A Deusa Perdida escrita por mari mara


Capítulo 25
Deuses, alguém jogue essa mina numa caçamba


Notas iniciais do capítulo

ANTES QUE TODO MUNDO TAQUE EM FOGO EM MIM, EU POSSO EXPLICAR OH GOD.Tipo....... Eu tentei. Juro que, nesses seis meses, eu tentei. Teve umas seis versões desse capítulo. E sempre eu apagava e refazia, apagava e refazia.. E agora eu entrei no Ensino Médio, então as coisas ficaram puxadas na escola D: Ok, lógico que conta um pouco de falta de responsabilidade, mas POR FAVOOOOOR, me perdoem, e não pensem que desisti da fic que isso nunca akjsfhaskjhf mesmo que você se case e tenha filhos e netos e bisnetos, pode saber que nos seus ultimos minutos vai aparecer lá 'Marih di Angelo atualizou a Deusa Perdida'. Omg não credo vamos deixar esses seis meses como recorde a não ser batido mesmo HUEHEUHE ok, iremos ao que interessa :3 vejo vocês nas notas finais, Cupcakes!



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25. Deuses, alguém jogue essa mina numa caçamba

Pequena retrospectiva porque a autora é uma bitch irresponsável que levou seis meses pra atualizar a fic:

Nico andando feliz por Los Angeles, quando acha uma semideusa. Eles vão pro acampamento, blá blá blá, descobrem que essa semideusa na verdade é uma deusa perdida da música e das nuvens e que alguém chutou a bunda dela pra fora do Olimpo. Ela, o filho de Hades LIMDO, o Percy lerdo, a Annie e a Rachel vão atrás do símbolo divino dessa mesma deusa doida, que por acaso se chama Hannah. No meio do caminho, Apolo dá uns presentes divos, tipo um trailer super discreto que parece de turnê do Restart, e uma lanterninha da Avenida Vinte e Cinco de Março que magicamente se transfoma em coisinhas musicais. Seguindo, acham um peguete antigo da Han (mentira, que ela detesta ele com todas as forças), que por sinal é um filho desse mesmo deus das lanterninhas do comércio paulista, e esse garoto é um vagabundo safado irritantemente gostoso. Carregam o pedaço do mal caminho junto porque a Rachel merece ter a vista linda do tanquinho dele na viagem, depois dão de cara com um semideus caipira que toca banjo, carregam ele junto porque banjo é uma das paixões da Hannah, o Muke dá um jeito de deixar o Nico completamente bêbado, mas para sua infelicidade isso ajudou o Penadinho que pega a Hannah afinal é isso que adolescentes fazem, depois vão todos pra uma cidade com nome de biscoito na costa oeste dos EUA atrás de um pedaço da Clave da Felicidade Divina, o Orchard vira metade espanhol, tem uma comemoração de Natal porque sim, espírito natalino é o que há, e a Hannah e o Nico se beijam porque se fosse o Muke as Hannico shippers iam lá queimar ele vivo pra fazer sacrifício pra Apolo. E chegamos ao capítulo de hoje, que demorou mas chegou. AKSJHF.

Point of View – Annabeth, porque a Annie é diva e merece um pov. Nada de reclamar falando que queria de outra pessoa, quem contestar leva um tapa do Muke u_u só avisando.

— Eu não acredito que estão me obrigando a fazer isso — Nico resmungou, de braços cruzados. Ele não parecia muito feliz. Como sempre.

— Não se preocupe, di Angelo. Você não é a única presa do jogo do pesadelo ruivo — Percy suspirou, enquanto se recostava na soleira da porta.

De manhã, estávamos nós sete felizes sem fazer nada, enquanto seguíamos em direção de alguma cidade ao norte dos Estados Unidos. Mas (porque sempre há um 'mas', histórias sem 'mas' não são histórias de verdade), nossa amiga Rachel Elizabeth Dare teve uma ideia brilhante e insistiu que deveria haver uma convivência pacifica entre os moradores do trailer Restart, e o melhor jeito de fazermos isso era nos conhecendo melhor.

E como ela espera conhecer as pessoas melhor? Com perguntas? Conversas normais? Nah, lógico que não. Isso é coisa de gente velha. A Rachel é diva. Ela é absoluta, que nem a Stefhany. Portanto, ela inova.

