A Deusa Perdida escrita por mari mara


Capítulo 13
Medidas drásticas são tomadas


Notas iniciais do capítulo

Heey people! Sorry pelos éons sem postar, minha co-autora fez questão de viajar ¬¬
Tá, não foi culpa dela, foi minha mesmo. Mas EEEE! demorou mas chegou HUHUEHUEHE
/nãofoiengraçado/
*Okay face*
OOOK NÉ, I hope you all like it, guys! *-*



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POV Nico

No fim, eu e Hannah saímos ganhando.
Sem Annabeth por perto, nós levamos a tinta preta, e ainda compramos um estoque de balas no caminho para o Empire State.

– Tem certeza que esse é o caminho certo? – Ela me perguntou, entre mastigadas.

– Aham – Parei para pegar mais M&Ms – Só virarmos aquela esquina.
Ela pigarreou.

– Nico... Como você conhece Nova York? Você é daqui também?

– Não, eu sou de Washington – Imagens de minha mãe e Bianca passaram em minha mente – Mas essa é uma história que você não vai querer saber. E sobre conhecer Nova York, bem... Já estive aqui algumas vezes. Sabe como é, mais ou menos perto do Acampamento, com passagem pro Mundo Inferior no Central Park... Já teve até uma luta contra Cronos aqui.
         Ela arregalou os olhos e começou a pular.

– MEU DEUS, CRONOS?! O deus do relógio?
E eu começei a rir feito um retardado.

– Deus do relógio?? De onde você tirou essa? Ele era o rei dos titãs, o Senhor do Tempo.

Eu não sou senhor do tempo mas eu sei que vai chover, me sinto muito bem quando fico com você. Eu tenho habilidade de fazer histórias tristes virarem melodia e vou vivendo o dia-a-dia. Na paz, na moral... – Ela parou de cantar e olhor pra mim – Que foi? Nunca ouviu essa música não?
– Hm... Não.

– Ah, pois devia. Um clássico do Charlie Brown Jr! Não tão boa quanto ‘Hoje Eu Acordei Feliz’, mas... Enfim. Conhece? - Eu assenti com a cabeça.

Hoje eu acordei para sorrir mostrar os dentes, hoje eu acordei para matar o presidente!– Começamos a cantar pelas ruas de Nova York, feito loucos problemáticos - Hoje eu acordei feliiiiz! Sonhei com ela a noite inteira, eu sempre quis.

Alguns minutos depois de cantarmos o refrão, reparamos na coincidência da letra com os acontecimentos de hoje de manhã.

Continuamos andando calados, os dois completamente vermelhos. Só ao chegarmos em frente ao Empire State voltamos a falar.

– Ué, eles não estão aqui – Disse Hannah, procurando o trailer-Restart

– Avá

– Talvez Apolo tenha o transportado pra lá também – Ela completou, me ignorando – A gente vai ter que andar até lá outra vez... NÃO FORAM QUASE VINTE E NOVE MINUTOS!!

– Vinte e nove? – Eu perguntei, piscando.

– É, meia hora é tempo demais.

– Como se um minuto fizesse tanta diferença.

– Ué, faz sim. Tem até uma música assim também – Ela pigarreou – Um minuto para o fim do mundo, toda a sua vida em sessenta segundos, uma volta do ponteiro do relógio pra viveeer!

Acredite, quando a gente está prestes a morrer a gente não para pra cantar – Eu resmunguei.

– Ah, pois devia. As pessoas iam morrer muito mais felizes!

– Enfim – Eu balançei a mão, afastando o pensamento – Olha, eu não estou afim de andar ‘vinte e nove’ minutos de novo. Nem você, certo?

– Certo.

– Eu prefiro só fazer isso em emergências, mas... Tem vezes que a preguiça vence – Deuses, ainda bem que Quíron não estava por perto.

– O que você quer dizer com isso? – Ela me perguntou, confusa.

– Que é hora de viajar nas sombras outra vez – Eu peguei a mão dela e nós pulamos na sombra de uma árvore.

POV Hannah

Meu Deus. Era um pandemônio.
Saímos das sombras no meio da sala, e logo um objeto não identificado passou raspando em minha cabeça.

– QUEM FOI O BULUSTRUCO QUE JOGOU ESSA PORCARIA EM MIM? – Só que eu disse uma palavra um pouco menos educada que porcaria. Hm.

– Desculpe Hannah! – Percy gritou do outro lado da sala. Ele estava com Contracorrente em mãos, Annie com sua faca de bronze celestial e Muke com uma espécie de facão de churrasco – Eu não tinha mirado em você.

