A Deusa Perdida escrita por mari mara


Capítulo 9
Sonhos, lágrimas e confissões


Notas iniciais do capítulo

Heey gente! :3
POR FAVOR ME DESCULPEM A DEMORA!!!!!
Mas e que minha criatividade foi embora, tava em epoca de prova, AS REVIEWS DIMINUÍRAM, tava atolada de dever...
Pois é, vida dura...
Mas enfim, agora acho que so vou poder postar semanalmente D:
E teoricamente era pra esse serem dois capitulos, mas eu demorei tantos éons que eu resolvi juntar xD
Whatever
Entao... não me matem!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157251/chapter/9

POV Nico

No meu sonho, eu estava em Los Angeles. Reconheci o letreiro de Hollywood ao fundo, e à frente um colégio grande e antigo; na fachada haviam muitos alunos por isso imaginei que fosse término da aula. Resolvi entrar e saí andando pelos corredores para tentar descobrir porque estava sonhando com aquilo, e foi quando reconheci um ser humano de cabelo bicolor perto dos escaninhos.

Hannah estava andando rápido (Ou correndo devagar, depende do ponto de vista) pelos corredores e resmundando algo sobre garotos idiotas, ao mesmo tempo que colocava (Leia-se: Tacava) trilhões de livros dentro da mochila (N/A: Menina multi-tarefa). Tirando a expressão demoníaca, ela estava totalmente diferente: Arrumada (Se é que coturnos, jeans preto e blusa dos Ramones podem ser considerados arrumados), não-anorexa e com o roxo do cabelo não desbotado. Me perguntei se isso seria uma visão do futuro, afinal antes ela morava na rua, certo? Acabei indo atrás dela, ninguém podia me ver mesmo.

Ela parou em frente uma sala meio isolada do mundo e olhou pela janela. Sim, tinha uma janela para dentro da escola, vai entender. Mas enfim, dentro havia cerca de dez alunos com cara de delinquentes juvenis e uma professora na frente lendo uma revista. Só podia ser detenção. Hannah corria os olhos apreensiva por toda a sala, procurando alguém, quando seu olhar parou em um garoto sentado no fundo. Sabe aquele tipo de cara que costumam chamar de bad boy? Então, podemos dizer que o ser era um desses. Cabelo loiro espetado, jaqueta de couro, correntes prata no pescoço e cara de que-se-foda-o-mundo. Hannah começou a acenar para o Fulano de um jeito bem discreto, mas já que depois de cinco minutos ele não percebeu, ela resolveu apelar: arrancou uma folha do caderno, amassou e jogou em sua cara.

- Mas que mer- Ele parou depois que a viu pela janela, acenou com a cabeça e gritou – E aí, Punk?
Hannah se abaixou enquanto a professora olhava os alunos, e depois de se certificar que era seguro levantou do esconderijo.

Seu idiota! - Ela esboçou com os lábios

– Não grita, ela vai matar a gente!

Fulano (Vou chamá-lo assim, pra facilitar) faz cara de 'wtf?', fez um sinal para ela esperar e depois pegou um celular do bolso. Meio segundo depois começou a tocar American Idiot, e me aproximei do celular para conseguir ouvir a conversa.

Quié? - Pude ouvir ele sussurar.

- Eu disse pra você não falar alto, seu idiota!

- Ah! Também te amo, Punk.

- Não me chame de Punk! - Ela falou brava, mas tinha sorrido quando ouviu o apelido.

- Foda-se. Mas enfim, o que a senhorita faz por essas bandas? Explodiu a sala de química de novo?

- FOI UM ACIDENTE!- Ela gritou e se escondeu de novo – Ah, merda! Ela tá olhando?

- Olhando? Nem percebeu.

Ah. Digo, não foi por querer. Como eu ia saber que clorato de potássio e fósforo vermelho explodem quando misturadas? - Ela explodiu um colégio. Por que eu não estou surpreso com isso? - Mas tá, não, eu ainda não matei ninguém hoje, a não ser a aula – Fulano começou a rir.