Verdade ou consequência.

..


Não, sério, para. O quê?

Eu tinha minhas breves suspeitas que isso tudo era uma armação pra assumir Hannico e, finalmente, dar uns pegas no Muke. Afinal, desde o incidente do visco do Natal ela vem tentando mostrar pro filho de Apolo que a Han ta em outra, e que ele deveria partir para a próxima. Pelo visto, o trem mais próximo da estação vai para Oráculo (ok, minhas metáforas não são tão boas quanto eu achava).

— Parem com o drama, pessoal — falei — O pior ainda nem chegou. E nem a pipoca, pelo visto — olhei a volta. Hannah tinha ido achar pipoca pra nós (porque se nós somos obrigados a jogar essa porcaria, que ao menos tenha pipoca), mas já fazia alguns minutos. Fiquei encarando a lanterna que fora presente de Apolo, aquela que se transformava em qualquer instrumento possível. Foi ideia minha usar ela como garrafa (uma de verdade, de vidro, seria perigosa demais. Eu via o momento que alguém ia acertar a cabeça de outro com ela). Será que demora demais pra fazer pipoca? Tipo, nós não temos dessas coisas no Acampamento, graças a Quíron. Fazia éons que eu não comia. Se a Hannah pudesse ser menos lerda, eu agradeceria.

Só porque falei, ela apareceu com um balde do tamanho mundo. Juro, acho que caberia minha cabeça e a do Cabeça de Alga lá dentro.

— O que eu perdi de bom? — perguntou, se sentando e rodando a vasilha.

— Nada, basicamente. A gente só estava te esperando — respondeu Rachel, se inclinando pra frente sobre os joelhos para encher a mão. Mas percebi que ao se sentar ela foi mais para a direita. E sabe quem estava a direita dela? O peguete imaginário dela, claro.

Entendo seus motivos, Dare.

— Temos que jurar pelo Rio Estige que iremos falar a verdade e cumprir as consequências — disse ela, de boca cheia. Sim, esse era o 'pior' que eu citei a algumas muitas frases atrás. Esse juramento maldito que te impede de mentir, aff — A não ser o Orchard, ele é carta branca. Só pergunta.

Todos murmuraram o juramento, ainda que revirando os olhos. Um trovão estrondoso soou. Zeus fabulosa (a Hannah que me perdoe).

— Bem, está feito — disse Rach, indo girar a lanterna — Eu começo.

Orchard x Percy

— Consequência — disse Cabeça de Alga, certamente tendo o mesmo pensamento que eu: um garoto de nove anos não seria capaz de criar um desafio ruim. E de fato. Orchard apontou para um vaso com uma planta que filhos de Deméter certamente saberiam o nome.

— Pérci, quero qui ocê beije arqela pranta — Nico e Hannah se entreolharam e começaram a rachar de rir. Muke encarava Orchard com uma expressão de 'garoto, volte para o hospício de onde você saiu'. Pela primeira vez na vida, eu concordo com o Muke.

— Orchard, que tipo de desafio é esse? — perguntei.

— Ara sô, é meu disarfio. Anda Pérci, beije arquela pranta u.u

— Mas mas, é um junípero, não posso fazer isso com o Grover! — Cabeça de Alga fingiu espanto — Sabe, meu amigo é um sátiro e a namorada dele é uma ninfa, então eu estaria traindo os dois — ele balançou a cabeça negativamente — Não posso.

— Ah, Percí!

— Não, não posso.

— Percí.

— Não!

— Aff, então beije logo a Annabeth e para de enrolar a gente! — disse Muke, impaciente. Orchard se levantou, afobado.

— NONONO, A FROR DOS CAMPO, NÃO!

— A flor de quê? — movi o olhar franzido lentamente em direção ao O.

— Ela é o pomar das minha fazenda, num pode! — vou tomar isso como um elogio, caham. Percy me abraçou de modo possessivo.

— Não, não, ela é o pomar da minha fazenda! Onde já se viu, perder minha Sabidinha pra um caipira mexicano. E não é justo, você é ruivo. Ruivos sempre ganham.

