A Pianist Love escrita por NaSooIl


Capítulo 19
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Sim sim, isso mesmo que vocês estão vendo: 2 caps no mesmo dia *O*
Com esse meu hiatus de 3 meses eu não poderia fazer simplesmente um cap, né gente? Muita coisa aconteceu nesses 3 meses: veio o meu blog sobre K-POP junto com uma amiga, mais idéias de fics, match up, reviews e vish, fora a escola que me conseome que é uma beleza .-. Mas ainda estou aqui, firme e forte continuando a fic, mesmo com mais de um ano dela ativa ♥
Espero que gostem...



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MINSEUL's P.O.V.

Não consigo entender se isso foi sorte ou foi destino mesmo que fez com que eu conhecesse os meninos. Eu me pergunto se não fosse o SanDeul ter me confundido com a unnie, o que teria dado a minha ida repentina pra Seoul e onde eu estaria agora com minha cabeça de vento... Realmente a pergunta do Gongchan faz sentido: "Como uma pessoa sai do nada do lugar onde mora e vem pro outro lado do mundo na tentativa de fazer uma surpresa pra sua irmã mais velha?" Nhá~~ É só que eu estava com saudades da unnie, e pelo visto não seria tão cedo que ela iria nos visitar, aproveitei que iria entrar de férias mesmo e embarquei nessa aventura. Mas não pensei que seria tão difícil de achar uma Rua em Seoul. As coisas nos Brasil são mais fáceis...

Eu confesso que fiquei morrendo de vergonha de olhar pros meninos depois de aparecer quase seminua na frente de todos eles e isso sendo a primeira vez que os vi, mas eles levaram na boa, até o maknae, que sentiu vergonha no começo, depois se soltou comigo.

O SanDeul disse que o horário que ele foi na lanchonete no dia em que conheceu a unnie foi já no final da tarde, então, já que eu não tinha pra onde ir mesmo, acabei passando o dia junto com os garotos.

Depois do meu café farto de comidas coreanas, enquanto eu e o SanDeul fazíamos a maior bagunça na cozinha na tentativa de lavar os pratos, eu ouvi alguns sons ecoando pelo apartamento e fiquei bastante curiosa.

- SanDeul-sshi... – Enxaguei o último prato.

- Já disse que não precisa desse “sshi”. Pode me chamar só de Sandeulri, que eu não ligo. – ele disse, tocando com o dedo indicador na ponta do meu nariz, como um gesto fofo e ainda sorrindo.

- Ok, ok... Sandeulri... – Fiz menção de que iria falar mais.

- Hm? – Ele respondeu de costas pra mim, enxugando o prato que eu havia terminado de lavar.

- Esse som de teclado vem da onde? – Enxuguei minhas mãos e me virei de costas à pia.

- Oh, É o hyung. Ele é o tecladista da casa. – Respondeu se virando pra mim.

- Wo~ - disse em uma surpresa calma.

- Na verdade, - se esticou para guardar o último prato na estante que ficava bem ao meu lado. – ele é o primeiro, porque eu também sei tocar, mas ele é quem leva mais a sério. – Ele continuou, ajeitando o prato em seu devido lugar e fechando a porta da estante.

- Oh! Todos vocês três são músicos? – Perguntei quase que sorrindo. Eu gosto de conhecer músicos.

- Uhum! Nós três nos conhecemos justamente por isso. Desde o colegial. – Ele disse calmo.

- Que legal...! – Já eu, estava bastante animada.

- Tínhamos até o sonho de ter uma banda e tal, junto com dois amigos meus de infância. – Ele se animou um pouco em dizer disso, e eu vi um sorriso de canto em seu rosto, então ele cruzou os braços e baixou a cabeça desfazendo o sorriso. – Mas os caminhos foram um pouco diferentes e algumas vezes até tocamos juntos, mas só por diversão.

- Ohn... Entendo. Seria legal ver vocês tocando... – Eu acompanhei o clima que ele ficou me acalmando um pouco. O silencio ficou um pouco no lugar e ele olhava em direção ao chão ao som dos toques que se tornaram repetitivos de certa melodia.

