What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 7
BONUS EDWARD CULLEN


Notas iniciais do capítulo

Ooooiii!:) Mais um cap pra v6!
Hoje é o pov ed Bonus q eu falei no capitulo anterior. Rsrsrs
Neste cap o eddie vai aprontar! kkkk Mas tb néh? C/ aqla namo dele num tem nem jeito! rsrs
bjsssssssssssssssssssssss espero q gstem! *_*



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Bonus POV Edward Cullen

Eu pretendia encontrar Bella no final da aula, para fazê-la me contar o que ela descobriu ontem. Eu não sabia se estava certo, mas em minha opinião ela tinha desistido de dizer. Na noite passada quando a Tânia apareceu eu fiquei um pouco irritado pois, estava curioso. No entanto, duvidava que a Bella fosse me contar naquela hora e ver a Tânia sempre me fazia bem de qualquer forma. O problema foi que na saida ela estava com a Rosalie, que me olhava estranho. Elas voltariam juntas para a casa da Bella sem a Ally. “Deixe só Alice saber” Pensei divertido. Eu não sabia se devia falar na frente da Rose além do mais devia ser relacionado ao “Assunto Esme” Então eu realmente não devia. Com exceção dos envolvidos somente eu e Bella sabíamos do relacionamento fora do casamento que Esme tinha com Billy. E deveria continuar assim.

Desde criança eu sempre fui exageradamente ligado ao casamento dos meus pais. Mais que as crianças normais por isso a descoberta que eu fiz com a Bella me abalara e muito. Irritava-me muito quando Esme dizia que não amava Carlisle, nas varias vezes em que ela ameaçou separar-se dele, nas brincadeiras e nas piadas que ela fazia, o modo frio com que Carlisle tratava Esme às vezes, a constantes brigas por motivos muito idiotas. No entanto eu consegui superar melhor que muitos adolescentes revoltados com a separação dos pais. Eu não achava que isso era desculpa para virar um moleque. Na verdade, aquilo me fizera amadurecer. No entanto eu me pegava muitas vezes culpando realmente a minha mãe. De qualquer forma eu não iria querer decepcionar Carlisle e nem deixar a Esme triste. Aquilo era problema meu.

O pior de saber de tudo era a sensação de impotência. Eu não podia fazer nada. Não podia confrontar a Esme e nem permitir que ela soubesse que eu sabia. Não podia falar nada para o Carlisle. Às vezes eu fazia algumas insinuações. Esme parecia perceber, mas duvidar. Em alguns momentos eu sentia que Carlisle tinha ciúmes de Black. Muitas vezes eu desejava ter deixado aquilo enterrado, estar no escuro. E eu não podia fazer nada. Por esse e outros motivos quando eu tinha uns 13 anos decidi me desligar do casamento deles. Não é problema meu. Eu preferia pensar. No entanto as brigas deles me incomodavam. O casamento dos dois andava numa corda bamba. Eu sentia que havia uma ligação muito forte entre minha mãe e meu pai. Talvez pelos anos de convivência, talvez pelo amor de Carlisle. Meu pai a amava apesar de tudo. Mesmo com as brigas, a ausência e tudo mais Carlisle a amava. Eu não sabia o que a Esme sentia. Ainda assim os dois brigavam muito. Por motivos bobos. Problemas no hospital, chegar tarde em casa, ausência dos dois, brigavam por minha causa ou da Alice, Alguns anos atrás brigavam por falta de dinheiro, por stress, tudo era motivo para uma discussão. Na maioria das vezes eu concordava com Carlisle, no entanto não concordava com a forma com que ele colocava suas causas. Gritando, brigando e fazendo muito drama. Às vezes eu achava que eles deviam separar. Mas eles não faziam isso e eu não acreditava que aquele casamento fosse durar muito tempo.