— É verdade. O fato de ruivos terem uma mutação nos genes que os deixam, bem, ruivos, me deixa loucamente atraída por eles. Além do mais, só dois por cento da população mundial tem cabelo ruivo. É VIP. Sexy demais — falei, séria, de forma que a lerdeza do Percy quase acreditou — Ai meus deuses, como é lerdo — rindo, o puxei pela camisa e o beijei. Acho que nunca mais vou ganhar goiaba do além do Orchard.

Depois de alguns segundos (ok, muitos segundos), Nico nos interrompeu, batendo na cabeça do Percy com o cano da lanterna.

— Ei, mantenham suas línguas dentro de suas bocas — ele fez uma cara maliciosa. Enrubesci, mas reparei, que Cabeça de Alga continuou com um braço em volta de meus ombros.

— Estraga prazeres — Percy fez um gesto obsceno para o di Angelo, que revirou os olhos e revidou com o mesmo gesto. Amor de primo é lindo, não?

— Não, para tudo! — disse Rachel, pasma — Que história é esses de mutação num-sei-o-que-mais de ruivos?? Eu não sou mutante coisa nenhuma! Absurdo!

— Na verdade, é sim — pigarreei — Você e o Orchard são ruivos porque em algum momento da história seus antepassados tiveram uma mutação no décimo sexto cromossomo, e..

— Nossa, isso realmente é muitíssimo interessante Annie! Pena que os não-ruivos não estão tão interessados assim — disse Hannah, girando a 'garrafa' — Vamos continuar essa joça.

Suspirei. É difícil ser inteligente ao redor desse bando de bestas, aiai.

Nico x Rachel

— Verdade — respondeu ela, assim que a ponta se voltou em sua direção. Penadinho (sim, esse apelido pega) apoiou o queixo na mão, pensativo.

— Senhorita Elizabeth Dare. É verdade que, por você ser o Oráculo, é proibida de namorar? — perguntou, com um sorriso divertido.

— Uii, a coisa vai ficar feia — Hannah levantou as sobrancelhas, olhando para Muke e depois para Rach.

— Mas que absurdo! — Rachel ficou vermelha em segundos — Nico di Angelo, essa sua pergunta é o cúmulo dos cúmulos!

Trovões. O juramento de Estige não estava muito feliz com Rachel contestando a pergunta.

— 'Cumulus' é um tipo de nuvem — pensei alto. Todos me encararam.

— Que foi? É verdade — apontei acusatoriamente para Hannah — Como deusa das nuvens, você deveria saber!

— Opa, calma aí Annie! Eu nem sou uma deusa completa. Não vou ser presa por isso, vou?

— OH SEUS BADERNERO, ocês tão se distraino da pregunta da Rácher.

— Obrigada por lembrar, Chico Bento — Rachel fuzilou Orchard com os olhos, suspirando logo depois — Infelizmente, eu sei sim. Sou impedida de namorar, segundo as leis de Apolo. Mas não há nada no mundo como o bom e velho amor proibido.

Ela sorriu maliciosamente para Muke, que estava muito concentrado em brigar com Nico para perceber.


Annabeth x Muke

Ah, obrigada deuses, por me colocarem justo com o Muke. Que tipo de desafio dar a esse garoto? A Hannah disse que ele já fez um quase strip no meio da Hollywood Boulevard, que pelo visto é uma das mais famosas de Los Angeles. NADA que eu disser, não importa sobre o que seja, vai ser novidade pra ele.

Bênção de Tique às vezes faz falta, hein?

— Verdade ou consequência, Bulustrucado de Hollywood? — perguntei. Ele passou a mão pelo cabelo loiro-escuro, deixando-o ainda mais despenteado. Tamborilou os dedos no queixo, e DEUSES, como ele ficava atraente fazendo isso. Não que seja da minha conta.

— Pode ser verdade, Einstein.

Ok. Agora eis a questão: o que perguntar. "Por que você não deixa o casalzinho lindo que é Hannico em paz e vai pegar a Rachel?". Não, antes dele responder o Nico já ia me levar pro Hades. "Afrodite te abençoou ou isso tudo é de Apolo mesmo?". Só se eu quiser um pé na bunda do Percy.

— E então, Annie. Pergunte — a voz da Rachel me tirou dos devaneios. Verdade ou consequência. Pergunta. Ah, sim.

— Amm... Eu sinceramente não tenho ideia do que perguntar — olhei para o povo — Alguém tem alguma sugestão?

