Contos Eloranos escrita por Princess_Nina


Capítulo 2
Um passado remoto: o panteão divino




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No início, tudo era apenas um vazio. Nada existia, apenas a escuridão assolava o que seria no futuro o mundo. Yshtar, futuramente conhecido como o criador de toda a vida, repousava e meditava. Por mutias vezes se sentia solitário e nessas horas as ideias pulsavam em sua mente. Maneiras de ele acabar com toda a solidão e escuridão que ali se encontrava.

Yshtar, com o seu poder, criou o que hoje chamamos de vida: montanhas, mares, florestas, planícies e animais, espalhados por um continente e uma ilha. Ele também criou seus filhos e deu a eles os seguintes nomes: Aurora, Elor, Garthog, Luna e Zao. Futuramente seriam chamados de deuses pelos povos habitantes do mundo, sendo Aurora, Garthog e Elor os mais influentes.

Cada filho de Yshtar recebeu poderes comparáveis ao do deus criador para que pudessem ajudá-lo na construção do mundo. E com o aval do pai, eles partiram para cada canto disseminando a vida.

Os primeiros a gerarem vida foram Aurora e Elor, baseados no amor que sentiam um pelo outro. Eles criaram os humanos, os elfos, os anões, os halflings e os gnomos. A deusa ainda criou as criaturas mágicas que vivem nas florestas, montanhas e nas águas. Já o deus encarregou-se de ensinar a suas criações o modo de construção de aldeias, vilas e cidades.

Garthog, também conhecido como “O bruto” devido a força que possuía, deu a vida seres que amavam a força bruta tanto quanto o seu criador. Ele trouxe a vida os gigantes e assim como as criações de seus irmãos, eles também se espalharam pelo mundo.

Luna e Zao também saíram para contribuir com a construção do mundo, mas não há relatos do que ocorreram a eles. O paradeiro desses irmãos é desconhecido por todos.

Alguns conflitos entre anões e gigantes ocorriam. As criações de Aurora e Elor por muitas vezes levaram vantagem sobre as de Garthog, por saberem usar a natureza e seu contingente pessoal a seu favor. E com o tempo os gigantes sucumbiram à derrota.

Garthog ficou furioso com a derrota de seus favoritos e vingativo criou outras criaturas com um potencial reprodutivo muito maior do que as do seus irmãos. Então veio à vida a primeira horda e era composta por orcs, ogros, goblinóides e kobolders. O deus os soltou no mundo para confrontar as outras criaturas existentes.

Uma batalha começou e a horda sem piedade atacou primeiramente os anões e gnomos. Eles lutaram até o seu próprio limite e para não serem dizimados, se esconderam para aguardar a saída dos inimigos de seus territórios.

O alvo seguinte das criaturas de Garthog foram os humanos. Eles mataram, saquearam e pilharam tudo o que encontraram nas cidades humanas. Os sobreviventes imploravam ao deus Elor, que fora escolhido patrono dessa raça, para que intervisse e dizimasse aquele mal.

Elor atendeu o apelo de seus favoritos que moravam na cidade de Lund, a maior daquela época. Ensinou aos humanos táticas de batalhas, construção de fortes e forja de armas. Os humanos, mais confiantes e treinados, foram para o campo de batalha de cabeça erguida.

O desfecho de tal embate foi mortal para ambas as partes. Muitos humanos e também muitas criaturas da horda tombaram, mas os sobreviventes continuavam a lutar de maneira feroz e mortífera.

Elor e Garthog na ambição de querer a vitória de seus favoritos, resolvem eles mesmos travarem um embate. O poder despendido de tal encontro fora tão grande que os sobreviventes desistiram de suas batalhas e fugiram apavorados da área de conflito. Uma onda de choque foi liberada e varreu o campo de batalha.

Como deuses, o combate estava equilibrado e só terminou quando Elor, num descuido de seu irmão ao baixar a guarda inconscientemente, acertou o rosto e o deixou cego de um olho. Garthog furioso e desnorteado, partiu com tudo para cima do outro e este sem piedade o matou a sangue frio, esquecendo-se do laço de parentesco, cortando-lhe a cabeça e usando como troféu em seu salão da vitória.

Aurora ao saber o que aconteceu, ficou horrorizada com a atitude de seu irmão e amante. Ela tomou a seguinte decisão: se retirou com seus favoritos, os elfos, para as florestas e lá permaneceu não só como patrona deles, mas também dos amantes da natureza e das criaturas mágicas que lá habitavam.

Agradecidos por seu deus ter trazido a vitória, os habitantes de Lund rebatizaram a cidade como Eloria em homenagem a Elor. A partir de então eles seguiram fielmente os ensinamentos do deus, tornando-se numerosos demais para a cidade. Com os conhecimentos e o contingente que possuíam, os humanos se espalharam rapidamente por outras partes do continente e algumas partes da ilha que não eram habitadas pelos elfos e seguidores de Aurora. Construíram outras cidades e reinos inspirados em Eloria, por causa da majestade que esta cidade possuía.

Os séculos se passaram e os costumes de cada reino, assim como o seu esplendor e desenvolvimento, passaram a ser motivos de guerras internas. Inspirados pela benção de Elor, os habitantes de Eloria, também conhecidos como elorianos, enviaram seus exércitos para os outros reinos a fim de impor sua vontade. Por mais que os outros tentassem lutar contra, o exército eloriano possuía as melhores táticas e pouco a pouco fez com que cada reino sucumbisse, escravizando-os ou matando caso houvesse resistência. Surgia então o que ficaria conhecido como Império Elorano, tendo Eloria como capital.

Elor, tomando consciência do que seus favoritos estavam fazendo, olhou para a cabeça de Garthog e ficou horrorizado. Finalmente percebeu o seu erro e envergonhado se retirou.

E o império, construído em seu nome, continuou a conquistar cada vez mais...


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Notas finais do capítulo

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