Tears Dry On Their Own escrita por nanny


Capítulo 1
O1


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos (: Boa leitura õ



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Tudo o que posso ser para você

É a escuridão que já conhecemos

E com esse arrependimento tive que me acostumar

Era sempre no mesmo lugar que ele terminava seu dia, um bar-trouxa pobre e simples. Gastando seu dinheiro com tudo o que conseguisse beber e se xingando por ser a pessoa mais idiota da terra. Ele mal sabia o nome do lugar, só sabia que quando estava chateado ou com raiva, era pra lá que seu carro o levava sempre. Era atendido e mal-encarado por todos no local. As roupas de Draco na maioria das vezes estavam perfeitamente limpas e ajeitadas, ao contrário do resto das pessoas do bar. Mas sua aparência era terrível, seus cabelos loiros sempre atrapalhados, seus olhos vermelhos e com olheiras enormes. Parecia um homem cansado e deprimido que esquecia suas dores quando se sentava no balcão do bar. O dono do bar também já havia percebido que Draco era rico. É claro que o homem era muito rico. Ninguém por perto tinha um carro tão caro e bonito quanto o de Draco, nem gastava tanto no seu bar...

O loiro passou a mão pelos cabelos novamente e pediu mais uma dose de vodca.

Você causa nojo, Malfoy.” Ele pensou apoiando os cotovelos no balcão e escondendo o rosto nas mãos.
- Aqui está, senhor. - O dono do bar olhou para ele com certa pena.
A voz dele soou penosa, mas Malfoy não levantou a cabeça e o olhou arrogante como provavelmente faria. O loiro só continuou com a cabeça entre as mãos e murmurou um inaudível “obrigado”. Draco riu internamente por ter dito “obrigado”, se ela estivesse por perto, teria rido e dito “ora, ora, então você sabe ser gentil?” e Draco fingiria desapontamento e a roubaria um beijo. Mas ela não estava ali. E esse era o motivo porque Draco se encontrava ali. Se a castanha estivesse por perto, provavelmente estariam juntos, ele estaria sorrindo ou aninhado nos braços dela. Uma lágrima escorreu. Draco esfregou os olhos com força, quase se machucando e virou a dose de vodca. Pagou e saiu do bar, visualizando seu porsche carrera prata do outro lado da rua. Caminhou até o carro com a cabeça ainda latejando. O ligou e o conduziu até seu apartamento. Draco sentia o carro o dirigindo pra casa, o caminho já era automático, ele fazia esse mesmo caminho todos os dias. O carro parecia flutuar pelas ruas, mas Draco ignorou esse fato, estava bêbado demais pra se importar. Abriu a garagem do apartamento com o controle e estacionou na sua vaga. Era uma vaga dupla com uma placa escrita “Sr. Draco Malfoy”, e ao lado do porsche se encontrava um bugatti veyron prata, a castanha sempre admirava aquele carro por alguns minutos quando o via. Dizia que carros pratas impõem poder, e quem é Draco Malfoy pra contraria-la?

Draco subiu pro apartamento rapidamente. Não conseguia mais raciocinar e precisava dormir. Em poucos minutos estava no banheiro tomando um banho frio. Draco se odiava bêbado. Tinha consciência disso mesmo em seus piores estados. Depois do banho enrolou a toalha no quadril e se sentou na cama. Não aguentava mais o peso que carregava. Não aguentava mais abrir as revistas e se deparar com uma foto de “Hermione Granger e Ronald Weasley, o casal do ano”...

Draco POV

Aquela castanha é minha. Por ordem de tempo, ela pertence a mim. Mas por ordem de “quem-é-mais-otário”, ela pertence a ele. Não por ele ser mais otário, mas por eu ter sido a pessoa mais estupidamente otária do universo negando meu relacionamento com ela por alguns anos. Meu pai ainda era vivo e nunca me aceitaria com a sangue-ruim-Granger, mas talvez se eu tivesse o desafiado, eu estaria bem agora. Eu não quis nada sério por culpa do monstro do Lucius, mas eu me arrependo a cada minuto que respiro sem ela. Me arrependo sempre que vejo as fotos com o Weasley... Me arrependo sempre que estou sozinho e sei que ela está nos braços do marido. A única coisa que me devolve o sorriso, é recebê-la. Ela me devolve meus sorrisos, ela me devolve minha felicidade. Saber que mesmo tendo o sardento-Weasley como marido, a primeira pessoa pra quem ela liga quando tem problemas ou quando acontece algo de muito bom sou eu. Saber que nos meus braços ela se sente bem. Me faz rir quando ela xinga o Weasley e me pede pra trocar de lugar com ele. Dói saber que o que eu tenho raramente ele tem todos os dias. Dói imaginar os dois se beijando... E se eu imaginar a minha castanha dizendo que o ama, com aqueles olhos fixando os olhos do cabelo-de-fogo-Weasley, me dá vontade de chorar. Vontade não, as lágrimas são incontroláveis, eu me lembro de tudo o que passei com ela e então não consigo me conter.


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Notas finais do capítulo

Ok, ok. No próximo, Draco tendo vários Flashes de tudo que teve com ela, vai ser maior e prometo que melhor. *-* Reviews?