— Ei! — Muke protestou — Não é justo!

— Lógico que é! Não teve nenhum trovão, oras — disse Nico.

— Exatamente — a cria de Apolo me fuzilou com os olhos, mas eu não me deixei incomodar. Sou uma bad bitch, eu sei — Então... Perguntas?

Hannah engoliu um punhado de pipoca antes de me responder.

— Pergunta porque ele foi embora. De Los Angeles, sabe.

— Ok. Responda a pergunta dela, Solzinho.

— Não posso. A pergunta tem que vir de você, Annabeth.

— É, minha pergunta é essa — bufei. Que garoto irritante, meus deuses! — Responda!

— Não posso.

— Responda! — disse Percy, irritado.

— Caramba, gente, é contra as regras do Verdade ou Consequência. Ou outra pergunta, ou nada.

— Não continuaremos até você responder, meu filho — Han cruzou os braços. Rachel bateu no chão, irritada — CHEGA. ELE FOI EMBORA PORQUE SIM. AGORA RODA ESSE NEGÓGIO LOGO — ela nos encarou, bufando. Algo me dizia que ela ia dar uma espécie de Pra Matar na primeira alma viva que discordasse.

Ok, acho que Estige não vai ficar muito decepcionada se nós pularmos só esse.


Muke x Hannah

— Então, Punk... Mas que coincidência cair com você. Verdade ou consequência? — Muke ficou brincando com a lanterna, como quem não quer nada, ignorando a ruiva babando do seu lado.

— Nem precisa perguntar — falou Percy, revirando os olhos — Qual a probabilidade de alguém escolher você, de todas as pessoas, pra dizer um desafio? Nenhuma. Qualquer pessoa em sã consciência saberia que é até perigoso--

— Consequência.

Percy engasgou com a própria saliva, de forma que tive que dar um tapão nas suas costas para ele voltar a respirar normalmente.

— Dios mío, qué chica valiente! — Antonio Banderas Orchard parecia chocado, dizendo coisas incompreensíveis em espanhol.

— Você escolheu consequência?! — soltei, indignada — Qual o seu problema? Você não vê o perigo que é, isso! Ele pode pedir qualquer coisa!

— É... Pode. Mas acho que ele não ousaria. Acredite, os Pra Matar estão sempre disponíveis – disse Hannah, crente de que isso realmente bastaria.

— Ok, talvez você tenha razão. Não vou correr o risco de ter todos os ossos quebrados mais tarde — Muke coçou o queixo com os nós dos dedos — Então, quero que você beije o cara aqui presente mais, como colocar.. Atraente? Gato? Gostoso? Tanto faz. Acho que você entendeu. Bem, só isso — ele sorriu maliciosamente — É o meu desafio.

— NOOOO — Rachel puxou os cachos ruivos em desespero. Coitada, ela é azarada mesmo.

Mordi o lábio, pensativa. Tenho que admitir, o Muke não é tão tapado assim. Tipo, AH, ele conseguiu. Porque, que o que for dito aqui não seja espalhado, mas se fosse comigo, ele ganharia com certeza. Não me entendam mal, eu amo o Cabeça de Alga e sou completamente fiel a ele, mas aquele cabelo loiro bagunçado e aquele jeito de vagabundo safado faz qualquer garota pirar, ay papi.

*só comentando que se alguém contar isso ao Percy, eu (: enfio (: a (: adaga (: nos (: olhos (:*

— Você não ousaria! – soltou Hannah, junto com uns palavrões bem criativos.

— Ah, ousaria sim — ele se apoiou na parede, satisfeito consigo mesmo, ignorando os xingos — E nem tente contestar a magia de Estige. Você sabe que dá merda.

NÃOOO, O NICO JÁ ESTÁ COM CARA DE QUEM VAI PULAR DE CARA DO ASFALTO, EU NÃO ACREDITO QUE O SOLZINHO VAI ACABAR COM MEU OTP, MUKE SEU PUTO PARE COM ISSO QUE HANNICO É VIDA. NEM TE ACHO GATO MAIS, SUA BULUSTRUCAÇÃO SUPERA SUA BELEZA.

Pronto, estou calma. Não foi um comportamento digno de uma filha de Atena. Desculpe.

