Epílogo: A Volta Do Leal

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.Narradora.

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Duas semanas depois da partida de Sury Carpe do Acampamento Meio-Sangue,

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Jessie não aguentava correr mais, suas patas pareciam estar em chamas, mas não podia esperar. Ainda havia uma chance. Eles ainda não poderiam ter colocado em ação no plano B, quer dizer, eram monstros, por que seriam leais a alguma coisa, não é? Não fazia sentido... Certo?

A pequena manticore realmente queria como queria acreditar nisso, mas não conseguia. Ela havia demorado uma semana inteira para se recuperar daquela batalha, aquela semideusa que se vestia de preto e couro lhe deixara em um estado de quase morte em poucos minutos, Jessie não era crescida o bastante para lutar então ficara em um estado lastimável. Não houvera muitos contratempos depois daquilo, uma ou duas paradas para comer alguma coisa e um meio-sangue barulhento.

A pequena manticore subia o Monte Otris penosamente, não estava correndo, era uma estranha mistura de correr e se arrastar —uma longa semana de viagem e corrida havia causado uma exaustão tão grande que ela mal tinha equilíbrio—, foi recebida nas ruínas por uma pequena tropa de empousas que a deixaram entrar e continuaram a sua vigilância. Lá dentro monstros de todos os tipos estavam espalhados, minotauros com seus machados, draecaenas com seus arcos, algumas manticores mais velhas, lestrigões tão altos que criavam sombras longas e robustas no chão rachados.

Jessie se aproximou das manticores, uma delas, fêmea, lhe lambeu as orelhas como um sinal de boas vindas e que estava entre os seus, mas logo virou os olhos, sem realmente parecer se importar. A pequena manticore desabou ali mesmo, no meio de não mais que meia dúzia de manticores maiores que ela, os olhos, depois de uma semana correndo até ali, pesavam toneladas, ela devia merecer um bom descanso.

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Quando Jessie acordou já era noite, não sabia de que dia, afinal estava tão cansada que provavelmente, enquanto dormia devia parecer estar em coma. Espreguiçou-se e bocejou, um rugido preguiçoso saiu de sua garganta seca, percebeu que os monstros rezingavam e iam em direção ao topo da montanha, onde Atlas resmungava e gemia ordens e recompensas para quem lhe soltasse.

—Vamos realmente soltá-lo? —Jesse virou as orelhas na direção da conversa entre uma empousai e um manticore de um olho verde e outro azul, ele usava óculos. O manticore assentiu com veemência, lambendo as patas em um banho de gato.

—Claro que sim, um grupo de monstros incompetentes deixaram a filha de Asclépio fugir, não sei ao certo, mas ao que parece os deuses comearam a protegê-la de verdade, precisamos de um líder experiente, não podemos simplesmente ficar fazendo besteiras. — Jessie encolheu os ombros e segiu a manticore para o topo do Monte Otris, ouvindo a conversa atentamente.

—É, talvez.... Mas não temos outro? E Prometeu?

—Prometeu não resolve nada e nem tem um lado, poderia nos trair. Os outros estão todos no Tártaro, ele é a melhor escolha, é um verdadeiro general. Ah, veja, os Ciclopes chegaram... Oh! Por Cronos, eles conseguiram!

Ouviu-se milhares de vivas, os ciclopes foram saudados pelos monstros presentes. Jessie viu que eram quinze deles, com armaduras, com muitos ferimentos e queimaduras, mas estavam firmes. Havia um que vinha na frente, a pele tinha um tom feio de marrom escuro e ele cheirava a carne podre regada ao leite vencido, o olho no meio da testa e de um azul prateado que até poderia ser bonito, se não fosse nojento e sujo.

Treze deles seguravam e lutavam com uma caixa de quase seis metros, esses sim pareciam mais irritados, mas seguiam firmes e pacientes, erguendo aquilo nos ombros enormes, musculosos e feridos, um deles piscava sem parar, sangue escorria do seu olhos, provavelmente quase cego, havia um guardando a retaguarda do comboio, esse talvez fosse o menos machucado, mas ainda sim andava manco com a perna direita, que, toda vez que pisava, ou mesmo mancava soltava uma poeira dourada de monstros.

O comboio de subiu a montanha rodeados de todo o tipo de viva e grunhidos.  Jessie arregalou os olhos ao lembrar-se do combinado, aquilo era... Impossível, como eles poderiam ter...? Ela não teve tempo de pensar sobre a resposta, decidiu que afinal, ela não tinha escolha, Cronos tinha que voltar e assim tudo estaria melhor.

Chegaram ao topo. Lá Atlas segurava o firmamento, suor pingava da sua testa, suas roupas rasgadas, os músculos saltavam pelo esforço eterno que fazia, Jessie se encolheu a cena, Atlas inspirava respeito, era robusto, os cabelos de um marrom intenso eram cortado em um estilo militar que o deixava mais aterrorizante.

A grande foi colocada no chão, ela balançava, ele estava lutando, mas provavelmente estava fraco, nem mesmo um deus poderia lutar contra tantos ciclopes ao mesmo tempo, não só isso lutar contra a magia maligna que Cronos havia deixado, fazia pouco tempo o Senhor do Tempo havia sido derrotado, muitos monstros haviam desertado, mas continuavam a guardar o poder que ele havia transmitido ao seu exercito.

