Alice Jackson os Heróis do Olimpo escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 6
Capítulo 6 - Descobrindo Coisas...


Notas iniciais do capítulo

Mas um caça-bandeira. A Alice está cada vez mais próxima do Art, mas com a "sorte" que ela tem, as coisas estão começando a mudar...



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Os dias passaram. O dia do caça bandeira chegou. De manhã, nós teríamos aula de esgrima. Em certo momento, eu e Annabeth lutamos. Uma furiosa com a outra, quem diria que ursos e garotos causariam tanto estrago.

Estávamos lutando. E eu estava me saindo bem, mas a Annabeth era perfeita. Também, com anos de pratica, ela era incrível.

Lutamos e lutamos. Suor pingava da minha testa e o meu rabo de cavalo estava se desfazendo. Havia um corte no meu ombro que estava ardendo muito, outro na minha perna e outro na minha bochecha. Mas eu não iria desistir. Seria forte e lutaria até o fim. Annabeth também estava cansada, e era tudo o que eu podia fazer, cansá-la.

_ Cuidado, irmã. Eu posso te matar!_ alertou ela.

_ Pode deixar, Cabeça de Azeitona!_quem tinha inventado o apelido era a Yasmin. Ela me chamou assim uma vez, quando nos brigamos por ela ter me acordado. Atena era a criadora da oliveira, a oliveira dava azeitona, era simples.

Em certo ponto da luta, minhas pernas começaram a querer ceder, mas eu me mantinha firme. Minhas mãos tremeram ameaçando deixar a espada cair, minha cabeça parecia explodir. Meus olhou queriam se fechar e tudo começou a querer escurecer. Mas eu não iria desistir!

_Desiste?_perguntou minha irmã.

_Nunca!

Olhei para os outros que participavam da aula. Todos haviam parado de lutar e encaravam nossa luta. Aquilo nunca acabaria se uma das duas não desistisse. Eu não poderia vencer, mas não seria vencida! Yasmin me olhava assustada. Desviei de um golpe da Annabeth e lancei-lhe um olhar maligno. Olhei de novo para o público e consegui identificar uma cabeleira loira e bagunçada, era Art. Ele sorriu para mim. Essa foi minha última visão, antes de desmaiar.

***

Acordei no meu beliche. Ninguém no chalé. Sentia-me ótima. Sai da cama e estava saindo quando dei de cara com o Art.

_Oi, Art._ disse sorridente.

_Oi.

_Você quer vir comigo? Eu vou ao chalé do Percy.

_ Fazer o que?

_ Conseguir um dracma, quero muito falar com meu pai.

Seus olhos se arregalaram.

_ Você não pode!

Mas eu já estava correndo na direção do chalé do deus do mar. Art correu atrás de mim, tentando me alcançar, mas eu era mais rápida. Entrei no chalé sem bater na porta, Annabeth estava lá, mas eu não ligava, estava feliz demais.

_Percy quero falar com o meu pai, me dá um dracma?

Art chegou do meu lado, Percy olhou para ele.

_ Por que você a deixou vir aqui?_Percy perguntou para ele.

_ Sinto muito, Percy. Mas ela não me ouviu_ disse ele de cabeça baixa.

_ Anda, me dá logo o dracma!

_ Alice, eu sinto muito... Mas...

Abri a boca, não era possível.

_Diga que ele não..._ comecei.

_Ele sofreu um acidente de carro._ disse Annabeth.

Tentei não chorar, sem sucesso.

_ Calma, Alice. Ele não morreu!_ Era Percy, tentando impedir que eu chorasse._ Ele só teve um acidente e...

_ Ele estava internado. Corre risco de morte e não esta consciente._ falou Annabeth com frieza, ela me odiava de verdade.

Fugi chorando do chalé, não queria ouvir mais nada. Corri para o lago. Fugi para lá com a intenção de entrar no túnel subterrâneo, mas ele não estava mais lá, tinha sumido magicamente.

Estava triste e brava demais para me preocupar com isso. Chutei algumas folhas caídas na grama com ódio. Depois me sentei com os pés no lago, quase me esqueci de dizer que estava descalça.

E chorei.

Chorei como um bebê recém-nascido. Chorei como nunca tinha chorado. Aquilo era demais para mim. Primeiro a Sra. Gorga; depois a quimera; os poderes de Peter; o filho do Sol; as pernas de Grover e de Rick; a luta com Clarisse no banheiro; o dragão; o filho do Sol; o caça-bandeira; a luta com Emily e Kristen; a corrida de bigas; o Art; a descoberta que era filha de Atena; o presente de Peter; o arbusto venenoso; Art; minha irmã idiota, Brenda; Art; o túnel secreto; o urso da Annabeth; e finalmente hoje, o dia em que descobri isso.

Sentia-me péssima. Tinha vontade de matar alguém. Queria ficar sozinha, mas daria tudo para que alguém aparecesse...

Duas meninas apareceram, uma tinha o cabelo castanho claro, com mechas loiras escuras e olhos castanho-dourados. A outra tinha sardas, cabelo preto e curto e olhos azuis. Quando me viram, vieram falar comigo.

_ Por que você está chorando?_ perguntou a com mechas loiras.

_ Por nada.

_ Eu sou Diana Brito._ disse a de cabelos pretos._ filha de Zeus, e essa é Sunny Smith, filha de Apolo._ percebi que era a irmã de Art que estava correndo com ele na corrida de bigas.

