A Comensal da Morte escrita por Shadow


Capítulo 2
A curiosidade matou o gato.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157431/chapter/2



P.O.V Audrey

Recomecei a andar perdida em pensamentos. Mais precisamente na proposta do Lord das Trevas e no garoto de cabelos loiros. Se aceitasse ser uma comensal da morte, teria de arcar com as conseqüências para sempre.

O lado bom é que eu poderia ficar perto do garoto que me observara com um brilho nos olhos diferente de tantos outros que ela já tinha conhecido.

O lado ruim era que teria de matar algumas pessoas, não que isso fosse um problema, eu já tinha matado algumas vezes antes, ainda mais quando estava irritada, era bom para relaxar. Dava a sensação de controle e poder. Mas o arrependimento que vinha depois era exaustivo.

Entrei em um beco e tive o desprazer de perceber que era o mesmo beco em que Bellatrix aparatara comigo. Aparatei e apareci em Hogsmead, fui ao três vassouras.

-O que deseja? – perguntou madame Rosmerta.

-Uma cerveja amanteigada.

Eu estava na boa ate aquela idiota da Antonieta aparecer. Assim que me viu ela correu em minha direção.

-O que Bellatrix Lestrange queria com você? – disse ofegando e praticamente gritando.

-Cala a boca sua anormal, quer que todos ouçam? – puxei-a para se sentar na cadeira ao lado da minha enquanto um homem entrava e nos olhava.

-Oh desculpe – disse antes de olhar para os lados e finalmente ceder aos meus puxões e sentar. Percebi que o homem era um auror e ele nos olhava com um interesse particular, sua testa estava vincada.

Merda esta idiota tinha que estragar minha maldita vida. Fui ate o balcão de Rosmerta e paguei minha cerveja amanteigada.

-Antonieta quando eu disser nós saímos entendeu?

-Mas porque eu ainda não pedi o que queria.

-Foda-se, você ferrou comigo no exato momento em que sua bocona se abriu.

-Mas...

-Nem mas nem meio mas, ta vendo aquele cara ali – apontei para o auror que agora conversava com madame Rosmerta.

-O que tem ele?

-É um auror sua debiloide, e você acabou de me mandar para o lado de Voldemort.

-O que...que? – perguntou abrindo a boca como um peixe fora d’água.

-Você disse que Bellatrix estava atrás de mim, o único motivo plausível para que eu ainda esteja viva é de que sou uma comensal da morte.

-E você é?

-Não né sua anta. – mostrei os dois braços apenas para que ela se sentisse mais segura comigo, o que funcionou seus ombros relaxaram. Mas infelizmente meu gesto só deixou o auror mais nervoso. – Vamos embora antes que o auror tente nos matar.

-Mas por que se você não tem a marca negra?

-Por que você sua tapada o fez pensar que eu era o que ainda não sou.

-Mas ele não nos mataria apenas por suposições.

-Caramba você é uma idiota mesmo não é? São tempos difíceis as pessoas não sabem em quem confiar, o ministério deu ordem para os aurores usarem as maldições imperdoáveis e não capturarem mais os comensais, a luta entre comensais e aurores agora e para matar.

-Então...

-Então temos de ir a algum lugar bom para aparatar antes que ele saia do bar.

-Eu ainda não tenho idade para isso.

-Mas eu tenho.

-Paradas. – gritou uma voz atrás de nós. – Virem-se devagar.

Viramo-nos e o auror tinha companhia de dois outros homens do bar. Todos com as varinhas apontadas para nos duas. Agarrei o braço de Antonieta e tentei aparatar um dos homens riu.

-Colocamos feitiços ante aparatação.

-Por favor - começou Antonieta.

-Calada.

-Mas eu não entendo o que vocês querem de nos. – varias pessoas espremiam a cara nas janelas do bar de Rosmerta para ver a briga.

-Ouvimos você falando sobre essa ai conversar com Bellatrix Lestrange.

-Essa ai – interrompi – tem nome viu.

-Não importa, vocês vem conosco.

-Mas não fizemos nada. – gritou Antonieta total e completamente desesperada.

-Já disse para calar a boca. Crucio. – Antonieta caiu no chão gritando de dor.

Senti raiva daqueles caras, se eu irritada já era má imagina com raiva. Saquei minha varinha tão rápido que nenhum deles viu.

-Expeliarmus! – a varinha do homem que torturava minha amiga biruta saiu voando. Antonieta se levantou suada, ela estava chorando.

-Parem, por favor. Não somos comensais da morte. – Antonieta tentou puxar as vestes para mostrar o braço, mas um deles achou que ela iria puxar a varinha também.

-Avada Kedavra. - gritou ele e um raio de luz verde saiu de sua varinha atingindo em cheio o peito de minha amiga que caiu estatelada no chão como se fosse uma saca de bosta.

-Não! – gritei inutilmente. –Seus desgraçados.

Duelei com os três sem me importar se eles eram ou não aurores se tinham ou não família.

No momento eu nem me importava se eles fossem crianças eu simplesmente enlouqueci e matei dois deles, deixei o que matou Antonieta por ultimo ele iria sofrer antes de morrer.

-Expeliarmus. – sua varia voou de sua mão e agora ele me olhava assustado. – Tá com medinho por não ter nenhum amigo seu para te defender agora não é seu fudido. – me aproximei dele com a varinha em punho, então com um movimento rápido mostrei meus dois braços para ele.

-Viu sem marcas. – falei novamente apontando a varinha para seu rosto petrificado. – Um auror deveria verificar se suas vitimas são ou não comensais da morte.

-Me..me..me desculpe – gaguejou ele, as pessoas do bar de madame Rosmerta saíram ao ver que meus braços estavam livres de marca negra.

-Se você olhar para o corpo da minha amiga seu escroto você vai ver que ela também não tinha. – disse chorando – e ela tentou mostrar para você, mas você a matou.

-Eu não sabia.

-Por isso mesmo – gritei. – Crucio! – ele se dobrou de dor ele gritava mais do que Antonieta. Maricas, pensei. Parei de torturá-lo e respirei fundo, todos o olhavam com...pena?

-Vocês sentem pena dele? – gritei para a multidão que me olhava assustada. – E quanto a ela – perguntei apontando para minha amiga. – ela era inocente e este filho da puta a matou.

-Calma ele não sabia. – Rosmerta tentou se aproximar, mas minha ultima gota de controle se dissipou.

– POR ISSO MESMO! Ele não sabia, não tinha o direito de matá-la. – todos recuaram.

-Abaixe a varinha. – Rosmerta disse calmamente. Baixei a minha varinha, comecei a chorar novamente, minha visão borrada me deixou vulnerável.

-Crucio. – disse o auror ao alcançar sua varinha. Cai no chão ao lado de Rosmerta.

-Protego. – gritou ela. A dor passou mais não a raiva.

-AAHHHHHHHHHH- gritei de ódio. – Avada Kedavra! – de algum modo meu feitiço passou pelo escudo de Rosmerta e acertou o auror no rosto. E ele caiu morto.

-Fuja- Rosmerta sussurrou em meu ouvido, então ela se virou e gritou apontando a varinha para as pessoas que observavam a cena – Obleviate!

Corri para longe, corri ate sentir minhas pernas fraquejarem. Então aparatei.

Mas não antes de ver que mais aurores estavam chagando pela rua do cabeça de javali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!