Eu admirava o meu pai. Desejava muito ser como ele. Ele era um homem honesto, verdadeiro, bem resolvido, forte, lutador, que conseguira alcançar seus objetivos, um homem que tinha potencial e força de vontade. Mas eu não era. Eu não era nada disso. E eu sentia que ele esperava isso de mim. Todos na verdade esperavam algo de mim. Se não eram as melhores notas, eram os sorrisos, a beleza, minha conversa, dinheiro, boa conversa, potencial todos queriam e esperavam algo de mim, um comportamento e um resultado meu. Mas eu não era capaz de agradar a todos. Eu não podia.

A única pessoa que não esperava nada de mim era a Bella. Ela me conhecia por inteiro e me amava exatamente como eu era. Nós éramos muito mais que irmãos ou melhores amigos. Éramos nosso reflexo do espelho. Ela tinha minha alma e eu tinha sua. Eu a amava de uma maneira diferente das conhecidas. Não amor de irmão, tampouco de homem para mulher

-Ugh!- Estremeci com o pensamento.

 Ou amor de amigos ou qualquer coisa que eu já ouvira falar. Era mais que só amor, mas uma incrível ligação muito especial.  Obvio que não era o que Alice ficava falando de “Beward”. Aquela menina tinha uma mente que não permitia que ele visse amizade entre homem e mulher.

O tempo todo ela esteve ao meu lado. Convivendo com meus dilemas e os entendendo melhor que eu mesmo. Talvez se não fosse Bella eu não iria conseguir que me livrar dos meus problemas. Era mais que divertido ficar ao seu lado, e era ótimo conversar com ela e discutir.

Era exatamente por isso que me irritava tanto Vê-la com Jacob. Eu me sentia muito traído. Ela descobrira tudo comigo. Ela vira o tanto que o relacionamento de Billy com minha mãe me fizera sofrer. Ela odiou o Billy tanto quanto eu, e agora estava saindo com o filho dele? Era um absurdo. No inicio eu até pensei que fosse armação dela com a Alice só para me irritar, mas na mesma hora percebi o quanto era ridículo pensar aquilo delas. Lógico que eu não ia pedir desculpas. Tudo bem que era Minha amiga que eu amava, mas pedir desculpas? “Fale serio!”

Resolvi deixar a Bells a Rose sozinhas, parecia que elas estavam com pressa.  Então fui procurar a Tânia. Tânia era minha namorada. A única garota que eu já desejei me envolver de verdade. Com um compromisso exclusivo. Eu dizia para a Bells que nunca iria me apaixonar e era verdade. Eu não estava apaixonado pela Tânia, mas eu gostava muito dela. Eu na verdade precisava dela. No entanto eu não acreditava que era amor. Eu não acreditava no amor. Para mim isso era invenção dos poetas que romantizaram uma idéia de carinho entre duas pessoas.

 Não era como se eu nunca fosse amar alguém. Eu amava meus pais, a Bella, a Ally, mas amor, amor mesmo de homem para mulher. Desses que fazem casamentos durarem para sempre. Que eles mostram nos filmes. Neste amor eu não acreditava. No amor que eles chamam de “Verdadeiro amor”. Isso não existe. Pensava comigo mesmo. Mas eu a cada dia que passava me sentia mais dependente da Tânia. Eu gostava realmente dela. Sentia ciúme, sentia-me às vezes intimidado. Não sentia aquelas coisas do amor. Aquelas coisas que não existiam. Aquelas sensações que ninguém já viveu. Isso não, óbvio. Não era como se eu fosse morrer por ela. Na verdade para mim, ninguém era tão importante a esse ponto. Pelo menos era o que eu pensava.   

No entanto ao vê-la caminhando com seu belo sorriso, seus cabelos esvoaçados, sempre perfeita em minha direção, sentia-me satisfeito. Amado. Eu tinha a menina mais bonita da escola ao meu lado. Era isso. Eu não merecia nada abaixo do melhor. E ela era o melhor. Nós éramos os melhores.