Jessie também sabia que a tropa de excursão que fora naquela... Missão havia sido pelo menos quatro vezes maior, e só haviam voltados aqueles quinze ciclopes. O poder de um Deus é muito grande, mas não é ilimitado, Deuses também sofriam de exaustão e aquilo era realmente um alivio enorme, afinal boa parte das criaturas mágicas do exercito de Cronos, os que não desertaram depois da derrota, haviam se sacrificado para conseguir trazê-lo até ali.

Os ciclopes que ainda restavam se aproximaram de Atlas, pegando as borda dos céus, sustentando o firmamento as veias pulsaram com o esforço, eles grunhiram com o grande esforço, Lestrigões haviam tomado o lugar deles prendendo a caixa o titã rolou pra frente, respirou ofegando por um tempo depois se levantou estalando as costas soltando um grito ruidoso de alegria e contentamento, cresceu até quase três metros e se aproximou da grande caixa, lentamente fazendo os ciclopes gemerem em desespero.

—Saiam. —Ordenou para os gigantes canibais que obedeceram com um risinho malévolo. O titã abriu a caixa e puxou o deus da caixa pelo pescoço. Atlas não era páreo para ele, mas o olimpiano estava fraco, não o suficiente para ser derrotado facilmente, mas o bastante para Atlas ter uma pequena vingança.

Jogou o deus para baixo das pedras do firmamento, mas mandou os ciclopes aguentarem um pouco mais. Um deles não aguentou e virou poeira pelo esforço, um trio de lestrigões correu até lá para sustentar. Talvez aquilo fosse um sinal que monstros poderiam trabalhar juntos... Para idiotas. Eles só queriam ver aquela pequena tortura, valia apena segurar os céus.

Ah, e como valia.

—Como castigo pela tua brutalidade e selvageria vais segurar as pedras do firmamento pelo resto dos tempos. —resmungou Atlas amargurado, chutando pela ultima vez a costela do sequestrado— Foi o que você me disse, seu olimpiano de merda, agora, veja pelo o que eu passei nesses últimos milênios. Segure os Céus, rei do Olímpio.

Os monstros largaram os céus no deus dos raios. Zeus rapidamente, e ainda fraco sustentou as pedras nos ombros, gemendo, colocou um dos joelhos e levantou a outra. Bufava, trovões soavam para todos os lados.

Tudo aquilo havia sido uma armadilha; malditos ciclopes, malditos monstros, maldita briga com Hera, maldita e bela mortal brasileira em Ipanema, maldita distração, maldito desejo pela aquela linda mulher, maldita magia... Ela continuou a culpara todos, evitando admitir que a culpa era sua, mesmo que fosse verdade e ele sabia disso, no fundo sabia. Ele fora idiota em focar a maioria de sua energia em um mesmo lugar, agora ali estava.

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Atlas começou a descer a montanha, dividindo tropas, generais, oficias maiores e menores, preparando planos para trazer os titãs de volta o mais rápido possível, e especialmente Cronos, seu rei. Atlas, como Jessie com seus grandes e homicidamente belos olhos azuis notaram, era extremamente legal apesar de toda brutalidade que ele emanava, logicamente sabia que não era poderoso o suficiente para vencer o Olímpio e pretendia trazer seu superior de volta, para governar o mundo outra vez.

A pequena manticore enquanto descia a montanha, observou um dos ciclopes que trouxera Zeus até o monte Otris, tirar a armadura e arrancar uma grande pluma grudada pelo suor e sujeira das suas costas, ela foi lá e farejou a pluma. Por trás de toda aquela sujeira e odor peculiar e azedo de monstros ela reconheceu o cheiro de terra úmida e grama recém-cortada e sorriu sentindo o gosto doce e frio da vingança enquanto descia saltitando e m sua forma humana para receber suas ordens.

Manchada de sangue, terra, icor uma pluma grande demais para ser de um pássaro foi balançada algumas vezes pelo vento antes do ar realmente levá-la para longe. Zeus amava ficar com Pegasus, era uma das coisas que o fazia relaxar do estresse divino.

Jessie desejou que fosse verdade. Desejou do fundo da alma, se é que tinha uma, que o Cavalo imortal estivesse lá na hora do ataque a Zeus, que ele não pudesse ter feito nada; algo lhe dizia que estava certa, mas continuava a desejara rezar, tudo indicava que estava certa, mas ela continuou a pedir que fosse verdade...

Desejou que Pegasus realmente estivesse morto como parecia.

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Então... Realmente acabou não é? Meus Deuses, eu realmente terminei isso aqui e vou ficar com saudades... Bem eu resolvi escrever aqui por que.. Devem estar se perguntando pro que eu não escrevi nas notas finais.... Bem, é o ultimo capítulo e é especial, então resolvi inovar agora(Uhul!\õ/)!

Então o que acahram so sequestro? Sério, eu estu meio insegura sobre isso... Acham que fui longe demais?

Enfim, bem eu queria agradecer a cada um por ter lido a minha humilde fanfic, tanto aqueles que comentaram e os fantasminhas, pelas oito lindas recomendações, aos 148 lindos reviews, aos 20 favoritos e tudo mais, e bem, pedir por favor(porfavozinho? *3*...#meignorem) leiam a segunda temporada. o link está logo ao embaixo e também... comentem, ideias, puxões de orelha ideias... Estoua qui para tudo, okey?

Bem obrigada,

Beeijos

☺

DiraL.

LINK DA SEGUNDA TEMPORADA:https://www.fanfiction.com.br/historia/237332/Holding_Skies/