Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 17
Capítulo 17 - A jornada Parte I


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Itachi chegou ao esconderijo com Maiko às costas. Kisame tinha ficado encarregado de levar o colchão. Quando chegaram, Maiko já dormia.

- Itachi-san, quer que eu a leve para o quarto? – perguntou Kisame.

- Não. – respondeu Itachi – Vai pôr o colchão na cama dela. Eu cuido da Maiko até estar tudo pronto, lá.

Com cuidado, Itachi tirou-a das costas e deitou-a no sofá, afastando o cabelo que tinha fugido para a frente da cara dela durante a viajem. Pensou, pela primeira vez, que ela era demasiado nova e demasiado inocente para estar ali. E decidiu que não ia deixar ninguém tocar-lhe.

Depois perguntou-se porque é que estava a pensar assim e teve medo da conclusão à qual chegou. Se estivesse certo, o que é que faria sobre aquilo? Já não sabia lidar com aquele tipo de sentimento. O que é que devia de lhe dizer?

Tentando não entrar em pânico por uma coisa tão insignificante, Itachi olhou para Kisame quando ele voltou e ficou contente por os outros estarem em missões.

Por outro lado, Kisame era a pessoa que melhor o conhecia. Perguntava-se se ele já tinha descoberto tudo.

- Já está tudo pronto. – anunciou Kisame – Devo levá-la até lá?

- Eu levo-a. – disse Itachi, carregando-a até lá sem que ela acordasse.

É claro que ele já tinha percebido, pensou Kisame enquanto via Itachi a entrar no quarto. Na sua opinião, só havia dois fins para aquela situação. Ou ele esquecia o que sentia por Maiko, ou fugia com ela para um sítio remoto e, na sua opinião, Itachi nunca faria a segunda.

Kisame não teria tanta certeza disso se visse a cara sorridente de Itachi enquanto via Maiko a dormir. Para que ela não adoecesse, e porque naquela terra estava sempre frio, Itachi pegou num cobertor e cobriu-a, aconchegando-a, de seguida.

Não faria mal se ele fosse feliz…só um pouco, pensou Itachi. Se se permitisse ser feliz, talvez Sasuke nunca o perdoasse. Mas Maiko tinha-o aceitado na mesma, mesmo depois de lhe contar o que tinha feito à família.

Se ela conseguia perdoá-lo, talvez ele conseguisse ser feliz.

Maiko acordou duas horas depois, quase à hora do jantar. Levantou-se, um bocado envergonhada por ter adormecido nas costas de Itachi, e saiu, vendo Kisame sentado no sofá.

- Boa noite, Kisame-san. – cumprimentou Maiko, fazendo uma vénia – Espero que não tenha dormido durante muito tempo.

- Só durante um par de horas. – Kisame levantou-se e retribuiu a vénia – O Itachi-san foi às compras para o jantar. E os outros estão em missão. Podes sentar-te se quiseres.

Maiko aceitou a oferta e sentou-se em frente a Kisame.

- Kisame-san. – começou Maiko – Estaria disposto a contar-me mais sobre o Itachi-san? Porque é que ele recusa-se a ser curado.

Kisame ficou em silêncio, pensando se devia contar-lhe ou não. Mas, se ela já sabia sobre a doença, era porque Itachi já tinha-lhe contado um bocado. Se assim fosse, não faria mal contar-lhe mais um bocado.

- O Itachi-san está gravemente doente, como já deve saber. Não será capaz de sobreviver mais dois anos, se continuar em missões. – começou Kisame – Ele recusasse a curar-se por causa da família dele.

- Estaria ele a tentar redimir-se, usando a doença? – perguntou Maiko.

- Temo que sim. – respondeu Kisame – Mas, para começar, ele não tenciona viver até a doença acabar com ele.

- Como assim? – perguntou Maiko.

- Ele quer morrer nas mãos do irmão. – Kisame viu Maiko a ficar branca – Por motivos que eu não conheço, o Itachi-san matou o clã inteiro, deixando apenas o irmão mais novo, vivo. O irmão culpa-o, como é claro. E o Itachi-san quer compensá-lo ao deixar que ele o mate.

- Isso é tão errado! – exclamou Maiko, fechando os olhos – Tenho a certeza que o Itachi-san não matou a clã porque quis!

