What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 16
Capítulo 15 Sonho


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, demorei de novo gente? desculpem! Eu ando todaaa enrolada esse dias todos, não to tendo tempo pra escrever a FIC... E eu to demorando mais nem sei o pq...
pra v6 terem uma ideia, Nem na estreia de BD eu fui ! aaaaaaaaaaaaaaaah Eca! Viajei, tive trabalhos mó dureza, nunconsegui fazer nada... e meu pai ainda me perguntando pq eu tava triste. ;(
Maaas saindo fora do assunto fúnebre da minha vida, espero que v6 me perdoem e não abondonem a FIC.
Eu também gostaria de pedir mais comentarios de v6, fantasminhas. A enorme maioria dos leitores akie, nunca comentaram. (e os q comentam pararam.) então eu vou pedir isso, pq qd v6 deixam de comentar eu me sinto MEGA insegura, não sei se v6 odeiam ou gstam ou oq escrever. Eu PRECISO dos comentarios d v6 pra eu saber um pouco oq v6 querem ler na fic *_* então pleeaasee naum esqueçam de comentar!
(tenho recadinhos lá em baixo! :D) Não são chatos...



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O restaurante sugerido por Edward parecia ser ótimo. O local era muito interessante, com luzes fluorescentes nas arestas, e outras imprensadas no teto. As paredes eram cobertas por carpete marfim, misturando alguns outros tons neutros. O piso era em tabuas firmes de madeira caramelo com mesas inteligentemente alternadas, forradas com alguns tecidos rosa salmão. Era muito bonito na verdade. Havia musica ambiente. Uma banda de três integrantes que tocavam alguns instrumentos simples, um dos rapazes acenaram para Edward que correspondeu. Não disse nada. Os garçons flutuavam pelo local com suas enormes bandejas de prata, e havia alguns homens de preto cuja função eu não conhecia. O chefe também às vezes aparecia. Algum dia Edward me pagaria por ter me trazido ali, um lugar caro e com pessoas que vestiam Prada. Bufei pela terceira vez encarando-o mortalmente. Ele me lançou um sorriso amarelo.

–Para com esse mau humor vai? -Lançou-me um olhar persuasivo. -Não sei por que tanta marra, Lembra como o Maitrê a olhou hã? Você disse que ele era bonitinho Bell! –Revirei os olhos.

–Eu não vi jeito nenhum. E ser bonito não me deixa interessada, acredite.

–Hmmmm , chata garotinha chata... - Cantarolou deixando a voz aguda. -O que a deixa interessada afinal? -Perguntou revirando os olhos.

–Hã, eu não tenho certeza...

–Espera que eu adivinho! -Fez uma careta engraçada. -Ele tem que ser um homem honesto, educado e româanticoo. -Imitou novamente minha voz. Como ele conseguia ser tão irritante?

–Ok chega! -Ele ria. -Ah! Qual é? Para com isso! -Se ele não parasse com aquela gargalhada estrondosa o garçom nos colocaria para fora. -Deixa de ser idiota, é serio! Olha aquela moça olhando! Ugh! -Ele ainda sorria enquanto se segurava. De repente uma Salma de palmas que eu ignorei ecoou pelo local.

Ele parou com suas bobagens e perguntou sobre sua família. Achei aquele momento adequado para despejar tudo encima dele. Desde a depressão de Alice até a loucura dos meninos e do treinador do time. Pulando coisas como o fato de todos na escola terem raiva da minha cara e gravidez da Rose obviamente. Ele ficara arrasado. Mas não mudou de idéia. Isso era o mais frustrante.

–Ok, ok... Vamos pedir? -Perguntou educadamente depois que pulamos para um assunto mais leve, deu um sinal à garçonete que já havia vindo a nossa mesa. Lembrara-me de uma faísca de deslumbro em seu rosto. Não havíamos pedido nada, apenas Edward que pedira uma dose de Uísque. O que era meio estranho, ele nunca bebera antes em saídas naquele estilo.

