Dear Pegasus, escrita por DiraSantos


Capítulo 25
Mando Pegs Embora, Fiasco, Roubando Carros


Notas iniciais do capítulo

Espero que Agrade
Boa leitura



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Capítulo Vinte e Quatro: Mando Pegs Embora, Fiasco e

Rany, Nós Vamos Roubar Esse Carro!


Já estava escurecendo e logo colocaríamos o plano em pratica, mas apesar disso, todos estavam fingindo uma calma anormal. Bárbara estava encarando a armação de metal que segurava a lona em cima das nossas cabeças, Seth estava ao meu lado, brincando com o pircing, estalando os dedos a cada cinco segundos.

E eu estava brincando com a calda de Peg, uma brincadeira bem estúpida para falar a verdade. Eu puxava os fios longos para um lado, ele os colocava no lugar, e eu puxava de novo para perto e assim ficamos todo aquele tempo em silencio, já que Jessie, nos encarava com raiva desde que Pegs a tinha mordido. A manticore estava sentada na ponta do banco perto da entrada da caçamba, os olhos grandes e azuis cheios de raiva.

Suspirei quando me enchi do joguinho e encostei minha cabeça no ombro do garoto do meu lado. Senti ele se virando para me olhar, mas não fiz o mesmo, fiquei calada, contando quantas vezes ele balançava os pés. Seth riu e puxou um pouco os joelhos para cima.

Pegs bufou baixo, uma risada leve, mas resolvi ignorar.

Fiquei na mesma posição um tempo, Seth havia se inclinado para mim, apoiando a sua cabeça na minha. Ficamos calados na maior parte do tempo, até que ele resolveu quebrar o silencio.

—Você realmente sonhou com seu pai? —Pode parecer um pergunta meio tosca para se fazer a primeira vista, mas para quem provavelmente só viu o pais poucas vezes, devia soar quase como estranho. Asclépio era um pai presente e preocupado diferente dos outros deuses.

—Sonhei, de forma geral ele entra na minha cabeça às vezes, acho que é... —algo fechou minha garganta— Sei lá.

—Acha o que? —Quis saber, estalando os dedos outra vez. Dei de ombros, agradecendo por ele não estar vendo o meu rosto.

—Acho que é um jeito de tentar recompensar o tempo que ele passou longe, pode ser estranho, mas ele sempre está por perto, de um jeito ou de outro, é como um pai preocupado mesmo, sabe? Vive me perguntando como estou, coisas do tipo.

—Sinceramente, eu não sei. Nunca vi o meu pai mais do uma vez.... E não falou comigo, estava na sala da minha antiga casa, conversando com a minha mãe. Não foi bem o que eu esperava para pai.

—Por quê? —Perguntei confusa, Gray deu de ombros.

—Eles estavam conversando sobre mim, Hades falou toda a verdade e que eu devia ir para o Acampamento, que eu não era totalmente mortal, mas minha mãe berrou um não que acordou todo o prédio... Então resolvi o problema dos dois, fugi de casa.

—Quantos anos você tinha? —Indaguei surpresa, me virando para encará-lo. Seth hesitou um segundo me olhando depois analisou a corda que lha amarrava debilmente, parecia calcular, ou mesmo tentar se lembrar da idade que tinha.

—Onze... Não. Faltavam duas semanas para eu fazer dez.

—E ficaste aonde? —Ele deu de ombros de novo, sem me olhar de verdade, respondeu.

—Na rua, aonde mais? Juntei-me com um grupo de mendigos. Eles foram até legais comigo, me deram um cobertor velho e me deixarem ir com eles até um abrigo, isso até um grupo de narcisistas radicais invadirem o abrigo e eu tive que pular a janela, para que não me matassem também.

Arregalei os olhos, ouvindo a historia. O filho de Hades coçou o queixo.

—Fiquei mais uns dias em um beco em Los Angeles, encontrei um cara que em ajudou, —ele deu um risada nostálgica— disse que tinha visto meu rosto na caixa de leite, me levou pro apartamento dele, dividia com umas caras amigos dele. Deu-me umas roupas e comida também. Fiquei lá uma semana até que ele me levou para casa. —ele me olhou dessa vez dando um sorriso pouco convincente— Nunca parei de falar com ele, sempre que tinha um problema em casa acabava indo para lá e a dona Renée parou de se preocupar com os meus sumiços por uns dois anos. Como um Irmão mais velho. Até que...