Maiko conhecia ninjas como Itachi. Nunca faziam nada despropositado sem serem mandados.

- Kisame-san. – disse Maiko, levantando-se – Amanhã, tenciono partir durante alguns dias. Poderia fazer alguma coisa para cobrir a minha absência?

- O que é que tenciona fazer, Maiko-san? – perguntou Kisame.

- Algo arriscado, talvez. Mas não quero que o Itachi-san se preocupe. – disse Maiko – Ele já me salvou algumas vezes mas eu já não sou tão fraca como era há dois anos atrás. Quero retribuir-lhe, de alguma maneira.

- Ele vai tentar ir atrás de si, eventualmente. – informou Kisame – Mas eu vou fazer o que puder para atrasá-lo.

- Obrigada, Kisame-san. – agradeceu Maiko – Eu vou tentar voltar o mais rapidamente possível. Parto amanhã de madrugada.

Depois de um jantar agradável, Maiko arrumou a cozinha, enquanto Itachi lhe fazia companhia silenciosamente.

Depois entrou no quarto e dormiu até às três da manhã. Um bocado ensonada, Maiko levantou-se e começou a preparar a mochila que ia levar na sua viagem. Empacotou uma capa para o frio, – que tinha comprado numa viagem a Konoha há um ano – duas garrafas de água, um vestido limpo e alguma comida que tinha preparado antes de Itachi voltar, no dia anterior.

Amarrou o cabelo e tirou a capa, vestindo a roupa de ninja que lhe tinham dado em Suna. Pegou na bandana com o símbolo da terra do Kazekage e amarrou-o à volta do braço. Prendeu o kit de defesa que Itachi lhe tinha oferecido há algum tempo atrás à volta da cintura e, por fim, decidiu dobrar a capa da Akatsuki e levá-la também.

Em situações normais, sabia que não devia usá-la mas, se passasse por um lugar controlado por ladrões, era melhor tirar a bandana de Suna e colocar a capa da Akatsuki, uma vez que era sabido que os pertencentes àquele grupo eram mais fortes do que ninjas normais.

Contente por ter acabado mais depressa do que estava à espera, Maiko prendeu uma capa preta ao pescoço e cobriu a cabeça com o capucho. Usá-lo-ia até sair daquela terra.

Com um suspiro, saiu do quarto e deparou-se com Kisame.

- Kisame-san. – murmurou Maiko, para não acordar mais ninguém – O que é que faz aqui?

- Quis ter a certeza que sabe mesmo o que está a fazer. – respondeu Kisame – E que tem em mente que não terá qualquer apoio da Akatsuki.

- Eu sei disso. – garantiu Maiko – Obrigado por se preocupar, Kisame-san. Mas não acontecerá nada de perigoso e eu prometo que estarei d volta dentro de duas semanas.

- Muito bem. – disse Kisame, levantando-se – Desejo-lhe boa sorte.

Maiko anuiu com a cabeça, virou-se e saiu, deixando o esconderijo para trás.

Tinha-se passado dois dias e, finalmente, Maiko tinha chegado à entrada de Konoha.

Não se quisera apressar. Não tinha motivos para isso e não queria gastar a comida e a água que tinha trazido por ter perdido energia desnecessariamente.

Quando lá chegou, tirou a capa preta, dobrou-a e meteu-a na mochila. Desceu na árvore aonde se tinha escondido até ter a certeza que um dos guardas tinha adormecido e entrou em Konoha, parando quando o segundo guarda a chamou.

- Porque é que uma ninja de Suna está aqui? – perguntou o homem, olhando para Maiko desconfiadamente.

- Vim da parte do Kazekage para agradecer à Hokage e a um ninja chamado Naruto. – mentiu Maiko, pedindo desculpa a Gaara, mentalmente – Não demorarei mais de três dias.

O ninja olhou para ela de cima a baixo mas deixou-a entrar, avisando-a que iria ficar de olho nela durante a sua estadia.

- Obrigada. – agradeceu Maiko, entrando descansadamente. Nunca desconfiariam de um ninja de Suna depois do que tinha acontecido entre as vilas.

Discretamente, dirigiu-se para o lar abandonado do clã Uchiha, diretamente para a casa onde Itachi tinha vivido. Analisou tudo o que havia para analisar e que não tinha sido levado pelos ninjas da aldeia depois do acidente. Finalmente, pegou na fotografia que tinha visto da última vez e saiu, passando por todas as outras casas sem se apressar.