–Vamos sim. -Passei os olhos pelo cardápio.

–O que vão querer? -Perguntou suavemente parecendo mais alegre. Sorriu educadamente, até demais, para Edward.

–Acho que vou querer, que tal esse? Fettuccine à Carbonara de Camarões – Ele sorriu sugestivamente para mim. Revirei os olhos.

–Porção para dois? -

–Tudo bem. - respondi.

–Algo para beber? - Pedi uma coca, ela sorriu e virou-se para Edward que pedira outra dose do uísque cujo nome eu não reconhecia. Ergui uma sobrancelha para ele, que olhou-me como se não entendesse.

–De novo? -

–Que é? É só uma segunda dose. -Ele riu. Revirei os olhos, mas estava preocupada. Eu não gostava de bancar a moralista que levava tudo ao pé da letra. E que via coisas onde não existiam. Então não me importaria de ver outros com um cigarro ou bebendo além da conta, ou pouco como ele fazia. Mas na verdade era aquele garoto. E ele não fazia socialmente, usava aquilo como válvula de escape para o que quer que fosse. Suspirei. A introdução de uma nova música da banda chamou minha atenção. Enquanto eu reconhecia Edward sorriu.

–Eu amo essa!

–Eu sei. -

Num cover perfeito os rapazes cantaram “I Love You” da Avril Lavigne, era uma das canções favoritas do Edward. Naquele momento observava melhor, podia notar que as pessoas que jantavam ali, pareciam dar bastante atenção aos músicos, como se fosse uma casa de shows. Ou algo mais. Entendi as palmas e comemorações que ouvia esporadicamente. Mas ainda era estranho aquele comportamento.

–Eles são bons. -Comentei distante. Mas voltei rapidamente ao vislumbrar um brilho diferente nos olhos dele. Como quando captava uma oportunidade de vitoria fácil. Ignorei.

–Eu concordo, mas são... Hmmm, duros demais.

–Hã?

–Eu não sei, eles parecem grotescos de mais. Acho que um vocal feminino ajudaria.

–Acho que está dizendo isso por que prefere a Avril.

–Não! Observa, os caras são ótimos. Mas precisam de mais suavidade... Sei lá... Gosto de coisas femininas. -O olhei tentando entendê-lo.

–Para de me olhar assim! - Exclamou, Eu ri.

–Como?

–Como se eu fosse louco! - Gargalhei.

–Você é meio estranho. -Ele fez uma careta engraçada.

–Ainda iria gostar de um vocal feminino.

–Acho que eles são ótimos como são. Você conhece aquele cara loiro? - Perguntei referindo-me ao homem que o cumprimentara. Era o único loiro da banda, tinha cabelos ondulados até o queixo e se vestia bem, com tendências do rock mostrando o estilo da banda. Colete, calça jeans desbotada e rasgada... Os outros também estavam naquela linha. Ele ficou desconfortável em responder minha pergunta.

–Mais ou menos. -Notei que ele não queria falar sobre o homem e não achei importante insistir, apesar de me sentir intrigada. Eu teria tempo. -Sabe, voltando ao assunto... Eles parecem concordar comigo.

–Em que.

–Precisam de um vocal feminino. Realmente conheço aquele rapaz, o nome dele é Steve. É um cara legal. Os outros eu não gosto muito, mas... Não os conheço.

–hã. -Respondi simplesmente. Não era como se eu não me interessasse por tudo que dizia respeito a ele, mas o que eu tinha haver com toda aquela ladainha?

–Steve me falou que... Bem... -Ele estava se atrapalhando? Mordeu o lábio como se estivesse se sentindo culpado.

–O que? -Perguntei inocente. Ele suspirou.

–Promete que não vai ficar com raiva se eu falar? -Fechei a cara.

–Não. -Falei tensa.

–Bella!

– É melhor me dizer logo, por que assim vai existir alguma chance de eu não ficar com raiva. -Raciocinei, ficando estressada.

