Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 8
8 - Under the bridge


Notas iniciais do capítulo

Não vim no domingo, mas estou aqui hoje. Antes tarde do que nunca. Hahahah
Aconselho MUITO a escutar a música enquanto vocês lêem o capítulo.. Ainda mais se gostarem tanto de Red Hot como eu :)
Boa leitura!



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Capítulo 8

It's hard to believe that there's nobody out there

É difícil de acreditar que não há ninguém por aí

It's hard to believe that I'm all alone

É difícil de acreditar que estou completamente sozinho

At least I have her love, the city, she loves me

Pelo menos tenho o amor dela, a cidade, ela me ama

Lonely as I am, together we cry

Sozinho como estou, juntos nós choramos

Under the bridge – Red Hot Chili Peppers

Emmett POV

 Despedi-me de Rosalie com certa pressa. Para Carlisle me chamar, algo sério estava acontecendo ou prestes a acontecer.

Alcancei o terceiro corredor do quinto andar do prédio e, a passadas rápidas, avistei a sala de Carlisle. Era toda de vidro, de forma que se conseguia ver o interior sem problemas. Mas hoje, por acaso, a cortina romana estava completamente fechada.

Dei uma batida de leve na porta com os nós de meus dedos.

-Entre Emmett. – a voz de meu chefe ecoou de dentro da sala. Fiz o que ele pediu e adentrei o local, totalmente iluminado por luzes incandescentes.

Carlisle estava em sua mesa e vi, de costas, as figuras de dois homens sentados em sua frente. Meu chefe se levantou e os estranhos se viraram para me encarar, levantando-se também.

-Jared? – fiz a pergunta mais estúpida que podia ter feito. Um dos homens eu conhecia, afinal.

-Emmett! – Ele deu um sorriso. Era um bom amigo que não via há anos; um psicólogo que me ajudara durante meus problemas de meu passado conturbado.

-Há quanto tempo... – ainda não tinha caído a ficha de que era ele que estava em minha frente. – O que faz por aqui?

-Jared é o mais novo contratado do hospital – Carlisle explicou e então fez menção ao homem que até então não tinha dito nenhuma palavra. – E este é Paul. O nosso mais novo pediatra.

Encarei Carlisle sem entender. O Mount Sinai já tinha pediatras suficientes, não eram necessários novos residentes.

-Emmett McCarty – estendi minha mão para Paul com educação, reprimindo meus pensamentos confusos.

-Paul Lahote. – o homem sorriu, não aparentando nenhum tipo de constrangimento com a situação. – Serei seu substituto durante o tempo que estiver fora.

-Que tempo? – arqueei uma sobrancelha, sem entender mais nada.

Carlisle tomou a palavra.

-Você tem algumas pendências, Emmett. Terá que viajar para Illinois para resolvê-las.

-A polícia de Chicago o convocou para o tribunal. – Jared explicou. – Cheguei a poucos dias de lá. Queria ver você, saber como estava depois de tantos anos... E, bem, deixá-lo preparado para o que estava por vir. Mas o emprego que Carlisle me ofereceu veio bem a calhar.

Jared sorriu discretamente, mas não consegui ficar feliz por ele.

-Quando? – perguntei.

-Duas semanas. A convocação chegará pelo correio entre hoje e amanhã. – ele avisou, e eu fiquei embasbacado por ouvir seu tamanho conhecimento sobre meu futuro antes de mim mesmo.

Era bastante útil seu pai ser um juiz, no final das contas.

-É uma hora péssima, eu entendo. – Carlisle assumiu a direção da conversa. – Mas, filho, seu emprego estará aqui quando voltar.

Paul assentiu, reforçando o que meu chefe acabara de dizer.

-Considere-me apenas um estagiário. – ele garantiu.

Sorri um pouco, mas não deixei minha preocupação de lado.

-Não é exatamente com isso que estou apreensivo. – esclareci. – Tem Rosalie e o bebê... E se eu for condenado à prisão?