Sinceramente, eu sabia que em algum momento isso ia acontecer. Só que eu achava que seria a Rachel que tiraria o Muke, e mandaria ele a beijar. Admita, é bem a cara dela. Mas, tipo, o Muke acabar com meu OTP? SÓ POR CIMA DO MEU CADÁVER (mentira, que se eu contestar Estige vem pra cima de mim. Boa sorte ai Han, eu fico só lamentando nos bastidores).

— MUDA O DESAFIO, PELO AMOR DE DEUS — Rachel já tinha arrancado metade dos seus fios de cabelo, agoniada. Muke fingiu estar pensativo por alguns momentos, batendo o indicador no queixo.

— Hm.. Boa oferta, mas não. Estou bem assim.

Prendi a respiração. Omg. É o fim. Adeus, Hannico shippers. Foi bom fangirliar com vocês *choro*. Han tinha uma cara de quem ia explodir naquele exato momento, completamente vermelha. Ela não queria ceder. Mas ela tinha. Estige é Estige, quem não cumpre paga. AH, QUE ÓDIOOO. Da próxima vez que eu ver Estige na rua, dou um soco na cara dela (?).

Ai, caramba, ela vai beijar o Muke. Não, eu não quero ver isso. Sinceramente. A cena seria bizarra demais pra mim. Se bem que eu tenho que ver, sabe, porque caso o Nico bata no Muke eu tenho que intervir. Não, seria dolorosa demais essa cena. Ver seu OTP se acabar assim é de cortar o coração, não vou olhar. Se bem que minha curiosidade mórbida é demais, eu tenho que.. Não, calma, ela virou pra direita. O Muke está a esquerda. Oi? Com licença. É o lado errado. Não estou entendendo, e eu não gosto de não entender as coisas. Me faça entender as coisas. Eunecessito entender as coisas.

Muke franziu as sombrancelhas, sem entender (viu, não sou a única).

— Ei, Punk. O que dia..

— Seguindo seu desafio, Playboy — ela mostrou a língua pra ele, e agarrou o Nico pela camisa. A cara dele quando foi beijado era de ‘não, pera, o quê?’.

LAÇ~JKHASFKJHASJHGJHBSKJAKNAKSJGKJ HANNICO’S NOT DEAD BITCH. Ai, que orgulho!

— TOOOOOMA DISTRAÍDO. ELA ACHA O NICO MAIS GOSTOSO QUE VOCÊ KAKAKA — Percy começou a rir da cara de pastel (?) do filho de Apolo. Rachel suspirou, aliviada, sabendo que agora o caminho estaria livre para ela admirar a gostozura do Muke em paz.

— Ei, vocês dois, mantenham suas línguas dentro de suas bocas — falei, me lembrando do que Nico dissera enquanto Cabeça de Alga me beijava. Penadinho parou o beijo imediatamente e me fez uma careta, enquanto limpava a boca com as costas das mãos.

— Não vale usar minhas piadas.

— Vale sim – falei, cruzando os braços – Se a carapuça servir. E com vocês dois se pegando ai, acredite, serve.

— ‘Se pegar’ não seria o termo certo — Hannah revirou os olhos, tentando disfarçar a cara roxa — Isso vale apenas pra você e o Percy nas noites de sábado no chalé de Poseidon. No nosso caso, bem.. – ela riu, olhando na direção do filho de Apolo – seria puramente o ato de se fazer o que foi mandado.

Olhei de soslaio para Muke. Vish, a cara dele não é boa. Está bufando. Bravo. Muito bravo. De repente, fecha os punhos. Ah, não, de novo não.

Antes que pudéssemos impedir, ele se levanta e acerta Nico no rosto. Minha expresão se tornou horrorizada ao som de alguma coisa se quebrando. Tudo culpa da idéia de girico da Rachel.

Sempre a Rachel.

~~

Parte II: Point of View — Nico di Angelo

Cara, nunca quebre o nariz. Dói pra caralho.

Tá, foi mal, não foi um bom jeito de começar. Vou tentar de novo. Caham. Olá, aqui quem fala é o di Angelo. A minha tragédia meio que começou quando a gente estava jogando Verdade ou Consequência por causa da Rachel. Tava tudo indo bem, mas ai a Han me beijou, o retardado do Muke ficou puto, eu fiquei puto, nós ficamos putos, o Percy tentou apartar a briga, o Muke acabou batendo nele, o Percy ficou puto, a Rachel entrou no meio, a Annie e a Hannah também, ai ferrou com tudo. Pronto. Apresentações feitas. Voltando ao importante.

