Por Trás de Uma Magia escrita por anne_potter23


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Esse foi o capítulo mais divertido que eu escrevi até agora...
Espero que gostem, boa leitura *3*



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- Certo. – ouvi a voz de Alvo disfarçada pelo alto barulho da pilha de livros que ele largou sobre a mesa da biblioteca. – precisamos de um ponto de partida. Para começar, muito provavelmente a pessoa que colocou aquela faca lá é da grifinória ou usou algum grifinório como cúmplice. Todos concordamos? – Ella e eu assentimos.

- Mas ainda tem a possibilidade de ter sido polissuco ou capa da invisibilidade! – protestou Tiago.

- Essas são nossas últimas opções. Vamos por eliminatória. Provavelmente não foi isso, sendo assim, a próxima coisa é que a pessoa precisa odiar Tiago, certo? – continuou ele e todos assentiram – então podemos começar a pensar nos motivos. Eu tenho alguns. – Tiago fez uma careta de deboche e revirou os olhos. – Apesar de a maior probabilidade ser de alguém que teve a namorada roubada ter feito isso, talvez não tenha sido. Pode ter sido alguém que nunca se deu bem com Tiago, ou que sente inveja. Agora, precisamos de uma lista. Pesquisem nesses anuários todo e qualquer grifinório que pode ter feito isso e vamos fazer uma lista.

Começamos a trabalhar. Após somente uma hora de trabalho, eu já tinha alguns nomes, Gabrielle também tinha poucos, Tiago tinha um ou dois e Alvo tinha nada mais nada menos que trinta centímetros de pergaminho frente e verso.

- Al? – Alvo soltou uma risadinha ao ver a expressão com que o irmão olhava para seu pergaminho. – não é possível que tanta gente assim me odeie.

- Mas tem. Todos garotos. – disse Al, e escreveu mais alguns nomes. Tiago continuou seu trabalho inquieto.

Quando o dia acabou, saímos da biblioteca e fomos às pressas até os dormitórios terminar de arrumar nossas malas para o natal. Tivemos nosso último banquete. O dia tinha que acabar, porque, por mais incrível que pareça, não via a hora de ver minha mãe.

- Pronta? – perguntou Malfoy andando até mim.

- Sim, só vou me despedir dos meus amigos. – falei, virando para trás e dando de cara com os três. – Quando sai o expresso de Hogwarts?

- Em quarenta minutos. – respondeu Ella, e correu para me abraçar – Vou sentir sua falta! Feliz natal, Se.

- Feliz natal, Se. – disse Al, me abraçando.

- Tem certeza que não quer ir para a toca conosco? – perguntou Tiago pela milésima vez, e eu neguei. – certo, então eu vou sentir sua falta, Se. Se cuida. Eu te amo – beijou-me durante alguns minutos até que fomos interrompidos por um pigarro de Draco, que estava com o rosto vermelho.

- Vamos? – pegou minha mão delicadamente e me arrastou para fora dos portões de Hogwarts.

- Tchau! Feliz natal, se cuidem! – gritei acenando para eles ao longe, enquanto eles retribuíam o aceno.

- Segure minha mão bem forte, Serena. – rapidamente obedeci e senti que meu umbigo estava sendo puxado por um gancho. Não arrisquei abrir os olhos de cara. Meu coração batia acelerado, enquanto uma música natalina era ouvida ao longe. Finalmente abri meus olhos e reconheci meu quarto. Corri até a sala onde minha mãe estava sentada na poltrona, com meus tios e meus avós.

- Mamãe! – gritei com meus olhos marejando de felicidade e corri para abraçá-la.

- Quantas saudades, filha! – sua voz aconchegante que esperei ouvir por tantos meses chegou aos meus ouvidos que congelavam com o frio.

- E nós, não merecemos um abraço? – perguntou tio Louis. Rapidamente cumprimentei-o, seguindo para tia Wanda, para vovó e vovô.

- Como está crescida, minha netinha! – disse a voz rouca de meu avô.

- Obrigada, vovô!

- Internato em Londres, certo? Que maravilhoso! – somente então me lembrei que eles não sabiam que eu era bruxa. A madeira rangeu quando Draco entrou na sala.

- Espero não estar interrompendo nada. É um prazer revê-la, senhora Terrence. – esticou a mão para cumprimentar minha mãe.

- Este é o... conselheiro do internato lá em Londres. – disse rapidamente minha mãe, e felizmente Draco assentiu. – O que vai fazer no natal, senhor Malfoy?

- Provavelmente vou ficar em casa. Não devo ir à festa da minha família, afinal, não temos sido muito chegados ultimamente. – falou ele, sem graça. Por favor não convide, por favor não convide.

- E porque não passa o natal aqui conosco? Já está aqui em Nova Iorque, não é mesmo? – perguntou quase instantaneamente vovó. Ótimo. Ela convidou.

- Seria um prazer, se eu não for incomodar.- abriu um sorriso modesto. Todos concordaram em deixá-lo ficar, e seu olhar pousou sobre mim. – E você, Serena?

- Seria um prazer que você passe o natal conosco. – falei, embora sentisse que aquilo não ia dar certo.

O dia seguiu como todos os outros natais, jogamos conversa fora, próximos à lareira(artificial, como tudo em NY) e tomando chocolate quente. Draco estava agindo normalmente e minha família pareceu gostar dele. Ao pensar nisso, abri um sorriso discreto. Ele não tirava os olhos de mim. Ignore, olhe para o tio Louis. Finja que está ouvindo a piada e ria em 3, 2, 1. Agora. Ria. Certo. Tudo normal. Ignore o olhar de Draco. Finja que está ouvindo a história falsa sobre quando ele era criança e vivia em Londres.

Embora estranha, a tarde continuou, e a mesa agora estava servida com uma ceia deliciosa de natal. Devorei a comida, tentando mastigar sem dar hora para ninguém me perguntar nada sobre o internato, ou se eu gostava de Londres, qual era minha aula favorita, se o sotaque das pessoas era engraçado (não que não fosse), se eu era obrigada a tomar chá, se eu podia ver televisão no internato (em Hogwarts? Televisão em Hogwarts?), e outras perguntas que eu não ouvi e felizmente não precisei responder por que tia Wanda interrompia qualquer um que tentasse.

- Senhor Malfoy, se importaria de ficar conosco até o fim das festas? – perguntou vovó e meus olhos se arregalaram. Diga não. Diga não.

- Se eu não for incomodar, eu adoraria ficar. – disse ele. Ótimo. Ótimo.

- Claro! – disse mamãe e eu tive certeza que iria explodir. – Ele pode ficar no quarto de hóspedes!

- Tio Louis e tia Wanda vão ficar lá. – respondi aliviada.

- Então pode ficar no quarto do seu irmão. Ele prometeu que deixaria as pessoas ficarem lá quando foi para a faculdade. E como ele foi passar o natal com a família da namorada... – insistiu mamãe.

- Vovô e vovó vão ficar lá, mãe. – falei, agora levemente irritada.

- Ah, é mesmo. Mas ele pode ficar na cama extra de seu quarto, Cherry! – arregalei ainda mais meus olhos.

- O que?! – embora tenha soado rude, foi apenas um reflexo involuntário.

- É, filha. Afinal, ele é seu professor e é muitos anos mais velho. Vocês não iam fazer nada, não é, Cherry? – Draco abriu um discreto sorriso malicioso.

- Não me chame de Cherry! – falei irritada.

- Então está decidido! – disse vovó e minha mãe infelizmente assentiu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? comentem, recomendem, e até o próximo cap...



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