Olhar de Anjo escrita por Julieta Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9 - Redenção


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Cenas do capítulo anterior

Um barulho ecoou do sótão. Separei-me de Edward dando um pulo.


Subimos as escadas até o sótão. Eu estava assustada e envergonhada pelo beijo que houve a pouco. Como ele conseguiu reavivar essas sensações em mim?


– Eu vou na frente!


Eu fui indo logo atrás quando tropecei em algo e cai.


– Edward! – eu gritei constatando o ocorrido.


Capítulo 9 - Redenção

O intruso não era mais do que, um gatinho. O aninhei em meus braços, era tão pequeno e indefeso. Algo em sua expressão atordoada me cativou.


– O que aconteceu? Você viu o intruso? – ele passou os braços por minha cintura levantando-me. –Não olha só...


Mostrei o pequeno gatinho branco com manchas marrons. Com grandes olhos verdes exatamente iguais ao de Edward.


– Eu acho que ele entrou pela janela e fez uma bela bagunça aqui.


– Isso explica os sons que ouvimos – Edward estendeu a mão e afagou carinhosamente o meu rosto.


Eu ruborizei.


– Edward, Desculpe-me! Fiz um drama por nada... Não tinha ninguém! – fui silenciada quando ele depositou um dedo em meus lábios.


– Não foi nada, afinal... – deu um passo em minha direção. – Quero sempre estar ao seu lado, te proteger... – seus dedos traçavam padrões suaves em minha face. – Até mesmo contra um gatinho.


Se seu rosto não tivesse tão próximo do meu e nossos corpos tão colados, teria rido. Mas minha preocupação era encontrar ar para respirar.


O miado do gatinho nos fez sobressaltar. Era um som agoniado.


– Acho que ele deve estar machucado... – eu murmurei. – Vamos descer


Enquanto me dirigia para a escada. Edward rodeou minha cintura com seu braço, afim de me ajudar.


– Já pensou num nome para ele?


– Eu acho que Midnight... – Edward me olhou confuso. – Explica muito como ele surgiu, entrando em casa por volta da meia-noite. Você vai cuidar dele?


– Bella, eu sou médico não veterinário... – ele disse, enquanto eu acendia a luz da cozinha e colocava Midnight na bancada.


– Eu sei, mas é o mais próximo do que açougueiro!


– Tudo bem! Mas só porque quero e ver sorrir – seu olhar não se desgrudava de meu corpo.


Aí... droga! Não me diga que eu ainda estou de roupão, olhei para baixo e minhas suspeitas se confirmaram.


– Eu vou subir para me trocar... – eu devia estar um pimentão agora.


Só eu mesma pra ser tão atrapalhada. O espelho refletia minhas bochechas ruborizadas e um sorriso bobo no rosto. Deslizei minhas mãos por minha boca recordando de seus lábios nos meus. Sem perceber estava suspirando, desviei minha atenção para o guarda-roupa a fim de escolher uma roupa.


Escolhi uma saruel jeans combinada com uma blusinha segunda pele preta, e uma sapatilha vermelha. Desci as escadas indo para a cozinha, encontrei Edward sentado na cadeira com Midnight deitando em seu peito ronronando.


– Como ele está?


– Bem... parece que ele deslocou a patinha dianteira.


– Amanhã, vou levá-lo para o veterinário!


Edward levou Midnight para uma almofada na sala, ele adormeceu satisfeito.


– Então, quer dizer que estou perdoado? – seu olhar revelava apreensão.


= Preferia esquecer disso senão se importa. – abaxei meu rosto afim de não revelar as lágrimas traiçoeiras. – Foi muito difícil tudo o que aconteceu.


Ele tomou meu rosto nas suas grandes mãos, enxugando minhas lágrimas.


– Se quiser desabafar, pode me contar qualquer coisa!


– Não é algo que eu queria dividir...


– Eu sei que eu perdi sua confiança, mas prometo fazer de tudo para recuperá-la... – ele tocou gentilmente seus lábios nos meus.


Seu hálito de menta me deixava tonta, parecia uma droga viciante.


– Bells, cheguei! – anunciou meu pai.


Me afastei dos lábios de Edward, mas ele continuou a segurar minha cintura.


– Ah... Oi, Edward! – sua expressão surpresa não era aborrecida. – Não te esperava aqui, meu rapaz!