– Ah, então você tinha mirado em quem? Em mim? – Nico gritou.

– Não! Nele – Annabeth apontou para atrás de nós, e me deparei com uma figura assustadora.
Era um homem usando um sobretudo preto que ia até o chão, e de mangas compridas. Ele parecia um ladrão problemático que gosta de assaltar supostas bandas coloridas como qualquer outro, tirando o fato de que acima da gola não havia nada. Isso mesmo, nada. Sem pescoço, sem cabeça.

Agora é oficial: Eu tenho graves probleminhas.

– SOCORRO O CAVALEIRO SEM CABEÇA É REAAAAL – Me escondi atrás do Garoto Morte.

– Hannah, agora seria um bom momento pra dar um Pra Matar – Ele disse a mim.

– Esperem! - O homem gritou a nós. Pra alguém sem cordas vocais, até que ele fala bem alto – Vocês não me deixaram explicar, já saíram me atacando! Eu venho em paz – Ele levantou o braço, acho que na intenção de fazer o símbolo com a mão, mas a manga escorregou e revelou o nada. E isso não me acalmou nem um pouco.

– Olha, dar uma de extraterrestre não vai colar – Eu disse, e Nico me olhou feio. Pelo visto zoar com a cara do oponentee não é algo que deve se fazer em uma batalha.

– Não estou ‘dando uma de extraterrestre’, fui enviado por Apolo – Ele disse, irritado

– Aê, meu pai conhece o Dearth Vader.

– Espere – Annabeth foi se aproximando, com cuidado – Apolo te enviou pra quê?

– Bem, ele disse que eu devia dirigir.

– Como você vai dirgir se não tem mãos?
Dearth Vader deu de ombros, o que foi estranho já que ele não havia nenhum.

– Não é tão dificil assim – Ele ergueu as mangas – Tenho elas.

– Ahn, certo... Mas, tipo... O que é você? Um homem invisível, ou...? – Percy deixou a pergunta no ar.

– Na verdade, é um tipo de encantamento antigo... – Desse, obviamente, Annabeth – Os antigos egípcios misturavam shabtis, criados de argila, nas roupas, para criarem supostos criados-roupa, com vida. Mas é só uma lenda, claro. Talvez Apolo tenha ‘pegado a ideia’ e enfeitiçado o casaco, a ponto dele agir como um ser humano.

O casaco-homem bateu palmas, digo, mangas (Essa foi horrível, adimito)

– Isso mesmo, sou uma espécie de servo. Então... qual seria a primeira ordem?

– Ainda não sabemos – Confessou Percy

– Bem, então se resolvam logo, e me avisem. Estarei bem aqui esperando – E se jogou no sofá, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

***

Nós fizemos nossa mini-conferência na mesa da cozinha. Ela era bem grande e cabia todo mundo, de forma que de cada lugar era possível ver todos os outros. Não fazíamos ideia de onde deveriamos passar primeiro, e eu já estava ficando ansiosa.

– Bulustruco, você aí que é filho de Apolo, onde acha que a gente deve ir primeiro?
Ele deu de ombros.

– E eu lá vou saber, Hannah? Era pra eu estar dormindo, mas a senhorita inteligência me obrigou a vir.

– É mesmo, cadê a Annie?

– ESTOU INDO! – Ela gritou, de outro cômodo.
Percy pigarreou.

– Então, Hannah, você havia dito ter vários lugares em mente. Quais seriam eles?

– Na verdade eu dizia sobre todos os Estados Unidos, mas só aqui em Nova York-

– Voltei! – Annabeth entrou na cozinha, trazendo um laptop prata, com a letra grega delta atrás – Apolo transportou nossas coisas para o armário do quarto, que fofo.

– Como disse?

– Caridoso. Que caridoso, Percy, foi o que eu disse.

– Não, você-

– Enfim – disse Nico – Prossiga, Hannah.

– Eu ia dizer que por mais que eu, hm, conheça alguns lugares, Nova York é enorme. Iríamos gastar meses para passarmos em todos, e nem temos certeza se realmente há algum aqui – Eu confessei, infeliz.

– Ah, mesmo assim vamos fazer uma lista, pode ser útil – Percy pegou o notebook de Annie e começou a fazer anotações – Madison Square, Carnegie, Tin Pan Alley...
Nico olhou pra mim com cara de quem estava boiando.

– Madison Square Garden é uma arena de shows – Eu expliquei – Carnegie Hall de concertos de música classica e Tin Pan Alley foi um importantíssimo grupo de produtores e compositores em Nova York, com sede em Manhattan.

