Com Certeza Tenho Amor... escrita por BloodyMary


Capítulo 1
Capítulo Único Love Story


Notas iniciais do capítulo

O Link da letra da música tema é esse: http://letras.terra.com.br/taylor-swift/1332481/traducao.html e o video : http://www.youtube.com/watch?v=8xg3vE8Ie_E&ob=av2n Aconselho ler a fic ouvindo-a repetidamente, será emocionante, I Promisse.



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  Eu fui e sou uma moça muito resguardada pelo meu pai, mas realmente não deveria ter ido à feira.

We were both young when I first saw you

 Bem, eu não fui, embora o desejasse. Convenci minha ama Karye a me acompanhar até a igreja. Porem tomamos outra rua passando tão perto da feira... Conseguia ouvir seus sons e ver suas cores. Foi nessa rua olhando através de meu véu que vi os saltimbancos fazendo suas acrobacias. Foi nessa rua que conheci o que tantos falavam. Que todos chamavam de amor.

That you were Romeo you were throwing pebbles

                        Ele era o mais lindo, o mais jovem, o mais forte e o mais valente dos onze irmãos. E era ele que roubara meu coração. Mais depois ele parecia tão pálido, tão fraco... Certa vez ouvira um de seus irmãos dizerem.

                        -O que tens Justin?

                        -Não sei. É algo estranho, que ao mesmo tempo em que dói me deixa indolor. É aqui dentro... –Ele disse. Lembro-me que foi nesse dia que descobri seu nome. Justin.

                        Nunca mais voltara àquela rua. Eu chorava todos os dias. Não conseguia mais comer... Era como se eu tivesse tudo e não tivesse nada... Era tudo tão... vazio. Mas era estranho, embora depois repentinamente eu sorria e cantava... Karye me perguntara o que eu tinha. Apenas respondi a uma de suas perguntas...

                        -Tenho... sim... Com certeza tenho amor. –Eu respondera. Sim. Estava apaixonada pelo saltimbanco. Mas como fora criada com tanto... Esmero meu pai proibira-me de vê-lo ou de sair de casa.

And my daddy said stay away from Juliet

Disse que era como dar um banquete aos porcos. Ele me trancara na mais alta torre da casa onde só havia uma janela... Nessa noite Justin formara uma escada humana improvisada, tentando alcançar a janela, que no alto, abrirá...

I'm standing there on, a balcony in summer air

Begging you please don't go

___________________________________~*~_______________________________________________

                        Havia acabado de pentear-me os cabelos. Ouvi um som até então desconhecido por uma noite embalada por lágrimas. Caminhei até a janela com minha longa camisola branca com leves e delicados detalhes em ouro. Quando abri a janela um sentimento invadiu meu coração. Uma mistura de aflição com alegria tomara conta de todo o meu interior. Avistei uma escada humana abaixo de minha janela e subindo por ela o saltimbanco que levara minhas forças com ele. Justin. Nossos olhares se cruzaram brotando um leve sorriso em meus lábios. Justin ficou frente a frente a mim. Suas mãos deslizavam sob as maças de minha face fazendo-me corar e criando leves correntes elétricas no interior de meu ser.

                        -Devemos fugir Miley.

Romeo take me somewhere we can be alone

I'll be waiting all there's left to do is run

You'll be the prince and I'll be the princess

 –Justin dissera olhando-me profundamente. Ele descobriu meu nome quando minha ama Karye pronunciara o mesmo enquanto andávamos pelas estreitas ruas de Londres, mas isso não vem ao caso.

                        -Concordo, mas o que poderemos fazer Justin? Fico trancada aqui do nascer do sol ao por da lua. E meu pai vigia-me assim como a Rainha Elizabeth I –que ela viva para sempre- vigia a própria nora. Sorte nossa se ele não estiver ouvindo-nos agora.

We keep quiet cause we're dead if they knew

                        -Arrume todos os teus pertences Miley. Depois de amanhã na madrugada quando o sol estiver prestes a nascer virei buscá-la. Fugiremos para Veneza. Já organizei tudo. –Disse ele.

                        -Como? –Perguntei.

                        -Meus irmãos Ryan, Christian, Charles, Scooter, David, Cody, Taylor, Josh, Joseph e Zachary nos ajudaram. Não demore. Volto amanhã para lhe buscar.

                        -E eu lhe esperarei até as esperanças em mim se secarem. Amo-te Justin. –Eu disse colocando minhas mãos em seu rosto.

