Haviam se passado apenas alguns dias desde o trágico incidente ocorrido causando a morte de Kagome-sama. O silencio na vila era absoluta, e por vezes se via crianças choramigando por pena da bela e jovem Miku...

   Os filhos do Hanyou tinham que voltar para casa e tentar continuar a vida como estudantes, e ainda superar a morte tão precoce da mãe... Inuyasha que ficou tão desolado não descolou do corpo de sua amada. E após construirem o templo para o corpo dela ser encerrado dentro, Inuyasha foi obrigado a se despedir de Kagome, e dessa vez... para sempre.

                                                       ...

Sentados a mesa na era atual.

Avó: - Não vão comer mais? Eu fiz com tanto carinho...

*Kikio nem se quer encara a avó.

Avó: - Kiseki... também não tem fome? – a mãe de Kagome estava abatida, porém tentava não demostrar aos netos.

Kiseki: - Não é nada... – dizia de cabeça baixa –

Avó: - se continuar a ficar sem comer... você vai sumir minha filha.

Kikio: - Tanto faz... não lembro de ter perguntado algo.

Souta: - Cruzes... ela só estava preocupada...

Kikio: - E eu disse que não me importava!

Inuyasha: - Você pode parar de ser tão iguinorante? Não vou aturar esse tipo de infantilidade! –

Kikio: - Mas!...

Inuyasha: - Kagome sentiria vergonha de algo assim!

*Todos se calam.

      15 dias depois...

Kikio: - Kiseki! Já está na hora de irmos ao colégio! Ou você quer perder aula?

Kiseki: - Eu já vou. – diz desanimado.

...

Inuyasha: - Já vão ao tal colégio?

Kikio: - Claaro! – diz animada – se faltarmos mais seremos expulsos!

Inuyasha: - Quando eu vinha buscar Kagome... ela sempre estava nesse tal lugar, ela sempre tentava me esconder. – diz com um sorriso triste –

Kikio: - Talvez por suas orelhas né!

Inuyasha: - Houve um dia que eu fui buscala e quando ela olhou para a janela da... como ela chamava? Ah. Sim! Sala das aulas... ou algo assim. Bom, ela olhou para a janela e eu estava lá. Eu estava feliz de ver ela... Mas ela sem dó ou piedade me disse “senta”.

Kiseki: - Vamos logo... – e passa a frente –

Kikio: - Ki-se-ki! Me espereee~ - diz toda animada –

                                                          ...

Eles se separam para começar as aulas e cada um vai para sua sala.

Professora: - Kiseki leia você.

Kiseki: ...

Professora: Kiseki!

Kiseki: - Como?

Professora: - Leia o próximo paragrafo, por favor.

Kiseki: - Desculpe... eu não sei.

Professora: - Eu sei que você é um aluno exemplar. Mesmo tendo faltado muito ultimamente. Te libero da minha aula. Vá lavar o rosto e descanse...

Kiseki: - Muito...obrigado. – e se levanta e vai em direção ao banheiro –

   Kiseki lava o rosto abatido com a agua fria que gelava todos os seus nervos, se é que ainda restava algum nervo. Kiseki se olhou no espelho e se lembrou de sua mãe.  Só agora ele havia notado que a amava imensamente, talvez já nem houvesse motivo para continuar na penúria da vida... talvez fosse melhor... ir com ela.

*Kiseki se afasta do espelho andando de costas e bate contra a parede do banheiro masculino, ele escorrega lentamente junto com suas lágrimas, sentando se encostando na parede com cabeça baixa.

   Kiseki já não podia conter mais aquele sofrimento, a dor que o rodiava era pezada de mais. 

   Foi então que mãos macias o tocaram nos ombros. Havia mais alguém abaixado na sua frente.

Kikio: - O que houve?

*Kiseki levanta a cabeça assustado por notar que era sua irmã.

Kikio: - Alguns rapazes da sua turma passaram no corredor dizendo que você tinha surtado em aula. Disseram que você tava perdidão na aula a ponto da professora te dispensar... O que houve?

Kiseki: - Esse é o banheiro masculino. Não pode entrar, vai ser suspensa.

Kikio: - Eu vim te ajudar! – diz com um largo sorriso –

*Kiseki desaba em lágrimas.

Kiseki: - Eu quero morrer!... Eu não... consigo acreditar que ela esteja morta. Eu volto para casa todo dia acreditando que ela vai estar lá. Eu tento me enganar, mentindo a mim mesmo que... que ela só foi a uma viagem na outra era, na era antiga mas logo volta.

Kikio: - Kiseki... – fala sentindo pena –

Kiseki: - MAS ELA NUNCA VOLTA! ! !

*Kikio dá um forte tapa em seu irmão e o olha com olhos raivosos e diz:

Kikio: - Deixa de ser menina! Viva por ela! Você é um Hanyou, tem que agir como um. Nossa mãe tirou a vida dela para nós vivermos. Ela não se matou para seu filho ir procurar a morte!