Edward não se afastou nenhum centímetro de perto de mim.


– Temos um visitante! – meu pai disse quando avistou Midnight. – Foi um presente, Bella?


Ele entreolhou eu e Edward com os braços ainda envoltos na minha cintura.


– Na verdade... – Edward deu uma risada. – Bella, pensou que um ladrão havia invadido a casa. No final foi apenas um gatinho!


Meu pai segurou a risada contraindo os lábios. Como meu pai pensei que ficaria um pouco preocupado, mas me enganei ele e Edward trocavam olhares zombeteiros.


– Qual é? Quem não iria se assustar com barulhos vindos do sótão?


– Aparentemente só você, querida. – brincou meu pai.


Soltei um “Aff” para os dois. Edward acabou ficando para o jantar.


– Vou me retirar... Edward mais do que ninguém vai me compreender! Preciso descansar.


Meu pai subiu as escadas em direção ao dormitório. Fomos para a sala, Edward sentou no sofá, em seguida me pegou pela cintura para que sentasse ao seu lado e aninhasse minha cabeça no seu peito.


Senti meu corpo quente de imediato, minhas bochechas chamuscavam.


Levantei meu rosto encontrando seus olhos profundamente verdes me encarando, fiquei sem ar. Nenhuma palavra precisava ser proferida para que nos entendêssemos. Nossas bocas se tocaram, agora com o doce sabor de seus lábios. Percebia que tinha um gosto amargo da saudade incrustada nos meus, acho que nunca cansaria de seus beijos.

Sua língua mas parecia que estava acariciando a minha. Puxei seus cabelos cobres para aprofundar o beijo.


Ele sorriu contra meus lábios.


Estava ficando sem ar. Sua mão apertava a pela macia de minha cintura, arquejei a procura de ar. Nos olhávamos profundamente, quando seu celular tocou. Ele o olhou calmamente, eu segui seu olhar curiosa.


– Oi, mãe! – que alívio não era nenhuma outra garota. O que estou fazendo? Não devo me envolver. – Já estou indo pra casa.


Desligou o celular e me olhou tristonho.


– Já é tarde! Tenho que ir... – eu assenti, acompanhando-o até a porta. – Não vai me dizer pra ficar mais?


– Amanhã, você levanta cedo... Tem que dormir, eu entendo!


– Será que um dia, você irá querer minha companhia tanto quanto quero a sua. – eu abaixei o rosto, constrangida. – Tudo bem... Eu vou esperar o seu tempo!


Recomeçamos onde tínhamos parado na sala. Ele me abraçou forte e adentrou no carro indo embora. Deitei na cama e tive um sono livre de sonhos.



Levantei bruscamente sendo despertada pelo barulho irritante de meu despertador. As lembranças de ontem, assolaram-me. Queria vê-lo deseperadamente, sentia falta de seu abraço, seus beijos.


Essa sensação foi a confirmação daquilo que eu mais temia, estava apaixonada!


Olhei para o relógio e me troquei rapidamente.


Meu pai estava terminando seu café.


– Me dá uma carona? Estou atrasada para a fisioterapia. – disse com a boca cheia.


– Claro... Só engole o café pra não engasgar!


Sorri com a boca cheia de comida. No caminho do hospital, meu pai não comentou sobre a presença de Edward, nem até que horas ficou. Descemos juntos ele me deixou na sala onde seria a fisioterapia. Fiquei aguardando a chegada do médico, me sobressaltei quando uma voz muito conhecida, chamou-me.


– Bom-Dia! – Edward estava divino. Trajava uma camisa verde-clara que destacava seus olhos, seus cabelos desgrenhados estavam irresistíveis.


– Você vai ser meu médico?


– Claro, eu sou seu médico... Quer trocar?


– Não quis dizer isso!


– Como foi sua noite? Dormiu, bem?


– Como sempre... – ele arqueou as sobrancelhas. Não precisava saber que ele era o motivo de meus sonhos tranqüilos.


– Vamos tirar o gesso? Para fazer a fisioterapia.


Ele me levou até uma maca, ajudando-me a sentar. Fiquei preparada para a dor, mas suas mãos podiam estar fazendo carinhos porque não sentia nada.


– Tivemos um bom progresso! Sua perna não está mais inchada.


– Que bom! – acabei me empolgando e pulei da maca, imaginando que poderia correr.