Eu a abracei e ela retribuiu prontamente. Senti seus lábios em minha bochecha, fazendo carinho. Eu ri. Aquilo era bom. Correspondi a caricia virando-me para beijá-la. Beijamo-nos com desejo. Isso era uma coisa muito importante também. Eu a desejava. Sentia meu corpo reagir incrivelmente ao dela. Não havia me sentido assim com muitas meninas.  A puxei para mim, apertando sua cintura delgada contra meu corpo, ela sorriu maliciosa, paramos e respiramos fundo. Ela sorriu de um modo diferente dos sorrisos que eu estava acostumado a receber. Expulsei o pensamento a abracei conduzindo-a para o meu carro. Ela entrou e eu também. Olhei-a de novo e a admirei. Antes de sair teríamos que terminar o que começamos.

-Tudo bem?- Perguntei casualmente para puxar algum assunto.

-Sim. E com você?- Ela sorriu.

-Tudo Ok. Mas sabe que pode ficar melhor?- Os assuntos que esperassem. Ela sorriu.

-hmmmm E como?- Ela sorriu com malicia e eu me aproximei.

-Tem certeza que não sabe como?- Perguntei colando meus lábios nos seus. Talvez eu pudesse me apaixonar.

-hun humm- Ela falou balançando negativamente a cabeça com sua língua invadindo minha boca. Passou seus braços ao redor do meu pescoço e eu a apertei contra mim. Continuamos assim até aquele beijo tornar-se bem mais profundo. Eu podia sentir meu corpo reagindo.

(Eca! Eu é que não vou escrever lemon do Eddie e dessa putania safada, deus me livre! Kkk)

                                                          ***

Deixei Tânia em sua casa e fui direto para minha. Quando cheguei lá Carlisle me esperava.

-Oi filho.- Ele disse sorrindo. Eu sorri de volta. Sentando-me na poltrona que ficava a frente do sofá em que ele estava sentando.

-Você quer alguma coisa?- Perguntei sem me preocupar com as lições básicas de boas maneiras. Ele riu.

-Edward! Eu não quero nada. Só queria conversar com você. -Eu tive que ri.

-Sobre?- Perguntei divertido.

-Sobre você. Sobre nós, sua carreira...  –Claro. Minha carreira. Por que eu não estava surpreso?

–Edward, acho que você não esta dando o devido valor a isso. Ás vezes sinto como se você não estivesse certo do que vai fazer. A escolha é totalmente sua, filho. Não deve achar que, porque eu sou medico você também precisa ser e... E bem se essa for realmente sua vontade Edward, precisará dedicar-se mais. Você tem estado tão desfocado. Passa a maior parte do tempo com sua namorada. Faz coisas que sabe que não deveria saber. –Na verdade eu queria mesmo seguir a carreira de medicina. Só não achava que eu tinha potencial para isso. Meu pai acreditava em mim. Todos acreditavam em mim. Inclusive a Bella e eu decepcionaria a todos.

-Pai, na verdade eu... Eu não quero fazer isso. –Ele arregalou um olhos numa uma expressão estupefata. Depois da estupefação sua expressão transformou-se em cólera.

-O QUE??? –Ele quase gritou.

- Eu não quero fazer medicina. –Falei decidido.

-Como assim não quer fazer medicina meu filho? –Ele perguntou lutando para manter o controle.

-Eu não posso fazer isso Carlisle. –Falei desistindo.

-É claro que você pode!

-Não. Eu não quero! Você não acabou de dizer que era uma opção minha?

-Mas Edward! –Ele continuou tentando me convencer mas, logo perdeu seus argumentos. Só havia uma pessoa que não perdia em argumentos para mim. É claro que Isso resultou numa pequena briga e o Carlisle me acusando de não me dedicar, de deixar as coisas importantes de lado e outros insultos. Eu não me dedicava mesmo, ele tinha razão. Mas, ele não precisava ficar jogando isso na minha cara e me fazer sentir como um lixo.