–Droga. -Praguejou. -Promete que não vai enlouquecer então? Vai me ouvir e tentar ser meio boazinha?

–É tão ruim assim?

–Não deveria ser...

–Fala logo! -Quase gritei.

–Prometa.

–Ta Prometo, agora me diz que droga você fez! -Nessa hora a garçonete chegou com nossos pedidos colocando-os na mesa. Edward pediu outra dose de vinho para um pouco mais tarde. Franzi a testa. Encaramos-nos por alguns minutos. Olhei a comida sentindo o cheiro agradável e familiar.

–Bem... inscrevivocêsempedirparaumtestequeoestivemerecomendouqueelesqueremfazerporquerealmenteprecisamdeumvocalfemininoaíeufaleidevocêporquevocêémuitoboaeeuachoquevocêtemotalento...

–Chega! Eu não entendi nada! Que merda!- Ele mordeu o lábio.

–Desculpa. -Falou tristemente, era chantagem, tinha que ser... Ele era naturalmente trapaceiro, não se arrependia quando errava, e nunca pedia desculpas, a não ser que estivesse mentindo.

–Pode repetir? -Perguntei suave. Ele me encarou e sorriu.

–Bem, é que eu... Eu meio que... Ok, você tem um teste hoje. Tipo uma audição. Mas são os caras da banda e eles querem saber se você é boa mesmo para... Meio que...

–O que? -Gritei horrorizada. Todos que estavam ali olharam me assustados e Edward parecia que teria um AVC.

–Calma!

–Como calma? Como assim, você simplesmente diz que eu tenho uma audição e teste e sei La mais o que... Assim? Completamente do nada? Sabe que E-u N-ã-o P-o-s-s-o F-a-z-e-r I-s-s-o! -Dividi tudo em silabas, talvez ele entendesse.

–Mas é claro que pode. -Ele se exasperou. Levantou-se da cadeira e me segurou junto. Mais mesas, mais olhares. O piso era de madeira, tornando o som dos passos mais audíveis. Não havíamos tocado na comida, mas ele me levou em direção a uma porta na parede sul do restaurante, oposta a porta de entrada, puxando-me pelo antebraço. Havia mais força e mais vexame naquele gesto do que o necessário. Remexi frustrada, sabendo que era inútil. Na porta da varanda -sacada- uma cortina enorme rosa salmão forrada com renda nos dava boas vindas. Bufei, ele ainda me segurava, quando me empurrou contra a grade. A noite era extremamente fria. O Local era não muito grande e o piso também era de madeira caramelo.

–Idiota! -Gritei irritada. -O que pensa que está fazendo? -Ele ainda estava irritado. Colocou as mãos sobre meus ombros como se quisesse me acordar.

–Bella! -Chamou com a voz grossa. Olhei em seus olhos tentando entender novamente o que se passava ali.

–Me solta! -Ele prendeu-me ainda mais ali, sem me permitir mover nem uma célula.