-Você vai ficar bem. – Jared me garantiu. – Meu pai sabe tudo sobre você, e já fez sua propaganda em todo o tribunal. E, além do mais, você não estava são quando deixou o cara em coma. Eu vou testemunhar a seu favor... Fique tranquilo.

Lembrei com pesar de Kevin Reynolds, um pobre coitado que havia entrado em meu caminho quando eu estava sob o efeito das drogas seis anos atrás. Era uma completa sorte ele ter sobrevivido depois de meu repentino ataque de fúria; se não tivessem aparecido os policiais para impedir que a briga continuasse... Sinceramente não gosto nem de pensar no que teria acontecido.

Apesar de terem salvado minha consciência, esses mesmos policiais tinham me colocado em uma grande encrenca ao me levarem para a delegacia naquela noite. Os pais de Kevin foram chamados e prestaram queixa pelo filho, impossibilitado de fazer isso por ele mesmo. Eu passei a noite na cadeia, até que meus pais puderam pagar a fiança para que fosse possível eu responder ao processo em liberdade. Já havia tido um julgamento sobre esse caso, no qual eu tinha sido absolvido. Foi naquela ocasião que me mudei com minha família para Nova York. Cidade nova, novos ares, novo começo.

Mas a promotoria havia decidido levar o caso adiante e recorrer à decisão do juiz; e, depois de seis anos, a poeira foi retirada debaixo do tapete e trazida à tona mais uma vez para me assombrar.

Rosalie POV

Emmett estava demorando demais. Eu esperava que Carlisle não estivesse sendo duro com ele de nenhuma forma... Só eu via o quanto Emmett se esforçava lá dentro. Se estivesse recebendo alguma advertência, com certeza era injusta.

-Você está bem? – o pai de Alice quebrou minha linha de pensamento, me encarando com semblante preocupado. Ele estava novamente com o celular em punho, mas fingi não notar; afinal, nem mesmo desconfiava o que ele estava fazendo.

-Sim. – menti parcialmente. George pareceu corar por um segundo quando percebeu meu olhar. – Senhor Brandon, posso te fazer uma pergunta?

Ele suspirou, como se estivesse mesmo esperando por aquilo. Abri a boca para finalmente questionar que diabos ele estava fazendo com o celular, mas logo fui interrompida pelo alto tilintar de sapatos no chão.

O pai de Alice rapidamente colocou o celular no bolso, já sabendo, assim como eu, de quem se tratava.

-George. – Grace disse como se sentisse certa repugnância do ex-marido.

-Grace. – o tom de voz era exatamente o mesmo, o que me fez querer rolar os olhos.

Ao longe, meus pais chegavam ali também, assim como Travis e Ella.

-Onde está o seu tio? – perguntei a Travis quando não vi Jasper atrás de nenhum deles.

-Está babando em cima da filha, onde mais? – meu garoto deu de ombros e eu apenas sorri. – Você não vai lá?

Suspirei pesadamente, olhando atrás de tantas cabeças, com uma centelha de esperança de ver quem eu queria.

-Estou indo. – dei-me por vencida, ao perceber que Emmett não chegaria tão cedo. – Fiquem aqui, está bem? – pedi para as crianças, que assentiram; e então cochichei para minha mãe, fazendo menção aos pais de Alice. – Por favor, não deixe esses dois juntos.

Ela assentiu e, solícita, puxou o braço de Grace.

-Querida, vamos comer alguma coisa? – ouvi-a dizer enquanto me afastava. Estava preocupada com Emmett, e a última coisa que eu queria era que os pais de Alice brigassem no meio do hospital.


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Notas finais do capítulo

Como disse a algumas de vocês, os pais da Alice são baseados em um casal da vida real que eu não conheço pessoalmente, mas ouço muito falar deles... A história deles é linda, embora triste, e pelos pais da Alice vou contá-la para vocês. :P
Espero que estejam gostando! Vejo vocês nos reviews.. Beijos :)