—Até que o que? —Indaguei aflita. Mas ele não parecia muito disposto a continuar, se remexeu do meu lado, o rosto torcido no que eu reconheci como uma mistura familiar de culpa e saudade pela morte de alguém. Conhecia aquele expressão, fazia parte de mim também.

Toquei seu braço, dando um sorriso para ele.

—Não precisa contar, se quiser. — Seus olhos vacilaram no meu rosto, mas assentiu, com um sorriso curto.

—Quando tinha quatorze anos me meti com um galera berra pesada de Los Angeles —coçou o pescoço—, gangues, entende? Eu ia aos confrontos que tinha, só que em uma dessas, minha irmã descobriu para onde eu estava indo e ligou para Akira, o cara que em tirou do beco, e ele foi atrás de mim junto com a policia.

Suspirou, passando as mãos no rosto.

—Parecia que o chão tinha aberto e o inferno transbordado. Já havia bastante gente jogada no chão sangrando, mas quando viram as sirenes, Deus... Eu estava escondido de baixo de uma escada com um canivete suíço na mão. Eu nunca usava aquela coisa, arranjava um lugar para me esconder e ficava lá até eles terminarem de se matar para poder ir embora.

“Quando a polícia chegou, alguns começaram a se jogar pelas janelas quebradas do prédio abandonado que estávamos, mas a maioria procurou um lugar par se esconder atirando hora em quem não conhecia hora na porta e nas janelas. Quando a policia entrou, todos começaram correr e dar tiros.

“Eu só ouvia e via os corpos caindo, gritos para todos os lados. Eu iria esperar eles parem de atirar para me entregar. Esse era o plano pelo menos, mas o Akira conseguiu passar pelos policias, estava me procurando. Sai do lugar onde estava me escondendo e berrei para ele ficar no chão, ou no mínimo para voltar, mas o idiota assim que me viu me pegou pelo braço, um que estava comigo pensou... Não que merda ele pensou, mas deu um tiro nas costas dele.”

Meu estomago girou, não conseguia piscar ou mesmo desviar os olhos do rosto dele. Gray continuava olhando para baixo, nem parecia notar que as palavras estavam saindo.

—A bala estourou uma parte da coluna vertebral dele, atravessou o peito dele e pegou de raspão em mim. Não lembro de muita coisa... Só de irmos para o hospital em ambulâncias diferentes, deles fazem um curativo no meu rosto, termianram de me remendar e depois de ser informado que Akira estava em um coma induzido por causa da dor e que não ia sobreviver.

Gray afastou o cabelo de perto do olho esquerdo, me deixando ver a cicatriz mínima. Perto na sua sobrancelha, um risco quase imperceptível estava na diagonal, quase como uma queimadura, pequena e bem fina; toquei de leve o lugar, pegando seu rosto moreno nas mãos logo depois. Tinha plena consciência do que ia fazer, mas não o controle.

O filho de Hades me olhou nos olhos por um segundo depois para a minha boca, se inclinando para mim também, seus lábios estavam entreabertos quando se encostaram aos meus, quentes. Um arrepio quente subiu da base da minha coluna, se alojando na minha nuca, sua língua procurou a minha quase imediatamente. Com as mãos amarradas, ele segurou meu braço, me apertando um pouco.

Chiclete. Acho que era de se esperar que ele tivesse esse gosto, mas ainda sim foi diferente e triplamente mais divertido por causa do pircing que dançava na minha boca, o toque frio da bola de metal de baixo da sua língua, contrastava com o calor que eu estava sentindo, sem falar que o dadinho arranhava muito de leve a minha língua.

Tudo teria ficado muito bem, quem sabe até melhor, se o caminhão não tivesse freado de repente, me jogando para trás e puxando Seth comigo, em cima de mim para se mais específica.

Os olhos castanhos escuros estavam me encarando, com uma confusão doce que me deu vontade de sorrir, estava devidamente presa debaixo do seu corpo moreno, sentindo perfeitamente os músculos do seu abdômen contra a minha barriga, eram rígidos, mas pareciam macios pelo pano da sua camisa, pareciam implorar para que eu os tocasse, arranhasse, acariciasse...

Bem, de qualquer jeito.

A portinha foi aberta com força os monstros começaram a entrar. Ouvi o pigarro de Bárbara, os olhos avisando claramente que estava na hora de colocar o plano em funcionamento, encarei o garoto logo acima de mim. Seth entendeu meu olhar e girou para o lado, me ajudando a me sentar também, me dando um sorriso de canto que claramente dizia: “Temos assuntos pendentes a tratar mais tarde”.

