Secret Girl escrita por lubizinha


Capítulo 22
Capítulo 20 - O reencontro de Mark e Érica


Notas iniciais do capítulo

"Estou tendo problemas com o site, essa é a terceira vez que tento postar, então qualquer errinho, podem falar. Mas sei que isso não é desculpa pela demora. Mas a escola vem em primeiro lugar =D Mesmo que eu me divirta mais com vocês.
Secret Girl"



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Acordei no outro dia tão decidida quanto fui dormi. A felicidade do Mark agora dependia de mim e eu não iria desapontá-lo.

Tomei um banho, vesti uma blusa laranja e um short jeans escuro e fui tomar o café da manhã. Depois eu já estava de frente de casa, esperando Lisa chegar para irmos juntas para a casa de Érica.

Quando o meu celular apitou, o peguei para ver a nova mensagem:

Não vou poder ir com você, o Paul precisa de mim agora. – Lisa”.

Grande amiga!” pensei revoltada. Eu precisava de Lisa naquela hora também, depois de muito tempo iria ver Érica e ainda não sabia o que dizer. Já havia pensado de tudo o que dizer, mas nada me pareceu realmente razoável. Então por fim decidi ir mesmo sem Lisa.

Peguei minha bicicleta e fui andando pela rua. A casa de Érica não era muito longe, mas era cansativo ir de bicicleta. Porém não queria pedir dinheiro emprestado porque ainda teria que dizer para onde estava indo e se Mark descobrisse me matava, mesmo que fosse para o bem dele.

Como estava sem relógio, não sei quanto tempo demorou para eu chegar. Mas parecia ter sido rápido enquanto estava distraída com os meus pensamentos. Parei de frente uma casa marrom clara com faixas amarelas. Muito familiar para mim. Costumava ir ali todo final de semana chamar Érica para sair ou para fazermos alguma coisa.

Deixei minha bicicleta no gramado. Fui até a varanda e fiquei de frente a porta.

“Olá Érica, como você vai?” pensei em dizer “Oi Érica, tudo bem?” Nenhuma me parecia convidativa afinal eu não via Érica fazia um tempo e não era como se fosse um dia comum.

“Coragem garota!” gritei mentalmente enquanto num impulso toquei a companhia. Matei-me por dentro pelo que havia feito, dei meia volta e decidi correr quando a porta se abriu.

– Sim? – perguntou uma voz atrás de mim, me virei e vi a Sra. Dennil. Uma mulher de cabelos ruivos e olhos azuis, quase uma cópia perfeita da filha. – ******! – se surpreendeu ela me dando um abraço.

– Olá Sra. Dennil. – disse a abraçando.

– Que bom vê-la de novo! – disse a Sra. Dennil. – Como estão seus pais?

– Estão ótimos! – sorri.

– Você cresceu! – disse ela, como se fosse uma tia distante que não via a sua sobrinha há anos.

– Sra. Dennil a Érica está em casa? – perguntei, ela assentiu.

– Pode entrar, fique a vontade. A Érica deve estar no quarto dela. – respondeu a Sra. Dennil, dando passagem para eu entrar.

Entrei e percebi que a casa continuava a mesma. Simples, mas bem decorada. Subi as escadas que me levou a um corredor com três quartos e fui para o segundo quarto, me lembrando muito bem do quarto de Érica.

Bati, ouvi a voz de Érica dizendo para eu entrar e entrei no quarto lilás com florzinhas na parede do meio onde havia a cama. Não parei para olhar os outros cantos porque meus olhos pousaram na varanda, onde Érica estava comendo pizza com, ninguém menos do que, Jason.

Olhei para o chão sem saber o que fazer, mas eu não podia voltar. Érica me viu e estava parecendo surpresa e Jason se estava surpreso, não demonstrava.

Fui até eles até a varanda, onde estavam sentados.

– ******! – falou Érica se levantando. Eu acho que ela não sabia o que fazer, ou dizer, já que não esperava aquela situação, mas muito menos eu sabia. Mas algo me dizia que eu devia dizer alguma coisa, mesmo que qualquer coisa.

– Oi. – disse simplesmente.