Nunca quebre o nariz. Essa porcaria dói pra caralho.

— Ai caramba, vai com calma — falei, olhando pra cima enquanto tentava amenizar a porcaria da dor do meu nariz despedaçado — Calma. CALMA PORRA.

Abaixei a cabeça de novo, dando de cara com uma Hannah de mão na cintura, irritada.

— Com licença, meu filho, mas se você continuar reclamando eu vou deixar você sangrando até a morte. Eu não filha de Apolo, se não percebeu. Estou fazendo meu melhor pra estancar esse negócio, só que é muito irritante fazer isso com uma pessoa falando no seu ouvido.

Revirei os olhos. Estava sentado na pia do banheiro, observando metade do meu sangue ir embora.

— Olha, eu tenho todo o direito de reclamar, afinal foi o filho da mãe do seu coleguinha que... Que... AH MEUS DEUSES Hannah, faz esse negocio parar de sangrar!

Nessa altura do campeonato, a ambrosia e o néctar já tinham feito um bom trabalho, de forma que se você olhasse pra minha cara já dava pra ver a forma de, sabe, um nariz. Não estava mais quebrado. É impressionante o que esse negócio faz. Mas como comida divina em excesso explode semideuses, eu estava naquela situação 'quase bom', mas não totalmente. O sangue e a dor (que como avisado lá em cima, dói pra caralho) continuavam.

E como.

— Eu estou tentando! Mas você tem que ficar com a cara levantada, seu debiloide — ela empurrou minha cabeça com força pra cima, quase quebrando meu pescoço. Que garota mais delicada, essa.

Olha, se a intenção da Rachel era manter todo mundo único e fazer um unidos venceremos do Restart, é mais que óbvio que o negocio não deu muito certo. A essa altura do campeonato estava todo mundo meio quebrado. Lógico que não havia ninguém nesse meu estado Voldemort de ser, mas... Ah, não, mentira. Também tinha o Percy, coitqdo, mas principalmente o Muke. A única coisa que me deixava menos irritado era que, se meu olho estava roxo e meu nariz quebrado, o Solzinho não estava muito melhor, não (Nota/Hades: ISSAÊ FILHO, CHUTA A BUNDA DELE).

Na verdade, as meninas tiveram que praticamente nos trancar em cômodos diferentes antes que algum torcesse o pescoço do outro. Por isso que eu estava trancado no banheiro com a Hannah agora, escutando a Rachel e a Annabeth brigarem por alguma coisa do outro lado da porta. Elas cuidavam do Muke e do Perseu, Han de mim. Só comentando, é irritante o quanto todo mundo faz questão que eu e a Han fiquemos sozinhos. O que são três beijos nos dias de hoje? Levando em conta o que outros adolescentes podem estar fazendo nesse exato momento, nada. Não é como se a gente tivesse se pegado, né. Lógico que eu não gostava da ideia dela com o Muke, mas é só porque ele é um vagabundo safado. O que estou fazendo não é nada além de protegendo uma amiga.

É. Só isso mesmo.

Eu estava encarando o teto, mas depois de cinco minutos irritantemente longos, resolvi tentar observar discretamente a Han dando uma de enfermeira. Até que ela não era tão ruim, tinha mãos ágeis. Sua testa estava franzida enquanto ela abria a torneira e lavava a toalha que a alguns minutos estava branca.

— Então.. — quebrei o silencio, certamente a tirando de devaneios — Como vai a vi.. Ah! Cuidado! — olha, só acho que alguém deveria ter mais cuidado ao colocar aquela porcaria de pano no meu rosto.

—Vai bem, muito obrigada — ela ignorou meu protesto — E a sua?

— Dolorida — resmunguei, com a voz abafada.

— Ah, claro — ela riu um pouco — Imagino. Dolorida, quebrada, sangrenta.

— Graças a você.

Senti ela segurar a toalha com mais força, me olhando de cara feia. Eu disse no sentido de que naquele exato momento ela estava tornando minha vida mais 'dolorida, quebrada, sangrenta', mas pelo visto ela pensou que eu falava sobre o incidente do jogo.

