Odeio Te Amar escrita por Mary Kaulitz


Capítulo 3
Armações


Notas iniciais do capítulo

eeee eu tinha esquecido dessa parte

Foi mal ^.^



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Quatro garotos e um homem engravatado completavam a sala séria sem cores ou detalhes, sentados no longo sofá em frente á mesa do famoso produtor Marcelo Soares, os jovens se sentiam angustiados. Mirelly entra na sala repentinamente para completar o quinteto.

 - Mil perdões, eu fiquei presa no elevador. – Desculpou-se Mirelly envergonhada.

 - Sem problemas, já fomos avisados. – Tranqüilizou Marcelo.

 - Certo. – Respondeu a moça, se sentando ao lado de seus companheiros de banda.

 - Agora podemos começar a reunião. Bom todos os testes já foram feitos, e em fim a gravadora está encantada com vocês, já temos o contrato aqui para que assinem, tem alguém menor de idade? – Indagou o produtor.

 - Eu tenho dezessete anos. – Anunciou Mirelly.

 - Opa dezesseis. – Falou um jovem loiro com olhos esverdeados. O integrante mais novo da banda, todos diziam que ele tinha cara de bebê, não era pra menos seu rosto delicado se fundia com os olhos cor de esmeralda, os cabelos cacheados e loiros davam-lhe um ar de inocência, ainda era franzino, mas já chamava a atenção das garotas. Depois de muito esforço entrou na banda como baixista e passou á usar um estilo um pouco mais adequado á banda, coturnos, roupas com estampas de grandes bandas, correntes, mas mesmo assim a inocência não saia de seu rosto.

 - Apenas vocês dois? – Continuou Marcelo.

 - Sim apenas eu e o Flávio. – Respondeu Mirelly.

 - Bom vocês vão levar os contratos pra casa para que um responsável assine, os demais já podem assinar, o contrato diz que vocês tem total exclusividade com a Som Livre por um ano, os demais detalhes estão especificados no contrato, vou dar um tempo para que leiam, volto logo. – Disse o produtor entregando os contratos e saindo da sala.

 - Onde você estava criatura. – Perguntou Flávio á Mirelly.

 - No elevador. – Respondeu a moça sem dar muita atenção ao amigo.

 - Com o Luan Santana. – Completou um jovem com cabelos rubros, lisos e compridos, ele era o famoso “Ruivo” famoso por ser o terror do bairro onde morava, ele aprontava de todas. Ruivo cresceu junto á Mirelly desde crianças eram amigos inseparáveis.  Com seis anos de idade já ouvia Metallica, sempre teve o estilo Heavy Metal, e se orgulhava muito disso, além de ser um ótimo guitarrista. Dono de uma beleza incomum era alto, com um corpo definido, seu rosto possuía as “sardinhas” que todo ruivo legitimo tem, seus traços eram como uma tela pintada detalhe á detalhe, seus olhos negros eram intensos, bastava o olhar para se perder. Com vinte e dois anos ainda tinha o encanto da adolescência.

 - Ruivo não me enche, e lê a droga do contrato. – Falou a moça não contendo o mau humor.

 - Você ficou presa com o Luan Santana? Desculpa, mas já foi pro Twitter. – Falou o rapaz que estava no fim do sofá com o celular nas mãos.

 - Carlos Eduardo se você postar isso eu te mato. – Exclamou a jovem seriamente.

 - É Cadu... Chamou de Carlos Eduardo então é serio. – Alertou Ruivo contendo o riso.

 - Ok, já apaguei estressada... – Retrucou Cadu sorrindo. Cadu era o mais palhaço da turma, e também o mais irresponsável, nunca se importa muito com as conseqüências, gosta de viver o presente. A musica é a única coisa que ele leva a sério, isso é algo que todos têm em comum. O rapaz consegue ser uma mistura de meigo com bizarro. De todos é o que usa um estilo mais leve, sem tantas correntes ou caveiras. Entrou para a banda por ser um guitarrista maravilhoso, hoje ser musico é seu foco, claro que pretende se desviar um pouco com muitas garotas. Cadu possuía uma grande beleza, e ele sabia e abusava disso, freqüentava a academia e tinha o corpo ideal, sua altura média, os cabelos lisos e negros estavam sempre em um moicano arrepiado, seu rosto era perfeito não se via defeitos os olhos negros traziam um ar de mistério ao seu olhar, e acima de tudo seu sorriso era capaz de trazer paz em meio a guerra.