Assim que olhei para Pegasus, para seu olhar de eu-sabia-que-vocês-iam-ficar-rapidinho, combati a vontade de meter língua como uma garotinha de cinco anos. E por falar em garotinhas, Jessie me olhava com ódio e nojo, massageando a mão mordida com força.

Não podemossss levar clandesssstinos, Sssssimon dê um jeito nesssta meio-sssssangue. —O ciclope se aproximou da filha de Athena que se encolheu involuntariamente. Respirei fundo e me joguei na frente do ciclope, chutando seus canelas, coisa que não o fez nem se mexer.

Levantei minha cabeça, encarando a draecaenas com raiva.

—Vocês não vão matar ninguém aqui.

—Você não está em posição de mandar em nada aqui, filha de Asclépio. —Disse a Equidna, que segurava o chihuahua endemoniado e trêmulo nos braços. Forcei as minhas pernas a me colocarem de pé, sentindo minhas panturrilhas arderem com o esforço.

—Encostem um dedo escamoso nela ou nele que eu juro que não vão ver a droga do seu mestre Titã tão cedo. —menti, perecendo firme, eles ficaram me olhando, parecendo surpresos com a ameaça — Vocês me torturar o quanto quiserem, mas eu não vou trazer Cronos de volta.

Assim que terminei de falar, Peg se levantou empurrando o ciclope pra trás com a cabeça. Seth e Bárbara levantaram arrebentando o nó já fraco da corda. A ruiva empunhando a rapieira e Seth havia puxado um isqueiro do bolso de trás da calça jeans, apertou a lateral do mesmo, que se transformou no sabre Frances que ele lutara com Brad na manhã que Luke havia acordado.

Avançamos antes que eles pudessem se mexer. Pegs abriu caminho derrubando todos, olhamos para todos os lados. Estávamos mesmo nos arredores da Pennsylvania, corremos para um bosque que havia do lado do meio fio da estrada, correndo na diagonal, nos afastando deles, adentrando mais na floresta e indo em direção a cidade.

Pegs ficou para trás, se certificando de arrebentar o caminhão antes de vir atrás de nós. Caímos varias vezes, no terreno irregular, cheio de raízes, lixo e folhas mortas, foi quando percebi que o outono estava mesmo chegando,a s folhas estavam ficando amareladas e vermelhas, quebradiças toda vez que esmagávamos elas com as mãos e pés.

Paramos depois de uns quinze minutos correndo, meu pulmão parecia estar pegando fogo. Estavamos no que parecia uma clareira minúscula e úmida, me encostei em uma árvore, ofegando, minha garganta ardendo. Meu estado estava digno de uma fugitiva de um sequestro, estava suja de lama, folhas podres, meus braços estavam arranhados e igualmente sujos, meu cabelo desgrenhado e provavelmente arrepiados como um porco-espinho.

—Conseguimos. —sorriu Bárbara escorregando até o chão sujo— Nos conseguimos... —Ouvi ao longe o relinchar de Pegasus. E não era algo bom, disso eu tinha certeza.

—Eu acho que não.—Pegs correu em nossa direção, me encarando com as orbes negras cintilando em adrenalina. Eles eram mais fortes que estvamso pensando. Eeles estavam trabalhando realmente juntos, se ajudando para ressuscitar Cronos, e no caso, eu tinha certeza que Jessie estava trazendo a draecaenas e Equidna na nossa direção, nos achariam pelo faro.

Não adiantara nada. Ouvimos eles se aproximando bem irritados; as patas contra a terra, os urros de raiva.

Pensa, pensa em alguma coisa! E, felizmente —ou não— a ideia veio.

—Peg, você consegue achar Luke? —o cavalo pareceu confuso mas arrastou o casco no chão em um sim —Leve Bárbara até ele, e faça-os vir na nossa direção —Pegasus se empinou na s duas patas de repente furioso que eu se quer pensando na ideia dele me deixar sozinha agora. Seth deu alguns passos na minha direção, talvez com medo que Peg me acertasse no seu ataque de fúria, pronto para me tirara do meio do caminho do equino.