_ Sou Alice Jackson, filha de Atena.

_ Então foi você quem jogou a biga em cima da minha e que anda fazendo meu irmão mais velho ficar voando?_ Sunny perguntou sorrindo.

_ Acho que sim.

_Mas por que você está chorando? Se for por causa dele, eu vou matá-lo._ disse Diana, criando um raio nas mãos.

_ Não, é por isso não. Não é nada._ eu não conseguia parar de chorar.

Elas se sentaram ao meu lado, com as pernas cruzadas. Encostei a cabeça no ombro de Sunny, ela com certeza era mais velha que Diana, mas eu era mais velha que as duas.

_ É porque acabei de descobrir que meu pai sofreu um acidente e pode não sobreviver_ desabafei.

_ Coitadinha_ murmurou Diana, chegando mais perto de mim.

Do mesmo jeito que as meninas, Art aparece do nada.

_ Olá, meninas.

_ Oi_ disseram em uníssono Diana e Sunny.

_ Sunny, vá para o nosso chalé e leve a Diana com você._ ele disse.

_ Mas por que...?

_Por causa da coisa.

_Que coisa?_a loira perguntou desconfiada

_A coisa, Sunny. Aquela coisa!

_Não tem coisa algu…

_ Vá logo, sou mais velho e o conselheiro-chefe!_gritou Art.

Ela lhe mostrou a língua e se levantou, junto com Diana, e foram embora. Eu ri.

_Desculpe-me _ ele disse.

_ Por o que?

_ Por não ter dito a verdade..._ ele abaixou a cabeça.

Ri, ele era um idiota.

_ Eu só não queria que você sofresse._ ele levantou a cabeça e eu abaixei a minha.

Então ele fez algo que eu não esperava, ele roçou os lábios na minha bochecha.

Corei.

_ Presente de aniversário com atraso de uma semana, mas ainda é um presente.

Ri.

_ Aceito o presente.

_ Hoje é o caça-bandeiras, nós dois podemos atacar juntos. O que você acha?

_ Adorei a ideia.

Levantei-me e nós dois seguimos para o refeitório, para o jantar. Seguimos até lá sem nos tocar, sem falar nada. Lá, nos sentamos em mesas diferentes.

Não prestei atenção na conversa dos meus irmãos e irmã. Não queria encarar a Annabeth, então não tirei o rosto do prato, até o momento em que me levantei e joguei um pedaço de carne no fogo, e pedi a Atena para que ela protegesse meu pai.

E foi só naquele momento que percebi que tinha uma menininha do lado da fogueira, depois de jantar, foi conversar com ela, enquanto todos ainda terminavam de comer.

_ Oi._a cumprimentei.

Ela sorriu e disse “oi”.

_ Qual seu nome?_ perguntei.

_ Eu sou Héstia_ ela respondeu.

_ A deusa dos lares?_ perguntei, ela assentiu._ Eu sou Alice, filha de Atena, senhora.

Ela tinha cabelos castanhos e usava um vestido marrom simples. Na cabeça tinha um lenço, o a fazia parecer uma criança da época dos pioneiros. Ela não parecia ter mais de 8 anos.

_ Mas, senhora, os deuses não tem aparência um pouco mais velha?_ Ela riu.

_ Os deuses tem a aparência que quiserem._ ela disse.

Nesse momento os pratos sumiram das mesas e Quíron começou o mesmo discurso de sempre; as bandeiras apareceram, na bandeira de Apolo tinha um grande sol e uma nota música enfeitava o sol; Art, Sunny e outro menino, carregavam a bandeira; a outra bandeira era a de Hefesto, três garotos grandes e feios a carregavam.

_ Até mais, senhora. O caça-bandeira já vai começar.

Levantei-me e segui para a minha mesa. Equipei-me e marchei para a floresta, ao lado de Art.

_Vamos deixar a bandeira em segurança e vamos atacar._ Ele disse, e me fez prometer que não sairia do lado dele, não entendia a razão.

Depois de deixar a bandeira aos cuidados da Cristal e de Sunny, já que a Yasmin estava no outro grupo, eu e Art fomos procurar a bandeira, quando estávamos quase passando pelo riacho, ouvimos o rugir de um monstro, Art saiu correndo e pulou o riacho, eu ao seu lado.  O alertei para que tomar cuidado, poderia ser uma armadilha.

_ Acho que não é._ Ele disse._ Escute, se algo acontecer comigo, quero que fuja.

_ Não mesmo, você me fez jurar que sairia de perto de você.

_ É sério. E se eu sumir, não me procure, é perigoso de mais. Quero que fique no acampamento, segura, e que não permita que nenhum outro saia em uma missão. Entendeu? É ariscado demais.

_ Mas o que está acontecendo?

_ Eu acho que sei, acho que uma nova guerra está para surgir._ ele disse._ Acho que eles virão atrás de mim, tive um sonho com isso. Prometa-me uma coisa, você não vai morrer por mim._ E ele não esperou minha resposta, um cão gigante nos atacou.

_Um cão infernal, eu estava certo_ Art disse.

Ele atacou o cão com a espada, este se transformou em pó.

_ O que isso quer dizer?_Perguntei.

_ Quer dizer que temos um traidor entre nós.


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Notas finais do capítulo

Um traidor? Quem poderia fazer isso? Quem no acampamento poderia ser tão falso a ponto de trair todos?