Uma Nova Equipe de Beyblade escrita por Laura_Delacour, HinaKaulitz


Capítulo 8
Capítulo 8 O Plano


Notas iniciais do capítulo

esse cap não é meu mais vou postar no lugar da hina o dela



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Oliver POV

:A beyluta de hoje eram das Valkírias contra os Blade Hunters. Meu grupo não viu essa luta. Eu sei, eu sei, burrice a minha não estudar o adversário, mesmo depois de ganhar delas. Mas, digamos que eu tinha coisas melhores a fazer.

Como prometido, eu ajudaria as meninas a juntar a Bloom e o Tala. A questão é, como juntaríamos os dois?  

Os Majestics estavam reunidos em uma das salinhas do segundo andar da mansão. Precisávamos pensar a respeito porque as folgadas das meninas deixaram tudo por conta da gente. Precisávamos urgentemente de um plano!

-Oliver, isso não vai dar certo - Robert comentou pessimista.

-Não mesmo, até termos algum plano, não vai dar certo - respondi.

-Podiamos colocar a Bloom em perigo, daí o Tala aparece e salva ela - Johnny.

-Genial - aplaudiu Enrique.

-Genial mesmo, se não fosse por um detalhe.

-Qual? - todos me olharam.

-Como o Tala vai saber que ela está em perigo? E que motivos ele terá para salvá-la? 

-Verdade... Ele não tem motivos para fazer isso. 

-A gente pode criar uma situação que ele não tenha escolha - Enrique insistiu.

-Mas aí vai complicar demais.

-E que outra grande solução você tem, Johnny?

-Nenhuma.

Um momento de silêncio pairou entre nós. Ninguém sabia o que fazer.

-Do jeito que estamos desesperados por um plano, só falta alguém sugerir um encontro às escuras - Robert tentou fazer graça.

-É isso! Você é um gênio, Robert! 

-Sou? 

-É sim! Agora, Oliver, pelo amor de Deus, pede pras meninas ajudarem em alguma coisa né? Elas dão o jeito delas pra levar a Bloom e nós cuidamos do Tala - Enrique propôs.

-Eu gostaria mais de convencer a Bloom do que o Tala - comentei.

-Todos nós gostaríamos.

E quem disse que nossas vontades foram cumpridas? As meninas ordenaram, o Tala seria responsabilidade nossa. 

-Aonde fomos nos meter - Johnny reclamava pela milésima vez.-

Isso está bem mais difícil do que antes! 

-Nem me fale, como vamos convencer o Tala a ir num encontro às escuras? Ninguém aqui sabe o tipo de garota dele! 

-Talvez a fera bit dele saiba - zombou Enrique.

-Talvez esse não seja o melhor motivo. Estamos há duas horas quebrando a cabeça porque não estamos pensando direito! Não tem como convencer o Tala a ir num encontro por causa de uma garota, porque nós nem sabemos se ele quer encontrar uma garota - Robert filosofou.

-E por acaso acha que ele quer um garoto? 

-Não Johnny, sua besta! Pensa bem, o Tala é um blader, como nós. E o que temos em comum? Gostamos de um bom desafio. Se fizermos ele crer que alguém bom o bastante pra ele o desafia para uma beyluta, ele irá correndo! Com certeza! Ainda mais se o tal blader for convencido.

-Robert, você é um gênio - elogiei.

Depois de finalizar a reunião, avisei às garotas da nossa parte do plano e perguntei sobre o delas. Elas me falaram aonde seria o encontro, e que horas seria. Convenceriam a Bloom com um cartão misterioso, mas não me contaram o que escreveram nele.

-Misteriosas - reclamei saindo do quarto da Amethyst.

Quando voltei ao dormitório, os meninos queimavam os neurônios de novo. Dessa vez para fazer uma carta descente pra nossa vítima. Robert optou por fazer à mão, enquanto Johnny e Enrique recortavam palavras de revistas velhas para montar o texto.