–Não, me escuta. -Falou totalmente calmo. Praguejei sozinha, sem ter o que fazer. Vislumbrei um toque de humor nos seus olhos, mas foi rapidamente abafado pela raiva de novo. Ele respirou fundo e fechou os olhos. A luz da lua deixava sua pele ainda mais pálida, tomando um ar sombrio demais. -Eu sei o que você está fazendo. Tenho visto, por anos, você esconder de si mesma o que você sabe que não pode. Tenho assistido calado, como o péssimo amigo que sou, você simplesmente jogar sua vida para o alto, pular de cabeça nas coisas de todo mundo para poder se livrar de quem você é. E do que Você é. -Seus olhos se abriram, verdes brilhantes, faiscavam, vidraram-se nos meus. Franzi a testa tentando entender. -A musica está na sua alma. -Sussurrou, mais intensamente do que se tivesse gritado aos berros. -Está em você. Não pode fugir disso Bella. Não quer fugir disso, eu sei. Mas... Mas você está escondendo E... É horrível ver você, minha melhor amiga, a criatura que mais me entende e me apóia... E faz tudo por mim que eu conheço, que existe, desistindo do sonho dela por medo. -Ele balançou a cabeça. -Medo, eu não sei exatamente do que, por que você é incrível e sabe disso! Eu não acredito que você não seja capaz de reconhecer o dom incrível que você tem Isabella. Eu duvido disso, mas entendo que tenha medo e não vou deixar, de jeito nenhum, isso impedi-la de ser o que você sempre quis Bella. -O tempo todo eu me mantive calada e sem fazer esforço para sair daquela prisão. Não adiantaria mesmo. O longo discurso do Edward me lembrava da época em que nós dois cuidávamos um do outro e não apenas eu dele. Mas ao mesmo tempo me fazia sentir fraca. E eu era mesmo fraca. Por que querendo ou não ele tinha razão. Eu havia fugido correndo da música, fugido de nossas idéias dos quatorze ou treze anos. De quando ele dizia que eu seria A Bella. A garota que iriam querer ser, famosa, e desejada e ainda assim jamais deixaria de ser a Bella que ele amava. Na época em que eu conseguia aprender a tocar mais rapidamente que o normal, em que ter Alice assistindo não me intimidava. E eu acreditava em tudo aquilo, ele também acreditava. Eu acreditei até que notei que eu não deixaria minhas limitações no futuro. Que elas não sairiam de mim, simplesmente ou que do nada eu receberia dos céus a força para vencê-las. Tudo o que me impedia de fazer o que eu queria naquele momento não sumiria no futuro. Eu vi aquilo, e fugi. Não fui forte o bastante para vencer tudo naquele momento, sempre deixando para depois. Até que simplesmente entendi que eu não conseguia, eu não podia enfrentar minha família, não podia deixar Forks, não podia deixar Edward, não podia deixar meu horror de palcos, não podia esquecer o medo que sentia de falhar e estragar tudo... Por que as pessoas sempre me disseram que eu era a pior que eu estragaria tudo, com exceção da minha família E os Cullen, todos sempre me diziam que eu era a mais feia, a mais sem talento, a mais idiota, a mais tudo o que for ruim... Então eu não quis mais ser A Bella. Preferir ser simplesmente eu. E viver ali, sofrendo por Edward e sem perspectiva. Como eu não tinha problemas eu me enterrava nos dele, e nos dos outros. Era meu escape.

Mesmo sabendo de tudo aquilo, mesmo tendo tudo vomitado para mim, eu não conseguia decidir-me a seguir em frente. Ele marcara aquele maldito teste, sabendo que eu não aceitaria.

–Vamos fazer isso Bella. -Pediu implorante. -Você consegue, eu juro que sim!

–Não! -Gritei alterada. Sentindo uma lagrima escapar dos meus olhos. Minha respiração se acelerou e eu não consegui conter o choro. Edward olhou-me horrorizado. Ele se afastou com os olhos preocupados. Solucei a cada segundo mais alterada.

–Bells... - Ele começou e depois parou. Senti minhas pernas cederem e eu estava caída no chão daquela sacada. O frio do metal arranhou minha pele mas eu não prestava atenção quando só conseguia chorar. Edward me envolveu num abraço consolador, ele também chorava notei quando senti a lagrima quente em minha testa. Os ruídos abafados do choro soavam traumáticos. Não estava muito iluminado ali, somente por uma pequena luminária de parede luz fraca. E aquele lado era deserto. Mesmo assim qualquer um que entrasse ali seria testemunha da derrota de dois fracassados que não foram capazes de enfrentar todos os ataques do time adversário. Meus olhos ainda estavam úmidos quando fui capaz de encará-lo novamente. Mas os dele também, Edward também chorava.

–Você está bem? -A voz um pouco grave pelo choro.

–Sim. -Falei. Ele suspirou.

–Me desculpe. Eu não devia ter soltado tudo assim. Eu...

