Capítulo 47

There will be times

Haverá momentos

On this journey

Nesta jornada

All you'll see is darkness

Que tudo que você enxergará será a escuridão

But out there somewhere

Mas em algum lugar lá fora

Daylight finds you

A luz do dia o encontrará

If you keep believing

Se você continuar a acreditar

Look through my eyes – Phill Collins

Rosalie POV

–Mamãe! – Ella saudou-me bastante feliz quando cruzei a porta da casa de Alice e Jasper. Abracei minha caçula com força, tamanha a ânsia em vê-la de novo.

Emmett e eu tínhamos passado uma semana além do previsto na Cidade dos Ventos. Chicago era realmente maravilhosa, ainda mais vista de perto.

Travis me cumprimentou com um abraço e, ao ver Emmett atrás de mim, abriu um lindo sorriso e o abraçou forte também. Meu filho tinha se apegado a ele bem mais do que eu poderia imaginar.

–Oi, gente! – sorri para Jasper e Alice, que estavam na cozinha. Meu irmão ainda usava muletas e pelo jeito ajudava sua esposa a fazer o almoço na medida do possível.

Os dois rapidamente vieram cumprimentar a mim e a Emmett, que seguia logo a meu encalço. Teríamos um almoço todos juntos pela primeira vez em meses.

–Meu pai e minha mãe vieram aqui ontem. – Alice falou assim que Travis e Ella subiram para o quarto a fim de ficar com Daphne. – Prometeram que iriam se comportar bem e que fariam de tudo para participarem da vida da neta.

Jasper colocou o braço nos ombros de Alice, dando-lhe apoio quando ela fez uma pausa.

–A má notícia, e talvez o que deve tê-los impulsionado a vir até aqui... – minha melhor amiga suspirou, ganhando um ar triste e preocupado – foi que meu pai descobriu uma espécie de tumor no pulmão esquerdo.

Dei-lhe um sorriso compreensivo e peguei em sua mão por cima da mesa.

–Mas tenho certeza de que tudo vai correr bem no final. – ela limpou uma lágrima teimosa.

–É assim que se fala. – elogiei.

–Mas vamos mudar de assunto – ela pediu. – E o casamento de vocês? Sai quando?

–Dois meses depois do nascimento do bebê. – Emmett anunciou. – Pensamos em tudo nesse tempo que passamos em Chicago.

–Vou ajudá-los com tudo! – Alice abriu um sorriso, apesar de seus olhos ainda serem tristes. –Você estará perfeita, Rose.

Sorri também. Emmett beijou meu rosto.

Dois meses depois

–Susan, meu vestido ficou bom? – perguntei desesperada. Não poderia exatamente prová-lo por conta da minha enorme barriga de oito meses de gravidez, então a mãe de Bree, uma boa amiga minha que tinha mais ou menos o mesmo tamanho que eu, fez esse favor pra mim quando eu finalmente escolhi o qual pensei ser o modelo ideal.

Susan abriu a cortina do provador. Era um vestido tomara-que-caia de seda champagne com aplicações douradas de Baracci Beverly Hills. Não era muito chamativo, não tinha uma cauda muito longa e nem era muito bufante. Mas também não era tão discreto.

–Ficou perfeito, Rose. – Susan traduziu em palavras o que eu estava pensando. Ela dava voltinhas e ficava se olhando no espelho o tempo todo.

Lágrimas vieram aos meus olhos.

–É esse. – afirmei, já começando a chorar ao imaginar-me nele.

A atendente da loja entregou alguns lenços de papel pra mim. As emoções descontroladas proporcionadas pela gravidez me faziam parecer uma boba.

–Obrigada. – agradeci-a com aquela voz patética de quem estava chorando e ela apenas sorriu em resposta.

–Assim que voltar à forma, pode vir aqui para fazer qualquer ajuste que precisar. – a gerente da loja, Donna, ofereceu e eu assenti, agradecida.

–Vamos levá-lo. – anunciei e Susan automaticamente voltou ao provador para se trocar.

Caminhava até o caixa quando senti o primeiro desconforto. Meu corpo estava estranho, diferente de qualquer outro dia desses últimos meses. Eu conhecia bem aquela sensação, mas ainda era cedo demais para que o bebê nascesse. Eu tinha acabado de completar a 32ª semana.

–Só mais um pouquinho, querido... – sussurrei baixinho para a minha barriga, tão discretamente que ninguém chegou a perceber.

Então veio a primeira contração de verdade, que me fez sentar no primeiro lugar que encontrei.

–Rose, está tudo bem? – Susan chegou atrás de mim, voltando do provador. – Está na hora?

Respirava pausadamente.

–Sim. – afirmei com a certeza. – Ligue para Emmett e Jasper por mim, por favor? E peça para o Jazz avisar os meus pais...

–Sem problemas. – Susan sacou o celular da bolsa e começou a discar números.

Respirava pausadamente, esperando minha amiga fazer o que eu tinha pedido. Enquanto isso, o meu vestido era reservado para que eu pudesse voltar para levá-lo depois.

–Vamos, Rose. – Sue pegou minha mão depois de já ter feito as ligações. – Vamos para o hospital.

Então ela dirigiu o caminho todo ao Mount Sinai. Pelo menos eu não sofreria esperando que Emmett chegasse – ele já estava lá.