- Wow, você aprende rápido, Punk – Ele disse, e ela ficou vermelha – Também, com um professor ótimo como eu.

- Tá, né. Tanto faz. Mas é que o senhor pegou o meu dinheiro de ir embora emprestado, lembra? Agora eu não posso pegar o metrô até você estar liberado.

- Iiih, pode arranjar um violão pra pedir esmola ai minha filha, porque ainda falta quase uma hora e meia pra terminar.

- WHAT? Tá me zoando, né?

- Não mesmo.

Ela bufou.

- Affs. Então, tá. Eu vou esperar aqui só uma hora. Mais nada.

- Na verdade, é uma e meia.

- TANTO FAZ – Ela desligou e sentou debaixo da janela – Merda, uma hora e meia no tédio. Valeu, Muke.

Ah, então esse era o nome do Fulano.... Muke. Estranho.

- Lalalala, sleep all day – Ela começou a cantarolar, mas parou com cara de 'wtf?' – Por que raios eu tô cantando Sean Kingston? Ah, foda-se, o Muke não tá aqui mesmo – Ela continuou. 

Nota mental: Lembrar deste acontecimento e zoar ela pelo resto de sua vida.

(Party All Night – Sean Kingston)


Nós gostamos de dormir o dia todo e festa a noite toda!

É assim que gostamos de levar a vida!

Eu tenho a sensação de que tudo vai dar certo

Então vamos lá, vamos lá!

Nós gostamos de dormir o dia todo e fazer festa a noite toda!

É assim que gostamos de levar a vida!

Eu tenho a sensação de que tudo vai dar certo

Então vamos lá, vamos lá!

Vamos fazer festa essa noite!

Então do nada, enquando ela estava lá em seus devaneios, Muke saiu da sala e agachou do seu lado.

 - Que isso, minha filha, Sean Kingston? Tá baixando o nível...

- Muke?! O que você tá fazendo aqui fora? Só passaram uns... Ahn... TRÊS SEGUNDOS!

- Sei lá o que aconteceu, só sei que do nada todo mundo caiu, fraga? Como se eles tivessem tomado 'Boa noite, Cinderella'. Ai enquanto todo mundo dormiu, eu aproveitei tá dar o fora.

- Hm... Interessante. Mas você não acha suspeito o fato de todo mundo ter dormido, menos você?

- Não...

Engraçado, depois dela ter cantado uma música com a palavra 'dormir' o povo todo caiu no sono... Eu nunca vou entender esses poderes ninjásticos dos deuses. 

- Hey, então, como foi seu dia, Punk? - Ele perguntou enquanto eles iam andando.

- Ah, normal... Aquela coisa da Lindsay me irritou na aula de novo. Eu juro que, se ela ousar chegar perto de mim de novo, eu dou um Pra Matar na hora.

- NÃÃÃÃO!! Você não pode matar a Lindsay! Ela é gata demais pra morrer.

- Ah, esqueci que ela é sua próxima vítima – Ela falou de cara fechada.

- É a próxima? Você quis dizer 'era a próxima', né? No passado? Por que ontem...

- Ah, seu pegador de uma figa!

- AAAH! PAARA! Livros são feitos para ficarem na mochila, não para serem jogados nos outros!

- Ah, cala boca! Aposto que você já pegou esse colégio inteiro.

- Inteiro? Não, não. Corrigindo: Já peguei quase todas as meninas desse colégio. É bem diferente, sabia? E pra serem todas só falta certa estressada cujo nome eu não vou citar.

- Affs. Eu sou a única menina sã desse lugar.

- Desde quando alguem são taca livros nos outros?

- Desde sempre! Obrigada por me lembrar do meu hobbie – Hannah pegou o livro (Que devia ter a grossura de Guerra e Paz) e saiu correndo atrás de Muke. Depois de uns cinco minutos de perseguição ela o alcançou, rindo, mas ele estava sério.

- Hey, o que foi? Você está estranho esses dias.