Quando saiu, tinha quase a certeza que Itachi nunca conseguiria matar tantos Uchihas sozinho, apenas numa noite. Essa era a conclusão mais importante, por enquanto. Porque provava que havia mais do que um culpado.

No entanto, quando estava prestes a sair, deparou-se com Naruto que olhava para ela seriamente.

- Ouvi dizer que tinha vindo alguém de Suna para me agradecer. – revelou Naruto – Mas porque é que esse alguém está a percorrer a área abandonada do clã Uchiha?

Enquanto engolia em seco, Maiko aproximou-se. Tinha sido treinada a inventar desculpas para situações daquelas. No entanto, decidiu que uma meia-verdade chegaria, por enquanto.

- Na verdade, eu menti sobre isso. – confessou Maiko – Eu estou aqui para investigar a morte do clã Uchiha.

- Espere, eu conheço-a! – exclamou Naruto – Você é aquela rapariga da loja de ramen!

Raios, pensou Maiko.

- É verdade. – continuou Maiko, tentanto não se engasgar agora – Nessa altura, eu já andava a investigar. Mas ninguém podia saber.

- Suna está a investigar a morte do Clã Uchiha? – perguntou Naruto – Porque é que eles haviam de fazer isso?

- Bem…não fui informada disso. – disse Maiko, quase a suar – Só me disseram para investigar e cá estou eu.

- Estou a ver. – disse Naruto – Bem, não quero arranjar-te problemas com o teu mestre mas vou ter que confirmar isto com o Gaara.

- Não é problema nenhum. – quando ele o fizesse, Maiko já estaria fora dali.

- Como é que te chamas? – perguntou Naruto.

- Dyuri. – mentiu Maiko – Desculpa pela intromissão.

- Não faz mal. – Naruto virou costas e voltou por onde tinha vindo – Continua.

Maiko esperou até ele desaparecer do seu campo de visão para fechar os olhos e soltar um suspiro. Perguntava-se se ele tinha acreditado mesmo no que ela tinha dito. Parecia bom demais para ser verdade.

Mas teria de continuar e esperar que a mentira não fosse demasiado óbvia.

No amanhecer do seu terceiro dia em Konoha, Maiko já tinha descoberto que Sasuke tinha-se tornado um seguidor de Orochimaru para ficar mais forte e matar o irmão.

Não sabiam onde é que o esconderijo estava localizado o esconderijo porque Orochimaru tinha bastantes, espalhados por todo o lado. No entanto, com as informações que Maiko obteve, tinha uma ideia de onde eles poderiam estar.

Também não podia esperar mais. Tinha quase a certeza que Naruto descobriria que a sua história era falsa se ela ficasse ali mais algum tempo.

Tinha que se mover rapidamente e, o seu próximo destino, era o esconderijo de Orochimaru.

- Mesmo que digas que ela foi numa missão, o Paine nunca deixaria a Maiko ir sozinha. – disse Itachi pela décima vez naqueles cinco dias – E eu já perguntei à Kanon. Ela disse que não sabe nada. O que é que se passa?

Kisame tinha dito a Maiko que ia tentar atrasá-lo o máximo que conseguisse. Mas era ali que acabava. Não conseguia inventar mais desculpas.

- Ela não foi numa missão. – confessou Kisame – A Maiko-san saiu por conta própria. Acho que foi para Konoha. Mas ela não disse nada.

- O quê!? – Itachi, que até ali tinha estado pacientemente sentado, levantou-se – Deixaste-a ir sozinha a Konoha!?

- Ela ia com o fato ninja de Suna. – continuou Kisame – Não creio que estará em perigo, logo que ninguém descubra que ela está associada a nós.

Itachi rangeu os dentes e saiu do esconderijo. Tinha-se iludido ao pensar que podia ser feliz. Isso nunca aconteceria naquela vida. Mas não perderia mais pessoas que amava.

Deixaria Maiko em segurança antes de se entregar ao irmão. Longe da Akatsuki e longe daquela batalha que nunca acabaria.

A prioridade agora era encontrar Maiko e trazê-la de volta antes que alguém descobrisse que ela não era quem dizia ser.


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Notas finais do capítulo

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