— Não acho que seja necessário discutirmos isso.

— Certo. Também acho.

— Ótimo.

Ótimo — suspirei. É triste quando ambos são cabeça dura.

Han mudou de assunto, perguntando sobre minha vida antes da busca. Como ela já sabia sobre a história até Bianca (ou ao menos parte da história. Não acho que seria necessário dizer que o pai dela, Zeus, quase me fritou com um raio a alguns muitos anos atrás), resolvi pular logo para depois de Percy chutar a bunda de Cronos de vola para o Tártaro. Sabe como é, a vida nem-tão monótona entre o chalé 13 e o palácio de Hades com a linda vista pros Campos de Asfódelos.

Por alguma razão, ela preferia muito mais saber do Acampamento do que do Mundo Inferior. Sempre que eu citava Cérebro, Melinoe ou meu pai, ela desviava o assunto. Ignorei, afinal entendo que não é todo mundo que aprecia acordar na casa do seu pai com os gritos agoniados dos Campos de Punição.

Acredite, almas torturadas podem ser um ótimo despertador.

— Ah, acho que finalmente parou. Graças a Deus, achei que você ia morrer de hemorragia. Agora só falta o esparadrapo — disse Hannah enquanto se ajoelhava e abria o armarinho em baixo da pia — Mas continue, o que aconteceu depois que vocês jogaram o filho de Hipnos no lago?

— Ele afundou. E não acordou — abaixei a cabeça, ficando tonto por alguns segundos, mas percebendo que realmente não havia mais sangue em meu rosto — O Percy teve que içar o Clóvis até a superfície antes que ele afogasse. A lição é, se você tentar acordar alguém com água, não jogue ela na água. Vai dar merda.

— Talvez eu devesse tentar com você, pra ver se é verdade.

— Ei, meu sono não é tão pesado assim!

— Não. Claro que não — ela disse com ironia, enquanto fazia o curativo. Cinco minutos depois, deu um passo para trás para contemplar as habilidades de enfermeira — Voilà! Terminamos. Aposto que você se sente novo em folha agora.

Passei a mão pelo rosto, me certificando de que realmente parecia que estava tudo em ordem mas uma vez. Uma pontada de dor quando encosto, mas nada que vá me matar.

— Nem tanto. É meio irritante respirar pela boca, sabe.

— Reclame da minha obra de arte e eu quebro seu nariz mais uma vez.

— Estou zoando com a sua cara — baguncei o cabelo dela, rindo — Obrigado, leggiadra.

Hannah abriu a boca num perfeito 'O', surpresa com a menção da misteriosa palavra italiana, mais uma vez.

— Não acredito! Ah, pois dessa vez você vai--

Há uma batida na porta:

Nico? Han? — escutamos a voz de Percy — Vocês, hm.. Estão bem aí? Espero não ter interrompido nada, sabe.. importante.

Xinguei o Jackson mentalmente. Dava para perceber que ele estava se esforçando para não rir. Abri a porta abruptamente, vendo que minha teoria dele segurando o riso era verdade.

— É, pela cara de vocês eu interrompi mesmo — ele disse, sorrindo com malícia. Escutei Hannah dizer uma palavra meio (muito) feia em grego, atrás de mim — Que coisa hein, essas crianças de hoje são rápidas demais — fiz um gesto obsceno, o que só o fez sorrir mais — Já que os pais de vocês não estão aqui, eu tenho que fingir que sou um, oras. Seus pirralhos safados.

— Diz logo o que você quer, Jackson — grunhi.

— Ah, o amor. Deixa uma cria de Hades mais irritada que no normal, é. Mas enfim. Vocês dois, pra fora. Andem logo, é hora dos pirralhos irem dormir. E nem pensem em se 'distraírem' antes disso, por favor.

Grunhi, tentando (sem muito sucesso) manter a calma, sabendo que quanto mais eu reclamasse mais ele nos irritaria. Virei de costas e comecei a andar, mas Han me segurou pela camisa antes que eu desse dois passos.

— Ei, eu disse sem distrações, lembra? — Percy franziu as sobrancelhas. Ela enrubesceu, e o deu um soco no brqço. Espero sinceramente que tenha doído.

