Acidentalmente Apaixonados escrita por luisalanajacs


Capítulo 4
Capítulo 2- Uma derrota excepcional


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que deveria ter postado no domingo, mas, infelizmente, meu modem pré-histórico deu problema e eu fiquei sem internet. Felizmente eu tinha tudo salvadinho num pen drive e estou acessando a internet da casa de uma colega, ou seja, não tive tempo para responder reviews. Se o tecnico for na minha casa amanhã, eu posto o quarto capítulo. Senão, só domingo mesmo, ok?Espero que me desculpem por este atraso e que gostem do capítulo.



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_Professora. McGonagall, me desculpe sinceramente por isso, eu não sei o que deu em mim._

Estavam Rose e Scorpius sentados na sala da diretora; Rose com a cara ainda cheia de pomada e Scorpius com a cara cheia de sangue, seu nariz fino quebrado e torto.

_Eu não entendo vocês dois! Já no primeiro dia de aula já me vem com problemas!_McGonagall suspirou, se acalmando._Malfoy, é de minha vontade dizer que deveria expulsar você do N.I.E.M de poções por seu descuido proposital, mas eu não posso fazê-lo, então pegará detenção com o professor Nott por três semanas. Já você, Weasley, estou seriamente decepcionada com seu comportamento, e digo que pegará detenção comigo neste final de semana._

Os dois suspiraram, assentindo, e Rose virou-se para ir embora.

_Mas eu ainda não terminei.  Não é a primeira vez que ocorrem problemas entre vocês dois. São seis anos de brigas freqüentes, e digo que não sou só eu que estou cansada disso. Por isso, exijo uma convivência mais amigável dos senhores, senão, serei obrigada a forçá-los à conviverem juntos e sei que não vai ser nada agradável. Pois bem, é só isso, podem se retirar. E espero não ouvir mais relatos de brigas entre vocês dois._

Rose e Scorpius se levantaram ao mesmo tempo , os dois com expressões enojadas e indignadas.

_Que velha mais desagradável! Odeio-a, odeio-a, odeio-a!_ espumou Rose, vermelha de raiva._Ela me obrigou a fazer a última coisa no mundo que eu gostaria de fazer: ficar em paz com você. Que vontade de azará-la!_

_Eu não mandei você me bater, Weasley._

_Eu não mandei você explodir aquela merda na minha cara, Malfoy!_

_Fiquei distraído pela sua feiúra!_

_Da mesma forma que a sua cara de bosta me deixou com raiva._

_Bosta é o cara..._ele se refreou._Ah, você é impossível, juba de leão!_

E, enfurecido, foi em direção à enfermaria, provavelmente pra providenciar a volta de seu nariz pro lugar.

Com um último sorriso vitorioso, a Weasley entrou na sala comunal Sonserina, que estava praticamente deserta. Entrou no dormitório, e sem se preocupar com nada, deitou na cama, adormecendo quase instantaneamente.

Passados alguns minutos, ou assim pareceu,  Rose sentiu alguém se debruçar sobre ela com a delicadeza de um elefante e gritar, sem o mínimo de bom senso:

_ROOOOOOOOOOOOOOSEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!_

Tão grande foi seu susto que ela deu um violento puxão no lençol, fazendo Amara cair no chão e bater a cabeça com força, xingando até a décima geração de sua família.

_Caramba, Rose, eu salvo você de se atrasar e é assim que você me agradece?_

_Você quase me faz ter um infarto e ainda cobra que eu te agradeça, Mara? Se é pra ser acordada desse jeito, eu prefiro acordar atrasada!_ retrucou ela, já no banheiro, passando a escova nos cabelos.

_Vou fingir que você não é uma amiga ingrata e dizer que lá embaixo o Albus mandou chamar você. Muito gato aquele menino!_

_Ele é meu primo e melhor amigo, então tome cuidado com o que diz dele. Sou excessivamente possessiva e você sabe disso._ esbravejou Rose, correndo pra porta.

 _Ah, tenha dó!_ reclamou Amara.

As duas entraram atrasadas na classe de História da Magia, mas, como a professora ainda não havia chegado, Rose despediu-se de Amara com um aceno de mão e sentou-se ao lado de Albus, que a olhava intrigado.

_O que foi aquilo ontem? Porque você bateu no Scorpius e porque a sua cara tava cheia de pasta branca, Rose?_

Rose rapidamente explicou em poucas palavras o erro deliberado de Scorpius, a ida de Amara na enfermaria, a sua fúria ao ouvir a prepotência de Malfoy e a conversa que tiveram com McGonagall na diretoria, fazendo questão do quanto odiava aquela “velha chata, feia e mal-amada”.