 - E você Beto está tão calado. – Perguntou Mirelly ao ultimo integrante da banda.

 - Só estou lendo o contrato. – Explicou-se Beto, ele sempre foi tímido e muito calado, mas quando sentava em frente a uma bateria se transforma em outra pessoa completamente o oposto do que é em seu cotidiano. Ama música, toca bateria desde os oito anos de idade, perdeu os pais cedo e teve que amadurecer mais rápido, por isso era o mais centrado do grupo. Ás vezes sentia-se fora de plano junto aos demais, estar fora de seu peso ideal o fazia perder a alto estima. Tinha a pele morena, cabelos compridos, negros e ondulados, seus olhos eram cor de mel, e os traços de seu rosto eram angelicais, suas feições angelicais se  perdiam em meio á muitas correntes e caveiras.

 - Terminaram? – Indagou Marcelo entrando na sala de supetão, o susto de Cadu foi tanto que o jovem jogou o papel para o ar.

 - Sim. – Respondeu Beto entregando seu contrato. – Mas tem algo que não entendo, como aquela clausula que diz que vocês podem mudar o que quiserem na banda, até o nome. – Continuou Beto.

 - Sim, mas aquilo é clichê não vamos usar com vocês. – Prometeu o produtor. – Agora me acompanhem, vamos ate a sala de gravação, vou apresentar toda a equipe, e explicar como serão as gravações. – Terminou Marcelo saindo da sala, e então os garotos o seguiram.

Luan fitava a janela pensativo, enquanto seu assessor Paulo tagarelava sem parar.

 - Descobriu o que te pedi? – Indagou Luan cortando o assessor que repassava pela centésima vez a agenda de Luan.

 - Sobre a garota? – Quis saber o assessor.

 - Sim. – Respondeu Luan impaciente.

 - Vamos ver... – Disse Paulo olhado em um pequeno bloquinho de anotações. – Se chama Mirelly, dezessete anos, tem uma banda de Rock, está aqui hoje pra assinar contrato com a Som Livre, e o produtor da banda dela é o Marcelo Soares. – Informou Paulo de forma mecânica.

 - O Marcelo é produtor dela? Interessante... – Repetiu Luan sorrindo.

 - Por que tanto interesse? – Indagou Paulo.

 - Paulo me dá um tempo já volto. – Respondeu Luan.

 - Onde vai? Precisamos terminar a sessão de fotos pro novo CD ainda hoje, temos que embarcar pra Londrina antes das 18:00... – Continuava Paulo, mas Luan já nem escutava, continuou andando pelos corredores da gravadora.

 - Oi princesa, sabe me dizer onde encontro o Marcelo? – Perguntou Luan cheio de segundas intenções á uma secretária.

 -  Ele está na sala doze, a sala de gravações. – Respondeu a jovem toda derretida.

 - Obrigado. – Disse Luan depositando um beijo estalado na testa da secretaria que quase teve um ataque. Quando Luan ia entrar na sala escutou uma voz suave, cada letra proferida era como uma caricia, Luan entrou na sala atordoado e viu Mirelly concentrada com os olhos fechados, ela cantava com a alma, suas mãos seguravam o microfone e seu rosto esbanjava um ar plenamente feliz. Um vidro os separava, em meio á vários equipamentos de gravação. A banda de Mirelly tocava ao fundo.

 - Luan... O que faz aqui? – Indagou Marcelo vendo o jovem estático.

 - Procurava por você, podemos conversar um minuto? – Respondeu Luan sem tirar os olhos de Mirelly.

 - Sim vamos ao meu escritório. – Concordou Marcelo.

 - Não está ocupado? – Preocupou-se Luan.

 - Não, eles estão apenas gravando um demo com duas musicas para a direção avaliar, não é tão importante. – Esclareceu o produtor, e os dois seguiram até uma pequena sala.

 - Marcelo vou ser objetivo, preciso te pedir um favor. – Começou Luan.

 - Do que se trata? – Indagou Marcelo com uma ponta de curiosidade.

 - É sobre essa banda que você está lançando... – Luan dizia cada palavra com um sorriso enigmático.


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