—Eu vou ficar bem! —ele bufou duvidando— Hey! Eu sei em cuidar tá bom! Mas não temos tempo para isso. Vamos Peg, eu preciso de você, mas não aqui. Eles vão matar a Louis se ela ficar aqui, você precisa levar ela até os gêmeos pelo menos, e faça-os virem na nossa direção. Vai poder acelerar eles, sei que vai

Empinou-se outra vez, as asas sendo chacoalhadas para os lados em agonia, os olhos confusos. Aproximei-me dele. Bárbara e Seth me mandaram voltar, com medo que um dos cascos acabasse me acertando, mas eu sabia que ele não ia me machucar; se eu não pudesse confiar em Pegs, não poderia confiar em ninguem.

Puxei uma de suas patas e peguei seu rosto grande nos braços assimq ue el caiu com so quatro acscos no chão, lhe beijei entre os olhos, Peg bufou baixo, choramingando.

—Preciso que faça isso, Pegs. Eu vou ficar bem, eu prometo. —Ele achou meu olhar, fizemos um juramento ali. No nosso silêncio. Voltariamos um para o outro.

Peg se afastou se aproximando de Bárbara, lhe pedindo para montar com os olhos. Sorri para eles, Peg me deu mais um olhada, mas assim que os monstros romperam na clareira, correu já batendo as asas longas, voando em direção a Luke.

A Quimera transformada saltou sobre mim ums egudnod epois, as presas enormes a centímetros do meu rosto, a boca aberta, em dando uma bela visão da sua garganta, a cabeça de serpente que quase me matara uma vez, sibilando nos ombros do corpo de leão enorme, os cascos traseiros batendo na terra úmida.

—Pensava que poderiam fugir de nos, era? —disse Jessie manhosa, também com seu corpo de leão vermelho pressionando Seth contra uma árvore, a calda cheia de espinhos gigantes balançando para os lados. Soltou um rugido.—Onde está a outra e o cavalo?

—Não importa agora, temos que iro mais rápido possível e teremos que arranjar outro veículo, o mais rápido possível, não temos tempo. —a Equidna parecia bem preocupada agora, o que era nojento, por que algum liquido estranho escorria por entre as escamas da sua perna. — Quimera, queria, leve ela até o caminham, Sess, pega o garoto, Jessie vá com Simon e arranje outro caminhão.

Eles me coloram nas costas da Quimera, coma calda com cabeça de Serpente vigilante e sibilante sobre mim. Olhei para o céu escuro, rezando a todos os Deuses, mesmo que a maioria deles me detestasse, para fazer Peg e a ruiva chegarem rápido a Luke e aos outros.

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.Narradora.

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—Pela Lança de Ares, Rany, não temos escolha! —Velkan resmungou ficando irritado. Luke que era o “líder” daquela missão havia concordado, tanto que Velkan e Valerie procuravam algum carro grande para arrombar, algo que desse para todos voltarem.

—Isso é errado, deve ter outro jeito, por que não pegamos um ônibus?

—Por que ninguém tem a droga do dinheiro para quatro passagens daqui para San Francisco. —Valle se virou para ela, os olhos amarelados cheios de tédio— Você tem, mini-cupido?

A filha de Eros cruzou os braços no peito estreito. Não queria roubar o carro de ninguém, não que tivesse medo, mas tinha princípios, tudo bem era um caso muito urgente, mas ela não queria de qualquer forma, mas que todos dissessem que não tinham escolha, — e realmente não tinham.

—Não.

—Então que se dane. Se não fosse pequeno... —disseram os gêmeos juntos se curvando sobre o vidro de um Mustang Shelby 1967— E não abra essa boca para falar das Irmãs Cinzentas, por que eu vou lhe dar um soco no queixo. —Terminou Velkan.

Havia vomitado na ultima vez que entrara naquele carro, se é que podia chamar aquele instrumento de tortura para seu trato digestivo dessa forma. Valerie bufou para o irmão e se levantou, olhando para a rua movimentada em New York atrás de algum carro que fosse útil. Já achara um Harley Davidson cromada preta simplesmente linda, mas não poderia roubá-la. Não naquela noite pelo menos.

Mantinha sua mente ocupada atrás de um carro que pudesse levar todos de ia e de volta, não queria pensar no que uma havia acontecido de baixo da porcaria da aquela arvore, não queria pensar em Connor. Okey, talvez isso fosse mentira. Talvez. Tinha que bater em alguma coisa o mais rápido possível.

Como ele ousou me beijar? E como teve a coragem de me mandar sobreviver, aquele desgraçado?