– É bom te ver de novo. – falou Érica com um sorriso sincero, devolvi com outro sorriso, mas duvido que tenha chegado aos pés do dela, já que foi um sorriso meio de lado constrangida.

– É bom ver você também. – disse. – Mas eu não vi aqui por acaso Érica. – queria chegar ao ponto de uma vez. – Sei que não tenho o direito de pedir um favor a você, mas... – Parecia que Jason não estava ali, ele estava muito quieto.

– Imagina! – falou Érica depois se virou para Jason. – Amor você poderia... – Jason assentiu e saiu do quarto deixando eu e Érica a sós.

– Érica, eu vim aqui para te pedir um favor pelo Mark. – disse e ela me olhou confusa. – É uma longa história... Eu sei que não deveria pedir afinal faz muito tempo que a gente não se fala e nem se vê. – fiz uma pausa. - E é por minha culpa.

– Não, não é. – falou Érica. – É minha culpa. Depois de tudo o que aconteceu, você teve que se distanciar para não ferir o Mark e eu entendo.

– Ainda acho que não é motivo. – disse. – Eu nem ao menos sei toda a história. O que eu sei é só o que o Mark me falou, ou seja, quase nada.

– Tudo bem, isso agora não importa afinal já passou. – falou Érica. – Mas me conta! Qual é o favor que terei que fazer? – nos sentamos e eu contei para ela toda a história da Tiffany, ela já sabia a história da garota que fazia bullying comigo então não foi muito difícil ela entender o rumo das coisas. – Eu me sinto tão mal pelo Mark.

– Você fez o que tinha que fazer. – disse Érica me abraçando. – Você quer que eu convença o Mark a ir para o baile é isso? – assenti até que ela entendeu rápido. – Sinceramente não sei se é uma boa ideia, eu duvido que ele vá me escutar. Acho que ele foi bem claro quando disse que não queria mais me ver.

– Ele falou isso sem pensar e eu tenho certeza que ele vai te ouvir. É a única pessoa que ele escuta. – falei. Érica pensou um pouco para depois dizer:

– Tudo bem, eu posso tentar. – dei um abraço nela feliz. – Vou chamar o Jason. – ela ia se levantar, mas eu a puxei de volta.

– Por que ele está assim? – perguntei e ela me olhou confusa. – Ele nem falou comigo...

– Ah! – disse Érica entendendo. – É que ele se sente culpado pelo Mark, eles eram melhores amigos, você deve entender... – assenti. – Mas vou explicar tudo a ele. Acredite, ele está feliz em te ver de novo, tanto quanto eu. Afinal éramos todos amigos. – ela se levantou. – Eu já volto! – e saiu do quarto.

Fiquei pensando em como me sentiria no lugar de Jason e cheguei à conclusão que me sentiria culpada. Foi quase o que aconteceu comigo, mesmo não sabendo sobre Lisa e Harry, que acabou que não sendo nada do que imaginei porque Lisa gostava era mesmo do Paul, eu me senti mal por ter beijado o Harry naquela época. Agora que tudo se esclareceu, eu não sinto mais. Acho que era isso que faltava: esclarecer tudo. Talvez essa fosse à peça que faltava e eu acho que acabei de achar.

Érica entrou no quarto com Jason, os dois sorrindo.

– Não está brava comigo? – perguntou Jason para mim e eu neguei.

– Você é um chato, irritante, mas... Eu não te odeio. – respondi indo abraçá-lo.

– Vou explicar tudo ao Jason antes de irmos ok? – perguntou Érica. Depois que nós separamos, eu assenti e disse que esperaria na frente da casa.

Sai do quarto e fiz o mesmo percurso que antes. Fiquei esperando ela, como havia dito, e quando Érica chegou, eu peguei minha bicicleta. Mas não sentei nela, fui levando ela para acompanhar Érica. Quando chegamos à frente da minha casa Érica simplesmente travou.

– O que aconteceu? – perguntei.

– O que eu vou dizer? – perguntou Érica. – Acho que não foi uma boa ideia... – disse ela dando a meia volta. Eu a puxei pelo braço e a levei para dentro de casa, mesmo ela se debatendo.