Subi para o meu quarto. “Saco! Eu devia ter ficado com Tânia mesmo!” deitei em minha cama. Meu quarto tinha o piso coberto de carpete cinza chumbo e as paredes eram muito brancas. Uma das paredes era tomada por grandes janelas de vidro que ocupavam toda a sua extensão. Tinha vista bonita para o jardim. Havia uma estante grande na parede leste. Estava cheia de CDs, livros e alguns objetos de decoração. Vários deles eu havia escolhido com a Bella. Do outro lado estava à cama que era muito grande e fora escolhida pela a Alice. Notei em cima dos lençóis cinza e pretos meu celular que eu estava procurando. O toque comum denominado “Marimba” que eu não havia feito questão de trocar ecoava pelo quarto.

-Deus me livre! Vou mudar esse barulho!- Falei sozinho. Fui até a cama para atender. Rapidamente notei a foto da Tânia. Atendi alegremente. “Já esta com saudades?” Pensei ironicamente.

-Oi querida. Aconteceu alguma coisa?

-Nãão –Ouvi sua risada. –Só queria falar com você mesmo. É que bem você sabe que a primavera esta se aproximando e isso quer dizer que o baile de primavera está próximo também e eu estava conversando com a Jéssica e Edward eu vou precisar da sua ajuda. –Estranhei. Eu não gostava dessas bobagens como baile, mas preferia ir. Normalmente todas as meninas sem exceção sempre ficavam loucas para que eu as chamasse. Isso era fato. Lembro de ter ido a muitos bailes com meninas diferentes. Até uma vez com a Bella que recusou até o último minuto a ir comigo. Não sei porquê. Foi preciso muito de mim e da Alice para fazê-la mudar de idéia. Enfim, nunca me faltava opção. Só a Bella que tinha que ser a diferente. Mas tirando ela nunca. No entanto Tânia já devia saber que eu iria com ela. “Que louca!” Pensei divertido. Resolvi fazer uma brincadeira com ela.

–Ah sim! O baile! Eu convidei a Bella para ir comigo. Tem problema? –Eu quase ri já esperando o grito. “3 2...”

-O QUE FOI QUE VOCÊ DISSE? REPETE EDWARD ANTHONIE MASEN CULLEN! – 1. Não aguentei e cai na gargalhada.

-Calma! Eu só estava brincando... – Ri de novo.  

-Idiota! – Por que as pessoas ficavam me chamando assim?

-Do que você precisa?

-Hã bem... É que o Mike ele não quer ir com a Jéss. Na verdade ele não quer ir ao baile. E seria muito mau para a minha amiga se ela não fosse e bem... O cara que ela quer não liga muito para ela. – “Serio que você vai ficar me contando desses casinhos de amiguinhas ridículos seus?” Pensei me irritando com a Tânia.

-Verdade! Nossa que lindo! E no que isso me interessa?  

-Wow! Que gentileza! Não te interessa em nada. Tem razão. –Ela respondeu sentida. Naquele segundo eu me senti mal. Eu não queria deixá-la magoada. Só não me interessava mesmo esses assuntinhos de amigos e popularidade da Tânia. Ela desligou o telefone e eu li o aviso de chamada finalizada.

-Droga! –Reclamei comigo mesmo. Eu era um imbecil. Liguei de novo para ela no mesmo instante. Ela demorou a atender. Deitei-me na cama de costas para baixo.

-O que você quer? –Perguntou de forma hostil. Não me importei. Ela tinha motivos para estar com raiva.

-Me desculpe. Eu fui um idiota. –Falei rápido para que ela não desligasse. E até pedi desculpas. Eu não devia ter pedido desculpas, pensei estranho. Ela riu.

-Tudo bem. Eu também estou muito dramática. –Eu ri.

-Deve ser TPM. Hormônios a flor da pele! –Falei em tom de brincadeira.

-Você vai quere me ouvir dessa vez. -Ela perguntou como se estivesse esperançosa. Reprime um suspiro exasperado.

-Pode falar querida. –Resondi com a voz suave.

-Então. Ela quer ir com o Jacob. – “Esse filho da puta deve estar me perseguindo!” resmunguei.

-Hummm. Sei que não gosta dele, mas Edward é que bem... Eu... Eu acho que se você quiser poderia ir até ele e bem... Ser meio... Meio... Tipo legal com ele! Talvez dê certo. Ele é um Mané! Faz qualquer coisa por popularidade e se... Se tipo vocês fossem mais próximos poderiam ser muito mais populares. Jacob toparia qualquer coisa que pudesse aproximá-lo de você.