- Bem, parece que o Jinyoungie está tentando algo novo, quer ir lá ver? – Mudando totalmente a expressão de segundos antes, ele agora falava em um tom mais animado.

- Será que não vai atrapalhar ele?

- Ah, creio que não. Pelo o que eu percebo ele já está bastante atrapalhado repetindo a mesma melodia há um tempo. – Eu ri de suas palavras. – Quem sabe até não ajudamos?

Mais uma vez ele havia aberto seu sorriso pra mim e eu não resisti em retribuir. Então, em alguns passos ele já estava batendo na porta do JinYoung-ssi e nós fomos logo entrando.

- Hyung, o que está fazendo você quebrar tanto a cabeça assim? É alguma canção nova? – Sandeulri e eu sentamos à beira da cama do quarto e o Jinyoung rodopiou o banquinho pegando uma folha encima do apoio do teclado.

- Isso aqui. – Ele disse, jogando a folha, que caiu diretamente na mão de SanDeul.

- Wow, mas isso aqui está um caco! – Sandeulri disse depois de analisar em meio segundo a partitura em suas mãos. Como estava do lado dele percebi o que a expressão “caco” significava: se tratava do estado em que a folha se encontrava – com uma mancha escura em mais da metade pra baixo e o que estava escrito era quase ilegível por ter sido a lápis. Não vi muito, mas o que vi deu pra perceber que estava mesmo um “caco”.

- É isso mesmo. O que está embaixo eu não consigo entender de jeito nenhum, então estava aqui tentando alguns acordes pra ver se consigo terminá-la.

- Mas não foi você mesmo que a escreveu? Não consegue se lembrar do final? – Eu então peguei a folha da mão de SanDeul e a analisei melhor. Havia apenas notas soltas e um título: “Only one”.

- Aí é que está. – Jinyoung-ssi colocou seus cotovelos em cima de suas pernas e apoiou o queixo com as mãos. – Ela não é minha.

- Hm... Realmente essa letra aqui não é sua, hyung. De quem é? – SanDeul analisava a folha mais uma vez enquanto falava.

- Daquela garota. – Jinyoung-ssi ainda continuava em sua posição um tanto quanto pensativa e decepcionada. Percebi que SanDeul olhou alguns segundos em direção à ele como se estivesse buscando em sua memória algo.

- A que o hyung salvou? – Ele perguntou arriscando seus pensamentos.

- Salvou? – Me intriguei e perguntei logo quando ele se arriscou em perguntar.

- Aham. – SanDeul se virou pra mim - O hyung salvou uma garota de ser atropelada à um tempo atrás.

- Whoa~ Vocês tem um herói em casa! – Eu disse animada e surpresa, o que rendeu sorrisos dos dois garotos.

- Hyung, o que acha de nos mostrar o que tem até agora? Prometo que depois deixamos você aí quebrando a cabeça. – SanDeul finalizou com uma risada sapeca e grande, o que fez seus olhos quase se fecharem e suas bochechas ficarem irresistivelmente apertáveis, mas eu me contive.

- Isso Jinyoung-ssi! Eu quero ver ao menos você tocar antes de ir. – abri um sorriso ao terminar de falar.

- Ok girl~ - O oppa cantarolou e deu um tapa em seus joelhos, pegou a folha da mão do Sandeulri e se preparou para tocar.

SANDEUL's P.O.V.

Ela precisava tocar no assunto de ir embora...” Pensei, assim que Minseul-ssi pediu ao Jinyoungie que tocasse pra gente. Eu não entendi a súbita sensação estranha que eu senti assim que ela falou aquilo, como se não fosse nada de mais. Eu quase havia me esquecido disso, que ela só iria passar mais algumas horas aqui conosco e que talvez eu nunca mais a visse. Ela era uma estranha, mas porque eu tive aquela sensação de não querer a deixar ir embora? Porque eu queria tanto agradá-la nos momentos em que ela estaria ali conosco? Porque queria ter certeza de que não iria errar em nada e não conseguia mais me concentrar em outra coisa a não ser fazer aquele rosto ser iluminado por um belo sorriso? Ela era uma estranha, e aquilo estava ainda mais estranho.