–Tudo bem. Você tem razão. -Conversávamos aos sussurros, talvez dividindo o mesmo medo de sermos flagrados com nossas fraquezas. Ele esperou um minuto.

–Eu ainda penso que se você tentasse... -Ergui a mão parando-o, ele em encarou melodioso. Então uma nova onda de determinação até então esquecida inundou-me completamente e eu pela primeira vez em anos me senti capaz de fazer algo.

–Eu quero tentar. -Minha voz saiu firme. Exatamente como eu esperava. A derrota vislumbrou seu rosto antes de sorrir entendendo o que eu acabava de dizer.

–Eu sabia que você podia. -Ele falou com a voz sorridente, esquecendo-se temporariamente de seus próprios problemas. Como nós éramos bons em fugir das coisas!



–Ah quer saber! Acho que desisto! Eu não quero mais fazer isso Edward! -Falei miseravelmente covarde. Era tarde, Edward puxava-me de novo pelo antebraço sem se importar com minhas reclamações. Esperava que aquilo não virasse moda. Seguíamos em um corredor todo de madeira no final havia uma porta. -Para! Por favor! Vamos voltar, eu prometo que vou fazer isso depois, mas eu tinha que me preparar eu juro... -

–“ Won't you save me? Saving is what I need…. I just wanna be by your side–Ele cantarolou despreocupadamente ” Save me de Hanson” ignorando-me. Sua voz também era linda, mas eu sabia que Edward nunca tivera interesse na carreira musical. Apesar do seu talento. Revirei os olhos. Paramos em uma sala com alguns computadores, instrumentos e uma parede de vidro. Droga! Aquilo era um estúdio? Olhei para Edward preocupada. Ele deu o sorriso torto que eu amava.

–Que foi? O pai dos caras aceita na boa isso. -Papais ricos, a fim de patrocinar, não era o que eu queria.

–Ok...

De repente os rapazes entraram. Steve que era vocalista veio na frente. Os outros dois se apresentaram Alex e Brando. Alex tinha o cabelo totalmente liso, caído em uma franjinha de “EMO” era preto e os olhos castanhos. Já brando era mais parecido com Steve, cabelos alguns tons mais escuros que o do irmão tornavam-se castanhos. Bem arrepiados, eles usavam roupas mais tradicionais que as do Show. Camisas pólo e jeans. Revirei os olhos.

De repente uma menina entrou na sala. Ela usava Short jeans curto e uma meia calça em tela. Jaqueta de couro preta alcançava a costela. E uma blusa rosa choque. A menina tinha cabelo loiro completamente liso com uma mecha que imitava justamente a de uma cantora da época embora a dela fosse rocha e a da cantora rosa. Usava bota cano alto e cadarços. Pelo amor de Deus! Eles pensavam que eram roqueiros?

–Eu sei que não é o que você queria, mas é uma oportunidade única. Eles têm patrocinadores e pessoas a fim de ver esses malucos aí fazer sucesso. Você não precisaria de muito tempo para encontrar outro representante eficiente se estiver trabalhando com eles. Então sai da banda. E tenta solo. -Edward cochichou no meu ouvido, falou tudo muito rápido e eu quase não entendi. Os outros nos encararam e depois ignoraram. Eu não concordava com o que Edward acabara de sugerir, mas não pude responder.

– Olá Bella. -Steve cumprimentou-me.

–Steve.

–Então você é a cantora do Edward?

–Hã... Eu não sei. -Eles riram.

–Está constrangendo a garota Steve. -A loira falou.

–Ah, claro. Lembrei! -Virou-se para ela. -Essa é Quinn. -Ela não faz parte da banda. Mas gostaríamos que fizesse. - “Falta de Talento” sussurrou para mim. E depois riu.

–Podemos ver logo? -Falou Alex com tédio. Fiz uma careta incrédula.

–hmmm Ok. -Nessa hora senti a tensão voltar com tudo para cada célula do meu corpo. Lembrei porque não queria fazer isso antes. O pânico, misturado ao medo trazia-me uma sensação desconfortável, sentia-me leve como marshmelo e gelada por dentro. Borboletas voavam em meu estomago, pouco a pouco elas mais pareciam parafusos loucos. Edward notou meu estado.

