, vendo a fúria subir-lhe por lhe ter respondido.

-Tens razão – disse ele e voltou o rosto para que eu e o meu irmão não o víssemos.

A carruagem parou e o nosso pai saiu, seguido de Stefan. Consegui finalmente sair e fui empurrado para trás por dois pares de braços em volta do meu pescoço.

-Calma, ainda estou dorido – ri, apesar da dor nas minhas costelas.

-Oh, Damon! – exclamou Katherine, com lágrimas nos olhos. – Que bom que já aqui estás!

Encostou a sua cabeça no meu peito e ficou a sorrir para Elena que tinha um semblante feliz e triste ao mesmo tempo. Apertei a sua cintura, tentando confortá-la. Eu também tinha sentido falta dela. Das duas, aliás. Mas Elena tinha sido sincera comigo e desde o baile que eu e Katherine nos tínhamos afastado. Foi algo natural, Katherine identificava-se mais com Stefan, e apesar de eu e ela termos muito em comum, Elena trazia-me uma paz de espírito e um lar, algo que eu não tinha tido nos últimos tempos, especialmente desde que a minha mãe tinha morrido.

-Senti a tua falta – murmurou Elena e as duas desfizeram o abraço. – Tens que te despachar, senão vamos chegar atrasados.

Arregalei os olhos.

-Porquê?

-Porque és muito importante em Mystic Falls e o Mayor Lockwood quis fazer um jantar em tua honra. Por voltares da guerra, são e salvo – completou Katherine. – Vem! Eu e Elena já escolhemos a tua roupa, com a ajuda da Magda.

Elena pegou na minha mão e seguimos os dois atrás de Katherine. Stefan olhou para as nossas mãos dadas e sorriu malicioso.

-Cala-te – disse quando passámos por ele.

-Mas eu não disse nada! – exclamou ele, e seguiu-nos rindo.

Fomos até ao meu quarto e tinha um fato de cerimónia preto em cima da cama. Elas saíram e deixaram-me em paz para me vestir e arranjar para a festa.

Parte 2 – Elena Pierce

Bonnie ajudou-me a vestir. O meu vestido era lindo: cor de rosa escuro, esvoaçante, com uns sapatos da mesma cor que tinham um pouco de salto e as minhas joias eram elegantes, um colar em forma de gota de diamante e os brincos também da mesma pedra preciosa. Bateram à porta assim que tinha colocado as minhas luvas brancas de cetim.

-Sim? – disse e Damon abriu a porta. Espreitou para dentro, com os olhos azuis mais sobressaídos devido ao preto do seu fato de cerimónia.

-Miss Elena, estou pronto.

-Eu vou já – disse e pedi a Bonnie a minha bolsa prateada. – Agora sim, estou pronta.

-Elena – disse ele e eu parei devido à intensidade da sua voz. – Bonnie, não se importa…?

-Com licença – disse ela e saiu, deixando-me ali, sozinha com ele.

-O que foi? – perguntei, com medo da resposta. Eu estive tão perto de o perder, que agora nada importava senão ele. Eu teria ficado no mesmo estado se fosse Stefan, mas eu estava sozinha naquilo, ele era o único que me conseguia fazer sentir segura, o meu porto seguro sem dúvida alguma. Ele foi o primeiro com quem eu desabafei a minha frustração sobre Katherine, sobre o meu erro e sobre o dela. Ele tinha algo que me fazia sentir em casa, algo que eu nunca tinha testemunhado desde os meus seis anos.

-Elena, eu só preciso de dizer isto uma vez e tu de ouvires uma vez. Prometo que nunca mais o volto a dizer se não quiseres, e prometo que apesar de passarmos o resto das nossas vidas debaixo do mesmo teto, eu não irei importuná-la.

-Damon… - disse a medo, mas ele interrompeu-me.

-Não, isto é a verdade e eu não consigo guardá-la para mim. Já tive várias oportunidades de a dizer, e nunca o disse porque tinha tempo, mas isso tornou-se muito subjetivo quando tempo era tudo o que eu tinha quando estava perdido e nunca mais encontrava ninguém. Elena, eu amo-te.

Recuei perante tal revelação.

-Não me amas o suficiente.

-Não! – exclamei e depositei a mala na cama. – Não é isso!

Peguei no seu rosto com ambas as minhas mãos e obriguei-o a fitar-me.

-Então o que é?

-É que… pela primeira vez na vida eu amo alguém de verdade e esse alguém ama-me também e… eu também te amo. Acho que o facto de não saber onde estavas, se morto ou vivo, ou até mesmo morto no início, trouxe-me o discernimento para distinguir amizade e amor. Damon, passar a minha vida toda ao teu lado sem te poder dizer o quanto te amo seria pior que me acusarem por adultério. Eu nunca, nunca, deixaria de te amar como agora. Nunca.

-Então… e quanto ao Stefan?

-Stefan não é capaz de me levar ao lugar mais mágico de Mystic Falls no primeiro baile a que aqui vim. Ele não é capaz de me amar como me amas e eu não sou capaz de me casar com ele por amor, porque isso não é verdade. Não quanto te amo.

Ele sorriu e rodopiou-me no ar.

-Nunca pensei que serias capaz de exprimir os teus sentimentos tão bem. É uma das coisas que eu gosto em ti: surpreendes-me sempre.

Gargalhei.

-Senti a tua falta enquanto estiveste fora – falei, traçando a sua linha do rosto e colocando uma madeixa de cabelo negro para trás.

-Eu também – disse ele e beijou-me a face. – Agora temos que nos apressar. Temos o Mayor à nossa espera.

Parte 3 – Stefan Salvatore

Depois de estar vestido, o meu pai entrou no quarto.

-O que se passa? – perguntei alarmado.

-Nada, apenas acho que está na altura de te dar algo.

Entregou-me uma caixinha de veludo azul escura que dizia “per sempre”, que significava “para sempre” em italiano.

-O que é?

-Algo que deves dar quando quiseres noivar alguém.

Olhei para ele, perplexo. Preparei-me para a abrir, mas ele exclamou:

-Não! Só quando for a hora.

-Pai, eu ainda não decidi, acho que ainda é um pouco cedo.

Ele negou com a cabeça.

-Tu já sabes, só não queres é admitir.

Neguei com a cabeça e estendi o braço com o anel.

-Não.

-É para ti.

-E a questão da herança? Damon é mais velho, ele é que merece.

-Damon irá receber o da trisavó. Mandei colocar mais uns diamantes e polir.

-Mas pai…

-Stefano Salvatore – falou ele, em italiano. – O anel é teu, e isso não irá mudar.

Apertou o meu ombro e saiu do quarto. Guardei o anel no bolso e saí do quarto. Katherine saiu ao mesmo tempo que eu.

-Miss Katherine, gostaria de me acompanhar neste baile? – perguntei-lhe, dando-lhe o meu braço.

Ela sorriu e olhou para baixo.

-Seria uma honra, Mr. Stefan Salvatore!

Descemos os dois juntos as escadas e ficámos á espera de Damon e Elena.


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Notas finais do capítulo

Para ninguém ficar infeliz ou mandarem matar-me, ainda haverá momentos Stelena e Datherine! Especialmente no baile! Próximo capítulo irei postar os vestidos delas.
XOXO, até domingo!