_Isso é hilário!_Albus começou a rir, descontrolado._Sério, Rose, eu sempre soube que você era uma revoltada e tudo mais, mas que deixasse o Scorpius se achar em paz, não é? Agora ele vai ficar achando que é verdade._

_Deixe-o achar. Não estou nem aí. E PARE DE RIR!_

Assustado, Albus calou-se, reprimindo uma risadinha debochada.  Morava nele um espírito debochado e um humor sarcástico que Rony afirmava, categoricamente, que pertenciam à sua tia Gina.

A aula se passou sem nada de interessante, à não ser a explicação vergonhosa que Rose teve que dar, na frente de toda a turma, para a sua falta na aula anterior. Ela sentiu as risadas silenciosas de Albus ao seu lado enquanto falava, muito vermelha, e fincou-se seu pé no dele, fazendo-o empalidecer de dor.

_Poxa, Rose, eu tava rindo e tudo mais, mas não precisava ficar o pé com tanta força!_ reclamava o primo, saindo da sala, enquanto os dois iam aproveitar o horário livre entre história da magia e defesa contra as artes das trevas.

O salão estava vazio, exceto por alguns alunos da Grifinória que os fitavam com os olhos semicerrados (ela aprendera a ignorar esta hostilidade entre as duas casas—até gostava de provocar alguns grifinórios às vezes, principalmente seus primos) e Scorpius Malfoy, que tinha o nariz perfeitamente reto como se nunca tivesse sido quebrado.

_Que droga, Malfoy, porque você consertou seu nariz? Estava muito mais bonito daquele jeito._

Ele olhou-a, os olhos queimando de raiva.

_E porque você não continuou com aquela pasta na cara? Pelo menos disfarçava a feiúra, juba de leão._

_Juba de leão é o car..._

_Nada de palavrões, Weasley. Lembra do que a titia McGonagall disse?_ interrompeu ele, com um sorriso de escárnio._Albus, senta aí, joga uma partida de xadrez comigo._

_Não, Malfoy._ interrompeu Rose, anormalmente calma._Porque não joga comigo?_

_Porque eu temo pela sua reputação de vencedora imbatível._

_Teme, é? Oh, coitado._

_Então vamos lá. Acabo com você no que você quiser jogar._ disse ele, olhando nos olhos dela.

Rose retribuiu o olhar. Nunca escapava de um desafio, e numa pose arrogante, sentou-se em frente à ele.

 _Isso vai ser interessante..._ murmurou Albus, sentando-se pra assistir.

Passada-se meia hora, o Potter não sabia mais o que faria pra parar de rir, fitando a expressão murcha e derrotada de Scorpius perante à uma Rose exultante e feliz.

 _Ganhei no poker, no xadrez de bruxo, nas damas! Admita Malfoy, eu sou melhor que você!_

_Vamos ver então, Weasley. Par ou ímpar?_

_Par!_

_Ímpar!_

Scorpius fechou os olhos e desejou com todas as suas forças que saísse um número ímpar. Abriu lentamente os olhos...

4.

_Cacete Weasley, até no par ou ímpar você ganha?_ berrou ele, irritado.

_I’M FODA, BABY!_ exclamou ela, feliz.

_Ainda vai aparecer alguém melhor do que você, Weasley._

_Claro que vai. Mas esse alguém não é você e isso já me deixa muito feliz!_ela sorriu._EU GANHEI DE SCORPIUS MALFOY, LALALALALALALALALALALALALA!_

_Ninguém merece, ela._ comentou Scorpius, com um Albus que limpava as lágrimas dos olhos verdes.

_Você a julga demais, da mesma forma que ela faz com você._

_Como você a suporta?_

_Ela é muito mais do que você pensa, Scorpius. Muito mais. E agora, se me dá licença, eu preciso acompanhar nossa pequena vencedora até a aula de defesa contra as artes das trevas, antes que os grifinórios fiquem sabendo da sua maravilhosa derrota!_

_Merda, Albus, tem certeza de que você é meu amigo?_

_Ora, não sou eu que tenho que te responder essa pergunta._ e, com um último olhar matreiro, Albus se retirou; Scorpius não pode deixar de comparar seu andar elegante com um de um cervo apressado.

Rindo com essa súbita luz na escuridão da derrota, ele se levantou e com toda a dignidade que lhe restava, atravessou o salão, tentando ignorar os risos que lhe eram mandados.

A Weasley pagaria por aquilo. E se pagaria.


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Notas finais do capítulo

Bom, os irmão aparecem no próximo capítulo. Espero que dê pra postar amanhã. Senão, até domingo! Beijos.