–Calma, está tudo bem Bella. Você é ótima. Vai conseguir! Eu juro. -Sussurrou disfarçadamente.

–Tudo Ok. - Brando entregou-me uma guitarra. -Só queremos que toque e cante um pouco para nós. Acho que é só disso mesmo certo? -Todos assentiram. -Escolha qualquer música que quiser garota.

Nenhuma musica, qualquer que fosse veio em minha mente. Pensei em minhas composições, mas não me lembrava. Todas elas fugiam como loucas, como se fizessem de propósito. E todas as musicas que eu era capaz de lembrar pareciam ruins.

Então pensei em uma. Eu não a ouvia a muito tempo, sequer cantarolava-a. Mas viera a minha cabeça como vento, embora não tivesse nada haver com o momento ou com minha vida.

"My Immortal"

A musica começava no piano, eu não sabia como tocar. Obviamente então me limitei a imitar na guitarra. Faria dedilhado.

I'm so tired of being here

Suppressed by all my childish fears

And if you have to leave

I wish that you would just leave

'Cause your presence still lingers here

And it won't leave me alone

Senti o começo extremamente nervosa, mas soube esconder bem. Então logo depois do terrível e assombroso início eu conseguia viver a música como deveria ser sempre.

These wounds won't seem to heal

This pain is just too real

There's just too much that time cannot erase

[Chorus:]

When you cried I'd wipe away all of your tears

When you'd scream I'd fight away all of your fears

And I held your hand through all of these years

But you still have

All of me

You used to captivate me

By your resonating light

Now I'm bound by the life you left behind

Your face it haunts

My once pleasant dreams

Your voice it chased away

All the sanity in me

These wounds won't seem to heal

This pain is just too real

There's just too much that time cannot erase


Senti minha voz perder o fio naquela parte, mas não podia evitar. Não tive medo ou horror como esperava. Eu sabia que era algo normal, dependendo do tom.

[Chorus]

When you cried I'd wipe away all of your tears

When you'd scream I'd fight away all of your fears

And I held your hand through all of these years

But you still have

All of me

I've tried so hard to tell myself that you're gone

But though you're still with me

I've been alone all along

Eu me sentia quase num estado de inércia. Nenhuma emoção passava por mim. Eu só sabia que eu conseguia. Como se eu quase não estivesse consciente do que eu estava fazendo naquele momento.

[Chorus]

When you cried I'd wipe away all of your tears

When you'd scream I'd fight away all of your fears

And I held your hand through all of these years

But you still have

All of me

Finalizei a canção exultante. O sorriso de Edward me acordou. Como se agora eu pudesse ver tudo novamente, ver o que eu acabara de fazer. Era incrível!

Pronto. Pensei. Eu havia conseguido, uma emoção quase bombástica ecoou por todo o meu ser. A sensação de ter vencido me iluminou inacreditavelmente. Naquele momento me senti capaz de tudo.

–Não! -Alex falou de repente.

–O que foi? -Todo mundo o olhou assustado. -Ela é muito boa! Acho que não devíamos apenas fazer isso. Tenho uma idéia melhor. -Todo mundo se entreolhou perguntando-se do que aquele maluco estava falando.

–Como assim Alex? -Steve parecia ser o mais velho do grupo e estava impaciente com o irmão.

–Vamos gravar!

–O que? -Exclamei meio horrorizada.

–Ótima idéia! -Falou Steve sorrindo. Alex parecia ver outra coisa enquanto falava. Ele cochichou algo para a menina que riu.

Então eu estava com os fones e um tipo de microfone a minha frente. Todo mundo do outro lado da sala sorria encorajando-me. Steve estava ao meu lado organizando tudo. E fazendo alguma coisa dentre aqueles vários botõezinhos. Ri com minha falta de experiência. Ele mexeu em algo e pediu para que eu começasse. Um silêncio completo se instalou. O som plano de fundo ecoou. Comecei com a letra da mesma canção...