Durante a música do hyung ela se concentrou em ouvi-lo e na casa só os sons das teclas tocadas pelo hyung é que ecoavam. Era uma melodia realmente boa.
Quando ele parou, pois era até onde havia as notas escritas, ela abriu os olhos e riu da situação: Eu estava olhando pra ela com os olhos meio bobos... Ela estava “sentindo a música”, como descreveu, e a cada toque era um movimento diferente que seu corpo fazia. Ao mesmo tempo em que era engraçado era fofo, então rimos juntos de como foi embaraçoso. O hyung ficou sem entender o porquê rimos e quando nós dois o olhamos, o encontrando com um rosto totalmente confuso, rimos mais ainda.

- Hyung, - disse já controlando meu riso e me levantando da cama – tenho certeza que você irá conseguir dar um ótimo final para a música, eu acredito em você, huh?

- Daeh! JinYoung-ssi eu gostei muito, ela é ótima. Você só precisa sentir a música e deixar que ela flua dentro de você. – Minseul havia se levantado também e chegado bem perto do hyung, dizendo suas últimas palavras indicando para seu coração.

Ao ver a cena fui saindo do quarto um tanto quanto mudando o meu humor repentinamente. Não deu pra entender de imediato o porquê daquilo, mas ficar ali estava me incomodando um pouco. Fui seguido por MinSeul até a sala e lá sentamos no sofá. Eu liguei a TV e apertando algumas vezes o botão do controle, nada de bom passando, mas acabei deixando em um canal qualquer com um programa de variedades. Alguns minutos se passaram até que percebi que não era essa a visão de “melhor estadia na Coréia” que eu queria que ela tivesse. Eu então dei um pulo do sofá sem dizer nada e fui até meu quarto. Lá, troquei de roupa, peguei um casaco, minha carteira e voltei para sala, encontrando apenas uns pés à mostra no sofá.

- Vamos sair. – Apoiei meus braços no sofá onde Minseul estava deitada de barriga pra cima e mexendo nos cabelos. Ela não respondeu imediatamente e eu pude observar alguns milésimos de segundos o seu rosto... E corpo.

- Sair? Pra onde? – Ela então quebrou o segundo de silencio e se recostou, sentando no sofá.

- Bem, aqui é uma capital, logo, temos muitos lugares pra ir, o que acha? – Olhei em meu relógio de pulso. – Ainda temos algumas horas até irmos à lanchonete. - Ao terminar de falar ainda abri um largo sorriso que foi retribuído na mesma intensidade e ela ainda assentiu se levantando logo em seguida indo ao quarto para se trocar. O que não demorou muito.

E então saímos. Fomos ao meu carro, pois o bairro que eu e os meninos morávamos era um pouco longe do centro, mas até que não demoramos tanto no percurso. Ela ficou um pouco receosa no caminho, quase não falava, então decidi que nossa primeira parada seria em um lugar divertido pra que ela se soltasse. Lembrei-me de um parque que ficava um pouco depois do centro, onde eu era conhecido dos donos. Geralmente ele não abria de tarde, mas eu conversei com o segurança, que também me conhecia, e ele nos liberou a entrada.

 Fomos a todos os brinquedos, praticamente. Dos mais radicais aos mais calmos e foi muito bom ver aquele sorriso estampado tantas vezes em seu rosto. Até no carrossel, onde a observava enquanto se maravilhava com a beleza do parque e da paisagem natural que tinha ao redor, foi como olhar para um arco-íris colorido e brilhando vivo. As imagens passavam devagar em minha cabeça e quando ela se virou sorrindo para mim percebeu novamente o meu olhar e logo se envergonhou. Eu soltei um sorriso automaticamente e também fiquei sem graça.
O carrossel parou e eu olhei no relógio. Era hora de ir, ainda queria levá-la em outros lugares antes de partir.