-EU NÃO VOU FAZER ISSO! –Falei com ódio.

-Por favor, Edward. –Ela pediu com a voz doce.

-NÃO! EU O ODEIO! NÃO VOU FAZER NADA!

-Por mim meu amor! – Ela miava carinhosamente.

-NÃO! TÂNIA ESQUECE! VOCÊ NÃO SABE O QUE ELE FEZ! EU NUNCA VOU FAZER NADA PELO JACOB! –Eu ia acabar estourando de verdade e eu não queria perder o controle com ela.

-TUDO BEM SEU IMBECIL! ISSO QUE VOCÊ É UM IMBECIL MESMO! SE FOSSE UM POUCO MENOS CRIANÇA IRIA PERCEBER O QUANTO ISSO É BOM PARA VOCÊ SEU IDIOTA! NÃO PERCEBE QUE SE ELE NÃO LEVAR A JÉSSICA VAI COM A BELLA! E EU ACHEI QUE VOCÊ NÃO FOSSE QUERER SUA AMIGA COM AQUELE MERDA! EU SÓ QUERIA TE AJUDAR SEU BURRO! – Ela continuou me insultando com palavras bem piores. Descendo bem mais e depois desligou o telefone na minha cara. Depois que eu me castiguei por tê-la magoado de novo comecei a levar em consideração algumas coisas que a Tânia descontrolada falou. Ela sabia que eu odiava o Jacob. E eu contei para ela que estava muito irritado com ele agora por querer sair com minha melhor amiga. Achei um pouco engraçado quando notei uma pontada de ciúme da Bella na Tânia. “Que bobagem! Bella era só minha amiga!” Pensei divertido. Depois voltei a ponderar o que a Tânia dissera. Ela sabia e queria me ajudar. De novo a culpa me atingiu e eu a expulsei. Mas como ela esperava que Jacob pudesse querer não me odiar? Eu sempre fui pior que o diabo para ele. E por que Tânia iria querer que a Jéssica fosse ao baile com aquele canalha? E lembrei-me dela ter falado que queria ajudar a amiga. Eu estava começando a admirar realmente a minha namorada e sua bondade. Ela queria livrar a Bella do Jacob porque sabia que isso me magoava. Mesmo sentindo um pouco de raiva da minha amizade com a Bella. E ao mesmo tempo queria colocar sua amiga com o Jacob porque era a vontade da Jéssica. Mesmo que ela achasse que o Jacob não fosse uma boa companhia. Meu coração falhou. Eu não devia ter sido tão duro com ela. Logo outro pensamento veio em minha cabeça. Lembrei-me de que minha amiga queria muito que eu desse uma chance ao Jacob. E eu não pude ouvi-la mesmo sabendo que isso a magoava. Mas logo me livrei dele porque as causas eram diferentes. Com a Tânia fora só pelo meu ódio pelo Jacob envolvido ao ciúme que eu sentia dele com a Bella. Devia ser algo parecido com ciúme. Eu não queria perder minha amiga para aquele canalha e principalmente pensar na idéia de que ele poderia machucá-la. Mas com a Bella fora muito mais. Ela sabia de tudo o que o Jacob fizera. Ela esteve comigo o tempo todo sem contar que o Jacob tinha fama por destruir corações. Fora por proteção. Por raiva também. Ela estava me traindo. E eu não tolerava traições.