Enquanto ouvia encantada minha própria voz na gravação. Não parecia ser eu. Os erros foram apagados e havia um som de fundo muito melhor. Sorri ainda encantada.

–Está muito bom. -Falei elogiando Steve.

–Eu concordo. -Edward me elogiou. Reviramos os olhos.

Alex ainda pediu para que eu gravasse outras músicas. Mas estava cansada depois da segunda. Saímos do estúdio e dirigimos em direção ao apartamento. Era bem mais tarde do que eu imaginava. Damon já devia estar em casa, pensei animada. Estava mais eufórica do que o de costume.


Quando chegamos Damon estava dormindo, e eu estava pronta para acordá-lo. Edward riu, gostando da idéia de perturbar o amigo.

–Vamos lá. -falou com um sorriso diabólico. Revirei os olhos.

–Não seja mal Edward! -Ele gargalhou alto, Damon devia ter acordado só com aquilo. Entrei no quarto e ele dormia. A calça de moletom mal posta e sem camisa, o quarto fedia suor, sexo e perfume barato. Onde estava a limpeza?

–Ah! Acorda esse malandro logo! -Edward sempre educado gritou. Damon pulou da cama. Caiu e parecendo muito confuso nos encarava com a sobrancelha franzida. Depois ele pareceu acordar e voltou para a cama.

–Tinha que ser a Bella. -Falou me olhando ressentido. Não acreditei no que ouvi. - O que você veio caçar aqui a essa hora?

–Nossa Da! Que horror heim? -Falei rindo e me jogando na cama ao seu lado.

–Ela tava comigo. -Edward falou com um sorriso. Damon o olhou com a testa franzida.

–Com você? Há essa hora? O que vocês dois estavam fazendo? -Perguntou duvidoso parecendo desconfortável. Edward deu um sorriso malicioso.

–O que acha que nós estávamos fazendo a essa hora e sozinhos? -Perguntou sugestivamente. E depois gargalhou. Tossi meio Horrorizada.

–Por isso toda essa alegria? -perguntou com a cara fechada olhando-me irritado. Edward gargalhou.

–Deixa de ser idiota. Estávamos fazendo um teste e a minha Bells se mostrou perfeita! Aqueles idiotas vão ajudar muito ela! -Ele gargalhou. -Seu Mané, nós somos quase irmãos né! - Eu não me senti mal pelo o que ele disse. Ao contrario do que se podia imaginar. Era como se eu já estivesse acostumada. Não era a primeira vez, nem seria a última. E eu sabia disso. Conformava-me com isso.

–Ah! -Ele falou sem graça. Não entendi por que Damon ficara um pouco irritado com a hipótese. Mas não me deixei pensar nisso.

Depois da pequena briga para discutirmos os lugares na cama, eu fiquei nos colchões de solteiro e os dois dormiram juntos. Eles odiaram a idéia, mas era melhor do que um marmanjo dormindo com minha irmãzinha... Ugh! Pensei de mal humor. Charlie me dera uma longa e tenebrosa bronca por telefone e me ameaçara se eu não estivesse em casa depois da aula. Oba! De castigo de novo. Pensei comigo mesma. Eles só davam prejuízo.

Acordei extremamente cedo, temendo não estar na escola a tempo. Não havia dormido mais que duas horas quando tive que acordar com o som irritante no celular do Edward. Devia ser muito caro comprar toques para aquela maquina! Há tempos ele mantinha aqueles sons ridículos. Esqueci-me rapidamente das minhas irritações enquanto fui cambaleando procurar as últimas peças esquecidas ali, para meu pesar meus cabelos voltara ao normal lisamente liso. No final, mais difícil que me acordar, foi acordar Damon que insistia em escoltar-me até Forks, por "estar muito cedo" e o "Sentra ser Lento"...