I love you and that's all I really know

                        -Eu também te amo Miley. –Dito isso Justin selou nossos lábios em um breve instante. Separamo-nos e ele desceu por sua “escada humana improvisada”.

                        Acompanhei-o com o olhar até a negra neblina noturna tampar minha visão. A brisa fria batia em minhas bochechas fazendo-a arder e acordar-me de meus devaneios. Deveria dormir. O dia seguinte seria longo e arriscado. Viver um amor proibido em plena passagem de século XIX para XX era como colocar a própria cabeça na guilhotina.

                        Acordei com raios de sol invadindo meu quarto e minha ama batendo à porta. Seria meu café-da-manhã. O último neste casarão. Ouvi a porta destrancar. Karye entrou com uma bandeja, depositou-a em uma mesinha de chá feita de madeira nobre, sussurrou um leve “Bom Dia Senhorita” e saiu olhando o carpete tom pastel que cobria o chão do quarto. A porta se fechou e foi trancada. Levantei-me e caminhei até a bandeja. Nela havia duas torradas, uma xícara de café quente e uma maça tão vermelha como o sangue em minhas veias. Fiz minha higiene matinal. Começaria a organizar tudo. Desde meus mais belos vestidos de baile à minhas camisolas. Dinheiro, jóias... E quando Karye trouxer-me o almoço a pediria mais e mais para guardar e levar. Sorte que quando fui passar uma temporada no castelo da Rainha Elizabeth I –que ela viva para sempre- como candidata a noiva do príncipe, papai comprara-me uma enorme mala.

                        Os minutos passaram lentamente dando-me angustia e insegurança. A noite chegara e meu pai viria dar-me Boa Noite. Tratei de esconder a mala. E logo ouço a fechadura da porta abrir-se. Deito-me depressa à cama cobrindo com meus cobertores minha roupa de fuga. Quando encosto minha cabeça ao travesseiro papai adentra em meu quarto.

                        -Miley, filha-minha-e-deleite-de-meus-olhos. Como fora o seu dia? –Perguntou-me meu pai sentando-se a beira da cama.

                        -Pai-meu-e-deleite-de-meus-olhos. Passo dia inteiro trancada neste cômodo vendo a felicidade dos outros e perdendo a minha. Não tenho outra descrição a não ser horrível.

                        -Miley. Em breve sairá daqui. Fechei um ótimo negócio. Arranjei seu casamento. O grão-vizir Tisroc está interessado em sua mão. Alega ter sido hipnotizado por tão estonteante beleza a sua.

                        -Mas papai, o grão-vizir tem setenta e nove anos e eu tenho apenas vinte. Ele tem a idade para ser meu avô! E eu não o amo.

                        -Dane-se Miley. Você só sairá daqui em seu casamento e até lá já terá esquecido o maldito saltimbanco a quem alega amar. –Dito isso saiu batendo a porta e trancando-a.

Don't be afraid we'll make it out of this mess

                        Lágrimas deslizavam de meus olhos verdes-cristalinos quase invisíveis até o canto de meus lábios. O tempo até a madrugada seria longo. Meu coração esperaria inquietamente por Justin.

Romeo save me I've been feeling so alone

I keep waiting for you but you never come

Is this in my head I don't know what to think

Durante a noite as estrelas brilhavam intensamente juntando-se com o suave cantar das frias brisas formando um belo espetáculo. Está quase no amanhecer. Ouvira um estonteante barulho. Apoiei a palma de minhas mãos na base de madeira velha da janela e olhei para baixo. Lá estava ele. Justin. Fazendo disparar meu coração. Ele apoiou uma escada de madeira já velha e desgastada pelo tempo na parede. Então subiu. Entreolhamos-nos. Lhe entreguei a minha enorme mala. Ele a pegou e desceu. Deixei uma carta sob a cocha rosa clara da cama. No papel envolvido por um laço de cetim roxo estava escrito à tinta e pontas de pena minha despedida. Dei uma ultima olhada para o quarto. Prendi meus longos cabelos loiros castanhos com um laço de seda cinza. Valorizando meus longos caracóis. Puxei a barra de meu vestido preto com detalhes em branco e passei pela janela apoiando meus pés em um dos degraus da escada e uma de minhas mãos na mesma. A outra segurando a finalização do vestido. Desci a escada e abracei Justin que até então não dissera nada. Ele selou nossos lábios e logo os separou. Ele olhou em meus olhos refletindo o luar e disse:

                        -Temos que ir Miley. Não temos tempo. -Assenti com a cabeça e adentramos na mata. Corremos até olhar para trás e não ver nada além de folhas secas caindo revelando o final do outono e o começo de um rigoroso inverno inglês.