Kiseki: - Como você pode andar com um largo sorriso na cara sabendo que nossa mãe está morta por nossa causa? – diz indignado –

*Kikio se levanta.

Kikio: - É o preço de estar vivo, o preço da morte de nossa mãe. Sair todo dia, com uma mascara sorridente, para não preocupar outras pessoas. O nosso preço por viver Kiseki... É tentar finger que nada aconteceu. Mesmo sabendo que em nossos corações a ferida é tão profunda, que perfura nossas entranhas.

*Kiseki se levanta.

Kiseki: - Deculpe por te acusar de ter esquecido nossa mãe.

Kikio: - Vou para aula. – diz com um terno sorriso – estou com saudades do Keiji, mal posso esperar para voltar a era antiga.

Kiseki: - Eu vou para a area de desportos, esfriar a cabeça, já que não tem nenhuma turma por lá.

Kikio: - Kiseki posso te fazer uma pergunta?

*Kiseki asenti.

Kikio: - Você sente algo por Haruka?

Kiseki: - Mesmo se sentisse nunca seria correspondido. Haruka tem a Senna, e o amor entre as duas é tão reciproco que elas não precisam de mais nada!

Kikio: - Kiseki! Elas são irmãs. Esta querendo me dizer que rola um incesto entre elas?

Kiseki: - Não.

Kikio: - Então não intendo!

Kiseki: - Por mais que seja reciproco, Senna não sabe desse amor, e Haruka tampouco contara. E um dia Haruka sera trocada por um rapaz que a corteje sua amada Senna.

Kikio: - Haruka... esta amando sozinha? Que triste, deve sofrer tanto.

Kiseki: - Talvez seja melhor assim. Talvez...

   Kikio voltou a sua sala levando uma tamanha bronca de seu professor, mas ela não se importava, sentia se com dever comprido. Porém estava intrigada. Senna e Haruka? Era muito complicado imaginar que Haruka  estava apaixonada por sua irma doce e inocente! E ao mesmo tempo que se encontrava até mesmo com o estomago embrulhado de imaginar a cena, ela começou a sentir pena de ambas, e o embrulho foi cessando até ela começar a chorar por Haruka. Haruka nunca ia ser feliz como ela é com Keiji.

                                    Na Quadra De Desportos

   Kiseki estava sentado sobre a sombra de uma árvore em frente à pista de corrida. Ele estava pensando sobre o que sua irmã havia dito. Talvez estivesse certa porém dificilmente ele conseguisse colocar uma mascara tão perfeita como Kikio.

Akane: - Higurashi-san! Como vai? – dizia alegre como sempre –

*Kiseki se assustou havia tempo que não o chamavam de Higurashi-san, na era antiga os aldeões sempre o chamavam de Kiseki-sama. Já havia se mau acostumado ao habito. Foi então que tentou seguir o conselho de sua irmã. Pegou a melhor mascara que encontrou em seu interior e disse:

Kiseki: - Estou ótimo! – dizia com um grande e reluzente sorriso – O gramado tocado pelos raios ficou tão lindo! Me sinto tão bem quanto o gramado!

*Akane se pos a rir.  Abaixou-se um pouco e o puxou pela mão!

   Kiseki foi surpreendido com um puxão tão forte de Akane, ele havia se esquecido de que por mais que tivesse aparência frágil, era uma competidora nata. Suas pernas grossas e torneadas eram a prova disso. Foi então que ele se lembrou de que sempre a tinha observado. Desde pequenos estudavam juntos. Akane tinha longos cabelos de uma cor loiro-avermelhado, um pouco alaranjado, um rosto fino e grandes olhos. Sempre desafiadora, mas muito próxima de Kiseki a ponto de serem melhores amigos. Com o tempo o colégio continuou o mesmo mas em turmas diferentes, a idade os separou, o sexo de ambos os separaram. Passaram a ser apenas colegas, tudo por causa da timidez de ambas as partes.

   *Kiseki foi sendo arrastado pelas mãos por Akane para a pista de corrida. Sem esforço algum Kiseki se endireita e começa a correr lado a lado de Akane.

*Akane cora e solta a mão de Kiseki.

Akane: - Eu gosto de correr para pensar.

Kiseki: - Mas eu disse que estava bem!

Akane: - Eu não acredito! – disse rindo –

*Kiseki se esforçou tanto para a mascara perfeita para ser descoberto tão facilmente.

Kiseki: - O que vamos fazer?

Akane: - Vamos desabafar!

*Kiseki não intende.

Akane: - EU COLEI A RESPOSTA DA QUESTÃO 4 DE MATEMÁTICA!

*Os dois começam a rir enquanto correm. Estvam em sintonia.

Kiseki: - Minha vez! – continuam correndo – EU TE AMO AKANE-SAN! !