– Fique aqui. – mandei. – Eu vou chamá-lo. – ela me olhou com medo e eu me virei para subir as escadas. Fui em direção ao quarto de Mark. Bati na porta e entrei. – Mark! – ele estava no computador nem virou para me olhar. – Tem uma visita pra você lá embaixo. – depois sai do quarto e fui para o meu. Olhei pelas brechas Mark saindo do quarto e indo em direção à sala.

Quando ele saiu fui para o pé da escada para escutar a conversa. Curiosa? Nem um pouco. Mas qualquer um faria o mesmo.

– Érica? – Mark estava surpreso. Quem não ficaria em seu lugar?

– Oi Mark. – disse Érica com sua voz doce e delicada.

– O que você tá fazendo aqui? Foi invenção da minha irmã não foi? Eu disse para ela parar com isso! Que droga! – falou Mark irritado.

– Calma, Mark. – pediu Érica. – Tínhamos que conversar uma hora ou outra.

– Não temos nada que conversar. – cortou Mark.

– Pois eu acho que temos. – disse Érica.– O que aconteceu entre a gente... Faz já tanto tempo, será que não dá pra esquecer? Digo, é verdade mesmo que você ainda guarda essa raiva no seu coração? – Mark abaixou a cabeça e eu sabia a resposta: não.

– Não interessa! O que você e o Jason fizeram não foi certo. – falou Mark se recompondo.

– Eu sei, mas não temos culpa. Aconteceu de repente! Nós tentamos ignorar esse fato, mas não deu. – disse Érica. – O que faria no nosso lugar?

– Não ficaria com a namorada do meu melhor amigo. – falou Mark. – Eu não faria isso!

– Todo mundo erra. – disse Érica. – Se você não errou, um dia irá. Mas apesar disso, eu não voltaria atrás porque não ia dar certo nos dois.

– O que quer dizer? – perguntou Mark. Botei o ouvido mais perto da parede.

– Mark. – chamou Érica. – Desculpa. – fez se um silêncio onde os únicos sons viam da rua. – Eu errei, mas não posso voltar atrás e nem quero. Mas a questão não é essa. – dei uma espiada e vi Érica tocando a mão de Mark. – Você conheceu outra garota, você namorou com ela, você me esqueceu... Se ela não era a certa significa que ainda não é a hora. Você irá achar Mark uma garota. Mas não pode me odiar. Não para sempre. – ouvi o som de passos e subi as escadas.

– Espera! – pediu Mark, dei uma espiada de novo e vi Mark indo em direção a Érica. – Nunca disse que te odiava. – ela sorriu. – Não estou mais chateado, é que... Eu fui traído e enganado por duas namoradas... Eu me sinto um idiota! – ele abaixou a cabeça e Érica levantou com a sua mão.

– Você é bom de mais pra ser verdade... Merece alguém melhor. – disse Érica. – Quero ser sua amiga de novo Mark.

– Você é. – falou Mark a abraçando. Eu deixei uma lágrima cair enquanto tentava não omitir nenhum barulho.

– E quanto ao Jason? – perguntou Érica e ele a soltou do abraço. – Você o odeia?

– Não. – respondeu Mark. – Como ele está?

– Bem. – respondeu Érica sorrindo. – Vai ficar melhor sabendo que você não o odeia. Podíamos marcar para fazer alguma coisa juntos não é? – Mark assentiu. – Ouvi falar de um baile... – ele revirou os olhos.

– Nem imagino quem contou isso a você. – Érica riu e eu me contive.

– Você vai? – perguntou Érica.

– Vou pensar no caso. – respondeu Mark sorrindo.

– Eu tenho que ir, disse para a minha mãe que não demoraria e você sabe como ela é mãe coruja. – Érica disse rindo. Mark a abraçou e eles se despediram. Quando ele fechou a porta se virou e encarou a escada.

– Sai logo daí! – mandou Mark e eu desci com a cara de culpada.

– Para a minha defesa, eu...

– Obrigado. – me interrompeu Mark, ele sorriu para mim e foi para o seu quarto.

– De nada. – murmurei feliz.