Sim. Realmente Tânia teve uma boa idéia. Eu começaria a tentar de toda a forma recomeçar com o Jacob. Não seria difícil porque como ela mesma disse, ele era um sangue-suga de popularidade. Jacob do jeito que estava todo empenhado em conquistar minha melhor amiga a convidaria para o baile e se ela estava apaixonada por ele aceitaria de primeira. É nessa parte que eu entraria. Como o bom camarada que eu seria, sem nem imaginar que aquele filho da puta queria levar minha linda amiguinha inocente, convenceria o Jake a levar outra garota. Neste caso para fazer a Tânia feliz essa garota seria a Jéssica. Bella ficará magoada com ele. Nada comparado ao que ela ficaria se realmente Jacob seguisse com os planos dele de conquistar minha amiga. E se não desse certo eu sendo amigo do Jacob poderia inventar outra situação para fazer dar certo. E estava tudo ótimo. E ainda para melhorar todos sairíamos bem. Jacob mais popular, eu livre do tormento de imaginar Bella com meu pior inimigo, Tânia feliz pela Jéssica e por mim, Jéssica feliz por sair com o canalha do Jacob, e claro minha amiga sem aquele vadio do inferno.

O Plano era ótimo. Minha namorada tinha razão. Eu falaria com ela na manhã seguinte porque ela estaria mais calma. Então eu me senti mal por fazer isso com a Bells. “Se ela descobrisse me perdoaria?” Perguntava-me confuso. Mas por que ela teria raiva? Eu estava fazendo tudo aquilo pelo bem dela. Iria me humilhar tentando ser amigo do Jake por ela. Sim. Eu estava fazendo a coisa certa.

 De manhã eu estava ansioso em falar com a Tânia e com a Bells também, ela ainda não tinha me falado o que queria me contar no domingo passado. Eu não sabia em qual eu iria primeiro. Tomei minha decisão assim que eu vi a Bells aparecer de mãos dadas com o Jacob. Minha primeira reação foi a raiva. Mas logo depois eu me controlei e comecei a iniciar meu plano perfeito. Fui em direção aos dois. Ao ver-me fecharam a cara. Jacob pela natural inimizade e Bella me precavendo como se dissesse “Comporte-se seu animal!”. Resolvi fingir que não estava percebendo a hostilidade. Aproximei-me sorrindo largamente.

-Olá Bells, Jacob. –Falei sorrindo para o meu atual-inimigo-futuro-camarada. Bella arregalou os olhos como se tivesse levado um soco. E o Jacob franziu a testa. Aproximei-me da Bella e sorri para a sua expressão. Aquela expressão que ela fazia quando tentava me entender. Eu sentia como se ela pudesse ler minha mente. Sentia-me preenchido.

 – O-oi Edward. –Ela falou tentando preencher o silêncio. Sorri em resposta.

-Eu estava te procurando. E a você também Jacob. –Finalizei tentando fingir que me sentia constrangido.

-Me procurando? O que você poderia querer comigo? Esta querendo marcar um encontro de gangues? Eu não tenho uma gangue meu camarada. –Ele devia estar querendo morrer mesmo. Eu ali sendo legal com o desgraçado e ele já vinha provocar? E a Bella não fazia nada. Se fosse eu provocando, com certeza ela reagiria. Sorri amarelo tentando esconder a minha frustração.

-Não seja bobo Jake –Ele fechou a cara. Eu poderia até sentir-me um pouco intimidado com o tamanho e o porte físico do Jacob. Mas, eu sabia que ele não passava de um gay. –Na verdade eu... Eu queria... Queria... Pedir... –Bella abriu um sorriso enorme. Ela sabia o quanto era impossível para mim, pedir desculpas.

-Pediiir... –Ela incentivou. “Nossa!” Pensei confuso. “Minha amiga pode ser bem bandida!” Quase ri com meu pensamento.

-Pedir... hã!

-Fale logo! Não é impossível! –Ela falou com um sorrisão. “Sim. Ela não só pode como ela é muito bandida!” Ainda me encontrava nessa linha de pensamento quando notei que o desgraçado ainda ria.