Ele estalou os dedos, desconfortável

- Ahn, claro que não. Tá tudo de boa

- Muke – Hannah parou na frente dele – Eu te conheço, sei que tá escondendo alguma coisa de mim.

- Não, é só que...

- Não enrola.

- Espera! Meio que... Ah, deixa pra lá.

- MUKE! EU VOU FAZER VOCÊ FALAR NEM QUE SEJA À FORÇA!

- Fuuu!

- VOLTA AQUI SEU BULUSTRUCO!

- Ela saiu correndo atrás dele (Sim, ele tinha fugido da batalha outra vez... Tsc, tsc, tsc, lamentável), mas ele conseguiu ir para o refúgio do banheiro masculino antes que ela conseguisse o alcançar

– MUITO MADURO DE SUA PARTE! Muke? Muke?? MUKEEE!!! Ah, então tá! Eu vou ficar aqui até você sair! Entendeu? E quando esse momento chegar, aaah, você vai estar FERRADO!!! E quebrado também! - Hannah ficou la na porta no que me pareceram horas, até que um homem grisalho, de meia idade, chegou perto dela e disse:

- Com licença, Hannah, mas você tem que ir, porque, anh, vai começar o próximo turno.

- O que? Nããão! O meu amigo, se é que podemos o chamar assim, ainda tá la dentro. Aliás... - Ela parou pra pensar – se você pudesse ir lá o arrastar até aqui, CAHAM digo, o chamar pra mim, eu ficaria muito agradecida.

- Mas é claro – Enquando o zelador ia no banheiro ela fez uma dancinha dá vitória e deixou o livro na posição de arremessagem, mas depois ele voltou sozinho.

- Sinto muito, mas não tem ninguém lá dentro.

- O QUEEEEE? - Olhou pela porta, indignada – Mas... Ele tinha entrado! Eu vi!

- Ora, se você quiser ir lá procurar...

- Não, to legal aqui fora.

- Então, não tem nada que possamos fazer. Peço que você espere ele lá fora, se é que ele ainda está dentro do colégio.

- Hunf. Tá, né. Ah, quando eu achar esse menino ele vai sofrer... - E antes que eu pudesse ver o que iria acontecer, fui acordado de uma forma dolorosa e nada carinhosa.

POV Hannah

Ai meu Deus, que garoto que dorme! Tive que jogar água nele pro Nico sair do estado vegetativo. Pra falar a verdade, tive que bater também.

Mas isso não vem ao caso.

 - AAH QUE ISSO? Me larga!

- A culpa e minha se você dorme que nem pedra? Devia estar tendo um sonho bem interessante, né?

Ele enrubesceu.

- Ahn, pra falar a verdade, nem tanto.

- Hum... Vou fingir que acredito. É porque eu estava conversando com Annabeth, e ela me disse que os semideuses sonham com, bem, acontecimentos.

- Pois é, né. É porque meu sonho foi meio estranho. Porque ele foi com... ahn... você.

***

Merda! Merda! MERDA! Tanto esforço para guardar o passado em segredo, e POOF! Um sonho acaba com todo o seu trabalho em meia hora! INJUSTO! Quando Nico disse que tinha tido a visão comigo no colégio, eu tive que me esforçar para não me descontrolar e dar umas bofetadas nele. Porque não foi sua culpa, certo? Por mais que eu estivesse brava, eu consegui me controlar. Fisicamente falando, é claro.

 - VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE SONHAR COMIGO!

- Direito? DIREITO? ATÉ PARECE QUE FOI POR QUE EU QUIS!

- MAS MESMO ASSIM! A LEMBRANÇA E MINHA, EU DEVIA PODER ESCOLHER QUEM VÊ OU NÃO!

- AFF, SÓ POR QUE É DEUSA JÁ TÁ SE ACHANDO?

- EU NÃO ESTOU ME ACHANDO! ESTOU FALANDO O ÓBVIO!