– Como você sabe disso, Punk? - Muke me perguntou, e eu dei de ombros. Porque na verdade eu não sabia como sabia, só sabia que... sabia. Ah, você entendeu.

– Eu simplesmente sei. É... Natural. Do mesmo jeito que ser filho de Apolo faz você saber qual é a cantada certa pra cada tipo de garota.

– Aaah entendo – Ele balançou a cabeça, filosoficamente.

– Temos cerca de dez lugares principais – disse Percy – Anh... E se a gente tirar no uni-duni-tê?

– Fala sério, Cabeça de Alga – Annabeth girou os olhos – Não é tão simples assim. – Ela respirou fundo – Eu estive pensando... Sempre que há uma busca, há uma pista no inicio. Sei que Apolo já ajudou até demais – Ela olhou raivosamente para Muke, que já estava roncando suavemente na cadeira – mas será que ele não se esqueceu de dar a primeira pista? Tipo, não dá pra começar do nada e... – Ela parou de falar e arregalou os olhos – É ISSO!

– Isso o quê? – Eu, Percy e Nico perguntamos juntos

– MUKEEE! – Ela gritou, fazendo ele cair da cadeira.

– Caramba, que é? Precisava interromper meu sono?

– Pergunta o Dearth Vader se Apolo não entregou nada pra ele.

– Por que eu?

– Porque todo mundo tá ajudando e você tá ai dormindo.

– Mas...

– ANDA!

– Putz, tô indo – Ele foi andando (e resmungando) até a sala.
Nós perguntamos a Annabeth qual fora a descoberta dela, mas ela se manteve calada até Muke voltar.

– Toma – Ele jogou um papel na mesa – Ele disse que tanto ele quanto meu pai se esqueceram de entregar e blablabla. Agora se me derem licença, estarei no quarto dormindo, porque é o melhor que eu posso fazer.

– Filho de Apolo uma ova, esse ai é filho de Hipnos – Resmunguei

– RÁÁÁ eu sabia! Está aqui nossa pista, pessoal – Annie virou o papel para nós.

– ‘Sigam os passos de Robin Williams’ – Percy leu em voz alta – Hm, ok, né.

‘Um olho na escuridão protegendo seus companheiros, do sol alto até a lua nas suas costas. Mandando os vilões para o Hades e fa..’. – Eu parei de cantar – Ok, ok, menos música do Wills, mais foco na pista. Posso ver ela, Annie?
Ela me entregou, e pensou alto.

– Engraçado, achei que o Wills fosse britânico... – Ela se virou para Percy – É, não é?

– Como é que eu vou saber? Vocês meninas que ficam idolatrando esses caras...

– Gente, só eu que reparei numa coisa? – Parei de encarar o papel e mostrei a eles – O Wills cantor é R-O-B-B-I-E. Aqui está escrito R-O-B-I-N. Será que Apolo escreveu errado?

– Creio que não – respondeu Annabeth – Apolo pode ser palhaço, mas não é burro.

– Ao contrário de seus filhos

– NICO! – Eu o repreendi

– Você não me bateu. Significa que concorda.
Ele e Percy bateram as mãos, e Annabeth girou os olhos.

– Garotos... Aiai. Me dê o notebook, Cabeça de Alga – Ela o pegou e começou a digitar. Após algum tempo, disse – Meus deuses, estamos no caminho certo! Hannah, olha isso.

– Ok, tô indo. Troca de lugar comigo – Essa última frase eu disse a Nico, que estava entre Annabeth e eu.

– Ahn? Por quê? – Ele perguntou, franzindo a testa.

– Porque você está do lado da Annie, e eu preciso ver o computador.

– Aff, você brigou comigo porque queria sentar aí, agora você fica aí

– Nico!

– Por que você não fica em pé?

– PORQUE ATRÁS DA GENTE TEM UMA PAREDE, INTELIGÊNCIA!

– FODA-SE, EU NÃO VOU SAIR DO MEU LUGAR

– ENTÃO TÁ – Percebi que era hora de tomar medidas drásticas – VOCÊ NÃO QUER SAIR, ÓTIMO, NÃO SAIA! – Eu sentei no colo dele. Viu? Medida drástica – Mas então, Annie, o que você achou?
Ela olhou pra mim boquiaberta.

– Você-

– SEM COMENTÁRIOS NÃO-CONSTRUTIVOS, POR FAVOR.

– Pode fazer o favor de sair de cima de mim?

– Ah, você não quis trocar de lugar, agora você aguenta – Me virei pra ele, que me lançou um olhar de ódio (um ódio bem envergonhado, mas enfim).

– Ah, muita coisa – Ela e Percy trocaram olhares, segurando o riso – Existe um cara chamado Robin Williams. Ele é comediante e ator, fez ‘Férias no trailer’, ‘Uma noite no museu’ e ‘AI: Inteligência Artificial’. Conhece? – Eu assenti com a cabeça – Então, Apolo estava se referindo a ele, não ao cantor.

– Mas olha aqui – Percy apontou para a tela. Nesse momento já estavamos todos amontoados em frente o computador – Ele é de Chicago.

– Sim, mas a dica diz para seguirmos os passos. Ou seja, o que ele fez depois.

– Caramba, só uma filha de Atena pra pensar nisso – Eu falei, admirada.

– Ah, obrigada – Annie disse com uma espressão orgulhosa.

– Já que é o que ele fez depois, vamos olhar a biografia – Disse Nico. E sim, estávamos na Wikipedia. Vai dizer que você nunca fez trabalho da escola por ela? – Em mil novecentos e setenta e três, blablabla – Ele foi lendo em voz alta – um dos vinte estudantes a serem aceitos como calouros na renomeada Juilliard School e... – Ele parou de ler, e todos nós nos entreolhamos.

– AAAH ACHAMOS! – Gritei com todas as forças dos pulmões. Como não pensamos na Juilliard antes, a maior universidade de música (e dança e teatro também, mas foda-se) do mundo?

– SIM, NÓS ACHAMOS – Annabeth e eu começamos a gritar juntas, feito duas loucas, então Muke apareceu na porta, com cara de sono e tapando os ouvidos.

– Caralho, precisa gritar tão alto? Não sei como a Ruiva não acordou...
– Rachel? – Perguntei – Cadê ela?

– Ainda desmaiada na cama, e... Nossa Hannah, eu saio por meia hora e você já sai sentando no colo dos outros, caramba...

– FIQUE QUETO BULUSTRUCO! – Eu peguei a primeira coisa que vi pela frente e taquei nele.

– AAH VOCÊ JOGOU UM GARFO EM MIM – Ele me olhou indignado – Porque você jogou um garfo em mim?!
– Preguiça de procurar a faca.

– Você nunca jogaria uma faca em mim Punk, poderia me acertar mal e me matar.

– ... e qual você acha ser o meu propósito?
Poderiamos ter ficado horas lá discutindo, mas Annabeth interviu.

– Não acho que seja o melhor momento para brigar, temos que ir para Juilliard.

– Olha, rimou! Posso fazer um poema também? TIVE UMA IDEIA, um haicai!

– Ah não, haicai aqui não, já basta os péssimos do seu pai – Disse eu, mas era tarde demais.

– Haicais vou fazer / Para todos alegrar / E Playboy irritar

NÃO ME CHAME DE PLAYBOY!

– Esse último teve seis sílabas – Percy murmurou, pensativo

– Não posso deixar de te chamar de algo que você é, Playboy.
Nico se levantou, com cara de que ia levar certa alma pro Mundo Inferior, e eu caí de cara no chão. Apoiei os cotovelos na mesa e perguntei a Annabeth:

– Posso deixar eles se matarem? Só um pouquinho?

– Bem, por mais que isso ia ser divertido... Não, não pode

– Aff – Eu sentei no chão, apoiei as costas na parede e gritei – Se algum de vocês ousar encostar UM dedo no outro, eu juro que dou um Pra Destrinchar, que eu acabei de inventar e é o Pra Machucar com o Pra Matar juntos. ENTENDERAM SEUS BULUSTRUCOS FUTRICADOS?

Os dois me olharam aterrorizados e assentiram, mas após alguns segundos voltaram a discutir. A única coisa que passou pela minha cabeça na hora foi: ‘Essa vai ser uma looonga viagem’.


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Notas finais do capítulo

Comentem, pessoas! Please heheh :)
*Músicas:
Senhor do Tempo - Charlie Brown Jr
Hoje Eu Acordei Feliz - Charlie Brown Jr
Um Minuto Para o Fim do Mundo - CPM 22
A Man For All Seasons - Robbie Williams
* Ps. Resolvi colocar os títulos só no fim agora, bem mais prático
* Pps. Não que eu ache que alguem vai ter interesse em fuçar as músicas que eu botar aqui, mas uai, nunca se sabe, tem louco pra tudo nesse mundo