Ele dirigia rápido até Forks, olhando concentrado na estrada.

–Não vai se atrasar para a faculdade? -Perguntei preocupada. Ele fez uma careta impaciente.

–Provavelmente. -Revirei os olhos.

–Eu poderia ter vindo no meu carro.

–Não vou mais discutir isso Bella, não enche, eu tenho que me concentrar. -Fiz um som obstinado e alto com a boca e ele gargalhou. Estávamos na entrada da escola e não me surpreendi quando notei que havíamos discutido o caminho todo. Era muito normal aquilo.

Saí do carro apreensiva, Damon decidira descer e ver um pouco a escola. Isso me preocupava porque não achava que os alunos estavam mais amigáveis comigo. Suspirei depois de ter iniciado uma discussão perdida. Ele segurou na minha mão enquanto caminhávamos, me sentia cada vez mais acuada. Naquele momento vários olhares surpresos me atingiram como raios. A surpresa não demorou a se tornar raiva de algumas meninas, e diversão zombateira em outros meninos. Damon franziu a sobrancelha notando o mesmo que eu.

–O que está acontecendo? -Perguntou confuso.

–Já disse que, aqui, todo mundo me odeia.

–Eu sei, mas isso está estranho, sempre achei que você exagerava. - Falou com um ar preocupado. É eu costumava exagerar.

–As coisas mudam.

–Foi sempre assim. -Ponderei em contar a verdade ou mentir e ser descoberta. Optei por um meio termo.

–Não. -Respostas evasivas funcionavam.

–O que houve? -Mas não com o Damon. Ia tentar mudar de assunto quando uma garota apareceu com a amiga disparando insultos, como os do outro dia.

–Hey, Nerd Swan, solta a mão desse cara pra não passar sarna. - A outra gargalhou, e eu não respondi por simplesmente não saber exatamente o que ela queria dizer. Damon olhou-me incrédulo.

–Não vai dizer nada? -Falou. Era isso o pior de tudo, agir feito idiota na frente dos amigos, não importava o que os outros pensavam, mas o que eles pensam.

–O que quer que eu diga? O comentário foi tão burro que eu nem sei o que responder. Pra dizer a verdade, nem sei o que ela quis dizer! - Ele entendeu rindo comigo, mas logo me puxou em direção as garotas. Mas que droga ele estava fazendo? Parou em frente as duas meninas que riram, ignorando minha cara de incredulidade completamente. O sorriso delas sumiu e eu entendi o porquê quando vi a cara do Damon. Depois de ofender e ameaçar colegiais do segundo ano com pouco mais que 17 anos Damon me puxou com força e raiva elevadas. Eu odiava quando faziam aquilo, era humilhante. Mesmo assim não reclamei. Damon era o primeiro que fora capaz de se erguer por minha causa. Mas era fácil de entender, pois ele não estudava na Forks High school, no entanto isso não saia da minha cabeça.

–Mas que droga está acontecendo Bella?

–O quê? É normal, não sou a líder de torcida que você gostava de pegar no colegial!

–Não, não é normal. Eles têm um problema com você! O que está acontecendo? -Exigiu. Sem saber exatamente o que dizer, decidi contar toda a verdade ao Damon, sem poupar detalhes, em troca receberia o silencio da parte dele. Damon ficara irritadíssimo. Até mesmo com Edward, embora eu não o culpasse.








CONTINUA




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Notas finais do capítulo

I love You da Avril Lavigne, sugestão da Thais, super linda né? Eu ia por mais pra frente mas não resisti. *_*
Não vou ter tempo de postar s links das musicas, mas tdas eu pus os nomes certinhos pra se v6 tiverem curiosidade.
Ah! :) queria pedir pra v6, que são fãs do ROB, participar ou promover minha Comunidade sobre ele, é minha 1ª e acho q v6 vão gstar. v6 podem sempre mandar alguma sugestão pra comu também ninas. *_*
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=119963749
Bom é isso girls! Não esqueçam os reviews!



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