                        Depois de quase cinco horas pela mata chegamos à estação ferroviária de Oxford. Entramos no trem.

                        -Justin. Tenho medo. E se não der certo? –Perguntei.

                        -Tudo vai dar certo Miley. Nem a morte a separará de mim. –Ele disse isso e me beijou. Foi nosso primeiro beijo de amor. Sua língua pediu passagem e eu cedi. Nossas línguas dançavam o mais belo Danúbio Azul. Nosso beijo foi interrompido pelo som da partida do trem. Olhei pela janela. Vi os empregados de meu pai procurando-me. Encostei meu rosto no peito de Justin na tentativa de escondê-lo. O trem partira.  Meu pai me perdera. Há essas horas ele deveria estar dizendo: “-Maldito saltimbanco que roubara minha filha. Que o diabo o leve para as profundezas do inferno e que Deus tenha piedade de minha filha.”

                        Doía só de imaginar, mas antes de mamãe morrer, dissera-me para buscar a felicidade. Fomos de trem até a costa da Inglaterra para pegar a caravela para que pudéssemos chegar ao continente Europeu e seguir para Veneza.

                        Fomos ao navio. Pude tomar um banho aromatizado e reconfortante. Fui para o quarto. Eu e Justin nos entreolhamos. Ele tinha um brilho nos olhos até então desconhecido. Ele me olhava diferente. Beijamo-nos como nunca havia nos beijado antes. Ele deitou-me na cama e assim tivemos nossa primeira noite de amor. Os meses passaram-se. Já estávamos em Veneza quando descobri que estava grávida de quatro meses. Passamos  mais quatro meses morando em uma pensão. Minha barriga crescia muito e eu me sentia insegura em relação ao meu amor por Justin.

                        Havia um rapaz na pensão chamado Logan. Ele mexia comigo de um jeito diferente.

                        -Miley, Justin não lhe ama. Ele não pode sustentar uma mulher grávida. Eu lhe amo. Acredite em mim. –Logan dissera. Seus olhos azuis cristais eram diferentes dos olhos cor-de-mel de Justin. Seus cabelos negros e seu perfume me hipnotizavam.

                        -Desculpe-me Logan, mas eu não sinto nada por você. –Menti. Mas foi tarde demais. Ele havia roubado um longo e maravilhoso beijo. Suas mãos percorriam por meus cabelos enquanto as minhas corriam por suas costas. Correntes elétricas percorriam meu corpo enquanto uma de suas mãos acariciava minha cintura a outra brincava com meus cabelos. Coloquei minhas duas mãos em seu tórax separando-me dificilmente dele. 

                        -Logan, estou grávida de Justin. Fugi com Justin. Meu coração pertence a ele e a minha felicidade também.

                        Logan saiu de meu quarto. À noite ouvi gritos na rua e sai correndo arrastando meu vestido amarelo sob as escadas. Justin e Logan. Se matando.

                        -Miley é minha. E nem que eu precise matá-lo você ficará longe dela. –Justin disse.

                        -Miley não o ama seu estúpido. –Logan disse com uma faca na mão. Ele foi em direção a Justin. Entrei na frente de Justin e acidentalmente ele cravou a faca abaixo de meus seios. Inclinei-me para baixo. Olhei a ele enquanto lágrimas desciam em minha face. Justin segurou minha cintura me descendo até o chão.

Romeo save me they're trying to tell me how to feel

This love is difficult but it's real

 Olhava indignada para Logan. Sei que não fez por querer. Ele me olhava com aflição. Passe minha mão no ferimento e olhei minha mão, cheia de sangue a levantei a minha frente. Minha boca sussurrava algo que nem eu sabia ao certo o que era. Meus olhos estavam pesados. Minha vida estava pesada. A única coisa que consegui dizer foi...

                        -Salve minha filha, Hope. –Apenas senti algo de mim indo embora. Meu sangue se despedia de mim fazendo uma curva no chão. Mesmo tão longe eu estaria tão perto. Justin foi e sempre será meu primeiro amor. Meu coração e minha alma pertencem a ele.

It's a love story baby, just say yes


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem. :') A outra fic será postada domingo. Minha nova Dark Fic. Espero que gostem. =D Kisses ;*



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