No fim, tinhamos duas cartas e, nenhuma escolhida. Os meninos estavam cansados, e como eu fui o que menos ajudei até agora, dispensei eles desse trabalho e os mandei até as meninas ajudar no resto. Eu mesmo faria a carta.

Uns dez minutos depois dos meninos irem, bateram na minha porta. Grande surpresa a minha quando a abri.

-Oi? 

-Então, explique se - Tala começou. 

-Sobre o que?

-Não se finja de inocente, sabemos que vocês andaram falando de mim.

-Eu ouvi perfeitamente - Bryan acusou.

-Mas o que, diabos, vocês dois estão falando?

-Eu passava perto das salas do segundo andar, quando ouvi você e o seu grupo falando algo sobre o Tala ir em algum lugar aí - explicou.

-Ah, sim, sobre isso! Olha - entreguei o cartão - Encontrei isso nas correspondências dos Majestics. Nos reunimos para resolver se iríamos entregar a carta, porque ela me parece um pouco suspeita e...

-O que você tem a ver com isso? - interrompeu.-

/As meninas mandaram interceptar as cartas suspeitas - tentei explicar.

-E o que você tem a ver com isso? - repetiu a pergunta, impaciente.

-Vocês são surdos ou o que? Não é óbvio? Isso me diz respeito, porque  a carta estava no meio das coisas dos Majestics. 

-Mas não era para vocês.

-Por isso mesmo. Se a carta fosse muito suspeita, não iriamos entregar, porque as meninas mesmo avisaram no primeiro dia para termos cuidado com isso.

-Não interessa, eu quero a carta.

Entreguei o pedaço de papel e eles logo sumiram da minha frente. Que povinho mais mau humorado, nem agradeceram a minha suposta preocupação com eles. Emfim, tenho que correr até o quarto das meninas. 

Bloom POV:

Encontrei um pedaço de papel embaixo da porta. Era uma carta para mim. Abri e fiquei surpresa. Isso não estava acontecendo! Que feliz!

Tala POV:

Mais que cretino! Como ousa? Eu vou mostrar quem é o perdedor aqui!

Aline POV: 

Estava quase na hora! E a Amethyst e a Cornélia não me davam sinais de vida! Eu já estava preocupada, quando Oliver se ajoelhou ao meu lado. 

-Calma, elas estão um pouco além do alcance do rádio. Daqui há alguns minutos elas dão notícias.

-Não tenho alguns minutos! Está quase na hora e você sabe como os dois são pontuais!

Vi o Enrique e a Renee do outro lado, acenando positivamente. Pelo menos a parte deles já estava pronta.

-Vá atrás do Johnny e do Robert, mande eles se apressarem! 

-OK, já volto.

De onde eu estava dava pra ver a rua, ou melhor, o beco (com saída) onde os dois se encontrariam. Os pequenos prédios que cercavam o local tinham umas escadas e muitos lugares para nos escondermos. Eu estava no segundo andar delas, de frente para onde tudo iria começar. Renee e Enrique estavam do outro lado, no terceiro andar. 

"Não consegui falar com a Cornélia" - Renee me informava pelo rádio-transmissor.

"Ah, meu Deus, e agora?"

 "Não sei, o Enrique se candidatou a ir atrás delas. A boa notícia é que eu acabei de ver o Oliver, ele apressou os meninos e daqui a pouco deve estar aí com você" 

"Não, não, manda o Enrique voltar" - me desesperei.

"Já foi" 

"Renee, eles estão chegando. Já posso ver a Bloom daqui!" 

"Não posso fazer nada. Agora só nos resta rezar para que dê tudo certo" - desligou.

E eu já estava rezando e muito! Cadê o Oliver? Ai, céus, parece que cada coisa certa me causa vinte coisas erradas! 

Para aliviar a tensão, Cornélia apareceu em uma das janelas, dando um rápido aceno. Que alívio! Procurei com um pouco mais de atenção e pude ver os meninos se escondendo atrás de umas caixas. Oliver olhou para cima e acenou também. 

Já podiamos ver a Bloom vindo pela direita. Será que o Tala não vem? Pensei, logo em seguida olhando o outro lado. Sim! Ele vem, me alegrei ao constatar.