Estava tão feliz pela minha feita que resolvi sair um pouco de casa e fui para o shopping andar um pouco. Mandei uma mensagem para Lisa para me encontrar lá. Ela disse que iria com o Paul então chamei o Harry também. Era mais uma comemoração do que uma simples saída, pelo menos, para mim.

Entrei em um restaurante onde combinei em encontrar com todo mundo ali e para a minha surpresa encontrei um garoto loiro, muito familiar inclusive, sentado sozinho em uma das mesas.

– Nathan! – gritei, ele se virou e deu um enorme sorriso enquanto me cumprimentava.

– Oi! Tudo bem? – perguntou Nathan, eu assenti e ele pediu para que eu sentasse. – Passeando ou fazendo compras?

– Passeando. – respondi. – E você? Esperando alguém?

– Tinha marcado com a minha namorada aqui, mas ela não vai poder vim então pedi já a conta. – respondeu Nathan.

– Namorada? – perguntei surpresa. – Não sabia que tinha uma namorada. Qual o nome dela?

– Jenny. – respondeu Nathan. Jenny... Jenny... De onde eu me lembro desse nome?

– Espera! – falei me lembrando. – Uma garota ruiva que tem uma irmã gêmea?

– Sim! Você a conhece? – perguntou Nathan surpreso.

– Claro! Estudamos na mesma escola e ela está no grupo da decoração do baile assim como eu. – contei. – Falando no baile... Imagino que vá com ela não é? – ele assentiu.

– Eu não ligo muito pra isso, mas ela quer ir então eu vou. – falou Nathan.

– Ah! O típico namorado bonzinho! – brinquei com ele.

– Você é da mesma sala da minha irmã não é? – perguntou Nathan mudando de assunto. Eu assenti, me lembrando da Tiffany, do Mark, da Érica, do Jason... Engraçado! Quando eu me lembro de um acabo que pensando nos outros também. – Queria perguntar se você sabe o motivo dela estar assim?

– Assim como? – perguntei confusa.

– Sabe... A Tiffany anda tão triste e pra baixo ultimamente. – contou Nathan. – Meus pais acham que ela está doente, mas eu acho que não. – aquela informação me chocou. Antes que eu respondesse o garçom chegou com a conta e Nathan pegou a pagando. – Eu tenho que ir!

– Sério? Logo agora? A Lisa, o Paul e o Harry vão chegar. Por quer não fica mais um pouco? – perguntei.

– Não vai dar! – respondeu Nathan. – Fica pra próxima! Tchau!

– Tchau! – Nathan saiu do restaurante, me deixando sozinha com os meus pensamentos. A Tiffany deprimida por causa do fim do namoro? Era uma possibilidade. Mas como eu teria certeza se era verdade?

– Chegamos! – disse Lisa me dando um susto. Ela vinha acompanhada do Paul e do Harry. – Nos encontramos com o Harry no corredor. – explicou. Ela se sentou ao meu lado e Paul sentou ao seu lado enquanto Harry se sentou ao meu.

– O que foi amor? – perguntou Harry vendo que eu estava calada.

– Vocês acham que a Tiffany gosta mesmo do meu irmão? – perguntei.

– Por quê? – perguntou Lisa.

– Acabei de falar com o Nathan, o irmão da Tiffany, parece que ela está mal e ele acha que ela não está doente. – encurtei a história, Lisa deu de ombros e Harry não soube responder. Enquanto Paul não entendeu a história, mas Lisa disse que depois contaria para ele.

– O que vamos comer? – perguntou Paul pegando o cardápio.

Enquanto esperávamos a comida Paul e Harry ficaram conversando sobre futebol enquanto eu contava para Lisa o que havia acontecido com Mark e Érica.

Cheguei em casa exausta. Se eu tinha pés eu não os sentia. Fui para o meu quarto, tomei um banho e troquei de roupa botando o meu pijama. Quando já estava na cama Mark entrou no meu quarto. É claro, antes de ter batido.

– Sabe bater não? – perguntei.

– Quando ouvir o que tenho para te dizer, não vai ligar se eu bati ou não. – respondeu Mark. – Eu pensei bem e decidi que vou ao baile.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Beijos :*