Eu havia deixado o carro um pouco antes do centro então ao sairmos do parque passamos por algumas lojas que Minseul se interessou e entramos em algumas delas, entre elas, uma loja de fantasias onde tinha uns óculos bem engraçados que experimentamos e também umas perucas e máscaras. Ela insistiu para que eu me vestisse de Peter-pan e até tirou uma foto de seu celular escondida. Uma não, algumas, pois a maioria ficava tremida com ela dando risadas da minha cara e se mexendo quando batia a foto, até que conseguiu tirar. Em contrapartida eu pedi para que ela se vestisse de Branca de Neve e nem precisou de peruca. Ficou linda e eu tive que tirar uma foto também, prometendo que depois a enviaria.

Quando saímos da loja ainda faltava um pouquinho para chegar ao carro e no caminho passamos por umas barraquinhas onde tinham “intestinos de cordeiro” frito. Eu realmente gostava daquilo, mas Minseul ficou receosa em comê-los.

- Intestinos de cordeiro? Isso é tripa? – Ela fez caretas ao encará-los.

- Hmhum! – Concordei enquanto mastigava o que já tinha colocado na boca. – Está delicioso, tenho certeza que você vai gostar... – Eu disse, com a minha melhor cara tentando convencê-la. – Vamos, só um, hm? – Peguei um com os jokarak* e levei em direção à sua boca. Ela apertou os olhos e abriu boca para receber as “tripas”. Mastigou, mastigou, engoliu e não é que gostou? Eu não sei qual era o segredo dos intestinos de cordeiro daquela ahjumma, mas eles estavam mais gostosos que os meus! E eu só ri da cara que a Minseul-sshi fez pedindo por mais alguns.

- Vamos? Ainda quero te levar a um lugar. – Eu disse enquanto terminava de me limpar e fazendo sinal para a ahjumma nos dizer quanto deu.

- Aonde agora? – Ela me perguntou depois que paguei e tomei a direção com ela vindo logo atrás de mim.

- Você vai saber quando chegarmos lá. – Disse a olhando e depois olhando pra frente.

Agora ela já estava mais solta e falava bastante enquanto íamos pela cidade. Cada lugar que passamos e ela se interessava me perguntava sobre ele e marcava o nome no celular, acredito que para visitá-lo depois, com mais calma.

Paramos em uma esquina e descemos do carro. Eu a guiei por um quarteirão um pouco grande e ela estava curiosa sobre aonde íamos, pois só se via prédios por todos os lados. Ao final do quarteirão havia uma clareira e essa clareira era a entrada para o condomínio mais rico de Seoul, onde, em uma das últimas ruas havia um lugar que eu havia encontrado quando tinha 10 anos e gostaria que a MinSeul conhecesse o meu esconderijo secreto.

- SanDeul-sshi... – Ela me chamou um pouco ofegante e eu, que estava um pouco mais a frente, ri comigo mesmo por pensar que ela iria perguntar mais uma vez se já havíamos chegado, visto que estamos andando já à um tempo. Olhei pra trás já com um olhar de repreensão por ela ter me chamado formalmente, sendo que eu havia insistido que não precisada disso. – SanDeul-sshi, eu... - Meu olhar se transformou. A cena que eu vi foi Minseul cambaleando e com as mãos na cabeça, como e estivesse tonta. Imediatamente me aproximei.

- Minseul-sshi. Minseul-sshi, você está se sentindo bem? – Ela me olhou, mas desmaiou em meus braços. Eu então a peguei no colo e fui o mais de pressa que pude para o carro. As pessoas que passavam, todas ficavam com olhares curiosos e chegando perto do carro pedi a um hyung que passava para me ajudar com a porta, abrindo-a, e assim pude colocar Minseul confortavelmente no banco de trás para levá-la rapidamente ao hospital.


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Notas finais do capítulo

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Bem, um outro motivo de postar os dois juntos é que eles são continuação. E o suspense fica maior pra outra atualização. HAHA.
YOU LIKED? .-.



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