Trincou os dentes, indo em direção a uma caminhonete cabine dupla. Nãos e preocupou em saber se a estavam a seguindo, Velkan estava ao seu lado em questão de segundos, se esticando e pressionando o rosto contra o vidro meio violeta pela película, os olhos varrendo quase satisfeitos o que via.

—Acho que esse está bom Valle, novinha, o velocímetro tem um bom numero, tem espaço, o tanque tá cheio e... Acho que aquilo é uma carteira. É. É sim, sacho que tem uns trezentos dólares ali.

—Ótimo, então.

—Bom então falta arranjarmos um cartão de credito para abrir ele sem disparar o alarme. —Luke continuou a falar com Rany sem notar que Valle subia na caçamba da caminhonete com um salto elegante, tirou a jaqueta de couro sintético, ficando somente com uma blusa sem mangas da System of a Down, a mostra. Enrolou a jaqueta no punho esquerdo e deu um soco forte na janela que ficava na parte de trás.

O vidro quebrou, fazendo vários cacos caírem para dentro da cabine. Rany soltou um guincho

—Pra que um cartão de credito? Vocês estão com a gente. —Resmungou Velkan subindo na caçamba ao lado da irmã, olhando ao redor, para ter certeza que ninguém olhava demais. Valle, anda com o punho coberto, derrubou o resto do vidro, fazendo uma passagem quadrada e ligeiramente pequena se abrir para dentro do carro.

—É a sua vez Velkan. —Informou balançando o couro para os lados, tirando os cacos espetados no couro preto e vestindo logo em seguida. Velkan assentiu e piscou para a filha de Eros que tinha os olhos arregalados pela praticidade ilegal dos irmãos góticos.

O garoto colocou as pernas no buraco e depois, aos olhos de Luke e Rany escorregou para dentro como se não tivesse ossos, as mãos entrando no final. Lá dentro, passou para o banco do motorista, se abaixou e puxou vários fios que ficava a cima dos pedias, mesmo No escuro, reconheceu bem os fio, rompeu o do alarme, abriu a porta com uma mão, fazendo a luz entrar na cabine, sorriu para Luke.

—Entrem logo, já vou ligar isso aqui. —Luke e Rany entraram no banco de trás, Valerie, ficou ali ao lado do irmão, fora do carro. Velkan sentiu os outros dois se curvando para ver o que ele fazia, afinal, a prendeu a faze ruma ligação direta era algo quase imprescindível na vida de um meio-sangue.

Rompei mais dois fios e começou a descascar as pontas com os dentes e unhas, assim que o cobre estava bem exposto, afastou um pouco o rosto e raspou algumas vezes as pontas descasadas, saindo faíscas em algumas, até que, como um passe de mágica, o motor do carro ronronou.

Velkan passou para o banco do passageiro, deixando a irmã cinco minutos mais velha entrar no carro, batendo a porta com força. O garoto jogou os cabelos extremamente lisos para longe dos olhos, esticou a mão para carteira de quem quer que fosse.

—Babaca, quem deixa a carteira dentro do carro? —Resmungou vasculhando a carteira do sujeitei, tirando coisas menos importantes. Como a foto de um cara com a uma senhora que parecia cigana, carteira de identidade e uma carteira de um clube de aeromodelismo.

Abriu a janela de vidro elétrico e jogou pela janela.

—O mesmo babaca que teve o carro roubado. —Valle ajeitou o retrovisor, olhando para Luke pelo espelho.

—Para onde, Cicatriz? —Castellan franziu as sobrancelhas para o apelido, mas resolveu por deixar de lado, não importava garota, pelo menos por hora.

—Pegue a Highway Lincoln, eles vão estar nela, é o caminho mais rápido daqui até San Francisco.

—Espero que vocês não tenham medo de altura. —Disse a garota, esticando os dedos pálidos e longos para o radio. Queria qualquer coisa descente para ouvir. Queria rock, um rock de qualidade. Achou exatamente oq eu estava procurando. Sorriu.

I don't give a damn 'bout my reputation/You're living in the past it's a new generation/A girl can do what she wants to do and that's/What I'm gonna do/An' I don't give a damn ' bout my bad reputation. —Cantou Joan Jett pelo radio, fazendo Valle abrir um sorriso satisfeito.

—Medo de altura? —Perguntou Rany. A filha de Éris, engatou a ré, saindo do meio dos carros, e assim que estava na pista, a sola do seu All Star encardido pressionou sem a menor piedade o pedal do acelerador

—Por que eu não dirijo abaixo dos cem por hora.