— Não tem nada a ver com isso, com licença! O fato é — ela se virou pra mim, semicerrando os olhos — não ache que eu não vá o obrigar a me dizer o que diabo ‘legginadra’ significa um dia, caubói.

— Não é ‘legginadra’, é l-e-g-g-a-d-r-a, sem N nenhum. Mas tudo bem, vou esperar pacientemente você conseguir tirar essas palavras da minha boca — dei de ombros, e fiz um gesto para que ela fosse na minha frente. Ela foi, de cara feia mas foi.

Vi a expressão ressabiada de Percy (que ainda alisava o braço vermelho).

— Essa palavra. Legi-alguma coisa. É italiano?

— Aham.

— O quê que é?

— Pff, até parece que eu vou te falar, Cabeça de Alga.

— Ah. Então tá — ele piscou, atordoado.

Era divertido falar uma língua que ninguém mais entende. Pode ser muito útil, na verdade. Como por exemplo, a palavra bendita. Foi meio no impulso que eu criei o apelido, sabe? Mas pegou. Leggiadra significa graciosa. Porque mesmo sendo irritante e impulsiva, a Han até que era um pouco. Não que ela precise saber disso. Pelo amor dos deuses, ninguém precisa saber disso.

Vi com o canto do olho que Percy digitava alguma coisa no iPhone, no meio do corredor.

Ah, não.

Me dá esse celular agora! — voei pra cima dele, tentando pegar o telefone.

— Não antes de eu descobrir o que diabo é isso, di Angelo! — ele respondeu, confirmando minhas suspeitas de que o filho da mãe estava no Google Tradutor.

— Você só vai saber por cima do meu cadáver, Nemo!

Saímos rolando, o que foi meio complicado já que o espaço era estreito. Um pé na cara do Percy, e consegui pegar o maldito do negócio.

Pena que um pé na minha cara, e o celular escorregou da minha mão. É golpe baixo chutar a cara de um coitado que acabou (alias, nem acabar acabou) de se recuperar um nariz quebrado, não é?

— Aaah! Acho que quebrou de novo! — falei, apalpando meu rosto e me certificando que tudo estava no lugar. Ou quase.

— Deixa de frescura, homem. Virou o quê, o Muke? — ele disse, sem parar de rolar a tela do celular. Ótimo, mais uma batalha perdida. Hades ficaria muitíssimo orgulhoso.

Mas fala sério, esse puttano chutou minha cara! QUE TIPO DE PRIMO FAZ ISSO.

— Ah. Meus. Deuses. — ele olhou pra mim com os olhos arregalados. Ferrou-se. Ele achou — Como assim significa graciosa?

— Escuta aqui Percy, não tire conclusões precipitadas, que naquele dia, em Crockett..

— AH MEUS DEUSES ANNABETH O NICO TÁ APAIXONADO.

Suspirei, com a mão na testa. Lá vamos nós de novo. E tudo culpa de quem? Da Rachel, claro. Alguém, por favor, jogue essa garota na estrada.


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Notas finais do capítulo

Sinceramente, eu não gostei muito desse capítulo, achei ele meio desnecessário na história D:Mas as Hannicas certamente gostaram AKJSHFAKJSH ou não, sei lá. Pode acontecer uai ._.Bem, é que eu me senti muito irresponsável, então postei esse e estou trabalhando no próximo! YAAAAAAAAY! Vai ter emoção, a vida de aventura vai voltar porque não é só de festa e amor que se vive hun u.u'Mas caaaaso eu demore de novo (REZEMOS AOS DEUSES QUE NÃO ACONTEÇA), não se sintam tímidas, podem mandar review ou M.P (senhorita Ramona Aflame, sinta-se amada HUEHUEHEU) me cobrando, ou sei lá, até ask nos meus tumblr mydamnlittleworld ou demigods-things. Realmente me ajuda quando vocês fazem valer minha historinha capenga :3 Obrigada por não desistirem de minha pessoa, bolinhos de arroz! E não se esqueçam dos reviews, me deixam muito feliz (não pude responder os do ultimo capítulo, mas não acontecerá de novo) :DBeijos,Marie Curie di Angelo (também conhecida como a Autora Irresponsável, caso haja algum zé perdido por aí)