*Akane prende os pés no chão no mesmo instante.  Kiseki acaba parando um pouco mais para frente se virando para trás para poder olhar para Akane.

Kiseki: - Akane-san... eu te amo...

*Akane levanta o olhar para Kiseki. Dá dois passos em sua direção e para.

*Kiseki a encara com convicção.  Tinha certeza do que acabara de falar.

*Akane corre e se joga em seus braços.

   No fim. O que os separam era apenas a timidez. Era o medo...

...

Sentados a mesa para o café da tarde

   A mesa do café da tarde estava bem simples e aos poucos todos foram se ajeitando na mesa. Até mesmo Souta que vivia sozinho tinha passado por lá, aliás tinha que dar uma força para a família em um momento tão difícil.

Higurashi: - Como vai a faculdade Souta?

Souta: - Esta um pouco difícil mãe, terei que estudar muito a partir de agora.

Inuyasha: - Estudar? Pensei que já fosse grandinho para ter que estudar...

Souta: - Quem me dera – ri – mas assim que me formar lhe convidarei para ir ver a minha casa. Ela esta um pouco desarrumada já que não ganho muito. Então espere um pouco ok?

Inuyaha: - Que seja... – faz se de intendido –

Higurashi: - Vejo que gostou do bolo Kikio! Fico tão feliz!

Kikio: - Ah... não vale! Todos sabem que eu amo chocolate!

Souta: - Também notei que Kiseki que esta mais feliz, o que houve?

Kikio: - Verdade! Chegou assim do colégio, mas quando eu perguntei disse que diria quando estivesse todos reunidos.

Inuyasha: - Então aqui estamos. Abra a boca de uma vez! – se inquieta –

Kiseki: - Eu conheço uma pessoa que sabe tudo de mim. Que não consigo enganarla. Alguém que eu tenho coragem de dizer tudo! Menos o que eu sempre quis dizer, e o que ela queria ouvir... – interrompido –

Kikio: - hum... é uma garota! – se diverte –

Kiseki: - Sempre me animando, sempre me tratando melhor do que merecia, sempre ao meu lado e... ao mesmo tempo tão distantes. E por fim após tanto tempo, em um momento frágil de minha vida. Eu pude dizer. Eu disse que a amava! E ela me disse que começou a se afastar de mim quando eramos mais novos porque estava se apaixonando por mim. Acredita nisso? Ela tinha vergonha de se apaixonar pelo melhor amigo! E eu? Que achava que estava se afastando de mim porque já não tínhamos nada em comum!

Souta: - E estão juntos agora? – diz empolgado –

Kiseki: - Sim. EU não irei falhar com ela. – diz como um menininho apaixonado –

Inuyasha: - E quem é a dita cuja? – perguntas e mostrando interessado –

Kikio: - É a Mamomya-san! – diz sem achar novidade –

Higurashi: - Oh... meue netinho apaixonado! – se empolga – Espere – faz uma pausa dramática – Mamomya? Mas essa não é a menininha que vivia brincando com você na pracinha quando eram pequenos?

Kiseki: - Sim. Momomya Akane! – diz todo bobo –

Higurashi: - Que bom gosto tem! Ela era uma menininha tão lindinha! Sua mãe ia adorar saber disso!

*Todos se focam em Inuyasha.

Inuyasha: - Kagome... Se eu soubesse demostrar o que eu sinto – grunhe – Kagome teria sido muito mais feliz – eu sou péssimo! – rosna –

*A maçaneta da porta de entrada da casa é girada.

*Todos se voltam para a porta.

*Mais a luz solar ofusca a visão de todos.

*A pessoa não identificada entra.

*A pessoa fecha a porta atrás de si e então se vê.

Higurashi: - Kami-sama! O que é isso?

Souta: - Isso é impossível!

Kikio: - Está vendo o mesmo que eu Kiseki?

Kiseki: - Uma ilusão? O que está acontecendo aqui?

Inuyasha: - Ka-Kagome?

Kagome: - Você ainda pode me fazer muito feliz, Inuyasha...

   A cara de todos vão ao solo, não pode ser Kagome! Isso é impossível, inimaginável, isso é inacreditável! Kagome... realmente é você? Kagome, você poderia voltar dos mortos? Isso já não importa para eles, pois eles tinham Kagome. Nãos os importava saber se era real ou não.  Ela se comportava como Kagome, ela agia como Kagome, ela era a miku Kagome. E estavam todos felizes de novo.. e com Kagome.

Ao fim, não foi o fim do amor de Inuyasha e Kagome. É apenas o começo do grande espetaculo...

                                               FIM...

Ou quase... No capitulo extra Kagome explicara como isso ocorreu. Os espero lá >.

Agradecimentos:

A minha imaginação.

A minha paciência.

As horas que eu não dormi.

Aos leitores fantasmas.

Aos que comentaram:-----------------------------Tudo a vocês.