-Pedir desculpas! Pronto falei! Eu tenho sido muito injusto com você Jacob! Eu sei disso! Mas é uma coisa complicada. Desculpe-me. –Vi o sorriso da Bella desaparecer transformando-se numa expressão compreensiva. E depois de orgulho. Franzi a testa sentindo-me péssimo por enganá-la. Isso era para mim, uma coisa muito difícil. Não só porque ela podia me ler como ninguém, mas também porque era algo muito infeliz para o meu ser. Era como se eu traísse minha alma. Por que ela tinha a minha alma. A sensação horrível passou por mim e eu não conseguia me livrar dela. Mesmo sabendo que eu fazia isso para o bem dela. Perguntei-me se eu não podia dar uma chance ao Jacob para ver se ele poderia fazê-la feliz. Por que ele não poderia amá-la afinal? Qualquer um poderia amar a Bella. Ela era incrível. Perguntei-me se eu não estava fazendo tudo aquilo pelo meu orgulho. Por um ciúme atroz. Mas eu não conseguia me convencer a não seguir em frente. Eu faria aquilo pela Bella. Porque eu não queria que ela se magoasse. Eu tive certeza disso. Eu nunca faria nada que magoasse a minha amiga se eu não tivesse certeza de que seria por ela. Nunca por mim. Na verdade, Eu não me sentia capaz de machucar alguém para alcançar algum objetivo pessoal. Que dirá a minha Bella. Sorri tentando ter certeza do que eu estava fazendo. Eu poderia desistir de qualquer forma.  Provavelmente Jacob percebeu que o meu sorriso era totalmente verdadeiro. Por que na verdade eu devia estar virado para a minha Bella. E acreditou no meu pedido de desculpas. Ainda com os olhos estreitos como se tentasse ver através do que eu falava Jacob aceitou meu pedido de desculpas numa atitude muito nobre da parte dele. Por que eu realmente acreditei que teria que me humilhar ainda mais para ele aceitar meu pedido de desculpas. Notei que Jacob não estava totalmente confiante na minha mudança de atitude. Mas a Bells estava. Ela me olhava com uma expressão não só de plena confiança, mas também de orgulho. Ela estava orgulhosa de mim. Por que ela confiava plenamente em mim. Ela me enxergava, mas não me achava capaz de enganá-la daquela forma.

-Obrigada Jacob. Fico feliz em poder começar do zero. –Levei minha mão para frente num gesto amigável. Ele aceitou o gesto levando sua mão a minha e apertando-a. Notei em sua expressão condescendência ao mesmo tempo em que ele se mantinha alerta. Ele sorriu. Sorri de volta.

Neste momento Tânia passou a alguns metros de nós. Notando a minha mão sobre a de Jacob ela sorriu aprovadora e piscou. Não correspondi evitando desconfianças, mas fiquei internamente satisfeito. Ficamos alguns minutos conversando. Era um pouco difícil. Foram anos de rivalidade. Mas apesar da forma evasiva em que conversávamos nos saímos bem.

-Hã... Então é isso.- Jacob falou notando que eu queria ficar sozinho com minha amiga. Bells ainda me olhava satisfeita. Eu estava muito feliz que ela estivesse feliz. Não achava que fosse ser tão fácil passar por cima daquilo que nós acreditamos.

-É isso. Bem, ok então... Hã... –Bella começou mas, depois parou. Eu sorri sem saber o que falar. A situação era bem sem graça na verdade.   

-É isso eu tenho que ir. –“Nossa! Pensei que você não fosse se tocar nunca Jacob!” Pensei com ironia. –Tchal linda. –Ele disse beijando o rosto da minha amiga. Ela não era a melhor amiga dele. Quando ele se afastou ela me lançou um sorriso contente.

-Você é incrível!- Exclamou abraçando-me alegremente e me pegando de surpresa. Correspondi meio desnorteado, e logo depois senti a culpa inundar todo o meu ser. Porque naquele momento eu sabia que estava traindo realmente a minha alma. Mas eu descobri naquele dia que, às vezes é muito mais fácil daquilo que pensamos desistir daquilo que acreditamos...

 (Fim - BONUS PARTE I) E.C


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Notas finais do capítulo

E aí gente o q v6 acharam do pov ed? Gstaram? Tão c/ raiva do Edzinho? kkkkk
Calma q v6 perdoar ele... espero... rsrs
bjssssssssssssss Até o proximo capitulo!!! :)