Os dois pareciam nervosos e se encontraram na porta dos fundos, conforme o combinado. Um estranhando a presença do outro.

-Mas o que está fazendo aqui? - Tala começou.

-Eu que te pergunto, o que está fazendo aqui?

-Não é da sua conta!

-Digo o mesmo!

-Então tá, vaza daqui!

-Não saio, você não manda em mim!

Os dois ficaram nessa discussão, eu já estava começando a me preocupar. Será que um deles teria a brilhante ideia de abrir logo a porta e entrar? 

-Ah, que se dane, eu vou entrar! - Bloom finalizou a discussão. 

-Nem pense nisso, essa beyluta é minha - Tala se infiou na frente dela.

-Que beyluta o que, seu maluco, deixe eu entrar! 

-Problemática, saia da frente! - disse com a mão na maçaneta da porta e empurrando um pouco a Bloom.

-Como quiser, as damas primeiro.

Tala abriu a porta, olhando Bloom de soslaio. Ele só não matou ela porque estava desesperado para entrar. Bloom entrou logo atrás. 

Cornélia POV:

Os dois entraram no local, estava escuro. Eu e Amethyst observavamos tudo de cima, num esconderijo secreto. Mal os dois entraram, a porta bateu e se trancou. As luzes acenderam, revelando o salão.

-Mas o que...? - Tala indagou.

Nessa hora, cutuquei Amethyst. Ela ficou irritada pelo cutuque, mas entendeu o recado. Tirou um pedaço de papel meio amassado do bolso e o microfone da minha mão.

"Muito bem, vocês dois" - a voz distorcida de Amethyst ecoou no lugar - "Saibam que estarão completamente impossibilitados de sair daqui se não cumprirem o objetivo proposto."

-Que objetivo? - Bloom - Eu só vim ver a minha irmã Stela! 

"Olhem a sua frente, e descubram sozinhos. Espalhei pistas pelo local. A sala está trancada, não há janelas e os ductos de ar estão bem presos, então não há outra saída além da porta por onde entraram."  

-Que palhaçada é essa? Apareça logo e vamos lutar! - Tala se irritou.

-Pare de delirar, garoto! Não está vendo que caímos numa cilada?

 -Cale a boca. Eu sei sair dessa sozinho!

E os dois ficaram se evitando por um bom tempo. Procuravam a pista pela sala. Pelo menos a Bloom procurava, o Tala tentava destruir a sala o máximo possível. 

-Pra quê uma mesa de jantar? Quem vai jantar aqui? - disse revoltado.

-A sua burrice e você - alfinetou.

-Engraçadinha.

-Hey, achei uma coisa! - mostrou um papel que encontrou embaixo do prato.

-Diga.

-"Encontro às Escuras. Aproveitem" 

-O que é isso? Um novo grupo de Beyblade?

-Não. Ai, como você é burro! Encontro às escuras é um encontro onde a pessoa não sabe com quem vai se encontrar. 

-Não sabe mesmo, porque até agora meu adversário não deu as caras.

-Você é retardado ou só se esforça pra ser? Não está vendo que foi armação pra gente - Bloom ficou visivelmente corada. 

Tala bufou. Parecia estar evitando o assunto desde o começo. Bloom foi até uma das cadeiras e se sentou. 

-O que está fazendo?

-Me encontrando com você - respondeu tímida - Por favor, vamos acabar com isso logo. 

-Tudo bem - Tala obedeceu, sentando na outra cadeira.

Assim que os dois se sentaram, liguei o som. Uma música calma e romântica de fundo completou o clima, não muito bom, entre eles. Tala parecia enfurecido, e Bloom vermelha como um tomate. 

A mesa estava farta. Os dois começaram a jantar em silêncio, até ele resolver quebrar o silêncio.

-Sabe, se for mesmo isso que você está dizendo, não vai funcionar.

-Como? 