- CALA A BOCA!! - Não, esse 'cala a boca' não foi do Nico. Nem meu, como era de se esperar. Foi da Rachel

– Que parte de 'tentem não se matar' vocês não entenderam?

- Mas é que ele sonhou com a MINHA vida! Eu devia poder controlar!

- Espere – Rachel olhou para Nico – Você teve uma visão dela? De antes de ser encontrada?

- Aham

- ANNABEEETH! VEM AQUI LOOOGO!

- O quê? - Annie apareceu na porta.

- Nico sonhou com o passado da Hannah!

- Sério? - Ela veio correndo, interessada – Conta tudo. Logo.

- Owowowow, que que é isso? Virou casa da mãe Joana? Nada disso, ninguém mais vai ficar sabendo. Esperem até sonharem comigo também.

Os três olharam para mim por cinco segundos, depois continuaram conversando normalmente.

- Mas então, era lá em Los Angeles aí...

- EI!

- Hannah! Deixa ele falar!

- Mas...

- HANNAH!

- Aaah, tá bom! Mas só dessa vez.

- Então tá, né, ela tava conversando com um garoto que tava na detenção... - Wait. Não. Esse dia não. Não com o Muke.

- Pois é, esse dia é o único que você não tem minha permissão pra falar. Se fosse qualquer outro eu deixaria, menos esse. E o do que eu explodi o laboratório também não, foi muito vergonhoso. Então tá, qualquer dia menos esse e o da explosão.

- Han... – Nico disse. Eu ia contestar, mas cometi o erro de olhar em seus olhos. Eles eram de um castanho profundo, que quando eu vi eu ... Peraí, o que que eu tava falando mesmo? Ah, é. FOCO, HANNAH! FOCO!

- Mas... - Eu até fiz cara de cachorrinho que caiu da mudança. Que não funcionou – Ah, tá bom, eu tinha um amigo que chamava Muke, ai ele tava estranho e sumiu. Feliz?

- Calma, explica isso direito. Ele sumiu do nada? - Annabeth perguntou.

- É, do nada mesmo, assim: PLIM! - Eu fiz o gesto de 'oooh!' com as mãos - Mas eu não quero mais falar sobre isso – Eu disse e me enfiei debaixo da coberta. Continuei ouvindo eles conversarem. Rachel foi a primeira a se pronunciar.

- Tá, conta a história toda de novo, Nico. Por que eu não entendi nada que ela falou – E ele contou mesmo, tin tin por tin tin. E foi aí que eu percebi que fazia tempos que não pensava mesmo naquele dia.

***

Depois que saí do colégio, percebi que o infeliz tinha ido embora com o meu dinheiro. Tanta espera por nada! Pra piorar, encontrei a bitch da Lindsay se gabando para as amigas, dizendo que tinha ficado com 'o garoto mais lindo do colégio'.Bla bla bla bla. O que essa garota tem na cabeça? Por que cérebro não é, depois de dois anos convivendo com aquele ser posso afirmar isso. Mas deixando a Lindsay pra trás, eu esperei. Esperei mesmo, quase um mês, e o Muke não voltou. E pra fechar com chave de ouro, eu cumpri a minha promessa de dar um Pra Matar em certa bitch e fui explusa do colégio. Com raiva de tudo e de todos, eu fugi do Orfanato dos Infernos também.

***

Eu não sei se foi o estresse, a emoção pela descoberta de quem eu era ou sei lá o que, só sei que começei a chorar lá no quarto. Porcaria, três choros em dois dias?! Annie ficou toda preocupada, perguntou o que eu tinha, e quando percebi já tinha contado pra eles toda essa história (N/Hannah: Essa aí que eu acabei de narrar pra vocês, sacaram?).

Rachel adorou o Pra Matar, Annie quase chorou também e Nico só olhou pra mim com uma expressão indecifrável. Graças a Deus, antes que eles pudessem fazer mais perguntas, Percy nos gritou que tinhamos chegado em Nova York.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

And what did you think? *---*
Eu espero reviwes, tá? Por favor, nao me façam desistir D: