Minha Aluna Preferida escrita por Jlovestories


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora,mas eu finalmente postei. Gente, esses dias me deu uma baita depressão pelo fim de harry potter,sabe? eu sei que ja aconteceu faz tempo,mas ainda to mal IUSAHIAUHAIUS
enfim, ai só fiquei assistindo os filmes e nem deu pra postarVamos a fic.



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– Grávida? – Ashley começou a chorar.
– Ashley,não... – tentei acalmá-la.
Sem sucesso.
Ela começou a chorar sem parar e piorava quando eu tentava acalmá-la.
De repente, ela parou.Enxugou as lágrimas e perguntou a Paige:
– Há quanto tempo ? –perguntou,com a voz triste.
Bom, eu estava quase chorando.Não só pelo fato de ter magoado a Ashley, mas por, no futuro, ser pai.
Paige olhou para mim,selou os lábios e olhou para o chão.
– 3 meses.
As lágrimas que queriam saltar de meus olhos, secaram. Um sorriso enorme surgiu em meu rosto e fiquei eternamente agradecido a Paige. Eu sabia que ela havia engravidado da vez em que Ashley beijou Cody e eu fiquei com raiva e queria lhe esquecer.Mas, Ashley não precisava saber disso.Nós nem namorávamos à 3 meses atrás.
Olhei para o lado e pude ver que Ashley também sorria.Não parecia tão alegre quanto eu,mas estava sorrindo.
– Isso não muda as coisas – seu sorriso se desfez – Sua ex-namorada ainda está grávida.
– Eu sei... – lamentei – Mas, nós podemos lidar com isso.Bom, eu posso.
– Mas eu não posso lidar com o fato de que sua ex está grávida de você! Você vai precisar passar muito tempo com ela,você só vai pensar nela e nesse bebê.Querendo ou não, você vai se importar mais com ela, pelo fato de ela ser a mãe do seu filho.Eu não posso lidar com isso,Joe. Desculpa...
Então, com lágrimas no rosto, ela saiu correndo de casa.
É incrível como isso me deixou irritado.Eu acho que preciso de alguém que,bom, não me abandone quando eu mais preciso de ajuda.
Passei as mãos pelo cabelo e me joguei no sofá ao lado de Paige.
– Obrigado,mesmo assim.
Ela deu um sorriso torto.
– Tudo bem.
Então, ela começou a choramingar. Fingi não ouvir no começo,pois,fiquei totalmente sem reação,mas ela começou a chorar e bem alto.
Virei meu pescoço devagar em sua direção e a vi com o rosto entre as mãos, chorando como uma criança.
– Paige... – sussurrei.
Ela jogou em meus braços e seu choro só ficou mais alto.
– E-eu não posso ter um filho – gritou,entre soluços – Não posso,Joe!
– Eu entendo... – dei tapinhas em suas costas.
Isso foi inútil e se eu fosse ela, teria me irritado bastante.
– Não entende! – me soltou – Isso é mais difícil pra mim do que pra você. Eu não vou conseguir mais emprego. Quem vai querer uma garota grávida? Que vai precisar ficar sem trabalhar por quase um ano por causa do bebê...Não poderei mais sair. Joe, eu acabei com a minha vida - ela passou a mão pelo rosto – Eu acabei com a sua vida,também.
Respirei fundo.Ela não podia se culpar.A culpa não era dela.Quer dizer, não era totalmente dela.
– A culpa não é só sua,Paige.
Ela olhou para cima e mordeu os lábios, parecia que fazia um grande esforço para não chorar.
– Eu ,realmente,não queria dizer isso.Eu nunca quis ou,pelo menos, fiz questão de que você trabalhasse...Mas acho necessário.
Ela escondeu o rosto com as mãos, como quem tem vergonha do que diz.
Assenti com a cabeça e me levantei do sofá.
– Eu preciso sair.
– Tudo bem – ela disse,serena e se deitou no sofá.
Sai de casa disposto a só voltar com um emprego,não estava fazendo isso só pela Paige, o caso do bebê ainda não tinha nem sido confirmado.Estava fazendo mais por mim mesmo, eu precisava de um emprego.
Caminhei rapidamente até chegar no meu antigo local de trabalho.Era final de semana, não haviam alunos lá.
Quando entrei ,vi o diretor caminhando pelos corredores, segurando vários papéis e livros. Por descuido, ele acabou derrubando alguns papéis e eu ,então, corri para lhe ajudar.
- Joe, o que faz aqui? – ele perguntou, olhando para mim, ajoelhado no chão, pegando seus papéis.
– Ah, de nada – disse andando com ele pelos corredores indo até a sala dos professores.
– Você,sempre debochado,não é? Me pergunto por que ainda acho você um dos meus professores favoritos.
Ri com seu comentário.
– Eu sou um ótimo profissional – me gabei.
Chegamos na sala e eu deixei,cuidadosamente, os papéis sobre a enorme mesa de madeira.
O diretor se sentou e ficou me encarando, esperando que eu dissesse alguma coisa.
– Eu preciso do meu emprego de volta.
– Que direto – ele franziu o cenho – Gosto disso e acho que você tem sorte.
– Por que? – puxei uma cadeira e me sentei – Vai demitir o outro professor e me contratar?
– Você quer um emprego,certo?
– Como professor de geografia, sim.
– Não pode ser outra coisa?
– Não vou ser faxineiro – gritei.
– Abaixe o tom de voz, garoto. Eu não disse nada sobre ser faxineiro.
– Mas deu a entender...- comentei baixo.
– Já arranjamos um professor de geografia. Um muito bom,por sinal e ... – o interrompi.
– O senhor acabou de dizer que sou seu professor favorito! – exclamei, já me levantando da cadeira, nervoso.
– Sente-se. Se acalme.
Voltei a me sentar.
– Este ano está uma loucura. São tantos papéis e tantos compromissos. Não consigo dar conta de tudo isso sozinho.
– Pode ser mais direto,por favor? – bufei.
– Quero que me ajude. Quero que organize minha agenda, cuide dos problemas dos alunos.Quero que seja como meu assistente.
Me inclinei.
– Pelo o que o senhor está dizendo eu serei praticamente o novo diretor dessa escola. Não vou fazer seu trabalho.
Admito que estava um pouco grosso,mas não era surpresa, muitas coisa acontecendo ao mesmo tempo. Eu estava sem paciência alguma.
Ele riu e apoiou as mãos sobre a mesa.
– Não irá fazer meu trabalho,não se preocupe. Só quero que me ajude com algumas coisas.
– Tá e quanto eu ganho com isso?
Ele riu novamente.
– O seu antigo salário – então, ele estendeu a mão ruidosamente – Fechado?
Apertei sua mão.
– Fechado.
– Te vejo amanhã,bem cedo – ele apontou – Sem atrasos.
– Tudo bem.
Sai de lá saltitante, cheguei em casa e fui dormir.”Amanhã vai ser um longo dia” pensei.
Acordei e me troquei o mais rápido possível. Paige estava na sala, ela acabara dormindo no sofá.
Me dirigi até ela cautelosamente e cutuquei seu ombro. Ela só murmurou alguma coisa,mas não se levantou.
– Paige, vamos lá...Eu tenho que ir trabalhar.
–Trabalhar? – ela disse e depois bocejou.
– Sim,consegui um emprego na escola onde eu trabalhava – disse entusiasmado.
Ela pareceu se desanimar.
– Não pode conseguir em outro lugar?
– Eu quero trabalhar lá.
– Pra que? Pra ver a Ashley todos os dias?
– E se for? O que você tem a ver com isso?
– Eu sou a mãe do seu filho,Joe! - ela se fez de vitima –Vou ficar aqui sozinha ? Grávida? Sem fazer nada?
– Não! – exclamei – Enquanto eu trabalho, você vai tentar marcar um dia para irmos fazer o bhcg , tudo bem?– disse com uma falsa felicidade.
– Você está duvidando de mim?
– Sim.
– O que aconteceu? Você estava tão doce comigo ontem...
– Você nunca transou comigo sem proteção...-engoli em seco - Não acredito em você
Ela abaixou o olhar.
Abri a porta de casa e sai em direção a escola.
Quando cheguei vários alunos vieram me cumprimentar. Me perguntando se voltaria a dar aulas e essas coisas.Foi legal, eu senti que eles realmente gostavam de mim e que sentiram minha falta. Alguns garotos me deram tapinhas nas costas e as garotas me abraçaram,algumas me abraçaram tão forte que quase fizeram meu pulmão sair pela boca.
Entrei na sala dos professores e também fui recebido por abraços.
– Sabia que acabaria voltando! – Lídia, a professora de história disse,com um enorme sorriso no rosto.
Muitos dizem que os professores de História e Geografia não se dão bem,mas no meu caso era o contrário.Lídia era a professora mais divertida da escola. Ela era uma senhora, as vezes, para brincar comigo, ela diz que sou seu neto mais velho. Ela tinha cabelos longos loiros,com bastante fios brancos o tornando quase apagado. Ela era baixinha e gordinha,mas tinha um sorriso lindo.Para poder lhe abraçar eu tinha que me inclinar...Eu adorava isso,me sinto alto.
– Bem na hora! – O diretor Márcio aplaudiu e sorriu,sarcástico - Parabéns.
Revirei os olhos.
– Venha, vou te levar para sua sala –ele me puxou pelo braço.
– Minha sala?
– Sim, sua sala. Fica logo do lado da minha.
–Tudo bem, vamos!
Saímos da sala e caminhamos pelo corredor rapidamente, eu queria ver minha sala o mais rápido possível.
O diretor abriu a porta de madeira,bem no final do corredor.Minha sala.
Ela era bem rústica. Tudo era de madeira. Logo a minha frente havia uma mesa de madeira clara com duas cadeiras um pouco mais escuras em frente e uma almofadada vermelha atrás,ali seria onde eu me sentaria. Ao lado da mesa, havia um armário médio e uma prateleira cheia de livros bem ao seu lado.
– Isso é incrível! – gritei e corri para sentar na minha cadeira almofadada vermelha.
Márcio entrou na sala com um sorriso no rosto.
– Que bom que gostou...Agora, eu vou para a minha sala bem aqui ao lado – ele apontou para a porta – E já volto para falar com você sobre o que tem que fazer.
– Beleza! – acenei.
Ele saiu da sala, então coloquei meus pés sobre a mesa e fiquei relaxando, olhando para o teto.Era o melhor trabalho do mundo.
Mas, como tudo que é bom acaba logo, o diretor abriu a porta e se sentou na cadeira na minha frente.
– Tire os pés da mesa – ele empurrou meus pés para baixo.
– Ei, a sala é minha. Minhas regras. – voltei a colocar os pés sobre a mesa.
Ele deu de ombros.
– Vá nas salas e entregue aos professores esses folhetos – um bloco enorme de folhas brancas foi jogado sobre minha mesa – São sobre o passeio de final de ano.
– Tudo bem –bufei.
– E, ah! Tem uma aluna que está dando problemas lá no 3° ano, pode ir ver o que acontece? “Sim,senhor” – ele fez uma péssima imitação da minha voz.
– Você é péssimo,cara.
O diretor Márcio era mais velho que eu,mas parecia tão jovem quanto. Ele tinha cabelos pretos e olhos castanhos claros, era bem magro e musculoso. Confesso ter um pouco de inveja, pois seus braços são maiores que os meus,mas nada muito difícil de alcançar.
Me levantei e fui em todas as salas, entregando os papéis sobre o passeio de fim de ano. A ultima sala era a da Ashley. E por uma estranha coincidência a aluna que estava se comportando mal, era ela.
Quando entrei na sala, ela estava com a cabeça abaixada,por isso não me viu. Cochichei para a professora para entregar os papéis e depois chamei por Ashley. Ela levantou a cabeça devagar e quando me viu,levantou-se da cadeira em um pulo .
– V-você voltou ? – ela gritou e me assustou e quase a sala inteira.
– Ashley, vamos... precisamos falar sobre seu comportamento em sala de aula.
Ela respirou fundo e veio até mim, depois se virou e saiu da sala. Olhei para a professora e sorri,então fui atrás dela.
– Precisava de um emprego pra sustentar sua família,não é? – ela disse quando se sentou na cadeira,logo em frente a minha.
Me sentei e me inclinei em sua direção.
– Não vim aqui pra falar sobre isso.Não sou mais seu namorado,nem nada.Você terminou comigo sem nem saber meu lado da história,sem nem se preocupar como eu ficaria.Eu precisava de alguém...Mas tudo bem – lamentei.
Ela selou os lábios.
– Você nunca havia se comportado mal antes, por que agora está tão agressiva? – perguntei,como um bom assistente de diretor.
– Me desculpe,Joe.Não queria que se sentisse sozinho.Me senti assim e sei o quanto é ruim – ela abaixou a cabeça – Eu te amo e tenho medo de te perder pra ela.Esse bebê vai acabar com tudo - ela se levantou.
Eu me levantei também.
– Nós nem temos certeza de que ela está mesmo grávida,não podemos tomar atitudes precipitadas.
Ela assentiu com a cabeça e me abraçou.
Ficamos abraçados por alguns segundos, então ela passou a mão pelo meu rosto e me deu um selinho. Depois, voltamos a nos abraçar.
– Eu te amo – ela disse no meu ouvido.
– Eu... – parei de falar e fiquei boquiaberto.
Não consegui completar a frase.
Ashley me soltou e se virou.
Márcio, o diretor estava parado na porta,nos olhando com desdém.



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