-Se isso for mesmo, um encontro às escuras, não adianta nada jantarmos em silêncio. Não vão nos soltar assim - ele estava sem jeito. Isso era uma cena inédita que nunca vou esquecer na vida: Tala envergonhado! Ai que emoção, vou até tirar uma foto!

-Certo. Então... - tentou puxar assunto - não era bem isso que você planejava pra hoje né?

-Não. Esperava uma beyluta.

-Eu também. Pensei que encontraria minha irmã aqui.

-Você tem irmãos?

-Uma só, a Stela. Ela é mais nova e treina para ser uma blader, como a irmã.

-Talvez um dia ela consiga.

-Acho que sim, ela tem talento pra isso.

Um minuto de desconforto entre os dois. 

-Não sei como fazer isso. Nunca me interessei pela vida dos outros - confessou.

-Nem eu, nunca tive um encontro assim.

-Nem eu.

-Estamos na mesma então.

-Não vamos sair daqui tão cedo - comentou.

-Ah, não, pelo menos vamos tentar né? Ou vai me dizer que você está afim de passar a noite aqui, preso?

-Nem um pouco.

-Certo, vamos tentar.

-Que seja, me fale de você.

-Te interessa?

-Não seja rude. Ainda quer sair daqui? 

-Quero - disse num muxoxo - Muito bem, não tem muita coisa pra falar. Sou um blader, gosto de um bom desafio, nasci na Rússia e estou acostumado com o frio.

-Qual sua cor favorita?

-Sei lá.

Bloom lançou-lhe um olhar mortal.

-Vermelho. E a sua?

-Vermelho também.

Estavam começando a se entender. Renee ficaria orgulhosa da Bloom, ela foi durona com ele! Eu tinha que dar um jeito de avisar a Aline, antes que ela morresse de curiosidade.

Amethyst me cutucou. Robert apareceu atrás da gente, sinalizando para saírmos. A partir daí, ele e Oliver vigiariam o casal.

Aline POV:

Eu estava quase tendo um filho, de ansiedade! Queria saber o que se passava lá dentro. Saí de onde estava e fui ao encontro dos meninos. Expulsei o Oliver de lá e obriguei a revesar com as meninas.  

Pouco depois elas aparecem e me deram boas notícias. Os dois estavam se entendendo.

Oliver POV:

Eu só pude durmir de madrugada. As meninas, principalmente a Aline, me pertubaram o resto da noite. Queriam porque queriam saber o que aconteceu no resto do encontro. Mas isso era segredo meu e do Robert. Nós juramos silêncio porque era algo que não nos dizia respeito. 

Os meninos estavam um pouco curiosos, mas a felicidade de poderem dormir foi maior, então eles se tacaram logo na cama e dormiram. Amanhã talvez perguntassem algo, mas não hoje.

Robert custou a dormir, assim como eu.

-Acha que devemos contar?

-Não, Oliver, isso é pessoal demais. E pode dar confusão.

-Uma hora ou outra as meninas vão perceber o que aconteceu.

-É, mas isso não é da nossa conta. A Bloom vai ter que contar pra elas mais cedo ou mais tarde. O melhor é que ela conte.

-Tem razão... Mas sinceramente, nem eu esperava esse final.

-Muito menos eu. Estou traumatizado - rimos.

-Ah, pare com isso, ou vai querer que a gente te arranje um encontro também.

-Nem pense nisso, Oliver - ameaçou.

-Brincadeira.

-Fico pensando, agora elas ainda devem estar acordadas. Será que vão reparar na Bloom? 

-Vão sim. Ela ficou mais vermelha do que um tomate. 

-Se bem que eles dois são ruivos... 

-Dá pra perceber, mesmo assim...

-Mas é mais fácil pra disfarçar.

-Você é que acha.

-Bem, morreu o assunto, eu quero ter bons sonhos. Boa noite.

-Ainda acho que você precisa de uma namorada... - impliquei - Que tal a Julia? 

-Não começa...

-Ok, ok... Boa Noite.

Eu ri antes de me virar para dormir. Ainda estava chocado com tudo aquilo. Não esperava que os dois tivessem se beijado.


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