Me enganei dolorosamente quase cai. Edward já estava pegando-me nos braços.


– Calma... Primeiramente temos que fazer a fisioterapia. Seus movimentos vão estar rígidos.


– Não vou andar como normalmente? Não vou poder voltar a fazer esportes? – ele tocou meu rosto, afagando-o.


– Claro que vai! No momento sua perna está tensa, mas depois de duas sessões irá voltar a andar normalmente.


Ele me levou para fazer exercícios com uma bola, para eu aprimorar a minha agilidade. ele sempre mantinha sua mão na minha cintura com medo de que caísse. No final da sessão, Edward fez uma massagem na minha perna. Nem preciso dizer que senti uma corrente elétrica com seu toque.


– Bom.... Agora que terminamos. E não estou aqui como seu médico.


Ele se inclinou para me beijar. Minha mente me gritava “Não!!!”, mas meu corpo já tinha ido de encontro ao seu. Nosso beijo tinha o sabor de saudade, seu perfume invadiu minhas narinas. Era amadeirado e bem masculino.


Seus olhos sempre me deixavam sem ar.


– Vamos almoçar juntos?


Eu hesitei.


– Na verdade tinha combinado com sua irmã de almoçar com ela. – ele fechou a cara. – Quer vir junto?


– Eu adoraria. – ele me deu um selinho.


Descemos até o estacionamento de mãos dadas. Sentia que todos os olhares estavam sobre nós, no entanto a sensação de sua mão na minha, era reconfortante. Uma sensação de proteção que só sentia com o Nik.


Seu carro era um volvo prata. Ele ligou o rádio.


– Alice... me disse que você tinha uma banda?


Aquela dor excruciante esmagou meu peito.


– No passado... – doía ouvir a verdade em minhas palavras.


Quantas vezes eu queria volta no tempo, para que aquele dia nunca tivesse acontecido. Ter meu irmão, minha banda de volta.


– Eu ganhei um Cd da Lice. – ele deu um sorriso brincalhão.


A música ressoou no carro, na era um CD qualquer. A música era muito familiar como uma parte de mim, as composições minhas e do Nik.


Grossas lágrimas brotaram em meus olhos. Eu não queria ouvir! Não queria reviver sensações que nunca voltariam!


– Tira isso! – eu gritei.


Edward se sobressaltou.


– Calma, meu amor...


Fechei os olhos, a sensação de flash passando por minhas pálpebras. O som de pneus deslizando fizeram com que eu quisesse pular do carro.


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Notas finais do capítulo

Eu falo que a Bella é dada a reações exageradas!
Um gatinho, quer dizer dois gatinhos! E o Ed é super cavalheiro, lindo e perfeito.
Estou pensando em cair da escada, quem sabe ele me socorre *autora sonhando*
Bom, o próximo capítulo vai ser uma linda prova de amizade, com uma grande surpresa no final!
Obrigada a todas as lindas, maravilhosas e perfeitas leitoras!
* Meena, sempre maravilhosa e perfeita!
* Mikka, minha filhote.
* Nathy, minha fadinha.
* Bia, coelhinha exepcional!
* N, my ghost.
* Gel, minha Dinda e beta
E as minahs leioras fiéis:
tainabe * flavinhagpk * jackcoutinho * jeomedrado
Daqui a pouco estou postando mais um capítulo!
Um grande beijo!
Nota da Beta:
Oi queridas...
Já comecei essa nota chorando muuuito. A Fê escreveu aquela nota sobre mim e não agüentei... Obrigada Fê, te amo demais vc é muito especial.
Tá parei com o choro e vamos ao capítulo.
Então o intruso era um gatinho... Que fofo!Um gato cuidado de outro gato (não resisti ao trocadilho).
Bom esse capítulo foi regado a descobertas, certezas e beijos de dar inveja...
Ed está disposto a reconquistar a confiança de Bella de qualquer maneira, mas ela ainda está muito confusa e sensível eu tenho a certeza que isso irá dificultar bastante o relacionamento dos dois. MAS COMO UMA BOA LEITORA ACREDITO NO CASAL!
Aproveite o bofe amiga!!!!! Ame e deixe-se ser amada.
Comentem muito, façam a autora feliz que ela posta mais rápido.
Beijos e até a px.
Gel-corujinha pimenta=)