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Ela vai quer me matar, ela quer me matar! Esse era o único pensamento na mente de Crowfford, agarrada ao banco com todas forças, enquanto a Stark dirigia como se estivesse competindo com Dominic Toretto em uma racha por uma Ferrari Enzo. O maior perigo tinha se passada há uns quinze minutos, quando saíram do Hollan Tunnel, já saindo em Jersey City.

Valerie parecia a única que conseguira, na historia, burlar o transito nova-iorquino, não sem fazer varias manobras perigosas, subir em calçadas, queimando semáforos, quase atropelando velinhas e coisas assim. Era um alivio que autoestrada estivesse quase que literalmente vazia, apesar de ela, em hipótese alguma deixar o ponteiro do velocímetro cair, pelo menos não estava jogando Rany contra a janela ou contra Luke, como já havia acontecido algumas vezes.

Não que ela estivesse reclamando, nunca. Era fofo ver o rosto dele ficando vermelho, ou como mesmo assim a cicatriz não mudava de cor, ou como ele sorria sem graça, esperando que ela se afastasse, já que em momento nenhum a colocar no lugar. A filha de Eros conseguiu relaxar depois que o ponteiro regular entra cento e vinte e cem pó hora, respirou fundo e encostou a cabeça no vidro da janela, pensando em dormir. Pensando.

Apesar de quê os acordes de Angus Young não eram bem um obstáculo para isso, mas nãos e sentia cansada, apenas ansiosa e preocupada. Estavam e um silêncio agradável. Velkan estava mexendo livremente no porta-luvas de quem quer que fosse, Luke traçava um caminho ligando as cidade que deviam dar um olhada antes de chegar a San Francisco com um mapa e um marca-texto verde também achado de baixo do banco do motorista.

Rany se espreguiçou, se ajeitando no banco atrás de Velkan, para dormir um pouco, estava fechando os olhos, quando algo forte batei contar o teto da cabine, fazendo todos darem um sobressalto, buscando armas nas cinturas.

Voltem.

Soou uma voz no fundo das suas mentes, profunda, solene e rouca, se entreolharem, talvez querendo confirmar que não eram loucos e que todos haviam ouvido isso.

Dê meia volta Valerie Stark, Sury está em perigo.

—Volta Valerie! —Guinchou a loira, por algum motivo que ela mesma não reconhecia. Valle, também apareceu notar, e se inclinou para frente acelerou mais ainda, mas deu uma virada brusca. O cavalo-de-pau os fez rodar na pista, indo para o lado contraio, voaram na direção oposta até verem um perfil de alguém montado em um cavalo no meio da pista.

Valle virou o volante, forçando o carro a parar na diagonal, atravessado na pista de mão dupla. Desceram do carro ao mesmo tempo, batendo a porta seguidamente. A gótica apertou os dois anéis de bronze que usava em cada anelar que se alongaram até cobrir as mãos da garota, quatro garras longas e afiadas de bronze se estenderam como luvas. Avançou com cuidado, com Velkan logo atrás.

Foi Luke que o reconheceu.

—Pegasus? —Imortal se aproximou, uma garota caiu no chão com habilidade. Os cabelos ruivos foram uma bela tapa de realidade no rosto de todos. Não era Sury, ela não voltaria tão facilmente. Bárbara olhou para todos, e sabia quem eram, mas ainda sim, um lado da sua mente se perguntava o que Quíron tinha na cabeça para mandar aquele grupo para uma missão tão importante.

—Bárbara Louis, a ruiva do chalé seis, o que está fazendo aqui? Com Pegasus? —Quis saber Velkan, com os olhos em chamas de irritação e decepção. Não gostava dos filhos de Athena, na verdade, havia pouquíssimos meios-sangues com quem simpatizasse, mas, quando Louis abriu a boca para responder, fez com que os gêmeos Stark quase reconsiderassem isso.

—Sury, eu sei como achá-la.

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Notas finais do capítulo

Estou postando direitinho agora né? ^3^ São os reviews que em inspiram(apelação péssima essa...), mas enfim espero que gostem e queria dizer, eu acho, que estamos entrando na reta final da Dear Pegasus.
Final que eu digo ainda falta alguns bons capítulos, mas estou me referindo ao enredo em geral, o clímax está chegando. Espero que estejam gostando da historia
Mereço reviews?
Puxões de Orelha ou ideias?
Beeijos

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PS: Assim que eu almoçar eu começo a responder aos reviews.
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☺²